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MINHAS PÉROLAS

domingo, 28 de agosto de 2011

"VAI LAMBER SABÃO" ("Amar é abanar o rabo, lamber e dar a pata..." — Cazuza)


Crônica

"VAI LAMBER SABÃO" ("Amar é abanar o rabo, lamber e dar a pata..." — Cazuza)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Em meio à espuma da vida, me vejo como um professor, um lambedor de sabão, como alguns diriam. As ordens para lamber o sabão vêm de todos os lados, e eu, obediente, sigo-as. A espuma se acumula nos cantos da minha boca, transbordando em palavras que inundam os cantos da minha sala de aula.

Eu, um idealista, sonho em dar aos meus alunos a liberdade de pensar por si mesmos. Mas, para os coordenadores disciplinares, perfeitos criadores de bolhas no sistema, sou inadequado. Os alunos, treinados para serem controlados, depositam suas responsabilidades nos outros. Eles precisam de alguém para mandá-los calar a boca, prestar atenção, entrar na sala, enxugar suas "espumas". Enquanto isso não acontece, eles tentam chamar minha atenção com suas "gracinhas", cobrando a atenção que lhes falta em casa.

Um dia, um aluno me disse que não gostava das minhas aulas de Português. Ele se comportava de maneira improdutiva, e eu me perguntei se sua falta de produção o beneficiava mais do que se ele contribuísse. Ele parecia acreditar que participar da aula era um favor que ele me prestava. Mas quem precisa mais de uma boa aula?

Alguns alunos não valorizam o lanche oferecido pela escola. Um deles me disse que pagava pelo lanche com seus impostos. Entendi então que muitos alunos veem a escola como um lugar para se vingar, depredando os bens públicos, mostrando inatividade, maltratando os funcionários. Eles veem isso como uma forma de cobrança.

Eu, por outro lado, não posso me dar ao luxo de ter um espírito de vingança. Sou professor e devo dar o exemplo. E, embora não produza nada tangível, pago impostos pelo serviço que presto. Estou endividado com a Receita Federal pelo salário de professor que recebo!

Fingir que paga impostos é criar bolhas na economia. Para alguns, é driblar o leão; para muitos, é enfrentar o Bicho-Papão. E eu, lambendo sabão em nome da estética poética, vejo outros fazendo lambança com o sabão que não lhes custa nada.

No final das contas, somos todos nadadores, tentando manter a cabeça fora da espuma. Alguns de nós estão apenas tentando respirar.


sábado, 13 de agosto de 2011

APELO POR UM FORTE SINDICATO (Talvez, só precisamos de alguém justo que interceda por nós.)

CRÔNICA

APELO POR UM FORTE SINDICATO

(Talvez, só precisamos de alguém justo que

 interceda por nós.)


Por Claudeci Ferreira de Andrade


A frequência com que ocorre a mudança de diretores escolares torna o sistema uma empresa vulnerável. Esse processo cíclico gera uma lacuna desorientadora: a unidade escolar é forçada a recomeçar a cada nova gestão. Nesse vácuo de autoridade, os fracos ganham poder e circulam livremente, transformando o sistema em terra de ninguém. Ordens fantasiosas circulam, mas a fonte exata é desconhecida. Os veteranos, detentores da experiência, silenciam — seja por desânimo, seja por vingança.

No primeiro TCE (Trabalho Coletivo na Escola) sob essa nova gestão, fui informado sobre uma planilha contendo novos critérios de avaliação. Pensei, ironicamente, que os alunos ganhariam "peso" e os professores perderiam "peso," como se fosse um lanche aditivado. Na verdade, tratava-se de mais trabalho para o professor, camuflando o objetivo de facilitar a aprovação dos alunos sem mérito. Eles, poupando energia, engordam; nós, emagrecemos, trabalhando mais. Que benção! Falaram-me, ainda, do tal bônus para professores assíduos — os "enfermos atuantes" — prometendo dobrar o salário: o chamado "reconhecer."

