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Claudeci Ferreira de Andrade

domingo, 26 de novembro de 2023

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(3) A perfeição é uma ilusão: uma análise crítica da relação entre misericórdia e verdade

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico III(3) A perfeição é uma ilusão: uma análise crítica da relação entre misericórdia e verdade

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A Bíblia menciona a importância da misericórdia e da verdade como componentes essenciais da perfeição. Em Provérbios 3:3, lemos: "Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração." (ARA) Embora esse conceito seja defendido por muitos cristãos, vale a pena analisar de outra perspectiva. Embora misericórdia e verdade sejam virtudes admiráveis, a ideia de que sua combinação é necessariamente a chave para a perfeição pode ser contestada por vários motivos.

Em primeiro lugar, é fundamental reconhecer que a perfeição é uma meta idealizada e inatingível. Nenhum ser humano é perfeito, independentemente de quão bem ele incorpore a misericórdia e a verdade em sua vida. Como disse o apóstolo Paulo: "Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus." (Romanos 3:23, ARA) Além disso, a busca pela perfeição pode criar pressão e ansiedade desnecessárias, levando a uma busca incessante por virtudes inatingíveis. Como disse Voltaire: "O melhor é inimigo do bom." (Dicionário Filosófico)

Além disso, a ideia de que misericórdia e verdade são opostas e, quando combinadas, tornam uma pessoa perfeita, pode ser vista como uma simplificação excessiva. Na realidade, a virtude está em encontrar um equilíbrio entre esses extremos. Às vezes, a misericórdia excessiva pode levar à tolerância com o comportamento prejudicial, enquanto a adesão estrita à verdade pode resultar em insensibilidade e rigidez. Como disse Aristóteles: "A virtude é um meio-termo entre dois vícios." (Ética a Nicômaco)

Em vez de buscar a perfeição, é mais realista e benéfico para os seres humanos aspirar a serem compassivos, honestos e equilibrados em suas ações. Em vez de amarrar a misericórdia e a verdade ao pescoço ou escrevê-las na mesa do coração, as pessoas devem cultivar essas virtudes em seu caráter de maneira equilibrada e realista. Como disse Jesus: "Sede vós, pois, perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." (Mateus 5:48, ARA) Essa perfeição não se refere à ausência de falhas, mas à plenitude do amor.

Portanto, enquanto a misericórdia e a verdade são certamente virtudes valiosas, sua busca pela perfeição idealizada pode ser contraproducente. Em vez disso, a busca pela compaixão e integridade equilibradas pode ser uma abordagem mais realista e alcançável para viver uma vida virtuosa. Como disse Albert Einstein: "Tente não ser uma pessoa de sucesso, mas sim uma pessoa de valor." (Como Vejo o Mundo).

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