"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

terça-feira, 24 de agosto de 2010

CARÁTER CORROÍDO (Cuidado com o vício do não querer saber para não ter responsabilidade!)

Crônica


CARÁTER CORROÍDO (Cuidado com o vício do não querer saber para não ter responsabilidade.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

É exaustivo insistir nas tentativas de aconselhamento coletivo aos alunos, quando o propósito é dissuadi-los de comportamentos contrários à educação. Eles respondem com desdém, zombam das máximas filosóficas que cito e me desanimam com ironias. Expressões como “Momento do Claudeko” e “Cala a boca Claudeko” – esta última, uma paródia criativa de “Cala a boca Galvão”, em referência ao locutor esportivo da Rede Globo – tornaram-se frequentes.

Denominei essa perturbação mental de: “vício do não querer saber para não ter responsabilidade.”

Por princípio de justiça, não se pode exigir mais de alguém do que aquilo que lhe foi ensinado. Contudo, de quem muito se ensina, muito se deve cobrar — eis o equilíbrio justo.

O conhecimento toma posse do indivíduo e passa a determinar seu modo de viver: sábio ou tolo. Embora a responsabilidade ocupe um papel central na vida, sua medida é proporcional ao saber do julgado. O ponto crucial, portanto, está no bom uso do conhecimento adquirido. A responsabilidade, em si, não é o mal; o mal surge no seu mau exercício, que corrompe o caráter.

Quem se propõe a fazer algo deve fazê-lo bem, utilizando todo o conhecimento disponível. Nesse sentido, não há distinção entre quem aprendeu muito ou pouco: seja perfeito na sua esfera.

Há, essencialmente, dois tipos de alunos: o sedento por aprender e o indiferente. Nós, professores, naturalmente preferimos o primeiro. Os desinteressados nos desanimam, pois reduzem o sentido do nosso trabalho e nos fazem desperdiçar energias que poderiam ser dedicadas a quem deseja crescer.

São como o Jeca Tatu de Monteiro Lobato, cujo principal cuidado é “espremer todos os ditames da lei do menor esforço.” Esses alunos furtam nossa paciência, abalam a vocação e, por vezes, a própria vontade de continuar, subtraindo o respeito e a atenção que nos são devidos enquanto educadores.

Além disso, procuram atrair a atenção dos colegas promissores — aqueles com objetivos nobres — por meio de suas gracinhas. Carentes de reconhecimento, esforçam-se em desviar os olhares para si, apenas para perturbar o andamento das aulas e atender suas carências, msd acabam conquistando admiradores.

Isso se transforma em um vício perigoso, pois perverte um desejo natural de prestígio.

Infelizmente, não posso ilustrar meu argumento com um caso específico, porque são tantos que se fundem em minha memória.

É verdade que minhas aulas talvez não sejam tão estimulantes; se nem os benefícios do governo e um lanche gostoso os motivam, eu não consigo. Mas, uma coisa leva à outra: o desânimo deles realimenta o meu. E, mesmo assim, a culpa recai totalmente sobre mim — justo quando exerço meu dever, suportando ainda colegas de trabalho movidos pela carência de poder.

O quadro é de adversidades. Esses alunos desperdiçam o tempo ao fugir das responsabilidades e traem o próprio senso de justiça ao negligenciar suas obrigações. Ou, como disse John Lennon: “A ignorância é uma espécie de bênção. Se você não sabe, não existe dor.”


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Com base nas ideias centrais do texto, que abordam questões de responsabilidade social, ética do conhecimento, e o papel do indivíduo no ambiente educacional, preparei 5 questões discursivas simples. O objetivo é fazer com que os alunos reflitam sobre a Sociologia da Educação presente no relato.

1. O Vício da Irresponsabilidade e o Papel do Conhecimento

O professor menciona o conceito de "vício do não querer saber para não ter responsabilidade." De uma perspectiva sociológica, explique o que essa ideia sugere sobre a relação entre a aquisição de conhecimento e as expectativas sociais que a sociedade impõe aos indivíduos.

