"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 24 de agosto de 2019

CONVITE versus CONVOCAÇÃO ("Em nenhum cargo você encontrará na lista de deveres a prática do assédio moral, mas há quem pratique como sendo uma das atribuições inerentes a ele". — Ednete Franca)



Crônica

CONVITE versus CONVOCAÇÃO ("Em nenhum cargo você encontrará na lista de deveres a prática do assédio moral, mas há quem pratique como sendo uma das atribuições inerentes a ele". — Ednete Franca)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Todo professor efetivo foi concursado para um período (30 horas aulas), podendo trabalhar nas duas redes de ensino: municipal e estadual. Eu trabalho no período matutino no colégio estadual e no vespertino na escola municipal. Uma convocação da secretaria municipal para todos professores comparecerem a uma capacitação no turno matutino parece-me arrogante e prepotente. Acharem que devo matar trabalho no colégio estadual para aquiescer à tal convocação de horário inconveniente para mim, no mínimo, devem-me convencer que é lucrativo demais. Uma vez que organizei minha disponibilidade, firmei compromisso para o vespertino na escola municipal, essa é minha obrigação. Qualquer convocação ou convite da secretaria municipal em meu horário de trabalho para o município terei obviamente a obrigação de atender. Porém o abuso é tão grande que a maioria dos diretores repassa o comunicado assim: "...É imprescindível a presença de todos. Aqueles professores que trabalham em outra rede no horário citado, favor trazer declaração." Como assim?!  Uma organização que respeita seus funcionários tentaria convencê-los que a palestra é demais importante, apresentando também um currículo do palestrante para garantir a quem for que não será perda de tempo. E a organização se oferecer a servir declaração de comparecimento para que eu possa justificar no trabalho que me ausentei por julgar estar fazendo a coisa certa.
           Um convite ou uma convocação feita pelos escritórios superiores para subordinados, tanto faz, ambas as escrituras têm a mesma força moral, uma vez publicadas. Já que o sistema aceita professores para turnos independentes, no mínimo, os líderes de bom senso fariam convites e convocações para eventos que se repetiriam em todos os turnos. Aí não necessitaria da irradiação do poder das declarações.
          O que eu faria se fosse à palestra que fui convidado no meu turno de outro trabalho, e o outro trabalho se negasse a aceitar a declaração dos promotores do evento, por ser de interesse particular? Outra pergunta: se eu decidisse não ir a tal reunião que fui convocado pela municipal, que obrigação teria o colégio estadual de me fornecer uma declaração para justificar que estou trabalho em turno paralelo?
           De assédio em assédio a gente aprende a assediar, pois já aprendemo-nos defender com as mesmas armas quem nos ferem.  "Uma educação corrompida pelo assédio moral para não se denunciar irregularidades administrativas, faz com que tenhamos uma (des) educação que vai contra toda moral e ética que poderia nos trazer o progresso social." (Samuel Nunes de Andrade)
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 27/01/2019

Reeditado em 24/08/2019
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sábado, 17 de agosto de 2019

EDUCAÇÃO: CICATRIZES DA PERSEGUIÇÃO! ("O mal que fazemos não suscita tanto a perseguição e o ódio como as nossas boas qualidades." — François La Rochefoucauld).



