"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sexta-feira, 3 de novembro de 2023

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(10) Os Múltiplos Caminhos para o Sucesso: Além da Religião

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(10) Os Múltiplos Caminhos para o Sucesso: Além da Religião

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O autoconhecimento é uma das virtudes mais importantes para o ser humano, pois permite que ele se conheça, se aperfeiçoe e se realize. Muitas vezes, as pessoas buscam na religião uma forma de encontrar sentido e segurança para a sua vida, mas isso pode ser insuficiente ou até mesmo prejudicial, se não houver um trabalho interior de autoconhecimento. Neste ensaio, pretendo argumentar que o autoconhecimento eleva mais que rituais religiosos, usando como base algumas citações bíblicas e de grandes pensadores.

A Bíblia, que é a fonte sagrada de muitas religiões, já nos ensina sobre a importância do autoconhecimento. No livro de Provérbios, lemos: "Como águas profundas é o conselho no coração do homem; mas o homem de inteligência o trará para fora" (Provérbios 20:5). Isso significa que cada um de nós tem uma sabedoria interior que precisa ser acessada e manifestada. Também no livro de Salmos, encontramos: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno" (Salmos 139:23-24). Aqui, o salmista reconhece que só Deus pode ajudá-lo a se conhecer verdadeiramente e a se purificar de seus defeitos.

No entanto, a religião não é suficiente para garantir o autoconhecimento, se não houver um esforço pessoal de reflexão e transformação. Como disse o filósofo chinês Lao Tsé, “conhecer os outros é inteligência; conhecer a si mesmo é verdadeira sabedoria”. O autoconhecimento eleva mais que rituais religiosos, pois nos faz compreender quem somos, quais são nossos valores, nossos propósitos e nossos potenciais. Além disso, nos faz perceber nossas limitações, nossas fraquezas e nossas necessidades de mudança.

Seguir dogmas religiosos pode limitar nossa verdadeira realização, que vem de dentro. Como disse o psiquiatra Carl Jung, “seu dever é ser você mesmo, não uma imitação de alguém”. Cada um de nós tem uma vocação única e uma missão específica no mundo. Não podemos nos conformar com modelos impostos pela sociedade ou pela religião. Devemos buscar nossa autenticidade e nossa originalidade.

Os ensinamentos religiosos podem inspirar nossa busca pelo autoconhecimento, mas não devem ser o único critério para avaliar nossa vida. Como disse o poeta Fernando Pessoa, “o místico perfeito é o homem que se encanta com a vida”. Devemos valorizar a existência em si, não promessas além dela. Devemos aproveitar as oportunidades de crescimento que a vida nos oferece, sem nos prendermos a dogmas ou rituais que nos alienam da realidade.

Em conclusão, o autoconhecimento é uma virtude que nos eleva mais que rituais religiosos. Ele nos permite conhecer a nós mesmos e a Deus de forma mais profunda e verdadeira. Ele nos permite ser mais sábios, mais autênticos e mais realizados. Ele nos permite viver com mais sentido e segurança. Por isso, devemos cultivar o autoconhecimento como um caminho para a felicidade. Ninguém engana a si mesmo.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(9) Além da Sabedoria: Outras Trilhas para a Justiça e Equidade

 



CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(9) Além da Sabedoria: Outras Trilhas para a Justiça e Equidade

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A sabedoria é uma qualidade que muitas pessoas almejam, especialmente no contexto religioso. A Bíblia, por exemplo, afirma que "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Provérbios 9:10) e que "a sabedoria é melhor do que as armas de guerra" (Eclesiastes 9:18). Mas, será que a busca pela sabedoria é suficiente para garantir a justiça, o julgamento correto e a equidade na vida? Neste ensaio, argumentarei que a sabedoria não é o único caminho para alcançar essas virtudes, e que outras abordagens também devem ser consideradas.

Em primeiro lugar, é importante reconhecer que a sabedoria é uma ferramenta poderosa para orientar nossas ações e decisões. Como disse Sócrates, "o sábio sabe que nada sabe" (Platão, Apologia de Sócrates), ou seja, o sábio reconhece os limites do seu conhecimento e busca aprender mais. A sabedoria também nos ajuda a discernir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, entre o justo e o injusto. Como disse Salomão, "a sabedoria dá força ao sábio mais do que dez governantes que haja na cidade" (Eclesiastes 7:19).

No entanto, a busca pela sabedoria não garante automaticamente a justiça, o julgamento correto ou a equidade em todas as situações. As pessoas podem possuir conhecimento e sabedoria, mas ainda assim fazer escolhas injustas e parciais. Por exemplo, os fariseus eram considerados sábios na lei de Deus, mas Jesus os criticou por serem hipócritas e negligenciarem "os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé" (Mateus 23:23). Portanto, a sabedoria não é suficiente para garantir a justiça, o julgamento correto ou a equidade.