2. Lei do Menor Esforço e a Socialização Escolar

O texto faz uma alusão ao personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, citando a busca por "espremer todos os ditames da lei do menor esforço." Como esse comportamento se manifesta no ambiente escolar e quais são as consequências sociais e éticas para o processo de socialização dos alunos (e para o trabalho do educador)?

3. Busca por Prestígio e Desvio Comportamental

O professor afirma que alguns alunos, "carentes de reconhecimento," procuram atenção "apenas para perturbar o andamento das aulas," pervertendo um desejo natural de prestígio. Utilizando a Sociologia, discuta como a carência de status ou reconhecimento positivo pode levar a comportamentos de desvio (ou antissociais) dentro de uma instituição formal como a escola.

4. O Equilíbrio entre Cobrança e Ensino (Justiça Social)

O autor argumenta: "Por princípio de justiça, não se pode exigir mais de alguém do que aquilo que lhe foi ensinado. Contudo, de quem muito se ensina, muito se deve cobrar — eis o equilíbrio justo." Analise essa afirmação sob a ótica da justiça social na educação. Qual é o papel da escola, segundo o texto, em nivelar a base de conhecimento para que a cobrança de responsabilidade seja considerada ética e justa?

5. A Ignorância como "Bênção" e a Condição Docente

A citação de John Lennon ("A ignorância é uma espécie de bênção. Se você não sabe, não existe dor.") é colocada em um contexto onde o professor sente seu desânimo "realimentado" pelo desinteresse dos alunos. Como a indiferença e a "escolha pela ignorância" por parte dos alunos afetam a saúde mental e a vocação do educador, e por que o professor se sente injustamente culpabilizado nesse quadro de adversidades?

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sábado, 14 de agosto de 2010

AULA PREFERIDA ("AI DA ESCOLA SE NÃO FOSSE A BOLA")










AULA PREFERIDA ("AI DA ESCOLA SE NÃO FOSSE A BOLA")

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era uma sexta-feira, 13 de agosto de 2010, um dia que ficaria gravado na minha memória. A expectativa dos alunos do 8º ano "A" era alta, pois acreditavam que teriam aula de Educação Física no último horário daquela tarde. No entanto, para surpresa deles, a aula que se seguiu foi de Língua Portuguesa. Quando cheguei à sala, a confusão se instalou e a gritaria tomou conta do ambiente. Inconformados, os alunos levaram o caso até a secretaria da escola, exigindo explicações.

Recordo-me dos meus tempos de estudante, quando as aulas de Educação Física eram vistas como qualquer outra disciplina. Jogávamos bola, sim, no pátio, mas sem o fanatismo que vejo hoje. Lamento dizer, mas nunca me inspirei nos meus professores de Educação Física, a maioria deles estava acima do peso, desde aquele tempo.
O perigo surge quando os alunos começam a valorizar mais o lazer do que o estudo. No ano passado, presenciei uma rebelião no pátio do colégio, tudo porque os jogos interclasses foram adiados. A inversão de valores na educação é preocupante. Vivemos em uma sociedade que cada vez mais se apega às futilidades, e a escola parece seguir o mesmo caminho.
"Nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes..." (2 Tm 3:1-9). Quando as pessoas estão dispostas a sacrificar a integridade para satisfazer seus desejos, a vida perde o significado. Lembro-me das palavras do professor João José da Silva: "É um absurdo um professor trabalhar nos dias que a Seleção brasileira entra em campo!" Segundo ele, é uma questão de educação! Lembrando que ele nem é professor de Educação Física...
Por aqui, alunos que raramente aparecem nas aulas tornam-se assíduos na última semana do ano letivo, pois é época do torneio interclasse. Alunos que não gostam de estudar, porém, adoram as aulas de Educação Física. Neste ano, é determinação da Seduc para que os colégios realizem o interclasses logo no início do ano letivo, na esperança de diminuir a evasão escolar, mas isso só reforça essa tendência... Matam aula dentro da escola! O ano estará comprometido.
No final das contas, o que fica é a reflexão: estamos formando cidadãos produtivos ou apenas jogadores de futebol? A resposta a essa pergunta pode definir o futuro da nossa educação.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

