Ser cristão hoje é seguir o Cristo criado pelos "crentes," contraditório e confuso demais para o ideal. É o homem perfeito, cumpridor da lei moral, que, ao mesmo tempo, vestiu-se dos pecados dos homens imperfeitos. (Péssimo exemplo de disfarce!) e cujo sangue tem poder (Clichê de hipócrita). Assim, o fanatismo desenfreado de uma maioria que confunde fé com desejo é justificado. Pode Deus deixar de ser Deus? (Filipenses 2:7; Hebreus 2:17).
Esse naipe de gente é um perigo do ponto de vista social! Comem a carne de seu Deus e bebem seu sangue.
Ainda insistem em dizer que a Bíblia é a palavra de Deus, mesmo com tantas versões e traduções disponíveis (Bíblia da Mulher, Bíblia dos gays, Bíblia do pastor, Bíblia da criança, Bíblia de estudo etc.).
Os bons linguistas e qualquer estudioso honesto sabem que não há sinônimos no sentido de uma palavra em ter o mesmo significado de outra; existe apenas aproximação semântica. Um texto traduzido é outro texto. A palavra de Deus, também, não é a consciência; esta é apenas fruto da cultura.
A verdadeira palavra de Deus fala dentro de qualquer um em contemplação à natureza. O livro de Deus é a Natureza. Até analfabetos têm acesso, podendo compreendê-lo e interpretá-lo sem se submeter à classe dominante de intercessores, que cobram dízimos dobrados por seus serviços.
Um Deus perfeito e eterno, criador de Leis perfeitas e eternas, não pode transgredir suas próprias leis, nem permite transgressão alguma sem consequência. Do mesmo modo, Ele deixaria de ser Deus ao levar homens, criados para viver na Terra, ao espaço sideral, onde não teriam a condição lógica de sobreviver. Ele adaptaria-os em um céu só por caprichos de quem acredita nos méritos de Jesus?
Qual é a recompensa dos bons? (Bons por que obedeceram a leis de homens ou do universo?)
Pode uma célula do fígado migrar para o coração, fazendo parte de sua estrutura? Todo organismo obedece a leis naturais invioláveis, sob pena de atrair consequências. A rejeição de um órgão transplantado é a ação de um corpo fiel, e serve de prova de que ninguém conseguiria evitar as consequências danosas se fosse, de fato, à Lua ou a qualquer outro lugar fora de nossa atmosfera.
Imagine os transtornos se nos aproximarmos mais do Sol, ou se nos distanciarmos dele!
Então, onde estão o céu e o inferno? E se forem apenas espaço físico aqui mesmo na Terra? Mas, se forem estados de espírito, Pois é, misturam-se dentro do homem, aqui e agora! O futuro fica à frente, e a igreja é apenas depósito de enganadores de si mesmos.
Hoje, as mulheres enchem as religiões, reagindo contra a intolerância de outrora, quando eram excluídas da comunidade. Por que haveriam de defender ideologias que não exaltam substancialmente seus filhos? Eu recomendo o histórico filme de Alejandro Amenábar com a gloriosa Rachel Weisz: Ágora (no Brasil, Alexandria). https://www.youtube.com/watch?v=gHbOEg4QZPY
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Eu sou seu professor de Sociologia e o texto que apresento é uma crítica poderosa e radical à religião institucionalizada, tocando em pontos cruciais como autoridade, interpretação de textos, cultura e poder social. Com base nesses temas, preparei 5 questões discursivas simples para nosso Alinhamento Construtivo. Lembrem-se de que, em Sociologia, não buscamos o certo ou o errado teológico, mas a análise das relações sociais, de poder e da cultura presentes no texto.
1. Construção Social do Cristo e o Fanatismo
O autor critica o "Cristo criado pelos 'crentes'", considerando-o contraditório. Analise: como essa crítica se encaixa na ideia sociológica de construção social da realidade, onde os fenômenos religiosos são moldados pelas necessidades e desejos de um grupo social? Qual é o "perigo do ponto de vista social" advindo do fanatismo que confunde "fé com desejo"?
2. Consciência Moral e Determinação Cultural
O texto afirma: "A palavra de Deus, também, não é a consciência; esta é apenas fruto da cultura." Explique essa assertiva, discutindo a formação da consciência moral e do comportamento ético sob a perspectiva sociológica. De que maneira a cultura e as instituições sociais (como a família, a escola ou a própria religião) moldam aquilo que um indivíduo considera certo ou errado?
3. Poder e Hierarquia: A Crítica aos Intercessores
O autor defende que a Natureza é o "livro de Deus", acessível até a analfabetos, sem que precisem se submeter à "classe dominante de intercessores, que cobram dízimos dobrados". Que crítica sociológica está implícita nesta passagem sobre a estrutura de poder e a hierarquia econômica nas instituições religiosas?
4. Linguagem, Tradução e Autoridade
O texto traz uma crítica linguística fundamental: "Um texto traduzido é outro texto." e menciona as múltiplas "Bíblias" (da Mulher, dos gays, etc.). De que forma a existência de múltiplas traduções e versões, e a ideia de que a tradução altera o texto original, mina a autoridade inquestionável de quem se baseia em uma única interpretação do livro sagrado para pregar?
5. Gênero e o Espaço da Mulher nas Religiões
A crítica final menciona que "Hoje, as mulheres enchem as religiões, reagindo contra a intolerância de outrora". Analise este fenômeno a partir da Sociologia do Gênero e da mudança social. Por que as mulheres se tornam figuras centrais e ativas em muitas religiões hoje, e o que o autor quer dizer com a referência a "ideologias que não exaltam substancialmente seus filhos"?