"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 9 de outubro de 2021

FALTA DE DESEJO DE APRENDER Causas e Consequências Clenilda Cazarin Pezzini*1 Maria Lidia Sica Szymanski*


 
FALTA DE DESEJO DE APRENDER Causas e Consequências Clenilda Cazarin Pezzini*1 Maria Lidia Sica Szymanski*2 Dentre todas as dificuldades pelas quais passa a educação no Brasil, destaca-se, atualmente, um grande desinteresse por parte de muitos alunos, por qualquer atividade escolar. Freqüentam as aulas por obrigação, sem, contudo, participar das atividades básicas. Ficam apáticos diante de qualquer iniciativa dos professores, que se confessam frustrados por não conseguirem atingir totalmente seus objetivos. Esta pesquisa, com alunos, professores e demais membros da comunidade escolar, buscou investigar por que tais alunos mostram-se desinteressados pelos estudos, a fim de possibilitar a busca de alguma saída, de modo a que tais alunos adquiram os conhecimentos mínimos desejados pela escola e que são um direito de todos. Das leituras efetuadas, descobriu-se que desejo é o sentimento muito forte do querer. É querer tanto, a ponto de não medir esforços para conseguir o objeto desejado. Segundo RUDEL (2007, p.35), “um impulso não satisfeito em tempo leva ao surgimento de uma tensão - que caracteriza o desejo.” E sempre que “...o indivíduo pensa na coisa desejada, está criando ou aumentando tensão psíquica, e ficando assim como alvo de motivação que o levará a agir no sentido de satisfazer o desejo surgido.” O desejo é próprio de seres inacabados, pois um ser que não carecesse de nada não desejaria nada, seria um ser perfeito, um deus. Sendo próprio de seres inacabados, ele deveria fazer parte de todo ser humano – incluindo, naturalmente, os alunos, que, segundo FREUD ([1910] (1990), deveriam fazer parte dos “desejantes de saber”, tal como as crianças e os cientistas. É interessante ressaltar que o sujeito infantil está interessado no conhecimento das coisas sexuais, e para Kupfer (1995, p. 80) a descoberta da diferença sexual anatômica é o início do desejo de saber, pois a “criança descobre diferenças que a angustiam. É essa angústia que a faz * 1 Pedagoga do Colégio Estadual Beatriz Biavatti, em Francisco Beltrão-PR clenildapezzini@ibest.com.br * 2 Pós-doutora em Psicologia, Desenvolvimento humano e Educação.Professora da FACIAP e UNIOESTE. szymanski_@hotmail.com querer saber”. É o interesse pelas coisas sexuais que, posteriormente, deslocar-se-á para outros objetos, tais como o conhecimento veiculado por meio do trabalho pedagógico com o conteúdo escolar. Se o desejo está ligado à história pessoal de cada sujeito infantil, o que restaria ao professor, nos casos em que o aluno apresenta-se desinteressado quanto ao saber? Para KUPFER (1995, p. 79), “... o processo de aprendizagem depende da razão que motiva a busca de conhecimento”, ressaltando o porquê da sua importância. Os alunos precisam ser provocados, para que sintam a necessidade de aprender, e não os professores “despejarem” sobre suas cabeças noções que, aparentemente, não lhes dizem respeito. A forma de apresentar o conteúdo, portanto, pode agir em sentido contrário, provocando a falta de desejo de aprender que seria, para os alunos, o distanciamento que se coloca entre o conteúdo e a realidade de suas vidas. Quando o aluno não percebe de que modo o conhecimento poderá ajudá-lo, como desejará algo que lhe parece inútil? Esta inutilidade também aparece na dificuldade de conseguir emprego tão logo completem seus estudos. Então, parece-lhes que perderam tempo na escola. As políticas educacionais praticadas pelo MEC nem sempre vêm contribuindo para o desejo de aprender. Como exemplo a ser citado é a aprovação, pelos Conselhos de Classe, de alunos que não adquiriram o conhecimento mínimo necessário e, portanto, a média exigida. (Resolução nº 3794/04) Como resolver tais situações? Uma maneira prática de incentivar os alunos a buscarem conhecimento é o desenvolvimento da autonomia, que pode ser encarada ao mesmo tempo como capacidade a ser desenvolvida pelos alunos e como princípio a ser adotado pelos professores. É gerando ações e vivenciando-as com os alunos através de temas estimulantes e buscando sempre o sentido daquilo que se faz, criando atitudes, valores e normas, que o professor terá condições para uma situação geradora de autonomia e segurança, não só para os estudos, mas também para a vida. A construção da autonomia é muito mais importante do que a exigência de “disciplina”, pois crianças “... encorajadas a pensar ativa, crítica e autonomamente aprendem mais do que as que são levadas a obter apenas competências mínimas” (KAMII, 1986, p. 120). Esta autonomia é criada também pela oportunidade de participação. O aluno precisa sentir-se acolhido, respeitado, encorajado a fazer perguntas sobre o que não entendeu, pois, do contrário, levará consigo suas dúvidas pelo medo de “dar um fora”. O acolhimento, o respeito e o encorajamento, bem como a responsabilidade, devem ser praticados também na família, cuja participação na vida escolar dos filhos é fundamental. E quando se fala em respeito, deve-se lembrar que os jovens têm seu jeito próprio de ser, de se comportar, de falar. Desde que este jeito não fira o jeito dos demais, ele deve ser respeitado, pois não adianta querer que os jovens mudem para agradar aos professores. A Pesquisa de campo: Desejando buscar o desejo do aluno Este estudo objetivou pesquisar as causas apontadas pelos alunos para a falta de desejo de aprender. Para isso, foi feita uma pesquisa exploratória, que pode ser definida como um meio para conseguir maior conhecimento sobre o assunto, antes de tomar qualquer outra atitude, ou seja, é um estudo preliminar sobre determinado assunto a ser investigado posteriormente. Segundo GIL (1994, p. 44), a pesquisa exploratória “... tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, com vistas na formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores ... constituindo, muitas vezes, a primeira etapa de uma investigação mais ampla”. A técnica utilizada para a pesquisa foi a Entrevista semi-estruturada, que, ainda segundo GIL (1994, p. 113), “... uma das técnicas de coleta de dados mais utilizada(...) por pesquisadores que [tratam de problemas humanos],(...) não apenas para coleta de dados, mas também com objetivos voltados para diagnóstico e orientação...”. E foi considerada semiestruturada, por basear-se em um roteiro com perguntas abertas e ainda, possibilitarem que outras perguntas surgissem das respostas obtidas. Trabalhou-se com 18 alunos, de 7ª e 8ª séries, nos turnos matutino e noturno, de uma escola da rede pública estadual, selecionados de acordo com os seguintes critérios: a) faltavam às provas e não procuravam fazer a prova substitutiva; b) chegavam freqüentemente atrasados no primeiro horário; c) não entregavam os trabalhos escolares; d) recusavam-se a desenvolver as atividades em sala de aula com a maioria dos professores; e) ao serem questionados sobre esses procedimentos, mostravam-se indiferentes. Feita a seleção dos alunos a serem envolvidos nesta pesquisa, foi elaborado o roteiro de entrevista, aplicada individualmente. E, os dados foram analisados de acordo com o método DSC (discurso do sujeito coletivo), definido por LEFÉVRE (2003) como uma forma de representar o pensamento de uma coletividade, num só discurso-síntese, ou seja, utilizar o discurso de todos como se fosse de uma única pessoa. Apresentação, Análise e Discussão dos Resultados A seguir, relatam-se as questões apresentadas aos sujeitos e suas respostas, analisadas com base na construção do Discurso do Sujeito Coletivo (LEFÉVRE, 2005). Como você avalia sua escola? “É a melhor escola de todas. Poderia trocar a professora de matemática, que às vezes chega mal-humorada; o ensino é igual a outras escolas mas poderia ter mais cobrança. A falta de professores atrapalha. Deveria ter mais aulas práticas, como a feira interdisciplinar que eu gostei muito, e menos conversas durante as aulas. Não gosto de ser sempre mandada para a direção. A escola é regular, o pátio é grande, mas falta pintar as paredes, consertar quadros, carteiras e melhorar a quadra. Tem muito menino em algumas turmas. A direção e coordenação são legais, mas tem muito “piá metido”, que gosta de brigar. O ensino aqui é bom, é melhor do que a outra onde eu estudava, mas tem alunos que atrapalham. Alguns professores explicam bem a matéria. A cantina deveria mudar de lugar (fica perto dos banheiros)”. Como se pode perceber, a maioria dos alunos entrevistados gosta da escola, porém constata-se uma maior preocupação com a melhoria da parte física do que com a melhoria do processo pedagógico, o que leva a supor que para estes, ESCOLA é o prédio. Entretanto, um dos alunos percebe que a falta de professores é um entrave para a aprendizagem. De fato, professores faltam por diversos motivos (doença na família, viagens para cursos, entre outros) e muitas vezes não há substituição. Assim, os alunos percebem que seus estudos não estão rendendo quanto poderiam, pois a falta do professor titular gera aulas menos interessantes, ministradas por substitutos não tão bem preparados, que estão ali mais para cumprir horários do que propriamente preocupados com a aprendizagem dos alunos. A preocupação com a parte física, que na verdade é o aparente e, portanto, diretamente constatado, é facilmente percebida, pois o prédio em questão realmente apresenta tais falhas. O fato de carteiras estarem estragadas, quadros-de-giz riscados e/ou com rachaduras, quadra