Crônica

EDUCAÇÃO: CICATRIZES DA PERSEGUIÇÃO! ("O mal que fazemos não suscita tanto a perseguição e o ódio como as nossas boas qualidades." — François La Rochefoucauld).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Analisando a relação aluno e direção da escola, consigo ver um constante diálogo. Frequentemente há aluno na sala da diretora e na coordenação, mas o leque de temas a ser tratado ali é muito restrito. O pior são os líderes que gostam desses informantes, quando eles saem, professores são chamados. Quando os vejo naquele local, já me preocupo, pois certamente esta fazendo uma denúncia ou levando "bronca". O limite de um aluno limita os outros. E todos eles em função deles mesmos!  Aqui cabe bem as palavras de Martha Medeiros: "Paixão é a força motora que justifica nossa existência, mas a perseguição desenfreada por esse privilégio nos torna dementes, viramos parasitas de uma obsessão." Quem tem dom, ensina. Quem não tem, aprova leis sobre o ensino.
           Então no Facebook, eu disse que na sala sem professor, os alunos esperam em silêncio para fazer bagunça na presença dele. Zelam de sua imagem para o sistema, mas não cuidam da imagem para quem os avalia. Então um dos meus amigos virtuais retruca: — "Boa noite, professor Claudeci Andrade, o senhor me parece tão insatisfeito com a educação?!".
          Depois de uma profunda e demorada reflexão, fui obrigado, pelas circunstâncias, concordar com ele, porém com uma ressalva. Disse-lhe que  sim, realmente estou muito insatisfeito com essa "lambança", não com o ato de ensinar, não porque tem quem quer aprender, mas estou triste demais com o que fizeram da educação. Percebo no trabalho das coordenações mais perseguição que orientação útil aos professores. Mercenários criaram labirintos para garantir seus empregos que dificultaram o meu. São tantas leis e normas desnecessárias que não sobram tempo e espaço para se refletir nos conteúdos da vida (matriz curricular). Estuda-se para justificar a existência da escola, mas se existe só para ser filantrópica, qualquer outra entidade pode sê-lo. Depois disso, ele ainda insiste: — "Professor lembre-se de que para os que querem, o senhor faz a diferença; então aqueles que não querem, a vida ensina."
          Será se a escola ensina para a vida ou se deve deixar que a vida ensine os que a escola não ensinou? Talvez sejam tantos os ensinados pela escola, que eles vão ensinar a vida ser cruel. O que dizer da ação geradora de suposta educação, quando leciono 15 aulas de Língua Portuguesa, podendo cumprir essa carga horária em três dias, sendo forçado a um quarto dia para planejamento na escola. Se eu leciono 15 aulas, certamente sou remunerado pelas 15 aulas, meu preparo, estudo e planejamento para estas aulas, faço bem na boa administração de meu tempo e equipamento tecnológico. Ser forçado a ir uma quarta tarde à escola para planejar, se posso fazer isso melhor em minha casa, ou em uma biblioteca, ou em um laboratório de informática com uma boa internet, é abuso.
           Eu sou o insatisfeito com essa perseguição. Em meio a insatisfação de aluno e professores não há ensino e nem aprendizagem. Vance Havner aponta essa realidade, dizendo: "A popularidade tem matado mais profetas do que a perseguição". E um desconhecido me explica o fenômeno: "Se sentem incomodado com a tua presença, é porque conhecem o teu brilho, sabem da tua força, invejam o teu caráter temem que os outros vejam o quanto tu és melhor e tua alma és mais evoluída. O que vale mais não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação e a honestidade. Não é a roupa, é a atitude e o bom caráter! A ignorância deles lhes presenteia com a inveja, a mentira, etc."
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 14/03/2018
Reeditado em 17/08/2019
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sábado, 10 de agosto de 2019

EUFEMISMO: BURRO! ("Se eu fosse burro, não sofria tanto." — Raul Seixas)



Crônica

EUFEMISMO: BURRO! ("Se eu fosse burro, não sofria tanto." — Raul Seixas)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Em uma aula de Língua Portuguesa, recebi uma lista dos alunos com a ordem expressa da secretaria para fazer a chamada da turma. Onde eu estava ensinando as regrinhas de acentuação gráfica. Era um segundo ano do Ensino Médio, mas com nível de oitavo ano primário. Ao perceber que os nomes ali na lista estavam sem acento gráfico, então decidi fazer daquele momento mais uma oportunidade para lhes mostrar a importância da acentuação tônica e gráfica para a modalidade padrão da Língua Portuguesa. Portanto, bastou-me chamar dois ou três, incluindo "Pamela", assim sem acento, com a pronúncia de paroxítona, ela me corrigiu não muito educadamente, pois é quase sempre assim que se mostram superiores ao professor. Chamei mais outro, quando um daqueles sedentos por atenção esculhambou-me e o fez da forma mais cruel possível, o incompetente intercessor de todo mundo, disse:
            — "Ainda diz que é professor de português, não sabe nem dizer o nome certo dos alunos!"
           Foi quando, eu o chamei de "Burro"! Foi o eufemismo mais bem usado que um professor de Português já empregou. Ele foi arrogante e prepotente, pois eu não tinha nem chamado o nome dele ainda, intrometido; foi ignorante por desconhecer o conteúdo e a boa intenção da aula; foi atrevido por falar sem escrúpulo com o professor; desrespeitoso ao tentar provar que ele estava certo, porém sem o mínimo de razão. Todavia, o mais grosseiro que presenciei naquela aula foi os comparsas dele, minutos depois, quase me forçando a colocar um acento circunflexo na palavra "Pera", e ele gargalhando escandalosamente, sentiu-se apoiado! Nisso, apenas me perguntei,  Como o professor poderá lhes ensinar alguma coisa, se eles não confiam em seu professor? Certamente, estão ali para mostrar que sabem ou que são bons. Por isso, cheios de si não há espaço para virtude alguma.
           Não falta quem diga aos alunos que eles também são deuses, especialmente os evangélicos! Cheios de conhecimentos prévios, segundo Paulo Freire, então que o professor se eduque com eles de igual para igual. Antigamente o professor era o mediador do conhecimento, agora é o aluno o mediador de tudo! Com isso, desculpo-me com a certeza que o professor não é o sabe-tudo, mas mesmo assim, devia merecer a consideração de quem é estudante de verdade, que descobrindo um erro do professor, porém o corrijam humildemente como querem ser corrigidos, com uma pergunta inteligente, forçando o professor a entender qual é sua obrigação.
           Que disposição eu terei para ajudar a quem não me tem em alta estima?        
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 05/02/2018
Reeditado em 10/08/2019
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sábado, 3 de agosto de 2019

