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MINHAS PÉROLAS

sábado, 2 de novembro de 2013

A SOLIDÃO RESOLVIDA ("A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais." — Arthur Schopenhauer)


CrÔnica

A SOLIDÃO RESOLVIDA ("A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais." — Arthur Schopenhauer)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Dizem os bem relacionados que a liberdade não existe, porém eu procurei a solidão e encontrei a liberdade! Agora concordo plenamente com Mauro Santayama: "Educação para a vida deveria incluir aulas de solidão." Talvez houvesse mais liberdade!
          Também quero citar a mestre em Filosofia, Kalena: "Eu não gosto da solidão, mas aprecio ficar só". Talvez este outro enfoque: solidão imposta verso estar só por escolha, possa diversificar a natureza de liberdade. Então, mediante a possibilidade de se estar rodeado de pessoas e ainda na solidão é real e improdutiva! Pois também, aprecio estar só e até prefiro ficar invisível aos desregrados da multidão isentando-me do mal. Aliás, esta solidão, bem resolvida aqui dentro, na minha alma, faz-me mais bem que muitas outras pessoas fingindo-se importar comigo.
          O dito popular: "fale mal, mas fale de mim" tira-me a paz de espírito, portanto me tira também o verdadeiro fruto da liberdade, e enfim, a liberdade. Nada é por acaso, se assim for, não existe o plano de Deus! Jamais é permitido ao homem construir seu destino. E o nosso plano só será possível dentro da pequena folga que nos é permitido, ainda no caixote entre os limites: o berço e o esquife. Por isso, gosto da solidão, mas ao mesmo tempo temo esse destino formatado (Ainda bem que a solidão da morte é inconsciente). Misterioso! Às vezes, acho cruel demais o destino de todo mundo. Embora a Bíblia queira nos animar com a história de Jó! Todavia, o que Jó fez para merecer seu sofrimento? Simplesmente ele precisava ser três vezes mais rico: seu destino. Assim seja.
          Todavia, a liberdade também me mete medo, o medo de errar e receber os reajustes do destino. Porém, prefiro assim, para sofrer menos. Então faço minhas as palavras deste trecho da canção: Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda do Kid Abelha:

"Não estou disposto

A esquecer seu rosto de vez

E acho que é tão normal

Dizem que eu sou louco

Por eu ter um gosto assim

Gostar de quem não gosta de mim



Jogue suas mãos para o céu
Agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê"
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 24/04/2013
Reeditado em 02/11/2013
Código do texto: T4256653
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sábado, 26 de outubro de 2013

A REPESCAGEM NA EDUCAÇÃO ("Em uma enchente a função da água é selecionar classes sociais." — Murillo Leal)


Crônica

A REPESCAGEM NA EDUCAÇÃO ("Em uma enchente a função da água é selecionar classes sociais." — Murillo Leal)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           
            A minha pergunta é: por que um indivíduo cursaria três anos de Ensino Médio frente a tamanha facilidade dos cursos instantâneos? 
          Mas, eu conheço o ENCCEJA, certificador de aluno com somente uma prova. E conheço as justificativas dos alunos da EJA, quando lhes pergunto por que estão matriculados nessa modalidade. Todos me dizem: — eu não tive oportunidade de estudar quando era jovem! Portanto, penso que muitos desses são os refugos do sistema educacional regular. Pois pelo tanto que reclamam de tudo, deve ter sido aqueles que nunca levaram a sério sua juventude estudantil. Não pode ser falta de oportunidade, o governo, desde que me entendo por gente, dá todo suporte obrigatório: transporte, bicicleta, uniforme, tablet, livro, lanche, bolsas mil e aulas no 0800 como dizem eles. E uns são bastante agradecidos, outros ainda revoltados arremessando cadeira na professora!
https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/aluno-de-18-anos-arremessa-cadeira-e-deixa-professora-ferida-em-escola-do-df.ghtml -  acessado em 30/01/2019.
           Onde estão eles agora: os formados da EJA? Procurando os atalhos da vida! Então, a EJA foi inventada para esses mesmos. O governo tem modalidades para todos até para os que se fazem de coitadinhos sugadores nas tetas públicas. Depois, o diploma de todos têm a mesma validade, comparando com outras modalidades.  Se a educação fosse séria não existiria EJA ou só teria EJA! "As academias coroam com igual zelo o talento e a ausência dele."(Carlos Drummond de Andrade).
          Se os evadidos da modalidade regular soubessem que podiam voltar, mesmo depois de alguns meses de ausência, com o direito de fazer as atividades avaliativas de recuperação e sem contabilizar as suas faltas, a EJA teria menor demanda! Porém, até lá, que os empregadores saibam selecionar os melhores. Por que a sociedade precisaria desses dois pesos e duas medidas?! O saber é prazeroso, mas o aprender é doloroso! O cérebro do tolo dói e cansado procura atalhos.
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 21/04/2013
Reeditado em 26/10/2013
Código do texto: T4252567
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sábado, 19 de outubro de 2013