de esportes inacabada, geram relativo desconforto para professores e alunos. O desconforto gera indisciplina, que pode ser uma das causas de dificuldade de aprendizagem, pois o desconforto causado pela cadeira torta ou a quadra inacabada, pode contribuir para que o aluno não consiga a concentração necessária à aprendizagem. Qual o professor que você mais gosta e por quê? “Não tenho preferência, mas gosto de Educação Física – teoria. Geografia eu gosto da matéria, de aprender sobre países. Gosto também de Matemática. Gosto das professoras que explicam bem a matéria, que conversam com respeito, que “prepara” aulas interessantes. Têm professores que são muito legais, que conseguem uma aula mais organizada, que, depois de explicarem bem a matéria, ainda perguntam se a gente entendeu, mostrando-se interessados. Estes são bons professores, conversam amigavelmente, fica fácil entender a explicação deles. Eles falam com calma, atendem individualmente, não são estressados. São descontraídos e, às vezes, até divertidos. Eles explicam quantas vezes for necessário. A gente consegue aprender”. Os alunos gostam de professores que explicam bem a matéria, que os tratam com carinho, com respeito. Alguns alunos também citaram o atendimento individual (na carteira) dado por alguns professores. É neste atendimento individual que o aluno cria a coragem necessária para fazer perguntas, que ele não faria em público, por medo da reação dos colegas. E perguntar, segundo Freire, (1985, p. 46) é o início da aprendizagem. “... o que o professor deveria ensinar [...] seria, antes de tudo, ensinar a perguntar. Porque o início do conhecimento, repito, é perguntar. E somente a partir de perguntas é que se deve sair em busca de respostas.” Sendo assim, é necessário que se estimule o aluno a fazer perguntas, e a presença do professor na carteira do aluno pode ser a única oportunidade para que o faça. Por outro lado, chegar perto do aluno, conversar com ele, demonstrar respeito por suas idéias, suas dúvidas, estimula-o à participação nas tarefas escolares. Todo ser humano gosta de atenção. E os alunos, muitas vezes, só a têm na escola. Um conceito positivo de si mesmo facilita ao aluno a possibilidade de aprendizagem, pois “[P] perde-se a auto-estima quando se passa por muitas decepções e frustrações, situações de perda, ou quando não se é reconhecido por nada que se faz, isto é, quando o outro nada deseja de nós e, portanto, aprende-se a nada desejar” (SZYMANSKI, 2006, p. 167). Então, a atenção do professor, demonstrando interesse pelas atividades do aluno, estimulando-o ao esforço contínuo, resulta muito melhor do que tratálo com aspereza ou, pior ainda, com desprezo. Qual o professor que você menos gosta e por quê? “Não gosto de alguns professores, apesar de não ter nada contra, mas não vou bem na matéria. Por exemplo, não gosto de Matemática. Não gosto de professor que esnoba, que compara a gente com nossos irmãos, dizendo que eles são tão inteligentes, deixando claro que a gente não é. Tem professores que falam muito baixo, e como a turma faz muito barulho, não consigo entender. Estes professores são os que não conseguem controlar a turma. Tem alguns professores difícil de lidar, são meio ‘grossos’ no trato com a gente. Se a gente não entendeu e pedir nova explicação, eles olham com cara feia e nos respondem mal. Alguns professores gritam com a gente, e então eu respondo igual. Alguns professores estão sempre mal-humorados, parece que já amanhecem “azedos”, e ficam jogando na cara da gente coisas que aconteceram em outros anos”. A maioria dos entrevistados não gosta de atitudes relacionadas com indelicadeza no trato, mau-humor, impaciência, etc. Percebe-se que eles reclamam também de professores que “não conseguem controlar a turma”. De fato, quando a aula não é muito interessante, os alunos não conseguem interessar-se por ela e tumultuam a sala de aula. Eles percebem também se o professor está inseguro, e, neste caso, o tumulto fica ainda maior. Quando isto acontece, além de rever seu planejamento, o professor precisa encontrar meios de manter a turma interessada nas atividades, através de conversas, atitudes firmes, estabelecimento de normas em conjunto com os alunos, dando-lhes atenção, enfim, mantendo a autoridade sem ser autoritário. Alguns fatores contribuem para o estresse e o mal-humor docente, dos quais os alunos se queixam. O número excessivo de aulas a que o professor precisa submeter-se, o número também excessivo de alunos em sala de aula, muitos deles sem limites de comportamento, são alguns dos problemas inerentes ao magistério, cujo teor a APP-Sindicato divulga constantemente e pela resolução dos quais vem lutando. Entretanto, o professor deveria estar psicologicamente preparado para lidar com a situação, já que ela ocorre, como de fato, muitos estão. Percebe-se claramente na mesma turma em que alguns professores não conseguem realizar um bom trabalho, alegando que a turma não corresponde, outros conseguem que os mesmos alunos realizem qualquer tipo de atividade para a qual sejam desafiados. Então, o problema não é somente a turma. Ele está também na atitude do professor, que é quem deve criar condições para a aprendizagem. Segundo GASPARIN, (2005, p. 15), “ ... o educando deve ser desafiado, mobilizado, sensibilizado; deve perceber alguma relação entre o conteúdo e a sua vida cotidiana, suas necessidades, problemas e interesses. Torna-se necessário criar um clima de predisposição favorável à aprendizagem”. Porém, as atitudes dos professores apontadas pelos alunos, fazem o efeito contrário. O conteúdo a ser trabalhado muitas vezes não é devidamente relacionado com a vivência do aluno, que não consegue estabelecer utilidade desta aprendizagem para si. Neste caso, desinteressa- se pelo assunto e passa a perturbar o andamento da aula. Como deveria ser a escola para você gostar? “Seria uma escola sem brigas, sem gente metida. O prédio seria pintado de vermelho, azul ou branco, teria portões altos, curso de computação com sala de computadores. Teria disciplinas diárias (uma matéria por dia), turmas menores, espaço para jogos no recreio, piscina, turno contrário com atividades. Ela teria uma quadra bem feita com traves fixas para futsal e outros jogos e também quadra de areia, área de lazer para turno contrário, ambiente para leitura e pesquisa. Pátio com árvores de sombra. Teria laboratório para Ciências, biblioteca, aulas ao ar livre, quadros brancos, carteiras universitárias, cor suave nas paredes. O prédio teria dois pisos: embaixo teria a cantina, banheiros, cozinha, secretaria, etc. Em cima seriam as salas de aula. As salas seriam espaçosas e bem ventiladas, com TV em cada sala. Aulas mais interessantes – diferentes, práticas, Professores excelentes, ver com alunos o que gostariam de ter na escola: laboratório, biblioteca boa, ensino integral com espaço suficiente. Mesas no pátio, cantina boa... Seria um colégio grande, com salas organizadas, bem arejadas, ambiente florido no pátio. Teria aulas de natação, outras modalidades de jogos, sala de informática, professores bemhumorados. Os professores não faltariam ou haveria substitutos, ou então teria atividades extras prontas, para o caso de faltar professor. Não teria goteiras (aqui tem)”. Uma idéia chama atenção. O fato de os alunos preferirem um prédio com dois pisos ou mais. Na realidade, a escola em questão possui apenas um piso e é compartilhada com uma escola municipal, de 1ª a 4ª séries, o que faz com que o espaço livre seja reduzido. Neste caso, segundo eles, se houvessem mais pisos sobraria espaço livre para circulação de pessoas no pátio, colocação de mesas com bancos para atividades de aula, jogar xadrez e outras ocupações. Percebe-se também a preocupação de alguns alunos com salas mais arejadas, o que é perfeitamente justificável, pois numa sala com 45/50 alunos, as janelas precisariam ser mais amplas e não basculantes, pois este tipo de janela dificulta a entrada e circulação de ar. Nos dias mais quentes, esse ar parado causa muito desconforto, incluindo dores de cabeça e até desmaios. Constata-se, portanto, ainda uma ênfase nos aspectos físicos e nos espaços destinados ao lazer. Entretanto, a escola ideal, para a maioria deles, teria também bons professores, bem preparados, que não faltassem ou, nesses casos, fossem substituídos, que preparassem aulas interessantes, enfim, uma escola prazerosa, onde pudessem sentir-se seguros, amparados, bem orientados, a fim de saírem dela como vencedores. Você gosta de estudar? Por quê? “Muito pouco. Gosto de estudar, mas leio pouco. Entretanto, me esforço para aprender, apesar de às vezes ser preguiçoso. Não gosto de resumir textos. Gosto só de algumas matérias. Quando consigo aprender me realizo. Estudo com meu pai. Ultimamente consegui entregar alguns trabalhos atrasados. Corri atrás do prejuízo. Alguns professores reclamam do meu jeito de ser. Se eu estiver rindo acham que estou debochando. Estou gostando mais de estudar agora, depois que passei para a noite. Eu gostava mais de estudar, mas aos poucos fui deixando de gostar e também tenho pouco tempo. Não gosto. Prefiro outras coisas, como trabalhar (mecânico, junto com o pai). Não tenho vontade de estudar, se bem que à noite é mais tranqüilo. Na verdade, nunca gostei de estudar”. De fato, a maioria não está muito interessada em estudar. Alguns ainda declaram gostar, porém a maioria procurou desconversar. A resposta mais ouvida foi um tímido “é... mais ou menos”. E não explicaram por quê. Inicialmente, havia a hipótese