A PROFISSÃO DO FUTURO ("O Brasil é um país onde arrogância torna-se crime e delação virtude." — Nelson Barh)



Crônica

A PROFISSÃO DO FUTURO ("O Brasil é um país onde arrogância torna-se crime e delação virtude." — Nelson Barh)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Eu estava em cima de meu telhado colhendo alguns cajus, pois o cajueiro deitava suas galhas carregadas por cima da casa. Quando me surpreendo com a minha vizinha filmando-me com o celular lá do quintal dela, que não fica longe. Bem intencionada ela não estava... E muitos, em todos os lugares estão dando uma de paparazzi, para tirar vantagem de qualquer um. Refiro-me aos denunciantes de plantão, forjando provas para defender seus intentos. Falam nas mídias das delações premiadas, mas não se conhece nenhum "dedo-duro" que ganhou prestígio por sê-lo. Pelo contrário, faz-lho a si mesmo de graça, mau caráter travestido de anjinho. Até os noticiários são suspeitos e não merecem a credibilidade pelo sensacionalismo e mercenarismo por revelar os feitos negativos dos outros. E com instintos "uruburescos", curiosos deliciam-se com o sabor da podridão do mundo, depois regurgitando no próximo, feito à moda da casa.
            O denunciante anônimo é criminoso também, pela coparticipação ideológica no crime, ainda que indiretamente e passivamente. É como quem assiste a um filme pirata, beneficiando-se das emoções roubadas, assumindo a postura de consumidor e motivando a produção ilegal, chega até a se identificar com os personagens, e patrocinando o espetáculo com sua apreciação. É como os noticiários de tragédias lucram com a desgraça dos outros! Sem a audiência e assistência ávida não persistiam os programas deseducativo nos veículos de comunicação, a pirataria e os fofoqueiros dos Demônios.
           O denunciante é irresponsável, porque é ligeiro para mostrar sua versão do que viu e ouviu, sem antes saber se é a verdade comum a ambos. Geralmente não se responsabiliza pelo que interpreta, prefere o anonimato pensando em causar prejuízo somente no outro. E se alguém lhe fizer uma pergunta, como responderá sem reformular uma falsa  história inicial? Assim, sem firmeza procedem os que têm pés apressados para fazer intrigas, contar o que não viu, lidando só com o alvoroço!
            O denunciante é covarde, a maioria dele faz questão de permanecer anônima. Não tem coragem e nem competência para resolver coisas mínimas que lhe pertence e prefere jogar nos outros, cobrando-lhes responsabilidade. O incoerente nesse caso, é que existem muitas empresas que só funcionam se houver denunciantes, e, infelizmente estas são revestidas do poder para punir. Como um covarde contribuirá para a ordem e progresso social, sendo extensão do olhar cedo de entidades do "0800"?  Ele está cheio de medo de ser punido como "x-9". E se a questão não é dele por que haveria de pegar um cachorro que vai passando na rua pela orelha?
            É assim que eu entendo o pensamento de Martin Luther King: "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." Os falsos "bons" formulam denúncias anônimas e enchem o mundo de "fake news". Certamente, o tolo quando é ofendido, logo todos ficam sabendo por vias honestas e desonestas. Outro tipo de "bons" silencia-se, para oferecer suas palavras certas na hora certa e falam com sabedoria, desbancando e desempregando as mentiras.  "O homem alterou tanto a sua personalidade que hoje, "delação premiada" tem mais valor que um fio de barba" (Josemar Bosi).
            Então reforço, na trama da vida, os fracos fogem, os covardes denunciam, os fortes resolvem, os injustos julgam e os escritores percebem. "Algumas pessoas nunca dizem uma mentira - se souberem que a verdade pode magoar mais." (Mark Twain).
           Quando começarem a pagar por produção a profissão de dedo-duro, terão que legalizar a prostituição também, e o alimentar-se de dízimo porque são profissões similares, no que tange a questão do alugar-se em detrimento ao caráter, e aos princípios religiosos.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 28/12/2017
Reeditado em 03/08/2019
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domingo, 14 de julho de 2019

