Coleção 39 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)
Por Claudeci Andrade
1 A morte dá sentido à vida porque, ao cessar a consciência, tudo o que resta é um ciclo sem memória de si; afinal, se ninguém se reconhece antes de nascer, por que temer deixar de se reconhecer ao morrer?
2 A verdadeira angústia não está em minha incapacidade de mentir para ser feliz, mas no peso de viver entre aqueles que celebram a máscara da alegria como se fosse a própria essência da vida.
3 Como aceitar a si mesmo quando o próprio valor depende do olhar alheio, e a vida se reduz a um escambo desigual, em que trocamos rugas, cicatrizes e cansaços por migalhas de beleza, visão e amor?
4 Quero romper o casulo que me oprime, mas como a borboleta frágil, temo o voo incerto, pois não sei se há outra vida à espera, nem sequer de onde vim para encontrar a coragem de partir.
5 Se minha vida não importa a ninguém, por que tantos insistem em erguer barreiras no caminho que já conquistei com esforço solitário?
6 O sucesso do jovem nasce da confiança em Deus, em si mesmo e na escola, mas quem desrespeita seus mestres corta a própria fonte de saber e carrega a maldição abençoada de colher apenas o fruto de sua ingratidão.
7 A juventude é breve, e a forma como alguém trabalha revela onde repousa seu coração; mas, se assim é no labor, onde está o coração de quem estuda?
8 Frequentar a escola apenas pelo lanche ou pela bolsa é alisar assentos sem aprender, perpetuando a dependência em vez de despertar a transformação.
9 O professor se alegra com o sucesso dos alunos e se entristece com seu fracasso, pois cada olhar que se afasta parece refletir sua própria eficácia ou impotência.
10 O sucesso dos ex-alunos retorna ao professor como prova de seu esforço, e os que fracassaram se afastam; que assim seja, pois a lembrança do insucesso só pesa sobre o meu coração.
11 Os “mimos” do governo não são generosidade, mas barganha: benefícios como moeda de silêncio ou pretexto para exigir mais trabalho da população.
12 Acusados injustamente pelo fracasso alheio, os professores lutam contra moinhos de vento, realizando um antitrabalho que os rasga e despedaça, sem saber até quando suportarão essa batalha.
13 Ao atacar seus professores como Dom Quixote luta contra moinhos, o aluno se torna o anti-herói da educação, travando uma batalha imaginária contra aqueles que deveriam ser seus aliados.
14 O bom professor de hoje não se mede apenas pelo saber ensinar, mas pela astúcia com que sobrevive, navegando na escola como quem diz: “salve-se quem puder”.
15 No sistema escolar, basta que os alunos boicotem para que o professor carregue o fracasso alheio, refazendo provas e esforços em vão.
16 Quando o fracasso é do aluno, quem sofre é o professor, pressionado a mudar métodos; seria mais fácil se ele não ensinasse nada, apenas lançasse notas que o estudante aceitasse.
17 Não é a ação em si, mas a intenção que define sua natureza; assim como o exame de próstata não é sexual, a nudez artística diante de crianças permanece arte, não pedofilia, porque a finalidade é o que justifica o meio.
18 Prefiro a falsidade que se mostra clara à imprecisão que engana e paralisa, pois é a clareza, não a verdade, que permite compreender e agir.
19 Não vence quem corre mais rápido, mas quem avança sem cessar, mesmo que devagar, recusando-se a desistir.
20 A esperança sem ação é vazia; só o esforço transforma desejo em sobrevivência e evita a fome do fracasso.
Por Claudeci Andrade
1 A morte dá sentido à vida porque, ao cessar a consciência, tudo o que resta é um ciclo sem memória de si; afinal, se ninguém se reconhece antes de nascer, por que temer deixar de se reconhecer ao morrer?
2 A verdadeira angústia não está em minha incapacidade de mentir para ser feliz, mas no peso de viver entre aqueles que celebram a máscara da alegria como se fosse a própria essência da vida.
3 Como aceitar a si mesmo quando o próprio valor depende do olhar alheio, e a vida se reduz a um escambo desigual, em que trocamos rugas, cicatrizes e cansaços por migalhas de beleza, visão e amor?
4 Quero romper o casulo que me oprime, mas como a borboleta frágil, temo o voo incerto, pois não sei se há outra vida à espera, nem sequer de onde vim para encontrar a coragem de partir.
5 Se minha vida não importa a ninguém, por que tantos insistem em erguer barreiras no caminho que já conquistei com esforço solitário?
6 O sucesso do jovem nasce da confiança em Deus, em si mesmo e na escola, mas quem desrespeita seus mestres corta a própria fonte de saber e carrega a maldição abençoada de colher apenas o fruto de sua ingratidão.
7 A juventude é breve, e a forma como alguém trabalha revela onde repousa seu coração; mas, se assim é no labor, onde está o coração de quem estuda?
8 Frequentar a escola apenas pelo lanche ou pela bolsa é alisar assentos sem aprender, perpetuando a dependência em vez de despertar a transformação.
9 O professor se alegra com o sucesso dos alunos e se entristece com seu fracasso, pois cada olhar que se afasta parece refletir sua própria eficácia ou impotência.
10 O sucesso dos ex-alunos retorna ao professor como prova de seu esforço, e os que fracassaram se afastam; que assim seja, pois a lembrança do insucesso só pesa sobre o meu coração.
11 Os “mimos” do governo não são generosidade, mas barganha: benefícios como moeda de silêncio ou pretexto para exigir mais trabalho da população.
12 Acusados injustamente pelo fracasso alheio, os professores lutam contra moinhos de vento, realizando um antitrabalho que os rasga e despedaça, sem saber até quando suportarão essa batalha.
13 Ao atacar seus professores como Dom Quixote luta contra moinhos, o aluno se torna o anti-herói da educação, travando uma batalha imaginária contra aqueles que deveriam ser seus aliados.
14 O bom professor de hoje não se mede apenas pelo saber ensinar, mas pela astúcia com que sobrevive, navegando na escola como quem diz: “salve-se quem puder”.
15 No sistema escolar, basta que os alunos boicotem para que o professor carregue o fracasso alheio, refazendo provas e esforços em vão.
16 Quando o fracasso é do aluno, quem sofre é o professor, pressionado a mudar métodos; seria mais fácil se ele não ensinasse nada, apenas lançasse notas que o estudante aceitasse.
17 Não é a ação em si, mas a intenção que define sua natureza; assim como o exame de próstata não é sexual, a nudez artística diante de crianças permanece arte, não pedofilia, porque a finalidade é o que justifica o meio.
18 Prefiro a falsidade que se mostra clara à imprecisão que engana e paralisa, pois é a clareza, não a verdade, que permite compreender e agir.
19 Não vence quem corre mais rápido, mas quem avança sem cessar, mesmo que devagar, recusando-se a desistir.
20 A esperança sem ação é vazia; só o esforço transforma desejo em sobrevivência e evita a fome do fracasso.


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