de que eles tivessem deixado de gostar dos estudos por algum motivo relacionado à escola ou a algum professor. Mas, aparentemente não foi isso que aconteceu. Alguns alunos declararam que gostam de estudar, que se esforçam para aprender, que contam com a ajuda dos pais, etc.. Porém, o resultado, segundo professores, não tem sido o esperado. Dada a situação financeira precária de muitas famílias, a busca por um trabalho remunerado tem sido prioridade até para alunos menores. Mas, como convencer um aluno de que ele precisa estudar para garantir o futuro, se ele não sabe se haverá o que comer em casa hoje mesmo? Certamente, para tais alunos, as aulas precisam melhorar muito. O ensino precisa estar atrelado à situação econômica de suas famílias, a fim de que possa interessá-los e de que possam entendê-lo, percebendo a utilidade para suas vidas. Qual foi a experiência mais importante em sua vida escolar? “Uma palestra sobre drogas que teve neste Colégio, aprender a ler na 1ª série quando alguns não aprenderam. Poder estudar à noite. É mais fresco (o ar) e mais tranqüilo, ser aprovado na 6ª série, e participar de todas as aulas de teatro. Trocar para este Colégio, fazer uma viagem para Salto Segredo, um piquenique no Seminário e um passeio num sítio, ser aprovado. Gostei muito também do passeio na chácara do tio da B. Z., de uma Semana da Cultura (atividades culturais – apresentações), minha participação no Fera, na 5ª série, todas as experiências fora da sala (entregar fitas brancas na Semana da Paz, conhecer o laboratório da USP, visitar o laboratório da UNIPAR), os campeonatos inter-séries e as gincanas, ganhar a gincana no ano passado, fazer uma viagem às Cataratas do Iguaçu. Sempre gostei das festas juninas e também gosto de fazer pesquisas”. Chama a atenção, o fato de que muitas experiências consideradas importantes pelos alunos aconteceram fora da sala de aula, ainda que no ambiente escolar, reforçando a idéia de que as salas de aula estão sendo (ou parecendo) sufocantes. Entretanto, não foi qualquer tipo de aula que eles consideraram como boas experiências, e sim atividades diferenciadas, como viagens de estudos, jogos, palestras, etc. Este tipo de aula realmente sempre foi bem recebido pelos alunos, embora trabalhoso para o corpo docente, devido à grande dificuldade em prepará-las e executá-las, por falta de estrutura física da escola, além dos empecilhos em conseguir o material necessário, bem como o transporte para as aulas-passeio. Mesmo assim, a escola deve continuar organizado-as, pois são perceptíveis seus melhores resultados, em relação à tradicional sala de aula. Qual a experiência escolar mais difícil para você? “Fazer os “provões”, pois a gente fica muito nervoso. Não gosto quando os professores trabalham muita teoria. A gente fica cansado. A pior experiência foi reprovar, mas também não gostei quando um professor me chamou de corno. As bagunças na sala de aula sempre me prejudicaram. Ir para a delegacia, quando briguei com um colega. “Apanhar” da professora quando estava no Pré, ser xingado pelo policial do PROERD e ainda cair no chafariz do parque, durante uma visita à Expobel. Foi um vexame. Ser xingado pelos professores. Não gosto quando fazem isso comigo, na frente dos colegas. Ter me envolvido em algumas brigas e ter sido expulso do outro Colégio”. Distinguem-se perfeitamente dois fatos que desagradaram à maioria dos alunos entrevistados: terem reprovado e/ou terem sido tratados rudemente por algum professor. A reprovação marca profundamente a vida de um aluno, pois além de perder um ano de suas vidas, eles ficam separados da “sua” turma, dos colegas de vários anos e, principalmente, sentem a responsabilidade de desagradar aos pais e à família. Os alunos que reprovam podem até disfarçar com um ar de pouco caso, mas por dentro sentem-se arrasados. Muitas vezes a reprovação lhes serve como lição, e procuram ser mais responsáveis no ano seguinte, esforçando-se para melhorar seu desempenho; mas, para alguns, ela de nada vale. As atitudes irreverentes continuam, ou mesmo pioram. Uma das causas para tais atitudes pode ser a não-reprovação praticada pelas escolas nos últimos anos. Ouvem-se comentários do tipo: “fulano nada fez o ano todo e passou; então para quê estudar?” Infelizmente tais fatos acontecem. É necessário que os alunos compreendam a importância de estudar e aprender para a vida, e não apenas para passar de ano. Se o objetivo é ensinar realmente, precisamos lembrar que ensinar, no sentido etimológico, significa “colar uma insígnia”, ou, neste caso, um saber. Para isso, o aluno precisa dispor-se a aprender por entender que ninguém poderá fazê-lo por ele, já que, como afirma MORAIS (1986, p. 10), “... a vida é um caminho e ninguém pode caminhar pelo outro o caminho que é do outro”. Ainda, segundo o mesmo autor, “... só há ensino quando há companheirismo entre ensinante e ensinando, educador e educando, pois o que caracteriza o ensinar é a ultrapassagem da coexistência para a convivência”. E nas respostas dos alunos fica bem claro que as atitudes dos professores que lhes proporcionaram as experiências escolares mais difíceis ficam apenas na coexistência, pois a convivência precisaria ser mais harmoniosa para facilitar processo de aprendizagem. Qual foi a experiência mais importante em sua vida pessoal? “A separação de meus pais, porque acabaram as brigas. Conseguir emprego na Bilhares Líder e poder ganhar meu próprio salário e melhorar de vida (financeiramente). Nos últimos anos consegui mudar meu comportamento para melhor. Uma coisa muito boa foi ter ido ficar uns tempos com meu pai, em Brasília, ter ganhado um irmão (está com 4 meses) e ainda ter a ajuda de meus pais; quando precisei da bicicleta para trabalhar o pai me deu. Nossas idas à praia com a família, ganhar um cavalo, que eu queria tanto. Sempre gostei de festas, então as festas de Natal e Ano Novo sempre foram ótimas para mim. Uma experiência inesquecível foi uma visita ao Parque Aquático (Rio Negro), com meus pais, tios e primos e uma viagem a Curitiba onde fiquei alguns dias fazendo curso. Viajar para Londrina, ganhar uma bicicleta do PROERD, ganhar um computador e um celular”. No projeto inicial, salientou-se a importância da participação da família na vida escolar dos filhos. As respostas listadas acima confirmam essa afirmação. De uma forma ou de outra, todas as “melhores experiências” estão relacionadas à família. Por mais inexpressivo que parecesse o acontecimento, ele ficou gravado para o aluno como muito importante: viajar, ganhar presentes, conseguir emprego, melhorar de vida, etc. Será que uma participação mais efetiva da família na vida escolar dos filhos não os levaria a acreditarem mais na importância do ato de estudar? O desinteresse dos pais não estará atestando para o filho que, se estudar fosse importante, seus pais também estariam interessados? A verdade é que a escola precisa incentivar a participação dos pais, e estes não podem perder de vista o objetivo principal, que é garantir um futuro melhor possível para seus filhos. Qual a experiência pessoal mais difícil para você? “Perder meu avô, de quem eu gostava muito (eu o ajudava no bar), brigar com um amigo, ter tido bronquite. Foi muito triste quando minha mãe teve tumor no útero e também quando deu um derrame em minha tia e ela faleceu. O falecimento de meu primo de 16 anos, perder meu irmão (eletrocutado, em São Paulo), ter cortado a perna e ter um problema de bronquite alérgica. Quando meu pai ficou doente (problemas [câncer?] no fígado) o clima em casa ficou muito pesado. Ele está doente de novo. Sem comentários. São muitos. A separação de meus pais foi muito ruim, pois acabaram-se as brigas mas nós ficamos sem ele. “Depois da separação dos meus pais o clima em casa ficou péssimo, a mãe briga muito com a gente”. Meu envolvimento com más companhias, quando tive alguns problemas. Fui detido pela polícia, quando briguei com o André. Foi uma das piores experiências. Percebi que me envolver em brigas não leva a nada. Acabei indo para o Fórum”. As piores experiências pessoais também estão ligadas diretamente à família. Na verdade, tudo o que acontece de bom ou de ruim nas famílias, repercute positiva ou negativamente na escola. E os professores precisam estar preparados para lidar com tais situações. A indiferença pode ser muito prejudicial, pois o aluno fará sempre algo para obter a atenção necessária ao seu “caso”. Quando o professor opta por ignorar o comportamento muitas vezes agressivo do aluno, pode estar perdendo uma excelente oportunidade de conquistar-lhe a simpatia. Para isso, o professor precisa estar atento, o que nem sempre é fácil, devido ao grande número de alunos que atende e aos inúmeros problemas que enfrenta. Entretanto, muitos destes problemas poderiam ser solucionados com uma pequena conversa, uma demonstração de interesse e de respeito pela situação, que pode parecer banal ao professor, mas é muito importante para o aluno. Você gostaria de falar sobre alguma coisa que eu não perguntei? “Gostaria que os professores organizassem mais aulas diferenciadas, que fossem mais exigentes e conseguissem diminuir a bagunça na sala de aula. Para ter um bom ensino, os professores precisam ter mais paciência, ser mais calmos e entender que os alunos se interessam mais por outras coisas (jogar é divertido; você tenta até conseguir). Os professores deveriam entender também que nem sempre que rimos, estamos debochando de alguém. Muitos alunos não aprendem por falta de responsabilidade, e os demais não precisam