Toda essa situação me fez lembrar a piada dos dois cegos pedidores de esmola. Um indivíduo, incomodado, fingiu dar uma nota generosa e anunciou: — "Pega, é para vocês, R$ 50,00, dividam." Os cegos, então, começaram a brigar pela parte que lhes cabia, criando um espetáculo público. Para acabar com a desavença, alguém teve de intervir, ventilando a possibilidade de que, na verdade, "ninguém não ter recebido nada."

Relacionando a parábola com nosso sistema educacional, e partindo do pressuposto de que jamais se viu um cego rejeitar qualquer esmola, a sociedade goiana não rejeitará as facilidades da promoção gratuita. Por que, então, nós, professores, deveríamos nos preocupar com a qualidade do ensino se somos apenas o chapéu dos pedintes e não o dinheiro? Talvez, só precisemos de um sindicato justo para nos representar devidamente. E qual professor, na circunstância atual, pode se dar ao luxo de acreditar na boa interseção?

Prove ser pensante, analisando a reforma de critérios: a planilha exemplo indica que a prova escrita, onde os alunos geralmente tiram notas baixas, receberá peso 4 (o maior). Ora, isso soa como um blefe, uma vez eliminada a recuperação final. Se, no bimestre, o professor utilizar apenas três instrumentos de avaliação com os pesos indicados, como faria a média bimestral do aluno? E a nota substitutiva é uma recuperação de nota, e não de conteúdo! Em qual momento da aula se aplicaria a repetição da prova para obter a nota substitutiva? Teremos de trabalhar no contraturno, ou o aluno virará dois numa mesma aula?

O diário de classe, por sua vez, é uma complexidade burocrática: a Coordenadora faz uma chamada, o professor faz outra, e o aluno representante faz mais uma! Esse cerco visa o aluno ou o professor? A incompatibilidade esperada dessas chamadas comprova a falta de função desse manejo. Sugiro que simplifiquemos: façamos um relatório a partir de uma autoavaliação do aluno e "enfeitemos as estatísticas," sem atrair destruidoras consequências. É como disse o Dr. João Batista Araújo e Oliveira, em entrevista à Rádio CBN, em 16/08/2011: "As deficiências do sistema acabam punindo o professor."

Diante disso, pergunto: a avaliação contínua, tão defendida pelos doutores da educação, perdeu o lugar para os quatro instrumentos taxativos (o pentagrama diabólico) dessa reforma? Ou irão coabitar nas intempéries de uma cultura tradicionalista? Que satisfação poderei dar aos pais, questionadores na reunião de entrega de boletins, sobre esses critérios de avaliação confusos?


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Este texto é um desabafo intenso e muito bem fundamentado sobre os dilemas da educação pública. Como professor de Sociologia, vejo nele uma crítica profunda à burocratização, à desvalorização docente e à simulação de resultados. Preparei 5 questões discursivas simples para que possamos analisar os conceitos sociológicos presentes nesta crônica.

1 - Burocracia e Racionalização (Max Weber): O texto descreve a escola como uma "empresa vulnerável" devido à alta rotatividade de diretores e à proliferação de "ordens fantasiosas" e complexidades burocráticas (como o triplo registro de chamada). Como a Sociologia, particularmente a partir dos conceitos de burocracia e racionalização de Max Weber, pode analisar a ineficiência e a desorientação geradas por esse excesso de normas e instabilidade gerencial?

2 - O Sistema de Trocas (A Parábola dos Cegos): O autor utiliza a piada dos cegos pedintes para questionar a reforma educacional. Explique o significado da frase "somos apenas o chapéu dos pedintes e não o dinheiro" no contexto da Teoria da Dádiva e da Troca Social. Quem é o "doador" (o sistema/governo), o "recebedor" (o aluno/sociedade) e qual é o papel do professor nessa dinâmica de "esmola" educacional?