SUPERSTIÇÃO ("Evitar superstições é outra superstição." — Francis Bacon)



Crônica

SUPERSTIÇÃO ("Evitar superstições é outra superstição." — Francis Bacon)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Sexta feira, 13, recebi a visita de duas pessoas, ambas estavam de bicicleta: a primeira, os correios de bicicleta amarela, a segunda estava em uma bicicleta vermelha, foi e voltou, então foram, na verdade, três visitas. Sendo supersticioso ao extremo, eu entendi isso como um presságio preocupante. Pois, é como disse Denis Diderot: "Do fanatismo à barbárie não há mais do que um passo".
            Eu estava esperando coisas ruins, mas vieram visitas aparentemente agradáveis! Da primeira, recebi uma compra através da internet, a qual havia alguns dias esperando, e a menina veio para limpar a casa, porque a minha sujeira já tinha atingido o nível artesanal. Pesquisei a simbologia da cor vermelha e cheguei aos esclarecimentos: indicação de grande sensibilidade, de paixão nas relações emocionais. Mas, também mostra perigo, violência, sangue, rejeição e vergonha, impulsos e desejos sexuais. Já a cor amarela: é um sinal de autoconfiança, então posso esperar oposição! "A imaginação é mais importante que o conhecimento." (Albert Einstein).
            Talvez eu deva pensar sobre minhas ações. Já me basta toda essa tensão, não me é o suficiente? E ainda mais perigosa é a tesão! Será se o vermelho das roupas do "Papai Noel" me influenciou desse tanto! Todavia, posso suportar ainda muitos abusos. Eu não quero perder meu lado simples do ponto de vista emocional, como amizades e família, sobretudo, detesto receber e dar presente de natal. O amarelo do cravo de defunto deixa-me subsaturado. Estou reavaliando este dia para afrouxar um pouco a rigidez dos meus valores, porém nem tanto, assim muito devagarinho, mesmo porque sendo uma pessoa moderna e flexível, quando se trata de prevenção, do amor e da família, isso me move, aí me envolvo nas raízes. "Castro Alves em sonhos me disse,amor não existe apenas crendice, só em sua fantasia ela é real." (Edílio Lima Bueno).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 17/12/2017
Reeditado em 14/07/2019
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sábado, 6 de julho de 2019

AMIGO SECRETO SEM SEGREDO ("Eu nunca gostei de amigo secreto. Se é secre...

CRITÉRIOS FROUXOS ("Quando você concede a terceira chance ao incompetente, a responsabilidade pelo insucesso passa a ser sua." — Adriana de Souza).



Crônica

CRITÉRIOS FROUXOS ("Quando você concede a terceira chance ao incompetente, a responsabilidade pelo insucesso passa a ser sua." — Adriana de Souza).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, precisei matar trabalho para ficar em casa concluindo as notas dos alunos de recuperação do quarto bimestre, na última semana do ano escolar municipal. São tantos trabalhos e provas diferenciadas para formar a nota dos alunos "atrasados" que chego a pensar na inutilidade deles. Eu tenho que fazer isso ficar mais difícil, contudo me sacrifico mais, não é justo que a nota final do aluno na recuperação seja maior do que a do melhor aluno na sala que foi excluído dela. Talvez isso seja exatamente o que vai acontecer comigo, vou ao inferno por ser bom, pois as vagas do céu já foram preenchidas pelos bandidos recuperados do mundo. Porém, acredito mais no contrário, quando o foco está na doença, nós nos recuperamos, mas não voltaremos ao estado original, ficam cicatrizes. O passar a mão na cabeça de aluno é um alisá-lo sem as implicações do assédio sexual, mas com as mesmas consequências. 
           Durante estas férias, vou procurar tratamentos para os meus sintomas mentais. Aqueles que herdei dos meus recuperados. Uma sensação de incompetência ainda me sobe à cabeça. E agora com a alma na área de crise e ao lado do corpo cansado sugere um desafio complexo para o meu intelecto e emoções, exigindo disciplina e serenidade para encontrar soluções adequadas. Eu quero viver tanto quanto um vegetariano: saudável e em paz! Contudo, Como fazer minha paz atormentar sua guerra sem guerra?
           Aí vem o conselho de classe que tem por critério: o 'cada caso é um caso". Então ali se tomam decisões confusas, as quais se justificam com relatórios sentimentais e ora minimamente técnicos, quando for conveniente. Um só argumento serve para reprovar o aluno e também para aprová-lo na boca do (miserico)rdioso. "Com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também." Só Jesus Cristo na causa!
            Já me aconteceu sair do pré-conselho incentivado por colegas e orientado pela coordenadora a antecipar a aplicação da recuperação. Eu queria sair mais cedo também e obedeci, mas a nota da recuperação não foi suficiente de alguns alunos e reprovando um aluno de cuja a mãe é barraqueira, tremeram, então os tais colegas me obrigaram a aplicar outra recuperação jogando-me na cara que a data certa era aquela última, pois ele tinha direito. Acho que isso explica a bancarrota que envolve o professorado atualmente.  "Quando você concede a terceira chance ao incompetente, a responsabilidade pelo insucesso passa a ser sua." (Adriana de Souza).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 13/12/2017