O DELATOR SE AUTODELATA: O Feitiço Contra o Feiticeiro ("A lógica do delator é a de pretender fortalecer uma amizade, destruindo outras."— Eber Ivo)




Crônica

 

O DELATOR SE AUTODELATA: O Feitiço Contra o Feiticeiro ("A lógica do delator é a de pretender fortalecer uma amizade, destruindo outras."— Eber Ivo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Há muito percebo a ironia de que a repreensão do professor ao aluno frequentemente acaba voltando-se contra o próprio docente. No entanto, eu havia me esquecido de considerar a mutação desse “vírus” dentro do ambiente escolar.

Agindo ingenuamente, e acreditando estar “contribuindo com o sistema”, apresentei à coordenadora, em caráter confidencial, os nomes de alguns alunos que demonstravam descuido com os estudos — especialmente em minha disciplina. O que se seguiu, porém, foi uma reação em cadeia inesperada. No dia seguinte, alguns alunos mais aplicados, enciumados pela falta de reconhecimento público de seus esforços, usaram-me como pretexto para criticar a coordenadora. Contaram que ela havia inspecionado os cadernos de Língua Portuguesa justamente das alunas de quem eu reclamara — cadernos estes praticamente vazios. Sem perceber, esses estudantes bem-intencionados acabaram revelando a ponta de um “iceberg abstrato” de manipulação.

O mais irônico dessa disputa velada por prestígio é que a coordenadora, valendo-se da ausência de conteúdo nos cadernos dessas alunas, elaborou relatórios enviesados à tutora (inspetora escolar). O objetivo era insinuar, de forma sutil, que o professor que não utiliza o “caderninho” de plano de aula é alguém que ministra aulas sem conteúdo — ou, na linguagem delas, “não passa nada para o aluno”. Assim, minha relutância em preencher tais planos, motivada por convicção pedagógica e não por negligência, acabou sendo exposta e mal interpretada.

Deixo claro que nunca fiz planos de aula por princípio, e não por descuido. Esses documentos servem mais à burocracia da coordenação do que ao processo real de ensino. É impossível esperar que um plano formal contemple as frequentes e “frutíferas” interrupções de minhas aulas — muitas vezes cedidas a outros colegas que desorganizam o tempo letivo.

Qual professor não conhece essa frustração? Na prática, o plano de aula raramente se cumpre. A sala de aula é um organismo vivo que exige improvisação — e improvisar, para um professor preparado, é justamente aplicar um plano funcional e dinâmico. O “caderninho”, portanto, não define o valor de um docente. O verdadeiro plano de aula é fluido: consiste em administrar os conhecimentos prévios e aplicá-los de acordo com as demandas que emergem em cada encontro, sempre à luz do currículo mínimo.

Ao fim dessa reflexão, percebo que minha atitude inicial — delatar os alunos à coordenadora — acabou se voltando contra mim. De modo consciente ou não, eles se vingaram de minha própria malícia, confirmando o ditado: “o feitiço foi contra o feiticeiro”. Se o veneno delas certamente lhes causará dano no futuro, em mim já produziu um grande prejuízo.

O ápice dessa desconexão entre a burocracia e a prática docente se resume na pergunta recorrente — e tristemente simbólica — que o aluno dirige ao professor: “É pra copiar, professor?”