EGOÍSMO, A ESSÊNCIA SALVADORA DA INDIVIDUALIDADE ("No fundo no fundo, somos todos egoístas e insensíveis." — João Brito)



Crônica

EGOÍSMO, A ESSÊNCIA SALVADORA DA INDIVIDUALIDADE ("No fundo no fundo, somos todos egoístas e insensíveis." — João Brito)

domingo, 28 de fevereiro de 2010
Por Claudeci Ferreira de Andrade

       Deus existe para Si em Sua plenitude, porque não tem outro Deus com quem partilhar. E em Sua onipresença e expansibilidade não há espaço fora de Si para olhar, senão dentro de Si mesmo. Assim sendo, o egoísmo é tudo de bom restante de Deus no homem. Valorização totalitária da exclusividade. Mas, há mal em o homem se perguntar: quem sou eu? Não significa estamos fora de um plano existencial! Ou temos medo de nos percebermos deuses e não precisarmos de Deus? Ou ainda de não dar conta da consciência de nossa própria identidade! E mais, O que acontecerá ao homem ao almejar posições elevadas entre os outros (status) e alimentar desejos de reconhecimento, e até exagerar em expor sua própria importância?
       O que é autoestima, senão a exaltação exagerada do ego! Entre meus alunos, estamos sempre premiando os melhores; nas empresas, o melhor funcionário; no esporte, o campeão! Enfim, tudo isso inspira a sã inveja: querer ser melhor sobre o outro.  Assim a religião é senão uma forma de buscar exaltação e glória pessoal! Em suma, o culto ao próprio eu!
       O destino está sempre nos oferecendo oportunidade a fim de massagearmos nosso eu, toda aventura da vida é um contínuo desafio sobre alimentarmos o eu e virarmos para dentro de nós mesmos. Já faz muito tempo que pratico essa "masturbação"! Depois de ler na Bíblia sobre não ser bom o homem estar só, estou mais procurando agradar os outros, mesmo sendo por motivo egoísta: minha felicidade!
       Taxaram-me de egoísta por não querer ter filhos. Também me criticaram por eu tentar descobrir sabre o dia em que vou morrer para usufruir do meu patrimônio e não deixar aos parentes! Afinal, esses críticos idiotas entendem de egoísmo? Nada! Senão, deixar liberar inconscientemente seu avolumado egoísmo, tentando se mostrar melhores seres humanos.
       A humildade é a mais requintada manifestação de egoísmo, o padecente tenta vencer pelo caminho mais difícil, Já pensaram se todos fossem humildes! Que seria da boa medida do egoísmo ou não seria egoísmo demais ser o único a morrer pelos outros?
       O sentido da vida é o egoísmo! Eu estava a beira do suicídio, contudo desisti de morrer, porque achei um grande amor só para mim e, agora, estou seguro. Não vejo longe, mas agora cada dia de minha vida me considero um único milagre de mim mesmo. 
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 28/02/2010
Código do texto: T2112003

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

GATO POR LEBRE (Perdoa-se a contradição onde manda a conveniência)


Crônica

GATO POR LEBRE (Perdoa-se a contradição onde manda a conveniência)

