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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Educação pífia


Educação pífia

DIÁRIO DA MANHÃ
GÊNIO EURÍPEDES

Todos os formadores de opinião que leio sempre foram unânimes em acreditar que um País se salva primeiro pela educação. A educação foi bandeira do PT para se chegar ao poder. A maioria dos professores e dirigentes educacionais apostou fichas e sonhos na alavancagem da educação brasileira, e isso não aconteceu satisfatoriamente nestes 12 anos de governo petista. A educação desanda.
O gasto com o setor até que tem sido razoável, o que vale dizer: dinheiro a mais e gestão correta de menos. Assim, o primoroso  texto de Hélio Schwartsmam, da Folha de S.Paulo, me chamou a atenção, apesar do título forte e, de certa forma, exagerado,  porém não muito diferente ao que dou nesta abertura. Título do Hélio: “Desastre educacional”.
Portanto, peço, data venia, que seja colocado neste noticioso para análise de quem de direito. Estamos mal na foto, como admitiu o doutor Mercadante. Que saudade do Cristovam Buarque e do Paulo Renato!
“Saiu mais um Pisa, o teste internacional que avalia alunos de 15 e 16 anos em várias áreas, e o Brasil segue na rabeira. Os países que participam do exame são 65. Ficamos na 55ª posição em leitura, 58º em matemática e 59ª em ciência.
É verdade que melhoramos em matemática, mas estamos falando de um avanço da ordem de 10% em quase uma década. Nesse ritmo, levaríamos 26 anos para atingir a média dos países ricos e 57 para alcançar os chineses. Isso, é claro, no falso pressuposto de que os outros ficarão parados. Em leitura e ciência, a evolução foi ainda mais modesta.
Infelizmente, não será muito fácil mudar o quadro. O governo acena com os recursos do pré-sal como salvação da lavoura. É claro que mais dinheiro ajuda, mas está longe de ser uma garantia de sucesso. Na verdade, nosso sistema é hoje tão pouco funcional que jogar mais verbas nele será, acima de tudo, uma ótima maneira de desperdiçá-las.
Sem um plano coerente de como aplicar os recursos, os avanços tendem a ser mínimos. Um de nossos principais problemas é que não conseguimos recrutar bons professores – os países campeões do Pisa selecionam seus mestres entre os melhores alunos das faculdades; nós nos contentamos com os piores.
Mesmo que, numa rápida e improvável inversão de rumo, passássemos a contratar a elite, levaria um bom tempo até que o efeito se espalhasse pela rede, que conta hoje com mais de 2 milhões de docentes.
Isso significa que precisamos encontrar um meio de progredir com o que temos. Minha impressão é a de que o caminho passa por estabelecer um currículo detalhado e ensinar o professor exatamente o que ele deve dizer em cada aula aos alunos. Sim, estamos falando de sistemas massificados, daqueles que inibem a criatividade e outras coisas de que os pedagogos não gostam, mas não vejo muita alternativa. Afinal, estamos há muito tempo fracassando no básico”.
(Gênio Eurípedes, professor,advogado, escritor e vereador pelo PSDB de Jataí)

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