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O relato apresenta temas riquíssimos para discussão, como a burocracia institucional, as relações de poder, o conflito entre a teoria e a prática pedagógica, e a ironia do sistema. Abaixo estão 5 questões discursivas simples, pensadas para serem aplicadas a alunos do Ensino Médio, com foco em estimular a análise sociológica das situações apresentadas:

1. Poder e Conflito Institucional

O texto descreve uma disputa velada onde a delação do professor, o ciúme dos alunos e a ação da coordenadora se entrelaçam. Sob a ótica da Teoria do Conflito (ou mesmo de Microssociologia), como o episódio da inspeção dos cadernos e dos relatórios enviesados demonstra a luta por prestígio e o uso de diferentes táticas de poder entre os atores (professor, coordenadora e alunos) na estrutura escolar?

2. Burocracia e Racionalidade (Max Weber)

O professor critica o "caderninho" de plano de aula, classificando-o como uma exigência burocrática que serve mais à coordenação do que ao ensino real. Utilizando a perspectiva de Max Weber sobre a burocracia, discuta:

a) Qual é o objetivo ideal (a função racional) de se exigir um plano de aula formalizado? b) De que maneira, de acordo com o texto, essa exigência se transforma em uma disfunção burocrática que prejudica a prática pedagógica e o professor?

3. O Simbolismo dos Objetos

No relato, os cadernos vazios das alunas e o plano de aula não preenchido ("caderninho") deixam de ser meros objetos e se tornam ferramentas de disputa. Analise, sob o ponto de vista do Interacionismo Simbólico, como esses objetos adquirem um significado social específico dentro da instituição, sendo usados pela coordenadora para manipular a imagem do professor perante a inspetora.

4. Currículo Formal versus Currículo Oculto

O professor defende que a sala de aula é um "organismo vivo" que exige improvisação e se choca com a rigidez do plano de aula formal. Sociologicamente, diferencie o Currículo Formal (o que é planejado e registrado) do Currículo Oculto (as interrupções, a burocracia, as relações de poder). De que forma esse conflito entre o planejado e o improviso afeta a transmissão do conhecimento e a própria função social da escola?

5. A Pergunta Final como Síntese Sociológica

A pergunta do aluno — "É pra copiar, professor?" — é citada como o ápice da desconexão entre a burocracia e a prática docente. Interprete essa frase como um símbolo sociológico. O que essa questão recorrente revela sobre a visão que o aluno desenvolve sobre o processo educacional e o seu papel dentro dele (por exemplo, como mero reprodutor de conteúdo versus criador de conhecimento)?

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sábado, 12 de outubro de 2013

AMOR RELIGIOSO ("Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar." — Carl Sagan)



Crônica

AMOR RELIGIOSO ("Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar." — Carl Sagan)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Sempre me intrigou o entusiasmo com que certos pregadores oferecem o paraíso, como se portassem as próprias chaves do reino celestial. A promessa de um lugar sem dor e sofrimento soa, no mínimo, paradoxal quando confrontada com a realidade da vida daqueles que a propagam. Seria impensável, afinal, imaginar um grande evangelista alheio às alegrias edênicas, não é? Contudo, a verdadeira ironia está na amargura que recai sobre os que depositam fé cega nessas promessas. Quando a ilusão se desfaz, o choque com a realidade transforma-se em um abismo de desilusão — um inferno muito mais tangível que o céu prometido. Paradoxalmente, encontro algum consolo nessa constatação: a certeza de que meu destino, seja ele qual for, não se cruzará com o daqueles que me assombraram com seus sermões.

Lembro-me com clareza do período em que as maldições lançadas contra mim me afastaram da igreja. A pressão era sufocante, a ponto de me fazer duvidar das próprias convicções. Um simples ato — a sonegação do dízimo — foi suficiente para desencadear uma enxurrada de pragas verbais, que evocavam imagens de um “gafanhoto devorador” pronto para consumir minha lavoura, meus bens e minha paz. Por um breve momento, o medo me dominou. Mas, com o tempo, percebi que a vida, mesmo longe de ser um mar de rosas, seguia adiante. Persisti. E só o fato de ter sobrevivido o suficiente para testemunhar o fim de muitos dos que me amaldiçoaram já me parece uma vitória.

