"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 13 de junho de 2015

OS SONHOS DA ESCOLA! ("A esperança é o sonho do homem acordado". — Aristóteles)


Crônica

OS SONHOS DA ESCOLA! ("A esperança é o sonho do homem acordado". — Aristóteles) 

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           NO VELHO NORMAL, ERA ASSIM: Dos filhos dos outros, dizíamos: "Nem todos nasceram para estudar". Mas, quando são os nossos: "Por que largaram os estudos?" Os pais acreditavam na escola como uma instituição necessária na formação dos jovens. Talvez, maltratam ainda os professores para domá-los ao passado. Porém nada é igual a antes!
           Está claro que a família influenciava na indisciplina escolar, especialmente por não primar pelos valores éticos, morais e sociais. Como dissera, Francielly Gomes dos Santos Carmo: "A família é o sustentáculo da vida, com ela aprendemos o que é ser ético, respeitar a diferença de cada ser, os limites que nós temos, enfim é o início para convivermos em sociedade. Ela que nos enche de carinho e amor é o nosso bálsamo de segurança e conforto para enfrentar qualquer problema que venha adiante." Então a verdade é que uma família esfacelada não tem moral para cobrar da escola milagres na educação dos seus filhos. E nem podendo contribuir com os professores!
           Estou esperando viver o suficiente para ver a evolução na relação família e escola com o novo modelo de família que a sociedade já adotou, o casamento gay, por que com o pior, já estávamos acostumados, a de pais divorciados. 
           Pensando melhor, não acredito que tudo vai ficar bem no Novo Normal. Dissera com propriedade o Tiririca. "Pior do que está não vai ficar". Ainda que eu concordasse com sua expressão, hoje entendo que há sempre uma nova possibilidade de piorar. É de quem mais se respeita sua diversidade, que mais se espera bons fluidos! Porém são esses exatamente os que mais desrespeitam as normas tradicionais da escola, na tentativa de conquistar mais atenção gratuita e pregar sua ideologia! E assim, gera a indisciplina e a desordem no ambiente escolar. Não existe mais lugar para uma sala de aula com 40 pessoas, todas fazendo o que bem entender em nome da seu direito de liberdade? A escola que ensina a liberdade também sofre por não ter liberdade. E o sonho ainda vai esperar! Ou já acabou e eu nem acordei?
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/06/2015
Reeditado em 13/06/2015
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segunda-feira, 8 de junho de 2015

É POSSÍVEL PREVER A MORTE!!

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sábado, 6 de junho de 2015

BRINCANDO COM O DIABO ("Todos os monstros que viviam me amedrontando, não estavam embaixo da minha cama; eles estavam dentro de mim" — Rita Padoin)