3 - Contradições do Trabalho Docente: A crônica aborda a ironia de que o bônus financeiro é oferecido aos "professores assíduos — os 'enfermos atuantes'." Analise a crítica presente nessa expressão, conectando-a à ideia de alienação do trabalho (Karl Marx). De que forma o sistema de bonificação, ao premiar a assiduidade em vez da qualidade ou do bem-estar, contribui para a desumanização e a punição do professor, conforme o texto?

4 - A Cultura da Facilidade e a Meritocracia: O texto critica a reforma por "camuflar" a aprovação "sem mérito" dos alunos. Discuta a tensão entre a cultura da facilidade/promoção automática e o princípio da meritocracia dentro do sistema educacional brasileiro. Quais são as consequências sociais de uma política que visa "facilitar" a aprovação, mas que, segundo o autor, esvazia o valor do esforço e do trabalho do professor?

5 - A Crise de Autoridade e o "Terra de Ninguém": A alta rotatividade de diretores e o "vácuo de autoridade" levam a escola a ser considerada uma "terra de ninguém." Como a Sociologia da Educação interpreta o impacto da instabilidade gerencial (crise de autoridade) na manutenção da ordem e na definição de papéis e regras dentro da instituição escolar?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

SEGREDO DO VIVER PLENO (Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe. Oscar Wilde).




PENSAMENTO

SEGREDO DO VIVER PLENO (Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe. Oscar Wilde).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

              Só existe vida plena e feliz no limiar da morte, por isso me arrisco tanto. Os que têm medo da morte não vivem as experiências dos superadores da barreira da mesquinhez existencial. A VIDA É MAIS GOSTOSA  E FRUITIVA QUANDO VIVEMOS PERTO DA MORTE, DE FORMA QUE PODEMOS CONTEMPLAR SEU MORTÍFERO FULGOR, EXPERIMENTAR SEU GOSTO FATAL, SENTIR SEU FUNESTO CHEIRO, com a certeza que ainda estamos do lado de cá, pelo menos por enquanto. Tudo isso se mistura numa emoção sem par, antes mesmo da sua autoentrega ao pó da terra: Deus absolve o espírito! Parece-me pleonástico dizer sobre a eternidade não morrer, mas o seguinte silogismo é válido: se Deus e seus atributos são eternos; a morte é um atributo de Deus, logo a morte é eterna. É como diz Friedrich Nietzsche: "Até Deus tem um inferno: é o seu amor pelos homens." E no fim último se misturam: morte e prazer, assim disse Paulo Rodrigues: "O coração de um defunto bate mais do que O de um vivo."
          Na defesa da vida, há o prazer da morte E VICE-VERSA. E deixar a velha de preto com foice na mão por último é convidá-la para a sobremesa, a parte melhor da refeição universal. Então, comenta Caroline Nunes Souza: "Também acho que quem tem medo da morte não vive, apenas passa pela vida, sem ao menos levar algo dela. Mas, gosto de pensar que todo dia É o meu último dia, pois assim faço tudo o que quero, e tenho tempo de consertar meus erros. Afinal de contas, não podemos ter medo da morte, mas temos que pensar que podemos morrer a qualquer instante". Eu diria que assim se vive melhor.
Claudeko
Enviado por Claudeko em 26/07/2011
Alterado em 27/07/2011
Código do texto: T3119467

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas



Comentários




terça-feira, 26 de julho de 2011

Haja Paz (Poema Cordelino)

Texto

HAJA PAZ

HAJA PAZ
Claudeci Ferreira de Andrade

Paz que o mundo precisa!
Qual será a paz deste mundo tão vil?
A transgressão a desfaz como jamais se viu!
Professores fazendo sermões, ensinando a escutar
E atrás dos canhões também, ficam a se ocultar.
Paz que o mundo precisa!
A paz que o homem constrói, num tratado que assina,
Na data se destrói, a violência predomina!
Mas, a verdadeira paz em suma não mudou,
Ela existe nas lições que JESUS nos ensinou.
Paz que o mundo precisa!
Claudeko
Enviado por Claudeko em 02/05/2009
Alterado em 29/06/2009
Código do texto: T1571158