Se a igreja não detém o poder de curar, tampouco tem o dom de infligir sofrimento por meio de pragas. Caso contrário, os próprios líderes religiosos já teriam sucumbido em suas disputas mesquinhas por poder, fiéis e reconhecimento.

Minha jornada tem sido árdua, especialmente no cenário implacável do sistema educacional em que atuo. Alguns poderiam atribuir minhas dificuldades ao cumprimento das maldições proferidas pelos fanáticos, mas acredito que elas têm mais a ver com as perseguições de colegas de trabalho, alunos e seus pais. Essas dificuldades, longe de qualquer intervenção divina, refletem a dureza do ambiente em que vivo.

Recentemente, ao demonstrar interesse por uma colega de trabalho, tornei-me alvo de fofocas e intrigas orquestradas por outras funcionárias fervorosas em seus dogmas. Tentaram afastá-la de mim, espalhando boatos e difamações. Seria essa a manifestação do “bicho devorador de minha lavoura”, como anunciavam aqueles fervorosos discordantes? Prefiro crer no provérbio português: “o que é do homem o bicho não come.” Se não há força divina controlando meu destino, tampouco há espaço para que artimanhas humanas o destruam.

Hoje, compreendo que os verdadeiros “bichos devoradores” não são forças invisíveis ou sobrenaturais, mas sim aqueles que, em nome de uma fé cega, perseguem e maltratam os que ousam divergir. Oxalá a natureza, com sua sabedoria implacável, cuide de restaurar o equilíbrio, até mesmo entre os líderes que se alimentam dessa intolerância. Afinal, sou parte da natureza, e nela encontro força para resistir.

Essa experiência me ensinou que a fé, quando usada como arma de opressão, transforma-se em algo destrutivo, capaz de ferir profundamente. No entanto, a vida, em sua simplicidade resiliente, sempre nos conduz a verdades mais autênticas. E é nelas que encontro sentido: na experiência vivida, na resistência diante do adverso e na busca constante por um caminho genuíno, livre de dogmas e ameaças.


Como um bom professor de sociologia do Ensino Médio, preparei 5 questões discursivas no formato de pergunta simples sobre os temas principais do texto:


1. Qual a principal crítica do narrador em relação à forma como alguns pregadores oferecem o paraíso?

2. De que maneira a experiência de sonegar o dízimo e as reações que se seguiram impactaram a relação do narrador com a igreja?

3. Como o narrador interpreta as dificuldades que enfrenta em seu trabalho no sistema educacional?

4. Qual a relação entre as fofocas e intrigas que o narrador sofreu e a metáfora do "bicho devorador de sua lavoura"?

5. Qual a principal conclusão do narrador sobre a fé e como essa conclusão se relaciona com sua experiência pessoal?

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sábado, 5 de outubro de 2013

PERVERSO CORPORATIVISMO (E que responsabilidade tenho eu se não lhes ensinei errar? )


Crônica

PERVERSO CORPORATIVISMO (E que responsabilidade tenho eu se não lhes ensinei errar? )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