quinta-feira, 29 de julho de 2010
Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Saiu nos noticiários de hoje: muitos políticos brasileiros agora querem por fim na “Progressão Escolar Automática ”. O que deu neles? O que estão vendo hoje que não viram quando criaram a tal “aberração”? Será se têm uma boa intenção nisso ou continua a inicial?
          A escuridão da ignorância ou do fanatismo cega os mais saudáveis olhares, quando a politicagem toma de conta, ninguém escapa, se for conivente! Aqui vale citar o lugar comum: “De noite todos os gatos são pardos”. É talvez por isso, em todo esse tempo, que convivemos com gatos pensando ser lebres, pelas trevas envolventes. Assim, aprovando um homem ignorante o tornará mais facilmente manobrável! Certo ou errado?
          Penso ser o motivador desse direcionamento político,  rumo ao bem, um fator primordial: perceberam a falta de estímulo aos estudos, tiraram a credibilidade do adolescente para com a escola. Mas, o que está certo ou errado na escola pública brasileira nesse particular? Talvez os técnicos “bem graduados” e experimentados mandam orientações bem elaboradas e desejam de nós da escola o entusiástico uso de nossos talentos no rumo desejável. Porém, a solução está no desempenho da mente dos inferiores, na ponta de baixo do seguimento, eles precisam aprender o aprender.
          Outra coisa também analisada, a essa altura do tempo, foi o fato de que nem todos os profissionais da educação questionadores do certo e do errado, desejam realmente saber o certo. Eles desejam seguir o caminho traçado, posto aquele conveniente à maioria, porque têm medo da sociedade. Temem sujar sua reputação. O amor à política partidária estende um véu sobre suas mentes, e eles continuam de alma escondida. 
          Os psicopedagogos  não puderam ver prejuízos na “progressão escolar continuada”, apenas não lhes é mais conveniente. Não se deram ao luxo, em momento algum, de transformar os erros em acertos. Pois, em quaisquer outras medidas generalizadas para a educação, faz-se notório, o malefício do comum e inadequado. As normas desvirtuam-se quando particularizadas, e isso mete medo em qualquer um. A medição de forças dentro do sistema educacional é uma batalha em função do domínio das mentes dos mais simples, fazendo-os subalternos gratuitos. Há os que dirigem as mentes dos pobres “coitados” para a sombra onde os conceitos se tornam vagos e as atitudes indistintas. Da brasa para o espeto ou do espeto para a brasa?
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 29/07/2010
Código do texto: T2406181

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sábado, 24 de julho de 2010

OS LESADOS, NÃO DENUNCIANTES (Cursos a distância física e ideológica, indústrias de diploma fáceis, faturando alto.)

Crônica

OS LESADOS, NÃO DENUNCIANTES (Cursos a distância física e ideológica, indústrias de diploma fáceis, faturando alto.)

sábado, 24 de julho de 2010
Claudeci Ferreira de Andrade
        Ouvi pelo rádio sobre uma grande quantidade de cursos a distância que são verdadeiras indústrias de diplomas fáceis, faturando alto. Já na internet, descobri estes dizeres: “SUPLETIVO A DISTÂNCIA SEM FREQUENTAR SALA DE AULA, CERTIFICADO RECONHECIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL E VÁLIDO PARA: FACULDADE, CONCURSOS PÚBLICOS, CURSOS TÉCNICOS E PRINCIPALMENTE PARA O MERCADO DE TRABALHO, COM PUBLICAÇÃO EM DIÁRIO OFICIAL , PAGAMENTO FACILITADO . (0**14) 9621.5895.” E contrastei com (http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/03/video-mostra-prisao-de-suspeitos-de-vender-diplomas-de-ensino-medio.html) - Acessado em 05/03/2016.
        As pessoas honestas consigo mesmas, estudam de fato. Estas, sim, podem denunciar, reclamar e se sentir injustiçadas com a máfia da educação. Os moderninhos como favorecidos pela falcatrua do sistema educacional paralelo, eles devem não ser muito questionadores. Toda facilidade do sistema educacional oficial proposto, tem em vista "ajudar" as pessoas, e não apenas satisfazer–lhes a vaidade de se anunciar graduados. Como podemos levar os supostos beneficiados a se denunciar e aceitar sua criminalidade, enquanto tem outro tipo que se soma a esses: os compradores? Frequentam paulatinamente o colégio, mas são fracos, e são parceiros! Assim, acabam forçando o fim a justificar os meios.
        Ser conivente com os que escolheram o atalho não atrapalha efetivamente os intelectuais e estudiosos honestos, cumpridores de currículo escolar. Disputar vaga em um concurso é como uma tempestade no mar, coloca em prova a nau. Seja qual for sua situação, garanta-se, lembrando-se também: os diplomas não fazem prova de conhecimento efetivo!
        Eu pertenço à esta terceira classe, fiz verdadeiramente bons cursos, nunca comprei um diploma, mas não denuncio os praticantes, só falo de milagres, deixo os santos no anonimato, prefiro tratar os fracos com mansidão e humildade, estes são os sinais reveladores de minha coerência, fui o primeiro colocado com a nota 9,7 no concurso público da educação estadual, 1998, para esta região, na área de Língua Portuguesa. E o terceiro na educação municipal de Senador Canedo, 2002. Desisti de trabalhar na educação pública municipal de Caldazinha, pois já trabalhara pela manhã e fazia faculdade à tarde, 1998, ali, também, houvera passado em terceiro lugar. Devemos ter todas as boas qualidades: amor, paciência, humildade, bondade, longanimidade; além de conhecimento academicamente sistematizado. Quem sabe, eles resolvem estudar arduamente mesmo depois de ter comprado, no mercado negro, seu diploma! Se você acha que estou dizendo isso tudo ao me exaltar por exaltar, interpretou mal minha crônica! Sabe quais sentimentos ocupam a minha mente? São os mesmos de quem bateu em um bêbado! E quando fracassei tive os piores, seriam, os de quem apanhou de um bêbado!
         Para não deixar em branco aos de "nível avançado", fiquei sabendo que os mestrados e doutorados do Paraguai devem passar pelo teste de equivalência nas universidades daqui. Êta, indústria...! https://extra.globo.com/extra-mobile/fabrica-de-diplomas-escola-com-capacidade-para-100-alunos-teve-12-mil-matriculados-num-ano-23116701.html
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 23/06/2010
Código do texto: T2337064