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Comentários
20/07/2011 15:19 - Gedeon Campos
Eis me aqui nesta passagem, nesta leitura que fiz nem pensei escrever nada, mas pra meter meu nariz, deixo mi'a pergunta fria desde quando a poesia, seu cronista (in)feliz.(KKKK,... HÁ-BRAÇOS!)
29/07/2010 22:33 - Neusa Storti Guerra Jacintho
A Paz de Jesus a você, Claudeko, que a merece porque é um filho de Deus!! Haja a Paz!! abç gde


24/01/2010 16:14 - Alcione Pereira
É verdade amigo poeta! A paz verdadeira só mesmo vindo de Deus! Jesus Cristo deixou bem claro no seu Sermão do Monte (Mateus dos capítulos 5 ao 7). O apóstolo Paulo disse que a paz vinda dos governos humanos seria falsa, basta ler em 1-Tessalonicences 5:3.


02/07/2009 21:32 - Angeluar
PAZ ...PALAVRA TAO PEQUENA E DIFICIL DE CONQUISTAR E NAO TEM PREÇO QUE PAGUE SEU VALOR...



quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Marcha das Vadias e o Jogo das Aparências ("Não somos o que nos aconteceu, mas o que escolhemos nos tornar." - Carl Jung)



Crônica




A Marcha das Vadias e o Jogo das Aparências ("Não somos o que nos aconteceu, mas o que escolhemos nos tornar." - Carl Jung)


Por Claudeci Ferreira de Andrade

Assustei-me, confesso, quando ouvi falar pela primeira vez da "marcha das vadias" chegando ao Brasil. Como uma tempestade silenciosa, o próprio nome carregava uma promessa de confronto: um rastro de polêmicas que ecoaria por meses, talvez anos, nas discussões sobre gênero, sexualidade e poder. Em tempos onde a igualdade de gênero se tornou um lema, qualquer palavra, qualquer gesto que um homem faça em direção a uma feminista é julgado como machismo ou, no melhor dos casos, como uma cantada indesejada. E ai dele se ousar contrariar! O contraponto, muitas vezes, o destrói. Essa tensão, esse medo, me fez questionar: será que isso é justo? Ou, pior ainda, será que é humano?


Entretanto, como em qualquer movimento social, a linha entre o certo e o errado, entre o rebelde e o repressor, torna-se tênue. A revolução dos conceitos, que às vezes promete libertação, pode gerar um ciclo vicioso, um jogo de aparências que nos impede de enxergar além da superfície. Observo, por exemplo, o fascínio por aquelas que se intitulam "vadias", mulheres que parecem quebrar todas as regras e limites estabelecidos pela sociedade. Para alguns, são símbolos de liberdade; para outros, um mero reflexo de depravação disfarçada de empoderamento. Mas quem sou eu para julgar? Afinal, a escolha é delas, e a liberdade é o que buscamos. Ou não?


No fundo, o que realmente me choca é perceber que, muitas vezes, essa liberdade vem acompanhada de uma contradição dolorosa: a das que se escondem atrás de um falso moralismo, aquelas que, ao negarem a própria essência, acabam aprisionadas em uma casca de hipocrisia. Esses seres, embora com aparência recatada, são igualmente propensos à decepção e ao engano, mascarando uma depravação escondida sob o véu da moralidade socialmente aceitável.


Já as mulheres do meio, as que buscam o equilíbrio, parecem ser as mais desejadas. Elas não são nem totalmente rebeldes, nem completamente conformistas. Agradam a todos, com um charme natural que, embora não se imponha de forma arrojada, revela-se como a verdadeira força da feminilidade. Não se perdem em manifestações de rebeldia nem se deixam consumir pela mediocridade da apatia. Sabem como caminhar entre os extremos sem se perder no jogo de contradições que todos, invariavelmente, jogamos.