Reeditado em 06/07/2019
Código do texto: T6197946 
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sábado, 29 de junho de 2019

ALUCINAÇÃO ("Monstros são reais e fantasmas são reais também. Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem." — Stephen King)



Crônica

ALUCINAÇÃO ("Monstros são reais e fantasmas são reais também. Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem." — Stephen King)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

              Agora, é hora de iluminar os recessos da minha vida, matar as baratas nojentas da minha casa, reconhecer sua presença e livrar-se delas. Elas representam os problemas que eu estou escondendo, varrendo e fingindo que eles não existem. Por que atraí tantas baratas? Estou sentido alguns eventos estranhos na minha vida! Quais são os problemas que estão ocupando meu cérebro que não compartilho com ninguém? O que me atormenta à noite antes de dormir? Quais são as questões que eu prefiro não pensar ou enfrentar? QUE MENTIRAS estou dizendo para mim mesmo?
           Este pesadelo é SUGESTÃO de um momento de inquietação que se transforma NESTA reação dramática que você está lendo. Este extravasamento certamente comprometerá o meu relacionamento com as pessoas e REVELA a maneira como lido com questões de maior importância. Por isso, cultivar o autocontrole é fundamental ... é assim que eu tenho CONSEGUIDO. E não se assustem, essas CRIATURAS perturbadoras estão no território inconsciente, emocional e sexual, talvez esses QUESTIONAMENTOS justifiquem a pressão interna que eu sofro no momento.
           Agora que eu sei qual é minha doença, posso me libertar? "Cheguei numa fase da minha vida que vejo que a única coisa que fiz até agora foi fugir, fugir de mim mesmo, do meu nada, e agora não tenho mais para onde ir, nem sei o que vou fazer, fui péssimo em tudo." (Charles Bukowski).
            Hoje, outra segunda-feira e a melhor maneira de começar uma segunda-feira É reclamando. Mas, eu farei diferente, só o contrário, CHEGA DE CAÇAR baratas. Quero um presságio que me traga longa vida, saúde e felicidade, Talvez um desentendimento suave com A PESSOA amada, mas no final, SEJA o sucesso social a tônica da semana. Eu estou "LIGADO", e vou seguir a minha intuição. E que Deus não me a negue abundantemente! SOU NAZIREU!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 04/12/2017
Reeditado em 29/06/2019
Código do texto: T6189703
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domingo, 23 de junho de 2019

A INDISCIPLINA: GRITO POR SOCORRO ("Indisciplina é algo que se constrói aos poucos, mas difícil de ser amenizada. Não dar espaços para a sua construção já é meio caminho andado para que ela não seja construída." — Prof. Elijarbas Rocha)



CRÔNICA

A INDISCIPLINA: GRITO POR SOCORRO ("Indisciplina é algo que se constrói aos poucos, mas difícil de ser amenizada. Não dar espaços para a sua construção já é meio caminho andado para que ela não seja construída." — Prof. Elijarbas Rocha)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O sino toca, anunciando mais um dia de batalha. Respiro fundo, ajusto minha máscara de coragem e adentro a arena. A sala de aula do sétimo ano me recebe com seu costumeiro burburinho, uma sinfonia caótica de vozes juvenis que se mistura ao arrastar de cadeiras e ao bater de mochilas contra as mesas.