Crônica

BRINCANDO COM O DIABO ("Todos os monstros que viviam me amedrontando, não estavam embaixo da minha cama; eles estavam dentro de mim" — Rita Padoin)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            NO VELHO NORMAL, ERA ASSIM: um grupo de aluno, na hora da aula que eles mais odiavam, com a permissão do professor, que tinha dificuldade ao prender-lhes a atenção, também curioso, vendo a oportunidade, se permitiu fugir da rotina. Foi o meu caso! Os alunos evangélicos eram os mais atentos. Então, o mais carente de prestígio tinha dois lápis em mãos, logo arranjou uma folha em branco, fez dois riscos em cruz, escreveu "yes" e "No" nas extremidades dos riscos, dispôs à mesa do professor; em seguida, em cima da folha preparada, colocou os lápis também em cruz, acompanhando as linhas. Gritou a todos, pois ia começar, em seguida, gesticulando movimentos da macumba, citou as palavras, numa voz rouca e assombrosa: "Charlie, Charlie, você está aqui!?" Só bastaram dois apelos, e o lápis de cima rodou para o lado do "yes", escrito na folha. Foi incrível!!! Por que o "Espírito Penado" iria ali só marcar presença?     
           Naquela ocasião, foi sinistro mesmo, daquele modelo! Meus alunos fizeram a evocação do Diabo, lá, na  hora da aula, e eu presenciei tudo, o Capeta estava em nosso meio, ele mexeu no lápis fazendo-o rodar, e todos ficaram possessos como naquela história bíblica na qual aqueles porcos se precipitaram ao mar, todos saíram correndo e gritando. Mas, ali, o Diabo ficou sozinho, fui eu quem assoprou o lápis de cima para o lado certo, e eles nem perceberam. (riso) Já pensaram se o Demônio ia dar conta de tantas escolas e tantos "brincando de Charlie". De tantas bagunças, violências e desrespeitos! E o que ele iria ganhar com isso, divulgando uma imagem negativa? Foi melhor eu dar uma ajudinha, né!!!(riso).
            Quem assusta, não conquista. Qual Capiroto é esse que só provoca a repugnância? Como fica a mente de quem lê a Bíblia e aprende sobre Lúcifer ser um anjo de Luz! O que pretende os refugiados na igreja por medo do Satanás? Estão reunidos e se defendendo por que o inimigo é comum ou o amigo é comum? Porém, continuo achando que o medo os unem! E o amor, entre nós, deixa a desejar! A igreja continua usando a tática do amedrontar para encher seus bancos. Ou será se o tal Lúcifer existe mesmo, com chifre e rabo, cuspindo fogo? Eu não senti nada naquela sessão, nem remorso por ter enganado os meninos! Quem é o Satanás, senão quem promove o inferno!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 30/05/2015
Reeditado em 06/06/2015
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sábado, 2 de maio de 2015

SACO DE PANCADA ("A felicidade mais elevada é aquela que corrige os nossos defeitos e equilibra as nossas debilidades." - Johann Goethe )



Crônica da vida escolar

SACO DE PANCADA ("A felicidade mais elevada é aquela que corrige os nossos defeitos e equilibra as nossas debilidades." - Johann Goethe )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Depois de ler a obra de Reinaldo di Lucia — (Sócrates e Platão: precursores do espiritismo?) — "Segundo Kardec, de tempos em tempos, Deus manda um enviado com a missão de reunir estes conhecimentos esparsos em um corpo de doutrina consistente. E assim Kardec afirma sobre Sócrates e Platão possuírem as mesmas ideias cristãs, ainda que de uma forma menos estruturada." Baseando-me nessa ideia, disse aos meus alunos, em um momento de reflexão, sobre Jesus reproduzir os pensamentos de Sócrates. E uma menina, daquelas indisciplinadas, ainda no oitavo ano do vespertino, acusa-me de mentiroso e não saber de nada. Incomodou-me muito sua contestação desrespeitosa. E doeu mais, porque eu já vinha "baleado" do turno matutino daquele mesmo dia, pois outro aluno dissera jamais confiar em mim, do segundo "C". Um fato leva a outro, lembrei-me da semana passada, uma aluna, do segundo "D", mostrou-se ofensivamente, dizendo não confiar em mim pela a seguinte atitude: Quando a classe foi convidada para lanchar e todos saíram, então ela disse, em voz alta, que nem pretendia pegar o lanche, mas ia sair, pois de forma alguma podia ficar sozinha comigo na sala por 3 minutos apenas. Não sei exatamente sua intenção, porém ela me fez sentir, naquele momento, um estuprador.
           Enquanto aqui na internet, eu me sinto o "bam-bam-bam", inteligente e tudo o mais, na sala de aula sempre têm aqueles que me fazem sentir um lixo, dirigindo-me estes "deslogios": desinformado, estuprador, perigoso, esquisito e velho caduco. Talvez lhes dei motivo para tais julgamentos, leram minha crônicas, fieis a minha realidade profissional: "bola de maldade". Então faço minhas a palavras de Alessandra Espínola:  "Eu gostaria de saber passar por esse circo dando gargalhadas o tempo todo, mas às vezes, meu palhaço é triste."
           E estou certo, pisar em falso nunca, pois no trabalho, muitos estão me filmando literalmente, e até uma das mães de plantão disse à sua filha (minha aluna do nono ano): "fica longe daquele velho doido". Agora me pergunto como ensinarei essa jovem resistente ao seu professor?  Todo meu esforço de aproximação a eles tem objetivos didáticos,  os técnicos da educação disseram-me sobre se identificar com os jovens facilitando a relação e o ensino-aprendizado, estou nessa. Mas, eles e elas falam qualquer coisa, de tanto escutarem o indesejado, essa é minha culpa imposta, pois ensino às ordens do sistema! De jeito nenhum, quero imaginar se os meus colegas professores passam por isso também. Todavia, pelo o silêncio deles, sou forçado a acreditar no pior... Ou o quanto se envergonham de mim,  quando revelo o que querem esconder. E ainda me tacham de faltoso do companheirismo por sonegar à "vaquinha". Porém, devem sofrer menos! E ainda bem, estão ensinando mais! Resta-me tentar compensar a mancha que desenhei no jaleco branco a categoria, por isso  sempre me uno ao grupo nas ocasiões da greve, apesar de ser contra qualquer movimento forçador do reconhecimento de competências, porque grevistas se mostram geralmente a quem não precisa vê-los, e/ou prejudicando as pessoas erradas, e/ou ainda, especificamente greve de professor está desacreditada por resultar sempre em nada. E todos provam minha boa intenção, quando paro de trabalhar a mando do sindicato; além do mais, pago minha taxa sindical e ele me representa! Digo tudo isso para ser fiel aos relatos de minha vida escolar. "Os poetas são impúdicos para com as suas vivências: exploram-nas" (Friedrich Nietzsche). Peço-lhes desculpas se exagerei, eu compreendo seu olhar torcido, pois de forma alguma confiamos naqueles esquisitos, pois, nos metem medo. Apenas aconselho, jamais se esqueçam: "as aparências enganam"; não é prudente julgar o livro pela capa; eu sou um pouquinho pior!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 29/04/2015
Reeditado em 02/05/2015
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sábado, 25 de abril de 2015

