NOVO NASCIMENTO, IMPOSSÍVEL! ("O destino pode mudar. Nossa natureza jamais." - Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX)
Sentado aqui, com a caneta na mão e o papel à minha frente, reflito sobre a essência da humanidade. Todos nós, em nossa essência, somos iguais. Perfeitos em nossa imperfeição, moldados não por nossas escolhas, mas pelas circunstâncias que nos cercam.
Deus, em sua onipresença, está em cada um de nós. Não há separação, não há distância. Somos parte Dele, e Ele é parte de nós. A vida, em sua essência, é essa conexão divina. E é por isso que parei de acreditar na conversão a Deus. Como poderíamos nos converter ao que já somos?
Nenhum homem pode mudar a natureza de seu caráter, pois é a eternidade divina que o compõe. Como poderia Deus remodelar um ser, descaracterizando outro? Muitos se dizem convertidos e transformados, mas ainda se deleitam nas sujeiras do passado. A cadeia jamais conserta delinquente, apenas dá brilho no seu comportamento! Como disse Paolo Mantegazza, "A escola pode aperfeiçoar o artista, criá-lo, nunca; porque não se melhora senão o que já existe."
As consequências nos fazem mudar de rumo, mas sempre retornamos, pois carregamos nossa essência onde quer que vamos. O destino está traçado. Seria um bandido menos bandido se os homens fossem mais homens? Não. Ninguém é menos bandido do que pode ser, nem mais homem do que pode ser. E é por isso que digo: a semântica das orações interrogativas não é como subordinadas condicionais e sim coordenadas assindéticas.
Se condenamos alguém por um ato qualquer, é porque não nos encontramos no lugar dele: espacial, temporal e modal. Faríamos o mesmo se estivéssemos exatamente em seu lugar, ou melhor, se tivéssemos exatamente sua história de vida. E ele nos condenaria se as posições fossem trocadas. Somos distintos, caminhando para um mesmo fim. Como disse Maquiavel, "toda a ação é designada em termos do fim que procura atingir".
Não somos de nós mesmos, somos do tempo, tangidos pelas circunstâncias. Deus já contribuiu na manipulação programática do espaço que nos moldou. Assim, eu apenas continuo sendo, moldado pelas circunstâncias já determinadas: "Modal de Deus". E meu lema é, sou enquanto estou funcionalmente ou não. Em espírito, sou da mesma essência de Deus, imutável. Felicidade é adaptação bem ajustada!
Recomendo aos meus leitores, como um mantra para a vida toda, a seguinte composição: Todo comportamento é reação a um estímulo! E desejo-lhe dias cheios de fortes estímulos!
Eduardo Scorth
Quem muda o caráter, muda a consciência.
É essencial manter a essência
Mesmo com arte, o artificial.
Não destrói o brilho, do que é natural.
Você tem algo, que só Deus explica.
Quanto mais simples, mais bonita fica.
Como foi ontem, que seja amanhã.
Eu nasci seu homem e vou morrer seu fã ♫ (Os Nonatos)
ALINHAMENTO CONSTRUTIVO
1. Essência Humana e Determinismo:
a) O autor afirma que "todos nós, em nossa essência, somos iguais. Perfeitos em nossa imperfeição, moldados não por nossas escolhas, mas pelas circunstâncias que nos cercam". Discuta como essa visão determinista da natureza humana se relaciona com a ideia de livre arbítrio e responsabilidade individual.
b) De que forma a crença na onipresença de Deus e na conexão divina influenciam a visão de Scorth sobre a essência humana? Como essa visão se diferencia de outras perspectivas religiosas ou filosóficas sobre a natureza humana?
2. Natureza do Caráter e Conversão:
a) Scorth questiona a possibilidade de conversão a Deus, argumentando que "nenhum homem pode mudar a natureza de seu caráter". Discuta os argumentos do autor e apresente sua própria visão sobre a capacidade de mudança e transformação do ser humano.
b) A citação de Paolo Mantegazza ("A escola pode aperfeiçoar o artista, criá-lo, nunca") é utilizada para ilustrar a ideia de que a essência individual é algo imutável. Você concorda com essa visão? Explique seus argumentos.
3. Destino e Influência das Circunstâncias:
a) O autor sugere que "o destino está traçado" e que nossas escolhas são, em grande parte, determinadas pelas circunstâncias que nos cercam. Como essa visão fatalista se relaciona com a busca por significado e propósito na vida?
b) A citação de Maquiavel ("toda ação é designada em termos do fim que procura atingir") é utilizada para ilustrar a ideia de que nossas ações são sempre motivadas por um objetivo. Você concorda com essa visão? Explique seus argumentos.
4. Condenação e Empatia:
a) Scorth afirma que "se condenamos alguém por um ato qualquer, é porque não nos encontramos no lugar dele". Discuta como a empatia e a compreensão das diferentes realidades podem nos ajudar a evitar julgamentos precipitados.
b) Como podemos cultivar a compaixão e a compreensão em nossas relações interpessoais, reconhecendo a complexa essência de cada indivíduo? Que tipo de ações e atitudes podem contribuir para essa postura?
5. Essência, Felicidade e Estímulos:
a) O autor define a felicidade como "adaptação bem ajustada". Discuta como essa definição se relaciona com a ideia de que a essência humana é imutável e que devemos buscar nos adaptar às circunstâncias.
b) Scorth propõe a seguinte composição como mantra para a vida: "Todo comportamento é reação a um estímulo!". Como essa perspectiva pode nos ajudar a compreender nossas próprias ações e as ações dos outros?
Observações:
Estas são apenas sugestões de questões discursivas. Você pode adaptá-las à realidade da sua turma e aos seus objetivos de ensino.
Incentive seus alunos a desenvolverem respostas críticas e reflexivas, utilizando argumentos e exemplos concretos.
Promova um debate em sala de aula sobre os temas abordados no texto, incentivando a participação de todos os alunos.
Espero que estas sugestões sejam úteis!