ouvir sermão junto com eles. Professores estressados também não ajudam muito. Às vezes os alunos não aprendem porque têm preguiça de estudar, e outras vezes pelo tipo de aula de alguns professores. Não faço as coisas de preguiça mesmo, apesar de saber que é importante para a minha vida. Alguns colegas não têm interesse em fazer as coisas e a gente “vai” junto. Acho que muitos colegas também não fazem as coisas por preguiça. Eles também querem mostrar que ninguém manda neles. Um dos problemas para a falta de vontade de estudar é a Lan House, aqui perto”. O tipo de aulas não muito interessantes, as atuações de alguns professores que deixam fatos graves ocorrerem sem tomar decisões ou não têm paciência, são alguns dos aspectos abordados pelos alunos como possíveis contribuições para se desinteressarem pelos estudos. Mas, duas razões chamam a atenção. A primeira, diz que alunos deixam de fazer as atividades para “mostrar que ninguém manda neles”. Essa atitude é típica de adolescentes, que, quando estão com amigos, colocam a opinião do grupo acima de tudo, e a seguem, em detrimento do que lhes aconselham pais, professores ou quaisquer autoridades. Por essa razão, nas entrevistas com a equipe pedagógica, os pais afirmam que seu filho não costuma ser assim. E realmente, quando sozinho, ele não o é. Mas, estando com o grupo, suas atitudes tendem a mudar. O mesmo acontece quando tais alunos são levados à presença da direção ou equipe pedagógica devido a algum comportamento inadequado na sala de aula. Na conversa particular, ele se mostra cordato, bem educado, respeitoso. Pode até parecer que seu mau comportamento não aconteceu. Outra razão alegada por apenas um, mas que afeta um número bastante elevado de alunos, conforme se constata no cotidiano escolar, é a presença de uma Lan House nas proximidades da escola. Muitas vezes encontraram-se alunos nesse local em horário de aula, preferindo divertir-se nos jogos dos computadores. Tal preferência pode ser explicada pelo fato de que os jogos apresentam-se como desafios, enquanto que as aulas, muitas vezes, não exigem sequer concentração, muito menos são desafiadoras ou estimulam a curiosidade do educando. Entretanto, a curiosidade é que leva ao conhecimento, pois estimula a busca por respostas. FREIRE, (1985, p. 51) insiste na “... necessidade de estimular permanentemente a curiosidade, o ato de perguntar, em lugar de reprimi-lo. As escolas ora recusam as perguntas, ora burocratizam o ato de perguntar. A forma mais conhecida de burocratizar a pergunta é declarar que os alunos só podem perguntar quando o professor tiver encerrado sua fala. Ora! Neste momento a curiosidade do aluno foi esquecida e ele já estará pensando em outra coisa. Assim, os alunos preferem os jogos, que são desafiadores e onde ninguém os impedirá de tentarem, até vencerem. Cabe aos professores lembrarem-se de um ditado popular que diz: “se não posso combater, devo me aliar.” Ninguém conseguirá combater o uso de computadores em plena era da informática. Assim, segundo o ditado, devese aliar a eles, copiando o que têm de bom, de atrativo, de desafiador, valorizando suas idéias, mantendo-os nas salas de aula. Quem sabe esta não será a solução para muitos problemas de desinteresse dos alunos! CONSIDERAÇÕES FINAIS “Sem dúvida, ensinar é algo muito difícil e trabalhoso. E mais difícil se torna quando as condições atrapalham.” Mas é preciso que “... o exercício de ensinar permaneça vinculado ao intento de promover as condições necessárias para, transcendendo o instruir e o adestrar, auxiliar o encontro da inteligência do educando com a vida, o encontro de sua sensibilidade com a pluralidade rica do viver.” (MORAIS, 1986, p. 6). Ensinar é, de fato, difícil e trabalhoso. Mas quando os professores escolheram sua profissão já conheciam essa verdade. E essa atividade tornase mais difícil quando não se empenham devidamente. Freud (1990) relaciona o desejo de aprender à forma como os pais lidaram com a curiosidade infantil sobre seu nascimento. E essa questão transcende o limite das salas de aula. Entretanto, muitos dos problemas expressos nas falas dos alunos entrevistados podem ser solucionados com boa vontade, dedicação, ética, profissionalismo e muita humanidade. É preciso aceitar que os alunos são como são, e não como os professores gostariam que fossem. Eles, com sua atitude irreverente, estão desafiando os professores a entendê-los e ajudá-los. Em sua maioria, não estão procurando encrenca. Os professores deveriam desafiá-los com atividades interessantes, estímulos à busca de respostas, aulas bem preparadas e nem sempre teóricas, propondo o diálogo em lugar de monólogos expositivos. Dessa forma, muitos dos problemas alegados como indisciplina ou desinteresse deixariam de existir em virtude do prazer proporcionado aos alunos pelo entendimento do assunto trabalhado em aula e pela apreensão de sua aplicabilidade na vida diária. Contudo, nem todos os problemas podem ser solucionados pelos professores. Assuntos como insegurança, revolta, não aceitação da autoridade constituída (ninguém manda em mim), precisam ser tratados com a família. Os pais precisam participar de reuniões com palestras feitas por pessoas competentes (psicólogas, psicopedagogas, Conselho Tutelar, etc.), pois muitos deles deixam de formar valores morais e éticos em seus filhos por falta de conhecimento de como fazê-lo e, até mesmo do Estatuto da Criança e do Adolescente. Esse desconhecimento deixa muitos pais inseguros quanto ao que podem ou não podem fazer na educação dos filhos, que acabam por entender que podem tudo. Desta forma, ainda que a realidade escolar insira-se em uma realidade social maior, marcada por interesses antagônicos entre quem produz e quem aluga sua força de trabalho, família e escola unindo forças poderão resolver grande parte dos problemas citados. Quando o aluno entender que pode contar com a atenção, o apoio, o carinho e o respeito tanto da família quanto dos professores, ele passará a valorizar mais a escola e seus componentes, por sentir que pode usufruir daquilo que está aprendendo, melhorando sua vida e a de seus familiares. Em suma, a falta de desejo de aprender observada em determinados alunos pode ter como causas prováveis: a) a possibilidade de não conseguir emprego após o término dos estudos; b) a alienação dos alunos motivada pela alienação dos professores; c) problemas no vínculo afetivo entre professor e aluno; d) alunos educados para a submissão, e não para serem autônomos; e) a indisciplina demonstrada por grande número deles; f) a apatia que os alunos demonstram, por absoluta falta de incentivo (não são estimulados a fazer perguntas); g) superproteção ou desinteresse total da família. Diante deste quadro, o que pode ser feito é motivar mudanças no trabalho dos professores através do estímulo à pesquisa, à leitura, à busca de novas idéias que possam melhorar substancialmente suas aulas, pois, como se pode perceber nas respostas dos alunos, aulas monótonas não lhes interessam absolutamente. Esta mudança de atitude não requer nenhum preparo especial. É suficiente que se trabalhe em equipe, solicitando e/ou propondo sugestões, atitudes, métodos, e que se tenha muita vontade de melhorar, de crescer e fazer crescer. De quem será o primeiro passo? PARA REFLETIR: Retomando o trecho a seguir, responda às perguntas que o complementam. “O que pode ser feito é provocar mudanças no trabalho dos professores através do estímulo à pesquisa, à leitura, à busca de novas idéias que possam melhorar substancialmente suas aulas, pois, como se constatou nas respostas dos alunos, aulas monótonas não lhes interessa, absolutamente. Esta mudança de atitude não requer nenhum preparo especial. É suficiente que se trabalhe em equipe, solicitando e/ou propondo sugestões, atitudes, métodos, e que se tenha muita vontade de melhorar, de crescer e fazer crescer. Além disso, envolver a família na escola, para que os alunos percebam o interesse dos pais e passem a considerar o estudo como algo útil e até agradável. Entretanto, de quem será o primeiro passo? E como dálo?” O que fazer para mudar este quadro? Com base nestas provocações, qual seria o primeiro passo para provocar mudanças no trabalho pedagógico? De quem será? E como dá-lo? Vamos fazer uma relação das mudanças que dependem de nós, professores? REFERÊNCIAS FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma Pedagogia da Pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. ________________. Pedagogia da Autonomia – saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. FREUD, Sigmund. Uma Recordação de Infância de Leonardo da Vinci. Lisboa: Relógio D’água, 1990 GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas: Autores Associados, 2005. GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1995. KAMII, Constance. A criança e o número. Campinas: Papirus, 1986. KUPFER, Maria Cristina. Freud e a Educação – O mestre do impossível. São Paulo: Scipione, 1995. LEFÉVRE, Fernando; LEFÉVRE, Ana Maria Cavalcanti. O Discurso do Sujeito Coletivo – Um novo enfoque em pesquisa qualitativa (Desdobramentos). Caxias do Sul: EDUCS, 2005. MORAIS, Regis de. O que é Ensinar? São Paulo: EPU, 1986. RUDEL, Douglas. Dicionário de Psicologia Prática. Obtido via Internet no site http://paginas.terra.com.br/arte/rudeldouglas/Dicionario.htm SZYMANSKI, Maria Lídia Sica; PEREIRA JUNIOR, Antonio Alexandre. Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica. Cascavel: Edunioeste, 2006.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/853-2.pdf