Os garanhões da vida, os sedutores incansáveis, não se atêm a uma única escolha. Buscam a variedade, como beija-flores que se alimentam de diversas flores, mas que nunca permanecem muito tempo em nenhuma delas. São, de certa forma, escravos de seus próprios desejos fugazes. Tolstoi, com sua sabedoria, disse certa vez: "O amor começa quando uma pessoa se sente só e termina quando uma pessoa deseja estar só." Talvez seja esse o ciclo que os sedutores alimentam, sem perceber que a busca por afeto, em última análise, é sempre uma busca pela própria paz interior.


Quando penso nas mulheres que se tornam viciantes aos olhos dos homens, vejo-as como a personificação de um desejo que não pode ser facilmente saciado. Penso naquelas que também são viciadas, que buscam algo além do físico, algo que transcende a carne e toca a alma. Porque, no fim, a atração verdadeira nunca é apenas pela aparência ou pela facilidade das conquistas. A convivência, o toque constante do tempo, as trocas de olhares e palavras, são os elementos que fazem as mulheres — e os homens — se tornarem não apenas atraentes, mas fascinantes. E, se algo separa mulheres de "vadias", como bem disse Bia Bandeira, é justamente a atitude com que elas lidam com as suas escolhas e com as consequências delas.


Há uma grande verdade que os homens, em sua maioria, escondem: o medo das mulheres. Mas não de qualquer mulher. Temem aquelas que têm poder, que exalam confiança, que se recusam a se submeter aos padrões de uma sociedade que insiste em rotulá-las. Quanto mais bonita, imponente e decidida, mais essas mulheres assustam os homens inseguros. E eu me incluo nessa categoria: a insegurança é uma condição humana universal. E, mesmo que pareça estranho, nós, homens e mulheres, somos feitos da mesma essência. A diferença está no que fazemos do que a vida fez de nós.


Hoje, olhando para essa realidade que se impõe, vejo que o que importa não é quem estamos tentando ser ou o que os outros pensam de nós, mas sim como nos tornamos nós mesmos. Talvez a liberdade verdadeira seja a coragem de não precisar agradar a todos, mas a honestidade de sermos, no fundo, quem somos. E, para isso, é preciso coragem. Coragem para viver a própria verdade. Coragem para não ter medo da marcha das vadias, das morais quebradas, ou dos padrões impostos. Porque, no final das contas, o que nos salva é a verdade que nos permite ser humanos, e não as máscaras que nos forçam a usar. "Conhece-te a ti mesmo." – Sócrates.


Como um bom professor de sociologia do Ensino Médio, apresento 5 questões discursivas sobre o texto fornecido:

1. O texto inicia com uma reação à "Marcha das Vadias". De que forma o autor descreve essa reação inicial e quais questões sociais esse movimento levanta?

2. O autor menciona um "jogo de aparências" e diferentes rótulos atribuídos às mulheres ("vadias", "moralistas", "equilibradas"). Como essa classificação contribui para a discussão sobre estereótipos de gênero e a busca por liberdade?

3. A citação de Tolstoi ("O amor começa quando uma pessoa se sente só e termina quando uma pessoa deseja estar só.") é utilizada no texto. Qual a relação estabelecida entre essa citação e a reflexão sobre os "garanhões" e a busca por afeto?

4. O autor afirma que "há uma grande verdade que os homens, em sua maioria, escondem: o medo das mulheres". Que tipo de mulheres, segundo o texto, despertam esse medo e por quê?

5. Na conclusão, o autor defende que "o que nos salva é a verdade que nos permite ser humanos, e não as máscaras que nos forçam a usar". Como essa afirmação se relaciona com a discussão sobre autenticidade, padrões sociais e a "Marcha das Vadias" apresentada ao longo do texto?