         Um professor sem credibilidade é assim: não tem nem a liberdade de considerar um aluno ruim em sua disciplina se os colegas querem salvá-lo. Mesmo que eu esteja a Filosofar a meu favor, não saberia dizer o muito que a vida nos tem a dizer ou ensinar. Como me senti sujo, reconhecendo as insuficiências do aluno que fez mal os trabalhos que lhe pedi, como requisito da matéria de Língua Portuguesa, e me dei mal, ainda que tentando ver as limitações do tal promovido. O maior problema é os colegas quererem me obrigar ver os alunos como eles veem. Por que um aluno generalizado se revoltaria e postaria, no Facebook, críticas sobre seus professores e colegas? Há razões de sobra! Todavia, eu também o promovo respeitando os exageros da maioria, mas não posso deixar de ressaltar o valor da educação.
         Por que é difícil para um professor, nos conselhos de classe, admitir que os alunos não são iguais, podendo ter facilidade na matéria em que mais se identificam e fracos nas outras? Estaria eu de certa forma condenando indiretamente o mestre avaliador, tentando tirar do paraíso o seu aluno e fazendo passar pelo purgatório? É apenas mais uma das minhas tentativas para extirpar o tumor, destruindo as células vizinhas até baldar o organismo. Por que a maioria quer me arrastar para a turba dos "lambanças"?
          Nesse sistema educacional, tenho vivido variadas situações boas e muito mais ruins, porém procuro em todas guardar apenas as experiências que me prestam para o crescimento, meu e dos que me cercam. Alunos e colegas de trabalho, inimigos ou não, julgam-me, descrevem-me, prescrevem-me, conceituam-me e até distribuem minha mais feia imagem internet afora, desconheço as verdadeiras intenções, e reconheço que, às vezes, apontam para situações denegridoras, até. Mas, bem humorado já disse em outras crônicas: — Gosto dos que falam mal de mim, pelo menos falam e não latem...
          Respeitar o inimigo é a primeira lei dos que vencem; subestimar o adversário pode ter, no final, a derrota como surpresa. Um professor digno repreende o malfeitor, convencendo-o que a medida repressora é um ato de amor, castigo com ira é vingança. No entanto, não deixe de ressaltar as deficiências, depois o faça com as qualidades inegáveis, apontando assim um raio de esperança que fará surgir larga  margem de crescimento.
          Se o referido aluno saiu com um diploma na mão, mas não conheceu também os seus defeitos, o colégio não foi redentor. E que responsabilidade tenho eu se não lhes ensinei seus senões? Consequências, também, são específicas e individuais, justamente dosadas. Tudo no controle de Deus, inclusive eu. Portanto não lhe ofereço minha misericórdia, porém a minha justiça. 
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 05/04/2013
Reeditado em 05/10/2013
Código do texto: T4225986
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sábado, 28 de setembro de 2013

O TERROR DO TERROR ("O nome de Jesus é o terror dos demônios." — São Padre Pio de Pietrelcina)


Crônica

O TERROR DO TERROR ("O nome de Jesus é o terror dos demônios." — São Padre Pio de Pietrelcina)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Procuro neste Recanto um abrigo, um texto capaz de  me refrigerar a alma, pelo menos algo inspirador ou uma boa reflexão, mas sou atormentado pelo o terror da má escrita. Parece-me que todos falam de mim com desprezo; sentindo as letras ásperas, tento amaciá-las com minha leitura despretensiosa. O meu contradizente é monstro cuspindo-me fogo. Procuro justificativa do meu prazer nas crônicas mais lidas, só encontro terror. Quando posso ser feliz nessa internet, se vejo você me agredindo com palavras como se eu fosse seu monstro? Vou dar o título a esta minha desolação: de "O TERROR DO TERROR", quem sabe eu alcance um bom número de macabras visitas, e comentários aterrorizadores, fazendo-me acostumar. Um dia, escreveu-me, pelo Facebook, uma suposta "atendente de polícia" (foi o que ela disse), insolentes ameaças defendendo sua amiga, não sei de que, eu só a disse que quem ameaça é bandido! Vejam que não sou um perigo. E seu comportamento forçou-me a um preparo defensivo! "Não podendo regularizar os outros, regularizo-me a mim mesmo." (Michel de Montaigne). Apenas excluí as duas de minha conta. E assim faço a todos que não somam.  
          A incoerência se deve ao meu apelido que talvez os aterroriza, tomara nem sê-lo o quanto penso, parece-me cacos de vidro quebrando-se (Clau-de-ko) tilintando em seu cortar afiado e impiedoso, ou melhor, Farpas de ferro forjadas (Fer-rei-ra) igual a palhas de aço que nunca acariciam. Sua boca de jeito nenhum reconhece muito bem as manobras para pronunciá-lo, por isso se corta mal. Mas, jamais se corta neles quem me conhece muito bem! Apenas me protejo, do cerol na linha do papagaio de papel dos moleques vadios. Ninguém precisa cair em sua própria armadilha tão rapidamente, mas "quem abre uma cova cairá nela". Minhas covas são pequenas demais, tampouco me cabem, só se você for menor que eu! Assim faço do meio a parte mais importante do começo ao fim, porque já dizia Raul Seixas: "é chato chegar a um objetivo num instante." Portanto, às vezes, é preciso caminhar por cima de brasas exorcizando os demônios ou atraí-los pelo cheiro de carniça assando!
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 29/03/2013
Reeditado em 28/09/2013
Código do texto: T4213381
Classificação de conteúdo: seguro

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