O QUE REALMENTE VALE A PENA? ("É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor". -- William Shakespeare)


Crônica

O QUE REALMENTE VALE A PENA? ("É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor". -- William Shakespeare)Por Claudeci Ferreira de Andrade


            Eu estava lendo Mario Quintana, e ele me impressionou com essa frase: "A felicidade bestializa, só o sofrimento humaniza as pessoas." Então lhe questionei sobre precisar jamais procurar o sofrimento, ele é inerente! Mas, a felicidade se procura sim! Lembrei-me do John Stuart Mill: "Aprendi a procurar a felicidade limitando os desejos, em vez de tentar satisfazê-los." Tudo em nome da humanização! Por isso, nem gosto de comer, de dormir, de "f" e tomar banho! Só o necessário, mantendo o grau de infelicidade já conseguido. Pensando nisso: como apenas o necessário, logo me privo do viver para comer; Dormir se parece muito com morrer, e isso não me agrada; "transar" é muito esforço obtendo breve prazer, o orgasmo de 5 segundos de forma alguma vale a meia hora de suor; banhar estraga a pele, os óleos naturais nos protegem de insetos picadores. E me defendo, usando as palavras de Albert Einstein: "Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo". Por que as pessoas comuns se esforçam tanto para mostrar prazer ou desfrutando da vida? Fazem de tudo, e há aqueles que se sentam à porta da rua com uma latinha de cerveja na mão, sendo visto por muitos, que ele bebe e farreia; é o "lascadão na vida".
             Agora compreendo o filósofo, Luiz Felipe Pondé quando disse em seu texto: "Deus me livre de ser feliz": "A mania da felicidade nos deixa retardado" Preparar-se para o pior é uma forma de antecipar a qualificação própria do prazer. Depois de tudo, posso dizer que só o combate nos faz felizes. Uma luta prenuncia outra luta. Querer ser feliz é querer parar de sofrer e sem sofrimento não há viver. Então prefiro viver lutando, pois o contrário é atrofiar meus talentos. Na luta, há outra felicidade!
Klawdessy Ferreira