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

EU EM VOCÊ NO AMANHÃ (O outro lado da pirataria)


Pensamento

EU EM VOCÊ NO AMANHÃ (O outro lado da pirataria)

Claudeci Ferreira de Andrade

          Sou Multipresente através de meus leitores, e quem quiser me copie, favorecendo assim minha expansibilidade. E mais ainda, serei eterno se vocês tirarem meus personagens do texto, vivendo-os. Eles são "pirateados" da vida real E, outras vezes, plagiado da imaginação, esta que ninguém pode impedir voar sobre nossa cabeça, então venha, se a lei da gravidade lhe permitir, e faça ninho.
          Quem vem de cima é sempre o maior! Um benefício barato nunca vale a boa interpretação, por outro lado, a má interpretação é geralmente irresponsável. Leis perfeitas não deixam brechas! Ninguém rouba minhas  ideias na fonte, só depois de expressadas! O ladrão sabe não são dele e se condena, depois me devolve em prestigio moral: remissão natural. "O que dá o prestígio verdadeiro ao artista são os seus imitadores."(Igor Stravinsky). 
          Porém, "O Alheio chora ao seu dono". Que diabo é "Domínio Público"? 
           "O domínio público representa o fim dos direitos patrimoniais do autor sobre a obra intelectual. As obras que ingressam no domínio público passam a “pertencer” à coletividade, podendo ser livremente utilizadas. Uma obra intelectual pode ingressar no domínio público na ocorrência de uma das seguintes hipóteses: (i) decurso do tempo, (ii) o falecimento do autor sem deixar herdeiros ou (iii) ser a obra de autoria desconhecida. Quanto ao decurso do tempo, é necessário que o autor, ou o coautor, no caso de coautoria, tenha falecido há mais de 70 anos. Isso significa dizer que somente após 70 anos da morte do autor ou do último dos coautores é que a obra intelectual pode ser considerada de domínio público. A Lei 9.610/98 prevê uma forma específica para a contagem do prazo de 70 anos para que uma obra intelectual integre o domínio público: o prazo somente começa a fluir a partir de janeiro do ano subsequente ao falecimento do autor. Por exemplo, se um autor morreu em agosto de 2013, o início do prazo se deu a partir de janeiro de 2014. Nessa linha de raciocínio, somente a partir de janeiro de 2084 é que a sua obra ingressará ao domínio público." https://www.meudireitoautoral.com/quando-uma-obra-vira-dominio-publico/
           Quem divulgar textos vinculados a autor Desconhecido é no mínimo um golpista: destrói o que não pode possuir, nega o incompreensível, insulta o invejável. Eu abomino os ladrões de alma!
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 05/07/2010
Código do texto: T2360356

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domingo, 4 de julho de 2010

"PÕE MORAL, PROFESSOR!" (Um alunado que condena seu professor a um grande sentimento de culpa é um colegiado fútil.)