Caminho até minha mesa, sentindo o peso de todos os olhares sobre mim. Alguns curiosos, outros desafiadores, e poucos - ah, tão poucos - verdadeiramente interessados. O giz em minha mão treme ligeiramente enquanto escrevo a data no quadro. É segunda-feira, e o ar está carregado de promessas não cumpridas e sonhos adiados.

"Bom dia, classe", anuncio com um sorriso ensaiado. As respostas vêm em ondas dissonantes, algumas entusiasmadas, outras arrastadas, e muitas simplesmente ausentes. Começo a explicar o conteúdo do dia, mas logo percebo que minhas palavras se perdem no vazio entre mim e eles, como grãos de areia levados pelo vento.

Um risinho aqui, um comentário ali, e logo a agitação toma conta. Sinto-me como um maestro tentando reger uma orquestra onde cada músico decide tocar sua própria melodia. As palavras de um colega ecoam em minha mente: "A insubordinação é filha da murmuração e neta da incredulidade." Nunca essa frase fez tanto sentido.

Observo os rostos à minha frente. Alguns brilham com a luz da curiosidade, outros se escondem nas sombras da apatia. Por que é tão difícil alcançá-los? Por que alguns parecem determinados a sabotar não apenas minha aula, mas seu próprio futuro?

Os minutos se arrastam, cada segundo uma pequena eternidade. Para cada explicação minha, surge uma interrupção; para cada tentativa de engajamento, uma nova dispersão. É como tentar segurar água com as mãos - por mais que me esforce, algo sempre escapa.

Noto um pequeno grupo de alunos atentos, seus olhos fixos em mim, absorvendo cada palavra. Sinto uma mistura de gratidão e culpa. Eles merecem mais, merecem um ambiente propício ao aprendizado. Mas como proporcionar isso quando outros parecem determinados a transformar a sala em um palco para seus "espetáculos"?

Lembro-me das palavras de Carlos Drummond de Andrade: "A conquista da liberdade é algo que faz tanta poeira, que por medo da bagunça, preferimos, normalmente, optar pela arrumação." Talvez eu esteja tentando demais manter tudo em ordem, quando na verdade preciso aprender a dançar com o caos.

Ao final da aula, saio da sala com mais perguntas que respostas. O giz em minha mão está reduzido a um pequeno fragmento, assim como minha energia. Mas algo em mim se recusa a desistir. Amanhã será outro dia, outra chance de fazer a diferença, de alcançar aqueles que parecem inalcançáveis.

Enquanto caminho pelo corredor vazio, reflito sobre minha jornada como professor. Não é apenas sobre transmitir conhecimento, é sobre navegar as complexidades humanas, encontrar luz mesmo nos dias mais sombrios. E talvez, apenas talvez, a chave esteja não em silenciar o caos, mas em aprender a usar seu ritmo para criar uma sinfonia de aprendizado.

Saio da escola, o sol se pondo no horizonte, pintando o céu com tons de esperança. Amanhã, voltarei. Com novas estratégias, com renovada paixão. Porque no fim, cada mente iluminada, cada curiosidade despertada, faz tudo valer a pena. E quem sabe, um dia, o murmúrio do giz contra o quadro será mais forte que o ruído da indiferença.

Com base no texto apresentado, elabore respostas completas e detalhadas para as seguintes questões:

O texto descreve a sala de aula como um espaço de conflitos e desafios. Quais os principais obstáculos que o professor enfrenta ao tentar ensinar?

A relação entre professor e aluno é explorada de forma complexa. Como os sentimentos de frustração, esperança e impotência se manifestam na experiência do professor?

O texto faz referência à importância da disciplina e da ordem na sala de aula. Como conciliar a necessidade de um ambiente estruturado com a promoção da autonomia e da criatividade dos alunos?

A comparação entre a sala de aula e uma orquestra é utilizada para ilustrar a dinâmica da interação entre professor e alunos. Qual a relevância dessa metáfora para entender o processo de ensino-aprendizagem?

O texto encerra com uma nota de esperança e persistência. Quais os fatores que motivam o professor a continuar sua jornada, mesmo diante dos desafios?