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Coleção 53 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 


Pensamentos

Coleção 53 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

53—1 A galhofa desbota a palhaçada do otário. Quem ri dos que erram e dos velhos já fracos para cair, esquece-se que os outros deixarão de rir para ele, quando o virem precisando de graça.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—2 Não se pode ver virtudes com apenas os olhos físicos. Eis aí o grande problema dos tolos. Querem amar sem conhecer a sede do amor: a alma!
Claudeci Ferreira de Andrade

53—3 Nem todos os professores são eruditos ou artistas, porque a beleza da vida nem sempre está ao alcance deles da mesma forma. Mas não precisam perseguir uns aos outros por deficiência.
Claudeci Ferreira de Andrade

53 —4 Falo de meu olhar físico, quem me dera fosse um transplante de espírito, operado pela ação do meio, veria glória forte no errante, mas me limito na leitura corporal.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—5 Agora fujo dos extremistas, abusadores e exploradores, porque querem fazer de mim racista, homofóbico e maligno discriminador. forçando-me aceitar suas acusações, mas tornei-me minoria, pois elas são muitas. "Já fui mulher eu sei"...
Claudeci Ferreira de Andrade

53—6 O vazio dos seres é o lugar de Deus, mas também se preenche com sexo. E o que é errado ou certo? Importa a satisfação ou obsessão. Não existe outra forma de reprodução dos filhos de Deus.
Claudeci Ferreira de Andrade
   
53—7 Há geração sem amor, mas não pode existir amor sem concepção. Nenhum amor verdadeiro morre em si. Uma Religião estéril não é de Deus! O pior é que elas sempre são inúteis
Claudeci Ferreira de Andrade

53—8 É tempo de Lua crescente, importa que a lua cresça e eu diminua. Porque na lua cheia, entro em eclipse, usufruto de ser invisível.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—9 O problema das estratégias é que as pessoas vão pensando receber uma coisa e lhes espera outra, decepcionam-se. Os objetivos da escola por si só não se estabelece, por isso precisam ser enfeitados. O que precisa de estratégia é enganoso e Todo engano é passageiro.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—10 Quem se deixa levar por amigos, depois não tem força de vontade para sair do vício. A droga do amigo é sempre mais necessária! E você não percebe o mal que lhe faz.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—11 O professor não pune aluno com medo de ser punido administrativamente. E o sistema que que dê certo o ensino/aprendizagem escolar.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—12 Sem a disciplina da punição, o paparicado e desavisado perde o senso de perigo: "Animal arisco domesticado esquece o risco". Ainda que, o leopardo não possa mudar suas manchas.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—13 Um cego não reconheceria a necessidade de um guia se não estivesse constantemente em choque com muitos obstáculos. Os indisciplinados da educação precisam dos obstáculos da punição para respeitar os mecanismos da Escola. Mas como se fará isso pela internet?
Claudeci Ferreira de Andrade

53—14 Eu só lamento o fato de eles não reconhecerem o poder de fogo do professor "armado" com muitos diplomas merecidos. Assim como, as armas de fogo reforçam a palavra.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—15 As pessoas não devem ter o amor que acham que merecem, pois podem estragá-lo, por isso, convivem sempre com o amor errado: vil.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—16 Logo no ensino fundamental, ter-se-ão somente professoras, pelo o contato com crianças; porque um homem submetido à vigilância de uma mulher tornar-se-á culpado de alguma forma. Ainda mais, com essa onda de abuso infantil, à moda das mídias, quaisquer manifestações de apreço, tornar-se-á o professor suspeito, pois ele é uma espécie de padrasto, já a madrasta é boazinha, se redime socialmente na maldade do padrasto que precisa deixar de ser machista. Quando um pedófilo é preso, é logo recomendado aos outros presos, como se eles não fossem reeducando!
Claudeci Ferreira de Andrade

53—17 Quem precisa de uma prova de amor para se sentir correspondido não merece qualquer esforço. E quem faz das tripas coração para mostrar que ama, esqueceu-se de se valorizar; por isso, só merecemos ser amado com um amor comprado: o dote é justo.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—18 Os eletrônicos pedagógicos da escola são armadilhas, além de velhos e ultrapassados, ainda todo mundo mexe irresponsavelmente, embora bem intencionado ou não. Eu queria fazer uma aula diferente, exigida pelo planejamento da coordenadora, queimei a fonte do computador, tentando que lesse meu pendrive; desloquei-o para tomada 220v da sala ideal e alguém o usau em 110v, pois se esqueceu de voltar a chave. Como eu ia adivinhar que tinha de mudar a chave? Sou apenas um professor de Língua Portuguesa!
Claudeci Ferreira de Andrade

53—19 As garatujas grafadas no quadro com giz colorido, na hora errada, talvez seja um grito de socorro, para obterem a atenção que gostariam de usufruir da família. Mais uma vez, a responsabilidade de casa é transferida à escola.
Claudeci Ferreira de Andrade

53—20 Até parece que gastar o giz é uma forma de se vingar do professor! O giz torna-se representação fiel do mestre, o qual querem desgastá-lo ou só o jogá-lo contra os outros.
Claudeci Ferreira de Andrade
Kllawdessy Pherreira


Enviado por Kllawdessy Pherreira em 16/02/2018
Reeditado em 30/09/2021
Código do texto: T6255499
Classificação de conteúdo: seguro

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Coleção 52 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 



Pensamentos

Coleção 52 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

52—1 Eles brincam de professor, mas não querem ser professores de verdade! Os animais brincam de caçar, porque querem ser bons caçadores, entre eles o faz-de-conta tem objetivo...meus alunos desnaturados apenas brincam com minha profissão!
Claudeci Ferreira de Andrade

