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sábado, 4 de outubro de 2014

A VULGARIDADE DE UMA SALA DE AULA ("Um pai vale mais do que uma centena de mestres-escola". — George Herbert)



Crônica

A VULGARIDADE DE UMA SALA DE AULA ("Um pai vale mais do que uma centena de mestres-escola". — George Herbert)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Refugiados no direito, querem obrigar o professor a explicar o conteúdo tantas vezes os alunos perguntarem, assim desperdiçam o melhor de um novo conteúdo: a introdução. Todo começo de aula é tumultuado, eles pensam que se o clima não for propício ao professor, este atrasará o início, porém o forte e determinado mestre começa mesmo assim, então quando percebem o andamento da aula, e uns poucos fazendo atividade valendo "visto", tomados pela curiosidade,  alguns dos atrasadores do progresso começam formalizar as interrupções infrutíferas objetivando quebrar o andamento. Por que jamais conseguem entender perfeitamente? Perderam a base de tudo. Por isso, pedem repetições, forçando o "amassar barro". Os espertos se mancam e interrompem com modéstia: — "Prossô, posso ir no banheiro beber água?" – beba toda água por lá, contanto que demore voltar. Outros insistem em pedir aula particular e na atenção individualizada, chamando o professor insistentemente à sua carteira. Como se fosse o dono do professor! Mas, a maioria continuam fazendo barulho, conversando bobagens a fim de atrapalhar o empenho dos poucos ainda responsáveis. Eu chamo isso de socialização de baixo nível. Tenho visto o sucesso de aluno, provando a inutilidade da escola, esses precisaram dela só para atrapalhar as aulas dos outros. hoje são profissionais dos serviços que ninguém quer fazer, porém ganha muito dinheiro. "Os tolos são muitas vezes promovidos a grandes empregos em utilidade e proveito dos velhacos, que melhor os sabem desfrutar".(Marquês de Maricá).
           Outro comportamento banalizador, enfeitado com uma boa desculpa, é o comportamento dos retardatários de todos os dias, quando chegam, arrastam cadeiras por dez minutos até se convencerem que foram vistos e se impuseram.
           Há uns tais depravados usando o "Num vim", nunca fazem nada, alegando nem ter vindo ontem. Estão, querem atribuir a culpa ao professor? Por que eles não fizeram as atividades atrasadas? Estes buscam a ajuda da coordenação, e justos pressionam o professor por novos favores, também estão sempre bem amparados com atestados de dentistas e bilhetes assinados pelos pais para lograr atividades posteriores e facilitadas.
           O mais ridículo e aviltante comportamento é o dos alunos mascarados de bom e cobram do professor a ordem na sala, por que eles se acham merecedores de uma boa aula, pela eficácia de dua hipocrisia, mas só fingem serem alunos "dedicados", e o professor gosta é assim! Mas, estes, aparentes justos, fazem as atividades e emprestam o caderno para queles bagunceiros copiarem, alimentando seu vício. Os irreverentes plagiam conseguindo a mesma nota e ai do professor se não as desse, será taxado de discriminador: A solidariedade do suicídio. Por que os bons nunca se unem ao professor na discriminação do mal comportamento?
            Enfim, o sistema ( ou sei lá quem) dá sua maior parcela de trivialidade, quando pressiona a escola, e esta por sua vez, na pessoa da diretora, com pudor nenhum, coage o professor a aprovar todos os seus alunos, em nome das bonitas estatísticas para assegurar o emprego de muitos. 
           Qualquer coisa de graça tampouco tem valor. Talvez por isso, o alunado de forma nenhuma valoriza o sistema paternalista como está. E o termômetro do descaso é o quanto eles se importam com o livro didático ganhado do governo! Este também é um comportamento mediocrizador da aula: O professor propõe uma atividade da página tal, evitando o gasto com a xérox cara, eles dizem: — "num truce, o livro pesa". Isto é, quando não jogam a culpa no professor, dizendo: — "o sinhô não avisô que era para trazer o livro!" Cortar palavras das revistas e jornais, como uma didática fácil e barata, formando poemas visuais e concretos, também nunca querem fazer porque nem cai em vestibular algum, é assim que incentivam minha criatividade e eu a deles: Pelos atalhos. Esta é uma sociedade vulgar, em que as pessoas cada vez mais se apegam às futilidades, então só resta a escola oferecê-las.
Claudeko Ferreira

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Enviado por Claudeko Ferreira em 04/09/2014
Reeditado em 03/10/2014
Código do texto: T4949811
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