"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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quinta-feira, 22 de junho de 2023

O NOVO ENSINO MÉDIO: UM LABIRINTO DE DESAFIOS E DESCONTENTAMENTO ("Não adianta enfeitar o cocô com florzinha, a merda já está feita". — Michely Deotti)

 


O NOVO ENSINO MÉDIO: UM LABIRINTO DE DESAFIOS E DESCONTENTAMENTO ("Não adianta enfeitar o cocô com florzinha, a merda já está feita". — Michely Deotti)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era uma vez, em um país distante, uma escola onde algo estranho acontecia. Os alunos eram aprovados sem mérito algum. Parecia que o viver era gratuito, sem esforço ou luta. A gratuidade enfraquecia a vontade de lutar, anulava a dignidade. Todos eram nivelados por baixo, sem diferenciação. Mas eu acreditava que a generosidade trazia prestígio. Aqueles que davam, que tinham algo a oferecer, eram valorizados. A abundância, o excesso, a facilidade, roubavam a laboriosidade das pessoas, tiravam o valor das coisas e dos eventos. O que é raro e especial é que tem valor.

No entanto, o governo oferecia o estudo gratuito, mas parecia fugir dessa mesma gratuidade. Isso desencorajava os desconfiados, afinal, qualquer pessoa desconfia quando algo é grande e anunciado aos quatro cantos. A dificuldade, por outro lado, desenvolve o caráter e fortalece a vontade de estudar. Mas agora, com o Novo Ensino Médio, as coisas se complicaram ainda mais. A reforma permitia que qualquer pessoa com "notório saber" pudesse dar aula, mesmo sem ter cursado a universidade e obtido um diploma. Isso explicava por que eu tive dificuldade em me encaixar na escola onde trabalho há anos. Ah, Novo Ensino Médio, como você me desafia!

O "mais educação" virou PIA, e agora são as "trilhas". Excessos de um lado, falta de outros. As modalidades se condensavam, privando os jovens da paciência e treinando-os para a impaciência. O Novo Ensino Médio, essa criança mimada e sem definição, nasceu morto.

A vida é dura, o mercado de trabalho é implacável. Como disse o Frei Anselmo Fracasso: "Acariciar para depois castigar é o mesmo que enfeitar os condenados antes de levá-los à forca". Precisamos estar preparados, enfrentar os desafios com coragem e determinação, sabendo que a vida pode ser difícil, mas é nesse enfrentamento que crescemos e nos tornamos pessoas melhores.

Que possamos valorizar o esforço, o estudo, a busca pelo conhecimento. Que não nos acomodemos na gratuidade, mas busquemos a excelência e a superação. A vida nos cobra, e devemos estar prontos para enfrentar as adversidades. Assim, podemos construir um futuro de realizações e conquistas, com a certeza de que nosso esforço será recompensado.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

A COMPATIBILIZAÇÃO DOS EVENTOS DA VIDA ("O que é distinto não o pode ser por sí só, só o é por meio da distinção". — Isaac da Conceição)

 


A COMPATIBILIZAÇÃO DOS EVENTOS DA VIDA ("O que é distinto não o pode ser por sí só, só o é por meio da distinção". — Isaac da Conceição)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

No meio das complexidades da existência, percebo que não há dois caminhos à nossa frente, mas um só, e nossa escolha consiste em um estado de espírito: o da vida e o da morte. É como se o céu se revelasse quando estou bem e vivo o inferno quando estou mal. Embora pareçam se bifurcar, na verdade são interligados pelas circunstâncias que nos cercam. É como se o diabo, com suas artimanhas, criasse a ilusão de que esses caminhos são paralelos, mas, na verdade, eles se entrelaçam num jogo manipulado por Deus.

Cada momento vivido contém um pouco de vida e um pouco de morte, como uma dança entre essas duas realidades. É uma composição dual onde nada é em vão. Assim como uma semente de caju destinada a se tornar um cajueiro, há também em seu âmago a possibilidade de alimentar um mamoeiro. É a reutilização das substâncias da natureza, um ciclo contínuo e interligado.