52—2 EU, POR EXEMPLO, NÃO GOSTO DA CAIXA DE GIZ, MESMO QUE SEJA ENFEITADA, PORQUE LÁ DENTRO TEM GIZ!
Claudeci Ferreira de Andrade

52—3 Às vezes, as verdades parecem mentiras para concorrerem com as mentiras que parecem verdades. E assim, a gente se mostra tão imperfeito e instável que nossa vingança não serve, por ser injusta demais. Então, precisamos chamar o monstro de nossos sonhos para destruir nossos inimigos e nos salvar sem precisarmos sujar as mãos com merda.
Claudeci Ferreira de Andrade

52—4 Quando li esta frase de Paolo Mantegazza: "Mestre que não é amado pelos seus discípulos é um mau mestre." Eu me desesperei para a entender e, o que está acontecendo comigo. Será se a culpa é toda minha? Então, depois de um tempo de agonia e inquietação no espírito, confortei-me na concepção em que tenho alunos e não discípulos. Aff, que alívio!
Claudeci Ferreira de Andrade

52—5 Um pecado de um alimenta o pecado do outro, agora formam uma família, rabos presos se ajudam, todos pagam a pena pelo erro que ajuda a todos ou prejudica a todos, senão acobertarem: Corporativismo! Isso é o falar a mesma língua tão almejado pelo o sistema educacional.
Claudeci Ferreira de Andrade
   
52— 6 Dizem que a água vai acabar, mas aonde ela poderia ir além da atmosfera, se é a mãe da terra? O ar vai acabar, vasando pela atmosfera? Cada planeta fabrica sua água e seu oxigénio o suficiente para sua vida.  O curioso é que quando os ricos querem explorar os pobres, vendem a natureza para não dividir. A natureza é a usina de Deus que em cada coisa reproduz-Se a energia vital mediante o consumo de outras formas de energia. Ele nos fala através dela e, também, do tino dos humanos. A mídia, sim, mata as pessoas; ninguém vai morrer de sede. As máquinas dessalinizadoras vão acabar com as águas dos oceanos? Certamente...! Ninguém morrerá de sede, só de conhecimento, se você pensa o oposto, então amaldiçoe seu deus e morra, antes de contaminar a muitos!
Claudeci Ferreira de Andrade

52— 7 Não há quem não esteja apto a entender as lições do Divino, quando observa a natureza. Se assim não fora, Ele não seria o justo juiz universal.
Claudeci Ferreira de Andrade

52—8 Vida de padrasto é uma desgraça, como um homem pode ser feliz com uma mulher que já é mãe para os filhos de outro? Se é carinhoso com os enteados é suspeito de abusador; se é distante, é frio e não os ama. De toda forma, é passível de denúncia. Se a mãe faz vista grossa, está chantageando-o para ficar, ela é sempre a mais feliz! Nada é de graça! Pois ainda recebe a pensão do ex.
Claudeci Ferreira de Andrade

52—9 A natureza é sábia demais para sustentar tolos parasitas por muito tempo. Pelos transtornos naturais, digamos que ela se revoltou, mas, não, por que só perdedores são revoltados, apenas se renova para mostrar mais uma vitória aos renovados!
Claudeci Ferreira de Andrade

52—10 Dizem que a Bíblia é a palavra de Deus. Como assim? Se cada versão escrita é outro texto! E palavras sinônimas têm apenas um significado aproximado! Todavia a Palavra se renova ...Tanto se renova que o verdadeiro sentido das palavras ficam distantes demais do original! O que significa a Bíblia da mulher? Bíblia do Gay? Bíblia da criança? Bíblia de estudo? Etc.? Cada um aliviando seu lado! Eu costumo dizer que a Bíblia está se tornando a Palavra de Deus, já que a voz do povo é a voz de Deus.
Claudeci Ferreira de Andrade

52—11 Para o médico, não lhe importa o avaliação do CRM, interessa-lhe a do cliente que paga a consulta. Para o professor, quem é mais importante? O aluno... Quando lhe falta aluno e terão de fundir as salas, professor perde sua carga horária, e o coordenador pedagógico não tem nada a ver com isso!? Eles se foram por culpa do professor que não os cativou.
Claudeci Ferreira de Andrade

52— 12 Entre um homem e uma mulher, o que nasce primeiro o amor ou a amizade? E qual morre primeiro? Qual, pelo menos, dura mais, deveria ser a pergunta!
Claudeci Ferreira de Andrade

52—13 Toda pessoa pertence a dois mundos, porque tem duas naturezas: espiritual e carnal, podendo amar de duas maneiras e sem eternizar nenhuma... O inferno e céu alternam-se, ambos usam o bem e o mal para a felicidade dos humanos. Todos vieram de Deus.  O ruim do Carnaval é que a euforia faz das criaturas de Deus menos humanas, somente carnais!
Claudeci Ferreira de Andrade

52—14 Bandidos gostam de lugares acima de qualquer suspeita para fazer o mal. Mas, todo bem que se faz ao desmerecedor é recompensado, evitando a contaminação como água lavando a sujeira. Ofereça-lhe água limpa: moral suficiente para beber e banha-se! Quem sabe, uma "balinha"...!
Claudeci Ferreira de Andrade
   
52—15 A maior tragédia de um professor comum eleito à direção escolar acontecerá depois do mandato, terá que voltar ao meio dos colegas abobalhados, feridos e "matados"; ao espaço esburacado do pós-guerra.
Claudeci Ferreira de Andrade
Kllawdessy Pherreira

Comentários
Enviado por Kllawdessy Pherreira em 12/02/2018
Reeditado em 16/09/2021
Código do texto: T6251772
Classificação de conteúdo: seguro

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Coleção 51 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 



Pensamentos

Coleção 51 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

51—1 Você prefere ser subjugado por um chefe imposto ou por um gestor eleito, em quem votou por que confiava? De quem as injustiças dói mais? O pior deles é o amigo imposto, sorrindo-lhe por conveniência!
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 2 Respeito válido é a expressão da ética advindo do conhecimento de causa e não da mera subjugação ao poder. O purgatório existe: Lugar de escravos.
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 3 No campo educacional o menor determina o maior. Quando a tutora chega à escola a rotina muda: o horário se estende, o lanche cheira melhor; fala-se mais baixo; papéis se lhe distribuem; bandeirolas se agitam; alunos também fingem. E não se fala outra coisa, senão: "O pessoal da Secretaria está aí". Eu digo: Quem não deve não teme.
Claudeci Ferreira de Andrade

51—4 Tem vida melhor aqueles que mais contribuem com o organismo geral. Se carregar sempre a sensação de prejuízo, é porque está trocando qualidade por quantidade!
Claudeci Ferreira de Andrade

51—5 Um amor que apaga um sonho deve morrer, antes o sonho. Uma vida realizada gera o amor do sonho, todos anelam por alicerce seguro.
Claudeci Ferreira de Andrade
   
51—6 Quando entro na sala de aula, é como se a luz apagasse para alguns. Sou tão invisível, que no escuro dos olhos cegos, as pessoas fazem coisas horríveis na minha frente. Confiantes em minha neutralidade, se acham sem punição. Então, repousam na segurança de quem também está invisível. Mas, Por que eles querem que eu os veja em seu estado de ignorantes? Os despudorados desfrutam de seu despudor!
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 7 Os Problemas não se resolvem, a vida no-los dá, ela mesma no-los toma. A duração dessa masturbação vital depende da receptividade da vítima!
Claudeci Ferreira de Andrade

51—8 Aí, os departamentos superiores insistem em nos aterrorizar para nos fazer dobrar em obediência por medo, acham mais fácil do que conquistar nosso respeito por amor e admiração; e é também mais rápido.
Claudeci Ferreira de Andrade

51—9 E tudo de ruim na educação e por tudo que não deu certo, a culpa é imputada ao professor que está em regência na sala de aula sempre lendo na cartilha dos coordenadores! Tudo vem de cima para baixo inclusive as maldições de Deus.
Claudeci Ferreira de Andrade

51—10 Dizem: Se o professor é amigo e confidente do aluno é pedófilo; se não, é antididático, sem empatia, fora da realidade do aluno, não o conhece. Agora o professor curte as dancinhas dos alunos seminus no tiktok, recebe atividades escolares no WhatsApp e viva o Novo Normal sem pedofilia.
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 11 A escola em desespero volta ao tempo do caderninho de plano enfeitado. Alguém esta querendo consertar ou só se estabelecer? Se pelo menos, voltassem um pouco mais até ao tempo dos bons professores, quando um sábio falava, o prudente escutava, inclusive o tolo calava-se fingindo ser sábio. Nada de ditadura!
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 12 O método mais didático que um professor de sucesso pode assumir é permanecer em uma situação inferior. O mestre está se deixando levar como prova de domínio próprio. Dessa forma, perder o jogo não significa um fracasso.
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 13 Nos momentos lúdicos, os professores devem manter-se leais ao ofício, e isso significa manter-se em desvantagem na partida.
Claudeci Ferreira de Andrade