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Enviado por Klawdessy Ferreira em 18/04/2015
Reeditado em 25/04/2015
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sábado, 18 de abril de 2015

TRABALHO INFANTIL NÃO É SERVENTE? ("O que não foi vivido totalmente, volta." - Fabrício Carpinejar)



Crônica

TRABALHO INFANTIL NÃO É SERVENTE? ("O que não foi vivido totalmente, volta." - Fabrício Carpinejar)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Os combatentes da exploração do trabalho infantil, um mal a ser erradicado, fazem-no com tanta força, parecendo-me que o mundo está se acabando em "trabalho infantil". Então, pondero: nem só a criança, mas qualquer pessoa estando submetida a quaisquer atividades prejudiciais ao físico, mental e espiritual deve ser protegida. Não devemos apoiar a escravidão. Porém, como seria o mundo sem o trabalho infantil artístico? De quem é a culpa quando uma criança se torna um marginal, desde cedo na vida? Quando a Bíblia diz sobre o ensinar as crianças no caminho que devem andar e quando forem velhas jamais sairão dele (Pv 22:6); creio, está também implícito no verso citado a ocupação da mente com coisas úteis, pois é necessário, senão mente vazia é oficina do "Capiroto"! Só se aprende a trabalhar, trabalhando; também a boa administração das economias próprias é importante; enfim, o senso de responsabilidade e organização do tempo estão divinamente ligados ao trabalho de quem quer que seja laborioso, independente da idade, vale mais a quem madruga. O trabalho dá significado à vida! Quando nos perguntamos por que existimos? O trabalho nos responde: é para sermos úteis uns aos outros. Todos os homens, existindo raríssima exceção, os quais começaram a trabalhar bem cedo na vida, tornaram-se homens de sucesso.
           Qual, de fato, é a atuação da escola no formato de substituta do trabalho, ocupando a vida das crianças, como muitos querem que seja? E quanto vale a polissemia  do Lugar-comum: "Lugar de criança é na escola!" E quando a escola se torna pai e mãe de tempo integral, pretendendo ser o lugar para se aprender a viver? Como assim? Se a socialização ali é recomendada com restrição pelos próprios pais, selecionando os amigos aos seus filhos, formando assim as ditas "panelinhas". Então, nunca se pode conviver proveitosamente em meio dos que não servem de companhia?
           Um crítico sem conhecimento de causa é apenas um "zoilo". Por isso critico e combato a ociosidade infantil, pois sempre trabalhei, desde meus dez anos de idade e hoje sou professor. Ajudar as mães, pode, são afazeres de casa e de forma alguma se configura trabalho infantil; mas, ajudar o pai na oficina mecânica, jamais, é exploração do trabalho infantil!! Assim dizem os doutores nas ciências que desconheço! Todavia, nas minhas críticas, há sempre muitas sugestões boas, depende apenas das relações intelectuais feitas por quem as lê. É uma pena! Serem privadas a analfabetos funcionais, os quais não estudaram bem, pois nem sequer trabalharam na infância, o sistema esquerdista está cheio desses. Talvez entendam isto: Para fazer melhorar, interessa o "certo", interessa também o que está "errado". Não sou um professor explorador, apenas me moldei pela maioria do passado, servindo assim aos fracos de hoje por motivo de sobrevivência. Cada coisa em seu lugar!
Klawdessy Ferreira

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Enviado por Klawdessy Ferreira em 13/04/2015
Reeditado em 18/04/2015
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sábado, 21 de março de 2015

SEXTA FEIRA, 13, NA ESCOLA (Minha eterna Sexta Feira,13, mesmo que seja um Sábado, ou Domingo, ou primeiro de abril.)



