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MINHAS PÉROLAS

⁠O GADO NÃO SE ENGANA... A VARA SIM... ("Que a gente se divirta sem se matar, que ame sem se contaminar, que aprenda sem se enganar, que viva sem se vender." — Lya Luft)
            No velho normal, era assim: Havia um tanto de "projetinho" na escola, facilitando a aquisição de nota! O PIA nascera morto! Mas, sempre nos obrigávamos a esse tipo de "necrofilia".
           Muitos papéis consolavam-me e me fizeram sentir útil (doce ilusão). Mas, agora, estou convencido que papel aceita tudo, pois a enorme quantidade de planilhas, relatórios e portfólios não está conseguindo devolver a qualidade da educação pública brasileira. O "negócio" da China "cumpriu seu dever de casa", mascarou todo mundo e limpou as mãos do povo, o álcool é só o disfarce da assepsia. Pilatos também lavou suas mãos, porém não enganou Jesus!!! "Se os porcos pudessem votar, o homem com o balde de comida seria eleito sempre, não importa quantos porcos ele já tenha abatido no recinto ao lado. (Orson Scott Card). Li que a maconha está sendo testada contra covid longa. http://impresso.dm.com.br/edicao/20210914/pagina/10 (acessado em 14/09/2021) Não causa mais câncer e nem impotência. Falsa ciência. Ou inversão de valores igual a Novo Normal!? — CiFA

Claudeci Ferreira de Andrade

sábado, 22 de setembro de 2018

ESTRATÉGIA ("A facilidade do caminho é semelhante ao frágil graveto que sustenta a arapuca." — Sergio Antonio Meneghetti)


A DANÇA DAS ARMADILHAS EDUCACIONAIS: ESTRATÉGIA ("A facilidade do caminho é semelhante ao frágil graveto que sustenta a arapuca." — Sergio Antonio Meneghetti)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Ao entrar nos corredores da escola, os alunos vão como se estivessem atravessando um campo minado. Cada passo é meticulosamente calculado, cada movimento é uma dança cuidadosa para evitar as armadilhas do aprendizado. Lembro-me de uma época em que a complexa coreografia entre os alunos se desenrolava diante dos meus olhos. No entanto, raramente resultava no espetáculo educacional esperado.

Era um desafio, quase como assistir a um professor construindo meticulosamente armadilhas para os forçar a cumprir as obrigações. Curiosamente, assim como as armadilhas não funcionavam para os alunos resistentes, elas também não surtiam efeito nos mestres. Uma teia complexa de estratégias educacionais se erguia de ambos lados, mas, invariavelmente, as presas escapavam.

"Quem cava uma armadilha, nela acabará caindo," diz um antigo provérbio. E, de fato, os estrategistas muitas vezes se tornavam vítimas de suas próprias artimanhas. O jogo entre aluno e professor se assemelhava a uma dança na qual ambos, armador e presa, compartilhavam um destino comum.

Nesse cenário intricado, percebi que a escola muitas vezes desempenhava um papel semelhante ao do pescador que, ao lançar sua isca, tenta atrair os peixes grandes e fortes. A isca apetitosa, representada por promessas de um bom salário, segurança e conforto, seduzia alunos e professores. No entanto, toda isca tem seu preço. A experiência, frequentemente, se tornava manipulável a favor dos manipuladores, e a busca por uma sobrevivência garantida se revelava um terreno traiçoeiro.

A estratégia educacional, como uma armadilha de coelhos, almejava pegar seus alvos. Mas, quando alcançava o sucesso, esquecia-se do método. Os planos de aula, repletos de estratégias meticulosamente planejadas, pareciam desmoronar diante da experiência dos alunos. A caça desconfiada não se deixava prender pela mesma artimanha duas vezes; a piada, quando repetida, perdia sua graça.

Ensinar, ao contrário do que sugerem as armadilhas do sistema, não é um ato baseado em estratagemas, mas sim um processo que floresce através do interesse genuíno do aprendiz. A escola, em sua busca por eficácia, deveria começar por questionar as necessidades individuais dos alunos, reconhecendo que o aprendizado desperta-se conforme suas próprias demandas.

Lembro-me de ter sido caça nesse emaranhado educacional, dos abutres educados, vestidos de luto, que se alimentavam de carniça e que, por vezes, se disfarçavam de ovelhas. Mas o aprendizado foi, para mim, um veneno de sapo nas veias, tornando-me imune à falsidade e às artimanhas.

Assim, fica a pergunta: Por que não construir uma escola onde o aluno aprenda a gostar dela? Onde as armadilhas são substituídas pelo verdadeiro encantamento do conhecimento? Afinal, como diria Adão Myszak, "é a caça ruim que desarma a arapuca..." Talvez seja hora de desarmar as armadilhas e abraçar um novo paradigma educacional, onde o aprendizado seja a verdadeira conquista.


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