51 — 14 Antigamente até o velho clássico no futsal, entre professores e alunos, era uma extensão do massacre da sala de aula, hoje só os alunos ganham. Massacre inverso.
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 15 Melhor é ser tratado com sua doce farsa do que ser ferido com suas falsas verdades. Assim vejo os gabos dos colegas professores.
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 16 Eu ensino quem quer aprender, lançar pérola aos porcos é atitude de professores mercenários. Em nome do domínio de classe, o coordenador opina pelo o segundo ato dessa tragédia. Já desenhada no caderninho de planos, enfeitado e abençoado pelos deuses da pedagogia!
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 17 Se tivermos muitos alunos que ainda gostem dos seus professores, seria o ideal. Mas, infelizmente, eles nos detestam, e não fazem cerimônia alguma para demonstrar isso com apelidos, gritarias e violências mil. Por que devo aplicar esses sentimentos copiados de alunos para me vingar de colegas imitadores de aluno?
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 18 A maior ameaça de um aluno ao seu professor é anunciar que vai desistir. De quem é a culpa se ele desistir de estudar? Como se não houvesse muitos desistentes, só não abandonaram a sala ainda por causa dos programas beneficentes do governo.
Claudeci Ferreira de Andrade

51— 19 E QUEM DERA, TIVÉSSEMOS OS MAUS PROFESSORES DE QUANDO A EDUCAÇÃO ERA RESPEITADA!
Claudeci Ferreira de Andrade
   
51— 20 O homem só se torna herói, tendo um elo de viço raro aos demais. Podendo endoidar o forte e fartar o fraco. O amor é místico e feiticeiro.
Claudeci Ferreira de Andrade
Kllawdessy Pherreira

Enviado por Kllawdessy Pherreira em 08/02/2018
Reeditado em 06/09/2021
Código do texto: T6248944
Classificação de conteúdo: seguro

sábado, 28 de agosto de 2021

Coleção 50 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 



Pensamentos 

Coleção 50 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

50—1 Se os defuntos agissem nessa vida, não havia nenhum crime encoberto, nem família deixada. Nossa mãe não estaria no além; mas, aqui, do lado dos filhos ajudando-os.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—2 Quando fica difícil decidir entre o que queremos e o que precisamos, então há um desrespeito ao passado. Pois, o que precisamos já possuímos e o que queremos está por vir. Uma adaptação custa caro!
Claudeci Ferreira de Andrade

50—3 Às vezes, render-se não é perder, é salvar a vida. Que vençam os vivos, os mortos já estão vencidos! Mesmo que levassem o inimigo consigo, não tinha como continuar a briga.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—4 O NOTURNO É FORMADO DOS INDISCIPLINADOS DO MATUTINO E VESPERTINO, TRANSFERIDOS, NÃO SÓ DE TRABALHADORES, MAS TAMBÉM DE INTERESSEIRO EGOÍSTAS. DESPERDIÇARAM SUA OPORTUNIDADE NO TEMPO CERTO, AGORA ESTUPRAM A ECOLARIZAÇÃO DOS OUTROS.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—5 Não falta quem diga ao aluno que ele também é Deus, cheio de conhecimentos prévios, então que o professor se eduque com ele de igual para igual. Antigamente o professor era o mediador do conhecimento, agora é o aluno o mediador de tudo! Obrigado, Paulo Freire.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—6 O diálogo da Serpente e a Eva, eu não recomendo a ninguém, porque vejo ali uma sessão de autoajuda, na qual o Lúcifer diz: "...e serão como Deus". A Eva saiu dali realmente se achando Deus, porém transportando, todo engano do Capeta para contagiar seu marido! Livre-arbítrio é para esses deuses, construtores de seu futuro.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—7 Os conselheiros do nada lhe fazem ver o sucesso dentro de você. E a culpa é sua se não prosperar. Tenha fé, dizem as vozes do nada, dos que não conseguem lhe curar e ainda lhe jogam a culpa, acusando-lhe de não ter fé suficiente. Assim vivem os charlatões das igrejas.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—8 O único livro de autoajuda que recomendo para meus alunos é o dicionário, porque não os pré-dispõe à arrogância. Todos precisam do pai dos burros.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—9 O vice-diretor da escola é uma figura versátil, podendo se encaixar em diversas situações, menos na direção geral, pelo menos nunca vi, tenho visto sim, a secretária assumir na falta do gestor.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—10 Porém, agora, o vice-diretor da escola é um elemento surpresa, não precisa ter a mesma envergadura do gestor eleito, basta ter trabalhado arduamente na campanha do candidato a direção: Favores trocados. Por acaso precisou olhar o currículo dele para compor a chapa.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—11 Toda anomalia do ser humano é paga com um intelecto brilhante! Menos uma mente fraca que se completa com a ilusão da beleza.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—12 E, no final, o sair com um diploma frio na mão, também aguda a curva das estatísticas ilusionistas! Eis a mágica.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—13 Que esperança há para a escola, se o grito de socorro dos professores continuar sendo ouvido só depois deles serem surrados? Massacre ao professor ecoa no aluno. O comerciante repassa seus impostos ao consumidor.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—14 Uma pessoa deficiente, obesa, negra, homossexual, mas "atualizada", é solitária, pois tudo que se diz a ela gera indenização.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—15 Competição na natureza: um come o outro só para matar a fome. Cá entre nós, entramos na competição para parecer melhores: vaidade.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—16 De que vale um céu vazio ou um inferno superlotado? Tomem cuidados difamadores, perseguidores, malfazejos! Um dia é da caça outro do caçador. O bem e o mal se equiparam.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—17 Se peca quem deixa de fazer o bem, também mente quem omite a verdade! E dignos de pena, são os que propiciam meios para tais.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—18 Disseram-me que onde o espertalhão se encontrou com um idiota ali nasceu a Religião. A religião que forma os lares, estraga a escola. A escola que aceita a religião estraga os lares. E os lares podres de crentes retornam prejuízos para a religião e escolas.
Claudeci Ferreira de Andrade
   
50—19 Não sei porque, os cursos de licenciatura estão vazios! Talvez muitos estão se lembrando das leituras de mundo que fizera o ex-presidente FHC: Que o professor era um profissional fracassado. Só os alunos medíocres do Ensino Médio vão para o magistério! Ainda bem que não sou eu apenas quem olha estas coisas.
Claudeci Ferreira de Andrade

50—20 Disfarçado de palhaço ou coisa do outro mundo, quando mais ainda lhe adicionarem o colete a prova de bala e um capacete blindado, pois vivemos em um momento de muitas agressões ao professor! Uma máscara em cima de outra para ter saúde.
Claudeci Ferreira de Andrade
Kllawdessy Pherreira


Enviado por Kllawdessy Pherreira em 31/01/2018
Reeditado em 28/08/2021
Código do texto: T6241779
Classificação de conteúdo: seguro

sábado, 21 de agosto de 2021

Coleção 49 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 



Pensamentos

Coleção 49 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

49—1 O professor já está humilhado. Arrastado pelos caminhos incertos de todas as metodologias inovadoras, nada dando certo, e sua fama de desmerecido aumentando! Agora, floreada a ideia de usar outra máscara, é bem vinda! Seleção natural: Por último, o mimetismo para a sobrevivência.
Claudeci Ferreira de Andrade

49—2 Se todas as mulheres fossem sem dono, não existiria mulher ideal. Porque a ideal mesmo é aquela que não nos pertence! Paradoxo masculino .
Claudeci Ferreira de Andrade
   
49—3 Por que um professor não suporta ver o outro de aula vaga, será se ele não gosta do que faz ou se lhe dói muito me ver no lugar que ele gostaria? Ou não há verdadeira amizade, daquela que me faz bem ao ver o meu amigo bem! Amizade de quem engana.
Claudeci Ferreira de Andrade

49—4 O sangue dos justos salva o mundo, e o sangue dos injustos salva a si mesmo da impiedade, deixando-a fora do túmulo.
Claudeci Ferreira de Andrade

49—5  Pena de morte não foi condenada por aqueles que a experimentaram, podendo impedi-la, mas não o fizeram: o Cristo sem culpa! E pela culpa dos outros. Pena de morte versus suicídio.
Claudeci Ferreira de Andrade

49—6 Quem mata em nome do Estado não tem sequela, está regido por lei: é algoz oficial! A Pena de morte é lei Divina e o abismo recebe o pagamento!
Claudeci Ferreira de Andrade