A vida e a morte não são caminhos paralelos, assim como a luz e as trevas, o profano e o sagrado. Nada é absolutamente puro ou absoluto. Sempre há um pouco de luz nas trevas e um pouco de pecado na pureza. A vida traz consigo um resquício de morte, e a morte, por sua vez, traz consigo a promessa de um novo ciclo de vida. Tudo se entrelaça e se mistura, não existe uma totalidade.

Percebo que meu batismo é o da compatibilidade, pois as substâncias são compatíveis dependendo da dosagem. Existe um ponto de fusão entre esses dois mundos, onde as influências divinas agem, dando sentido a essa complexa teia da existência.

Ao refletir sobre essa experiência, compreendo a importância de aceitar as dualidades da vida e encontrar equilíbrio em meio a elas. Nada é simplesmente bom ou ruim, certo ou errado. Tudo possui nuances e é essencial enxergar além das aparências. Aprendo a valorizar cada momento da vida, sabendo que a morte está presente, e a enfrentar a morte com coragem, sabendo que a vida continua em outros ciclos.

Que possamos compreender a interconexão de tudo ao nosso redor e encontrar paz em meio às incertezas e contradições da existência. É nesse entendimento que reside a verdadeira sabedoria.

terça-feira, 20 de junho de 2023

SEM LIMITE ("Justiça extrema é injustiça." — Cícero)

 


SEM LIMITE ("Justiça extrema é injustiça." — Cícero)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Imagine uma doença tão terrível que deseja se apossar não apenas do seu corpo, mas também da sua mente. Essa doença é o exagero, um mal que permeia todos os lugares e está sempre à espreita. Ela consome sua carne em um banquete macabro. É uma presença indesejável, porém persistente. Manifesta-se nos excessos permitidos. Em questão de minutos, pode transformar uma pessoa perfeita em um ser debilitado. Se alguém, aos 50 anos, afirmar estar completamente saudável, vou dizer prontamente que essa pessoa está mentindo e caminhando para um destino infernal. Para conquistar um pouco de saúde, precisamos lutar como se estivéssemos em uma guerra.

No fim das contas, Deus cria o ser humano, permite que ele adoeça e, por fim, o leva à morte. Somente Ele, em Sua infinita misericórdia, pode trazer a cura. Nenhum remédio é eficaz se Ele não estender Sua mão. Ah, vida misteriosa e imprevisível! "Quem teme ao Senhor desfruta de uma vida longa (mesmo com doenças), mas os ímpios morrem antes do tempo (doenças agravadas)." (Provérbios 10:17).

Nessa reflexão, percebo a importância de encontrar o equilíbrio em todas as nossas ações. O exagero nos conduz por caminhos perigosos, minando nossa saúde e bem-estar. Devemos aprender a valorizar a moderação, evitando os excessos que nos levam a sofrimentos e consequências indesejáveis. Cuidar do nosso corpo e da nossa mente é uma batalha diária, mas uma batalha que vale a pena ser travada.

Portanto, meu estimado leitor, convido-o a refletir sobre os seus próprios exageros. Busque o equilíbrio em todas as áreas da vida e valorize a saúde como um tesouro precioso. Lembre-se de que apenas a moderação nos conduz a uma vida plena e duradoura. Não permita que o exagero o aprisione, mas escolha a liberdade de viver com sabedoria e discernimento. Afinal, a vida é um dom precioso que deve ser cuidado e apreciado em toda a sua magnificência. CiFA

segunda-feira, 19 de junho de 2023

TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO NÃO É DOENÇA, É APEGO! ("Não somos acumuladores, somos o fluxo da vida. Por mais forte que seja o nosso desejo de posse, já somos o passado dos nossos descendentes." — William Eduardo Marques)

 


TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO NÃO É DOENÇA, É APEGO! ("Não somos acumuladores, somos o fluxo da vida. Por mais forte que seja o nosso desejo de posse, já somos o passado dos nossos descendentes." — William Eduardo Marques)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Havia uma pessoa especial, um acumulador, que possuía um olhar único sobre o mundo. Era eu, imerso em um universo repleto de objetos aparentemente desprezíveis aos olhos dos demais. Mas para mim, cada coisa tinha um valor inestimável.