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sábado, 22 de junho de 2019

QUANDO FRACO, FORTE ( "Há riscos e custos para a ação. Mas eles são muito menores do que os riscos a longo prazo da inação confortável." — John F. Kennedy)


QUANDO FRACO, FORTE ( "Há riscos e custos para a ação. Mas eles são muito menores do que os riscos a longo prazo da inação confortável." —  John F. Kennedy)

Por Claudeci Ferreia de Andrade

Era uma tarde de outono quando o sinal tocou, anunciando o fim de mais um dia letivo. Vinte anos de magistério pesavam sobre meus ombros, mas nada me preparara para a lição que estava prestes a aprender. A semana de avaliações se aproximava, trazendo consigo a habitual tensão no ar. Decidi elaborar uma prova diferente, algo que realmente desafiasse meus alunos: duas páginas repletas de questões objetivas, dignas de um vestibular.

O problema surgiu quando percebi que a escola não tinha recursos para imprimir tantas cópias. Foi então que tive a ideia de cobrar vinte e cinco centavos por prova, quando na verdade o custo era de vinte. Os cinco centavos extras serviriam para cobrir aqueles que não pudessem pagar. Para incentivar a colaboração, lancei um blefe: quem não pagasse teria que copiar a prova à mão, sabendo que isso seria impossível no tempo dado.

Mal tinha começado a aplicação da prova quando fui abordado por uma aluna, educada, mas direta: "Professor, se quem não pagar vai ter que copiar a prova, eu só vou pagar vinte centavos." Sua voz soou firme, seus olhos brilhando com uma mistura de desafio e indignação. Engoli em seco, percebendo que meu pequeno blefe havia se voltado contra mim.

No segundo ano "D", em uma tentativa de melhorar o rendimento da turma, decidi que a prova seria feita em duplas. Era uma pequena mudança, uma tentativa de tornar o processo mais leve e colaborativo. Mas, como bem se sabe, na escola, nada passa despercebido.

Dias depois, Janaína, do 2º C, me encurralou no corredor: "O senhor devolveu o dinheiro para as duplas do 2º D? Eles usaram menos provas!" Sua voz carregava uma acusação velada, como se eu fosse um criminoso prestes a ser desmascarado. Enquanto explicava que cada aluno recebera sua cópia para rascunho, uma pergunta ecoava em minha mente: por que se importavam tanto com algumas moedas que poderiam me sobrar, mas não se preocupavam com a possibilidade de eu ter prejuízo?

Naquela noite, sentado em minha poltrona gasta, as palavras de um colega mais experiente vieram à tona. "É o espírito de cidadania que tanto pregamos", ele dissera com um sorriso irônico. Mas seria mesmo? Ou estaríamos cultivando uma geração de fiscais implacáveis, prontos para apontar o dedo ao menor sinal de injustiça, real ou imaginária?

Folheei minha velha Bíblia, buscando conforto nas palavras antigas. "Se lhe baterem numa face, apresente a outra também", li em voz baixa. A sabedoria milenar parecia zombar da minha situação moderna. Ser professor, percebo, é viver essas palavras diariamente. As críticas, as cobranças, os pequenos ataques disfarçados de justiça são, muitas vezes, oportunidades de praticar o que ensino.

Conforme os dias passavam, percebi que aqueles centavos haviam se tornado muito mais do que uma questão financeira. Eram um símbolo de confiança, de respeito mútuo entre professor e aluno. Cada moeda carregava o peso das expectativas, das frustrações e dos sonhos daqueles jovens.

Hoje, olhando para trás, entendo que a verdadeira lição não estava na prova que elaborei, mas na reação que ela provocou. Aprendi que, às vezes, o custo de uma ação vai muito além do valor monetário. Que cada decisão que tomamos como educadores ecoa nas vidas de nossos alunos de maneiras que nem sempre podemos prever.

No fim das contas, a educação não é apenas sobre ensinar conteúdo. É sobre mostrar, através de pequenas atitudes, como enfrentar as injustiças da vida. E se, por vezes, esses ensinamentos passam despercebidos pelos alunos, continuo acreditando que um dia, lá na frente, quando estiverem enfrentando seus próprios dilemas, as lições que vivemos juntos ressoarão em suas memórias.

Enquanto isso, sigo carregando minhas cicatrizes, tanto físicas quanto emocionais, sabendo que elas fazem parte do meu papel. E, ao fechar a porta da sala de aula, deixo para trás a certeza de que, mais do que provas ou notas, o que realmente importa são os laços que se formam e as lições que se levam para a vida. Afinal, como me pergunto sempre: que outro ofício no mundo poderia me ensinar tanto quanto este?