Crônica

"PÕE MORAL, PROFESSOR!" (Um alunado que condena seu professor a um grande sentimento de culpa é um colegiado fútil.)


Por Claudeci Ferreira de Andrade


         Qual professor ainda não se viu numa sala transtornada em "baderna" e ainda teve de ouvir daquele aluno palhaço querendo aparecer, gritando: "Põe moral, professor"! O imbecil não sabe conceituar moral e que a mesma é intransferível, pois cada um tem a porção construída em casa, no seio da família. Quem não tem moral é o professor ou são os farristas desobjetivados, os quais nem ficam dentro e nem fora da sala ou transitando de carteira em carteira, "matando aula" dentro da própria sala de aula? Essa é Minha pergunta filha da decepção! Em outro momento, pensei: será se esse tolo sabe de fato o quê está sugerindo ao professor? Pois quaisquer pensamentos, desejos ou conduta considerados errados, envolvem questões morais, e ele está comprometido com isso. Por que ele chega a tomar esta atitude? Não posso compreender! Mas, de uma coisa estou certo, ele assume o pior comportamento naquele instante. Há uma multiplicidade de exigências com o apelo dele, afrontando a toda espécie de regras e regulamentos de uma unidade escolar.
         É possível dar tal ênfase à sua própria pessoa, chegando a desviar a atenção do mísero professor, prejudicando qualquer encaminhamento dele rumo à paz, atraindo para o "coitado" mestre os mais deploráveis sentimentos, dos tais não têm princípios, só sentimentos enferrujadores como: ira, ciúmes, inveja, ódio, hostilidade, indolência, malícia. Infelizmente isso é possível!
         Ao acentuar do professor, ali presente, dizendo-lhe não ter moral alguma, tenciona que todos passem por alto a infração do aluno malicioso. Quando um deles faz isso, a sala de aula despeja crescente ansiedade, culpa e condenação, especialmente em quem a dirige. O despreparado indivíduo tira do professor o equilíbrio, e a fria moralidade exigida, tende a tornar-se indistinta e cruel, de modo que os demais alunos duvidem da sinceridade do mestre com suas responsabilidades de líder.
         Um alunado que condena seu professor a um grande sentimento de culpa é um colegiado fútil. 

         Perigo algum é maior, à sociedade, do que alguém está a frequentar o colégio com a aparência de aluno e não ser um aluno de objetivo nobre. Tem preguiça de trazer à escola o livro didático ganhado. Para esse, o convite ao lanche de graça é o maior motivo de largar o professor falando sozinho e sair correndo derrubando as cadeiras e mesas. Esse tipo vai deixar a bicicleta, também ganhada do governo, em casa, e virá à escola a pé com preguiça de pedalar. Outros vão descaracterizá-la disfarçando de não membro do grupo dos tais... Eu nunca vi um ciclista comum de capacete... Vai desperdiçar dinheiro assim lá longe, governo sem educação! Essa é a moral que eles conhecem!
         Alguns evangélicos, mais "fervorosos", ligam o Telemóvel (presente ganhado do pai pelo sucesso do filho nos estudos), obrigando todos da sala a ouvir sua música gospel, e se o professor pede para desligar, é o Satanás o impedindo de fazer o seu trabalho missionário. Na educação, sempre sou forçado a cometer os mesmos erros! As “peças” do sistema não se encaixam. Por isso, talvez, e por tantos outros desencontros, eu lhes pareço não ter moral porque simplesmente não me imponho. Contudo tenho sim, não a moral que eles querem, na medida deles, e é como já disse: ela é comunicável e exemplificável, mas não transferível. Talvez eu seja como um desses livros que o Friedrich Nietzsche disse: "Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o seu veneno." 
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 04/07/2010
Código do texto: T2358065

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