Certo dia, enquanto vasculhava minhas coleções, refleti sobre o que me fazia enxergar beleza onde muitos só viam insignificância. Percebi que, ao valorizar o que é desprezado, também evitava menosprezar as pessoas que são marginalizadas, que não se encaixam nos padrões estabelecidos. A vida me ensinou que cada pessoa, por mais desprezada que pareça, carrega em si algo especial. Todos têm histórias, talentos e experiências únicas que podem iluminar o mundo de maneiras imprevisíveis.

Lembranças de meu avô ecoaram em minha mente, suas palavras sábias preenchendo meu coração: "quem guarda o que não quer, tem o que precisa". A mensagem por trás dessas palavras parecia ganhar vida em cada objeto que eu acumulava.

Através do meu olhar apreciativo, descobri que a verdadeira riqueza está na capacidade de reconhecer o valor nas coisas e nas pessoas, mesmo quando outros não conseguem enxergar. Afinal, é nessa diversidade que reside a beleza do mundo.

Em minha jornada de acumulação, percebi ainda que o que guardamos pode ter uma utilidade surpreendente, tanto para nós mesmos quanto para os outros. Um simples item, que para muitos seria descartado, poderia se tornar um tesouro valioso nas mãos de alguém que o necessitasse.

Portanto, convido você, leitor, a refletir sobre como podemos encontrar tesouros escondidos nas situações e nas pessoas que muitas vezes são ignoradas. Abrace a singularidade de cada indivíduo e valorize aquilo que é considerado desprezível. Pois, ao fazer isso, descobriremos um universo repleto de possibilidades e uma conexão genuína com o que nos cerca.

domingo, 18 de junho de 2023

A IMAGINAÇÃO SUPERA A LÓGICA ("A imaginação é mais importante que o conhecimento." — Albert Einstein )

 


A IMAGINAÇÃO SUPERA A LÓGICA ("A imaginação é mais importante que o conhecimento." — Albert Einstein )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era uma tarde comum na escola quando meu mundo foi virado de cabeça para baixo. O professor de matemática, com seus óculos de aro grosso e cabelos despenteados, começou a falar sobre lógica. Seus olhos brilhavam com intensidade enquanto explicava como a lógica nos ajuda a desvendar mistérios e resolver problemas complexos.

Sentado na terceira fileira, mordiscando a ponta do lápis, fui capturado pela menção à gradação regressiva. "Imaginem", disse ele, gesticulando animadamente, "que vocês estão resolvendo um quebra-cabeça, mas começam pela última peça e vão voltando até chegar à primeira". A ideia era fascinante, como desvendar um mistério às avessas.

Mal sabia eu que aquela aula aparentemente comum se transformaria em uma jornada surreal. No meio de sua explicação, o professor soltou uma expressão que fez a sala inteira explodir em gargalhadas: "gravidez intestinal". Fiquei paralisado, minha mente tentando processar aquela combinação bizarra de palavras. Era como se alguém tivesse jogado um balde de água fria na minha lógica cuidadosamente construída.

Passei o resto do dia em um estado de confusão quase mística, perdido em um labirinto de pensamentos. Ao chegar em casa, mergulhei de cabeça em uma pesquisa frenética. Vasculhei livros, sites, até mesmo perguntei à minha avó (que me olhou como se eu tivesse duas cabeças). Finalmente, descobri que "gravidez intestinal" não passava de uma expressão nonsense, uma brincadeira linguística sem pé nem cabeça.

Exausto e estranhamente aliviado, refleti sobre como aquela experiência me ensinou mais sobre pensamento crítico do que qualquer aula convencional. A lógica, percebi, não serve apenas para resolver equações, mas também para questionar o inquestionável e explorar os limites entre o sentido e o nonsense.

Lembrei-me de uma tarde resolvendo um problema complicado de matemática. A solução parecia inalcançável até que uma ideia absurda cruzou minha mente. Seguindo esse pensamento improvável, encontrei uma solução brilhante. A lógica da gradação regressiva, pensar no fim antes do começo, tinha me levado a um novo entendimento.