49—7 Independente da oficialização de uma homenagem às mães, todos nós conhecemos o amor de mãe, elos de Deus que chegam até nós. O que não conhecemos é o egoísmo de mãe.
Claudeci Ferreira de Andrade

49—8 Duas pessoas que se odeiam, provocam consequências e passam apuros juntas, perseguindo uma a outra. Jogando a culpa. A dor e o sofrimento em comum, por último, as unem, a isso chamamos de amor eterno. Pois, o amor é atrativo, o sofrimento não. Difícil é distingui-los quando nos acostumamos a sofrer juntos.
Claudeci Ferreira de Andrade

49—9 A gratuidade enfraquece a vontade, porque nivela todos por baixo! A abundância, o excesso, a facilidade, roubam a dignidade, porque tiram o valor das coisas. O governo oferece o estudo gratuito, e isso tira a vontade de estudar. A dificuldade desenvolve tônus no caráter. E como se não bastasse, agora a escola é de tempo integral: o mais educação: mais isso e mais aquilo, exagero! E a EJA e outras modalidades condensadas privam os jovens da espera, treinando-os para a impaciência.
Claudeci Ferreira de Andrade

49—10 Uma pessoa se aproxima da outra por um interesse egoísta e até para provar que pode. Depois é abandonada por esta, quando a má intensão se descobre. Que os envolvimentos amorosos sejam sem planejamento. O destino já se encarregou disso. Deixemos os planejamentos só para quem quer atrapalhar bem.
Claudeci Ferreira de Andrade

49—11 O amor é como as águas, se separam em rios, como se fossem pessoas impossibilitadas de viverem juntas, se separam mesmo que seja por muito tempo, mas depois se encontram no mar, ali onde se concretizam todos os sonhos. Onde as mensagens engarrafadas encontram seu destinatário. Nem um amor ficará encoberto. Se morrer, não era amor. Eu te amo ou não!
Claudeci Ferreira de Andrade

49—12 O professor que não responder adequadamente as perguntas dos alunos, perderá o respeito deles! Porque elas são para testá-lo. Não aprende de quem não se gosta.
Claudeci Ferreira de Andrade
   
49—13 Existem problemas inúteis, frutos de atividades desnecessárias. O mal necessário é aquele que direciona as leis necessárias! O que a escola nos oferece que não se possa encontrar na internet?
Claudeci Ferreira de Andrade

49—14 Importo-me com a saúde física, mental e espiritual. E a eficácia no agir é mais do que toda plástica! Mulher feia, assim, é lindo!
Claudeci Ferreira de Andrade

49—15 Gosto de mulher feia, mas criativa e colaborativa. As bonitas que se fazem feias vingam-se, ignorando os comuns. Não basta uma feiura levar a outras formas de ser feio, querem pisar.
Claudeci Ferreira de Andrade

49—16 Toda mulher "deitada" é linda! As sábias sabem se deitar criativamente, elas não se vulgarizam, medindo cada benefício trocado. Elas se dão, inspirando a gratidão.
Claudeci Ferreira de Andrade

49—17 Diário de classe é uma confusão enorme, a orientadora faz uma chamada, atrapalhando a aula; e o mestre faz outra, ausentando a aula! Esse cerco visa o aluno ou o mestre?
Claudeci Ferreira de Andrade

49—18 Por que só nós professores deveríamos estar preocupados com a qualidade do ensino, se somos apena o chapéu dos pedintes e não o dinheiro que lhes falta? E qual professor, nas circunstâncias em que vivemos, quer se dar ao luxo de acreditar na boa intenção dos gerentes do sistema educacional? Os critérios denunciam-nos. Nota substitutiva é uma recuperação de nota e não de conteúdo!
Claudeci Ferreira de Andrade

49—19 Quando troca de gestor, no maneirismo administrativo, os fracos ganham poder. Todos dão ordens. A experiência de quem fica não conta, quem as tem não fornece por vingança por amor ao que se foi.
Claudeci Ferreira de Andrade
Kllawdessy Pherreira

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Enviado por Kllawdessy Pherreira em 27/01/2018
Reeditado em 21/08/2021
Código do texto: T6237681
Classificação de conteúdo: seguro

sábado, 14 de agosto de 2021

Coleção 48 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

 



Pensamentos

Coleção 48 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

48—1 Disse o mosquito da dengue: — O que realmente pretendo é deixá-lo doente, assim como estou. Fui contaminado e lhe asseguro que não vou morrer sozinho, vítima de uma contaminação cujo maior culpado é você.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—2 Quem escreve se liberta e deixa em seu lugar o leitor, ou melhor, escraviza-o pela condução do texto. E se não segui-lo é mesquinho leitor.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—3 O bom professor reconhece o poder da influência. Escreve antes de querer que seus alunos produzam bons textos. Lê para ser lido. Coerência é o segredo!
Claudeci Ferreira de Andrade

48—4 É silenciosa, mas sua influência é poderosíssima. Apenas produz algum ruído, quando inspirando para uma realização maligna, quando o instrumento é do Diabo.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—5 Os nossos alunos só nos obedecerão se formos os deuses deles. Não por que somos seus amigos. Temos de ser mais: seus tiranos. Se a igreja impõe pelo medo a escola também.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—6 Que ninguém me condene por aquilo que já me condenei. Pois não sou idiota, "idiota é quem faz idiotice": Tipo, julgar todo mundo pela única medida que tem.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—7 UM CAÇADOR DESESPERADO E MEDROSO ATIRA PARA TODOS OS LADOS, ACERTANDO O PRÓPRIO PÉ.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—8 A natureza ensina com tragédias, enquanto a escola, com estratégias, pelo menos velem as rimas e a parceria; uma preparando o caminho da outra! E salve a socialização.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—9 Aí, a gente aprende que só se aprende com o tempo. Ensinar o aluno a aprender é o mesmo que ensinar o professor a ensinar. E ambos têm um instrutor só: Um burro!
Claudeci Ferreira de Andrade

48—10 Se o mestre domina a matéria, não terá tempo para dominar o aluno, mas se dominar o aluno, não terá tempo para domina a matéria. O primeiro terá a seu favor o conhecimento; e  o segundo, prestígios de coordenadora.
Claudeci Ferreira de Andrade
   
48—11 A igreja é útil para matar quem se levantar contra ela. São as novas cruzadas do amor fanático que dá o paraíso apenas aos seus! "Rede de pesca de Satanás". Onde militam "Mágicos, adivinhos feiticeiros, bruxos e encarnação de Satã sobre a terra". "Os espíritos que atuam nas igrejas, são Demônios de sedução, disse Kacou Phillipe.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—12 Quando um professor está amparado por um atestado médico, sua falta não é problema dele. Mas, os coordenadores sobrecarregam os outros e ainda cobram reposição do faltoso: Que diabo é juntar salas? Alguém da escola tem que pagar pelos abusos da escola. Deus está insatisfeito, e o Coranavírus atacou.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—13 Compreendi o espírito de desforra na escola, ora alunos depredando os bens públicos, ora mostrando inatividade, ora maltratando os funcionários: é cobrança deles.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—14  Para os alunos, atuar na aula é um favor prestado ao professor, de tanto ele lhes pedir a atenção! Quem precisa de uma boa aula é o professor!
Claudeci Ferreira de Andrade

48—15 Aluno gosta de ser controlado, assim deposita suas responsabilidades nos outros, precisa de quem o faça levantar e sentar-se até os favores do governo chegarem.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—16 Pombos, símbolo da paz, representação do Espírito Santo, empreendedores de missão Divina, inocência; Os de rua são espertos, aprendem sim! Mas, continuam nas ruas.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—17 Todo Deus tem o adorador que merece! Talvez seja por isso que Ele cuida mais dos pássaros e dos lírios do campo que dos seres humanos. Acho que o homem sábio tem coisas mais importantes para fazer ao invés de ficar defendendo seu Deus.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—18 Não existe o amor certo, quando se ama demais, nunca é correspondido. E morre-se por esse amor, deixando que o outro viva dos presentes dele!
Claudeci Ferreira de Andrade

48—19 O caos é risonho, vasta chance de avanço! Dar cabo e começar novamente. Há boas intenções tanto no construir como no destruir. É melhor crer que a terra é globo.
Claudeci Ferreira de Andrade

48—20 Eu Já suspeitava que o caminho mais curto para lealdade de um homem é seu estômago, logo toda reunião de professor há comida. E a obesidade é culpa de Deus.
Claudeci Ferreira de Andrade
Kllawdessy Pherreira

Enviado por Kllawdessy Pherreira em 20/01/2018
Reeditado em 14/08/2021
Código do texto: T6231350
Classificação de conteúdo: seguro