CrÔnica

SEXTA FEIRA, 13, NA ESCOLA (Minha eterna Sexta Feira,13, mesmo que seja um Sábado, ou Domingo, ou primeiro de abril.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           O acontecimento dessa tarde é digno de uma Sexta Feira, 13, três mães foram à escola defendendo os filhos por jogar objetos no ventilador da sala. Eu os entreguei à coordenadora, e ela solicitou a visita das mães à escola. Até então, eu nem sabia sobre seus pensamentos a meu respeito, mas só até então, pois, estava sempre bem intencionado e me esforçando por eles. Pelo que eu, quem devia acusá-los, saí acusado de maltratar e querer mal os alunos. Disseram sobre eu ter mandado os filhos delas tomar em no c... e o outro disse que o chamei de gay. Meu erro foi denunciá-los, não os chamei de nada, e por que faria, se conheço muito bem minha responsabilidade profissional; se assim não fora, eu nunca estaria zelando pela ordem! Mas, ainda que o tivesse chamado, hoje em dia, chamar alguém de gay é um elogio! Deplorável é essa resistência em aceitar o legado, isso sim é homofobia! Atribuíram-me  seus pecados. No final, quando eu esperava a repreensão dos meninos por estarem depredando o bem público e desacatando um funcionário público no exercício legal de sua função, tornou-se uma implicação moral, ou melhor, imoral para ambas as partes. Se fossem mais criativos em mentir, poderiam dizer que eu lhes chamei de burro, por que outros já o fizeram. E a classe toda estava de testemunha. No entanto, eu já estava torcendo para ficar livre daquela situação, e sair dali, fugir da celeuma, sem maiores consequências. Com tudo, os poderes operantes da Sexta Feira, 13, façam justiça, que sejam os votos de meus encostos.
           Jamais foi assim, mas agora, alunos brigam, com o apoio dos pais, pelo o direito de fazer tudo que querem na escola. O professor, meu colega, me contou da sua Sexta Feira, 13, no seu trabalho do noturno, depois de dois meses de aula, a aluna matricula-se e aparece, do nada, em sala de aula. A matéria já estava em andamento avançado. No final da aula, daquela noite, O professor perguntou à classe se entendeu, e a dita cuja lhe responde, de forma ríspida, disse não ter entendido nada, ordenou que lhe explicasse novamente. Então, ele alegou ser a primeira aula dela naquele mês, por isso procurasse os colegas para acompanhar o conteúdo do bimestre de trabalho. Mas, o caldo engrossou, quando ela se mostrou conhecedora demais das leis que lhe dão direitos, e lhe disse em mau tom: — "Você é pago para isso."
            Então eu garanto que se ela ainda não levou a mãe à escola, porque já é de maior, porém, com certeza, vai denunciar o professor, talvez já o fez! E foi também sua Sexta Feira, 13.
           Nessa mesma noite, eu passei por mais uma dessas, completando meu augúrio do dia, pedi a uma aluna ler em voz alta, e ela se negou, então forcei a barra, insistindo que não quebrasse a sequência da leitura dirigida. Foi quando uma atrevida intercessora, repreendendo-me, como o faz com o Demônio, disse para eu não expor a moça assim. E eu lhe retruquei, pedindo que não me expusesse assim também, afrontando meu planejamento daquela aula. Esta, também, vai me denunciar. Na EJA, eles "sabem tudo", só precisam do diploma gratuito para endossá-los.
           Todas as coisas ruins constroem nossa Sexta Feira, 13, mesmo sendo um Sábado, ou Domingo, ou primeiro de abril. É quase certo, na educação atual, todos os dias são Sexta Feira, 13. Todavia me conforto nas palavras de William Shakespeare: "Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida."
           Sobretudo, meu apocalipse se estende, no dia seguinte, sonhei que estava em um bosque sombrio e assustador de árvores altas e grossas, então ali, um burro de grande porte investia velozmente em minha direção com a boca arreganhada, cheia de dentes afiados à mostra, pronto a me morder. Em cima do enraivecido animal, estava uma criança bem montada e confortavelmente o direcionava! Eu tão ligeiramente me esquivava, escondendo-me por detrás dos troncos, repetidas vezes, corria de uma para outra árvore. Então, acordei em aflição, para atender o celular, era uma mãe de aluno pedindo-me explicação sobre uma atividade virtual Ufa! Ita fiat!!!
Klawdessy Ferreira

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Enviado por Klawdessy Ferreira em 14/03/2015
Reeditado em 21/03/2015
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