Percebi que a vida está cheia de "gravidezes intestinais" - momentos e ideias que parecem absurdos à primeira vista, mas que, se explorados com a mente aberta, podem nos conduzir a novas descobertas. A verdadeira magia da lógica está em sua capacidade de nos levar além do óbvio, de nos empurrar para fora dos limites do convencional.

Naquela noite, adormeci com um sorriso no rosto, pensando em como a vida às vezes nos apresenta enigmas sem solução, apenas para nos lembrar de que nem tudo precisa fazer sentido para ser valioso. Decidi que, a partir de então, abraçaria cada "gravidez intestinal" que a vida me apresentasse, com a certeza de que, por trás de cada aparente nonsense, há uma nova verdade esperando para ser descoberta.

E assim, caro leitor, termino esta crônica com uma pergunta: quantas "gravidezes intestinais" você encontrou hoje? Quantas vezes o absurdo bateu à sua porta, disfarçado de lógica? Talvez seja hora de abraçarmos essas contradições, esses momentos de puro nonsense. Afinal, é nos espaços entre a razão e o absurdo que muitas vezes encontramos as mais profundas verdades sobre nós mesmos e o mundo ao nosso redor.

Lembre-se: até os erros têm uma lógica. E às vezes, é justamente no ilógico que encontramos as respostas mais surpreendentes.

Questões Discursivas:

1. O texto apresenta uma reflexão sobre o papel da lógica no pensamento crítico e na resolução de problemas, utilizando a metáfora da "gravidez intestinal" para ilustrar a importância de questionar o senso comum e explorar ideias aparentemente absurdas. Através da narrativa do autor, como a experiência com o professor de matemática e a busca por "gravidez intestinal" contribuem para o desenvolvimento dessa reflexão?

2. O autor destaca a importância de abraçar os "momentos de puro nonsense" e explorar as contradições presentes na vida, reconhecendo que o absurdo pode conter verdades valiosas. Como essa perspectiva se relaciona com a busca por uma visão mais ampla e complexa da realidade, indo além do óbvio e do convencional?

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sábado, 17 de junho de 2023

PROFISSIONAIS SEM PROFISSIONALISMO ("Nunca misture amizade com profissionalismo, ser amigo, muitas vezes, te impede de dar o NÃO que outro precisa levar." — Claudia Berlezi)

 


PROFISSIONAIS SEM PROFISSIONALISMO ("Nunca misture amizade com profissionalismo, ser amigo, muitas vezes, te impede de dar o NÃO que outro precisa levar." — Claudia Berlezi)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era uma manhã radiante quando o sol se erguia timidamente no horizonte, banhando a escola com seus raios dourados. Naquele cenário aparentemente comum, um turbilhão de histórias e desafios se desenrolava, especialmente para nós, os professores. Éramos protagonistas de um cotidiano repleto de lutas e injustiças, travando batalhas invisíveis nas entranhas do sistema educacional.

Naquele dia, eu me via imerso em um dilema opressor. Os chefes, protegidos por uma engrenagem burocrática, eram impiedosos quando contrariados. Críticas eram silenciadas e a voz dos sábios que ousavam desafiar a norma era temida. Em uma reunião pedagógica, onde as feridas eram expostas, algumas colegas destemidas decidiram confrontar a metodologia ineficaz dos gestores. A resposta foi o "massacre" implacável.

E ali estava eu, como um personagem de um passado distante, agradecendo por estar vivo o suficiente para testemunhar a tão esperada vingança. O próximo "Conselho de Classe" seria o palco dessa revanche. Os alunos, orientados por líderes inspirados, foram instruídos a expressar suas queixas sobre as aulas. Uma onda de medo me invadiu, porque nossas aulas não agrada a maioria. e a liberdade de expressão era quase inexistente. Sentia-me desmascarado, perdido em meio às críticas diárias que questionavam minha competência. No entanto, algo extraordinário aconteceu naquela reunião.