E você, caro leitor, já parou para pensar no verdadeiro preço das suas ações? Quantas moedas de confiança e respeito você tem acumulado ou perdido ao longo do caminho? Talvez seja hora de fazer nossas próprias contas, não com centavos, mas com os valores que realmente importam.


Com base no texto apresentado, proponho as seguintes questões para uma discussão em sala de aula, explorando os temas da educação, ética e relações interpessoais:


O texto apresenta um conflito entre a necessidade de recursos e a ética profissional. Como o professor poderia ter resolvido a situação de forma mais adequada?


A atitude dos alunos, tanto na cobrança dos vinte centavos quanto na acusação de fraude, revela quais valores e expectativas em relação ao professor?


O autor reflete sobre o papel do professor como modelo. Quais valores éticos e morais devem ser transmitidos aos alunos através do exemplo?


O texto aborda a questão da confiança na relação professor-aluno. Como construir e manter essa confiança em um ambiente escolar?


Qual o impacto das atitudes dos alunos na motivação e no bem-estar do professor? Como os professores podem lidar com situações de desrespeito e ingratidão?

segunda-feira, 17 de junho de 2019

"TUDO ACABA ONDE COMEÇOU" ("Muitas vezes abro mão de minha opinião para agradar aos imbecis funcionais!" — (Luiz Felipe)



Crônica

"TUDO ACABA ONDE COMEÇOU" ("Muitas vezes abro mão de minha opinião para agradar aos imbecis funcionais!" — (Luiz Felipe)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Já é fim do ano letivo, pude observar a aflição de um professor com 50% dos alunos com notas insuficientes para aprovação. Ou não tinha certeza do que fez, ou não sabe fazer a tramoia. Estava com tanto medo das consequências de sua atuação que veio me consultar se os alunos de nota vermelha com ele eram os mesmos comigo. E ali apalpou outros mais, porque seu veredicto sozinho o faz ruim. entendi que não é baseado na verdade e ralidade da competência do aluno que se decide pela aprovação dele, porém pelo complô ou cartel da nota. Não é pelo o resultado do aluno, todavia o jeitinho da cumplicidade. Já dizia Mestre Arievlis: "Com ou sem complô.... a vida segue...de cabeça erguida para uns e incertezas para outros. Acompanhada de um remorso sem fim."
           Aprendi isto em um conselho de classe: a deficiência é do aluno, mas é o professor que tem de mudar a metodologia! Mais antes, não tivesse ensinado nada, ficaria mais fácil para ambos. Por isso, "(...) não tenho ódio nem vontade de chorar. Em compensação também não tenho vontade de mais nada." (Caio Fernando Abreu).
           Existe também o meneio de professores defendendo os seus queridinhos das garras malvadas dos colegas mais tradicionais. Quando endureço meu coração em uma medida disciplinar, sou odiado por ambos. Estou cansado de ser usado para dar prestigio a colegas liberais invalidadores de minhas regras. Marquei a prova, e o aluno descompromissado viaja na data, depois me aparece querendo fazer a mesma prova já corrigida e devolvida. E há colegas e mães que vêm interceder por ele. Nem sabem que: "Interceder é se expor, e se colocar na brecha pelo outro" (William Paixão). Chamo isso também de impostura ardilosa. A noite já não é mais uma criança desde a educação noturna!
            É como já falei, hoje, o ano escolar termina para mim, com os nervos tensos, devido ao estresse dos confrontos gerados no conselho de classe E EM TODA CARGA DO ANO. DE tanto JULGAR E OUVIR julgamentos, minhas emoções ficaram um pouco instáveis, SINTO ESTA SENSAÇÃO E mais dramaticamente quando confrontadas com desafios do que com problemas reais. CONTUDO minha estrela SEMPRE FOI tensa com o confronto de meus dramas internos ... "Se me derem o supérfluo, abro mão do indispensável". (Oscar Wilde).
          Agora vou estender a rede, vou parar de fazer minhas atividades diárias para ficar apenas mais um tempo deitado na rede. Que as diferenças do dia a dia. - Fodam-se. Pelo menos longe do trabalho, estarei longe dos problemas relacionados às intrigas no ambiente de trabalho. Eu vou deitar na rede, mas não vou dormir, procurando mais prazer, porque SEM PREOCUPAÇÕES, eu sou mais sensível. Vou deixar fluir! Venha ser meu objeto de inspiração, tenho um poema aqui dentro do peito pronto para sair ao encontro de alguém com asas.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 28/11/2017
Reeditado em 17/06/2019
Código do texto: T6184901 
Classificação de conteúdo: seguro

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