Os representantes dos alunos, jovens cheios de inspiração divina, não se voltaram contra nós, os professores. Pelo contrário, eles exigiram maior rigor dos coordenadores no tratamento dos indisciplinados. Os que buscavam refúgio na coordenação, retornando com advertências escritas que exibiam como troféus de guerra; por isso, também foram confrontados. Naquele momento, um sorriso sincero e reconfortante iluminou meu rosto.

No entanto, como a "alegria de pobre dura pouco" e a vida sempre nos reserva surpresas cruéis. "Uma bala perdida" atingiu minha consciência quando fui acusado de perturbar a escola ao dar notas nos cadernos dos alunos. Inadvertidamente, acabei me envolvendo em uma teia na qual os atrasados corriam atrás de mim em busca de um simples "visto" em seus cadernos, perturbando as aulas dos demais. Mas, há uma reviravolta positiva nessa história. O tiro não me atingiu de forma negativa. Ao contrário, ele me despertou para uma importante lição: continuei concedendo meus "vistos" nos cadernos dos alunos, por não ter nenhuma outra forma de avaliação continua, querida dos pedagogos.

E assim, prosseguindo em minha jornada, mantenho o fogo da paixão pela educação ardendo dentro de mim. As adversidades, longe de me enfraquecerem, servem para me fortalecer. Cada marca deixada nos cadernos dos estudantes representa um passo em direção ao futuro, uma contribuição significativa para a construção de uma sociedade mais justa e inspiradora. Dizem que onde se ganha o pão não se come a carne.

A LUZ DENTRO DA ESCURIDÃO ("A escuridão não pode expulsar a escuridão, apenas a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio, só o amor pode fazer isso". — Martin Luther King)

 


A LUZ DENTRO DA ESCURIDÃO ("A escuridão não pode expulsar a escuridão, apenas a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio, só o amor pode fazer isso". — Martin Luther King)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Sentia-me como uma nuvem escura pairando sobre a escola. Os alunos do terceiro ano tramavam algo terrível, algo que poderia mudar meu destino. Sussurros corriam pelos corredores, seus olhares carregados de desprezo me perfuravam como facas afiadas. "Vamos tirá-lo daqui", diziam eles, com sorrisos de malícia nos rostos.

A educação, diziam, estava melhorando. E com essa melhoria, eles não queriam mais arrastar o fardo que eu representava. Eu era o peso morto, o obstáculo em seu caminho para o sucesso. Eu sabia que a situação estava ficando sombria e que meu tempo na escola estava se esgotando rapidamente.

Enquanto as aulas transcorriam, sentia o peso da rejeição e da ameaça constante. Cada passo era como caminhar sobre brasas ardentes, enquanto os olhares acusatórios me consumiam. Era como se meu futuro estivesse sendo selado por mãos cruéis e implacáveis.

No entanto, por mais terrível que fosse a situação, algo dentro de mim se recusava a se render. Eu sabia que os verdadeiros desafios não estavam nos outros, mas sim em mim mesmo. Eu precisava me superar, provar que era mais do que o rótulo de professor ruim que me impuseram.

A cada dia, enfrentava a adversidade de cabeça erguida. A educação, para mim, era mais do que apenas um trabalho ou profissão. Era uma oportunidade de crescimento pessoal, de descoberta e de mostrar ao mundo do que eu era capaz.

No final, a expulsão nunca aconteceu. Aqueles que me desafiaram, perceberam que havia mais em mim neles do que imaginavam. Concluíram o ensino médio, nunca mais os verei. A jornada foi árdua e dolorosa, mas cada obstáculo superado me fortaleceu. A escola se tornou uma arena de batalha, onde meus esforços valeram a pena.

E assim, aprendi uma lição valiosa. A verdadeira educação vai além das aparências e dos rótulos que nos impõem. Ela reside na nossa determinação, no nosso desejo de superar as expectativas e nos tornar a melhor versão de nós mesmos. Lembre-se de que você é capaz de grandes feitos, mesmo quando enfrenta desafios aparentemente insuperáveis. Seja a luz que ilumina seu próprio caminho, e não permita que ninguém o apague.