Além disso, existem outras abordagens que também podem ser eficazes na promoção dessas virtudes. Por exemplo, a educação é uma forma importante de desenvolver uma compreensão mais profunda da justiça e do julgamento correto. Como disse Paulo Freire, "a educação é um ato político" (Pedagogia do Oprimido), ou seja, a educação pode ser usada para transformar a realidade social e combater as opressões. A empatia é outra forma de promover a justiça e a equidade. Como disse Dalai Lama, "se você quer que os outros sejam felizes, pratique a compaixão. Se você quer ser feliz, pratique a compaixão" (A Arte da Felicidade). A empatia nos ajuda a nos colocarmos no lugar dos outros e a respeitar suas diferenças. A reflexão crítica é mais uma forma de promover essas virtudes. Como disse René Descartes, "penso, logo existo" (Discurso do Método), ou seja, a reflexão crítica nos ajuda a questionar nossas crenças e valores e a buscar a verdade.

Em suma, embora a busca pela sabedoria seja uma jornada nobre e valiosa, ela não é o único caminho para alcançar a justiça, o julgamento correto e a equidade na vida. Outras abordagens também devem ser consideradas, envolvendo também a educação, a empatia e a reflexão crítica. Não devemos limitar nossa busca por essas virtudes a um único caminho, mas sim reconhecer a diversidade de abordagens que podem contribuir para um mundo mais justo e equitativo.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(8) A Ética como Caminho para a Verdade e a Virtude

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(8) A Ética como Caminho para a Verdade e a Virtude

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A ética vai além de recompensas externas ou pertencimento grupal. A Bíblia nos ensina: "Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus" (Mateus 5:9). E como Martin Luther King Jr. afirmou: "Não podemos nos tornar o que precisamos ser, permanecendo o que somos". Devemos buscar o bem de forma incondicional. Segundo Jean-Paul Sartre, "Somos condenados a ser livres".

A ética kantiana se baseia no imperativo categórico, que nos orienta a agir de acordo com a máxima que poderíamos desejar que se tornasse uma lei universal, não com interesses particulares.

Além disso, a existência não se resume a recompensas futuras. Viktor Frankl observou: "Quando não podemos mais mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos". O propósito se encontra no presente, na busca pela felicidade. Aristóteles afirmou: "A felicidade é a atividade da alma em conformidade com a excelência".

A bondade não é privilégio de um grupo. Bertrand Russell nos lembra: "O bom pensamento é uma coisa difícil, mas vale a pena porque dá a você a capacidade de lidar com o mundo em que está vivendo". Precisamos exercitar o pensamento crítico e não aceitar dogmas sem reflexão.

Portanto, mais valioso do que a validação externa é a conexão interior com a ética. Essa busca sincera pela sabedoria engrandece o espírito. Devemos fazer o bem por dever moral, não por recompensas. A ética centrada em princípios, não em regras, eleva a existência.

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(7) Como Ser Sábio e Seguro sem Depender de Deus

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(7) Como Ser Sábio e Seguro sem Depender de Deus

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A sabedoria e a proteção são valores fundamentais para a vida humana. Muitas pessoas buscam esses valores na religião, acreditando que Deus é a fonte de toda sabedoria e proteção. No entanto, será que essa é a única forma de alcançar esses objetivos? Neste ensaio, argumentarei que a sabedoria e a proteção advêm de diversas fontes, não somente da obediência divina, mas também do exercício do pensamento crítico, da compaixão e da abertura mental.

A Bíblia afirma que "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Salmos 111:10), porém também diz que devemos "examinar tudo cuidadosamente" (1 Tessalonicenses 5:21). Isso significa que não devemos aceitar tudo o que nos é dito sem questionar, mas sim buscar o conhecimento por meio da razão e da experiência. Como disse o filósofo Platão, "a vida sem exame não vale a pena ser vivida" (Apol. 38a). O pensamento crítico amplia a sabedoria, pois nos permite analisar as evidências, os argumentos e as consequências das nossas crenças e ações.

Além disso, a proteção depende mais de valores humanistas do que religiosos. Segundo Mahatma Gandhi, "não existe um caminho para a paz, a paz é o caminho". A compaixão e o respeito ao próximo geram segurança, pois promovem a harmonia e a cooperação entre as pessoas. A Bíblia também ensina que devemos "amar o nosso próximo como a nós mesmos" (Mateus 22:39). A violência e o ódio, por outro lado, geram conflitos e sofrimento, que ameaçam a nossa proteção.

A mente fechada limita a sabedoria. Disse Einstein que "a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original". A abertura mental expande nossa compreensão, pois nos permite aprender com outras perspectivas e culturas. A Bíblia também incentiva a busca pela sabedoria em outras fontes além da própria: "Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu disse".

(João 14:26). A diversidade enriquece a sabedoria.

Portanto, embora a religião inspire alguns, o cultivo da razão, da alteridade e da introspecção igualmente nos tornam sábios e seguros. A sabedoria e a proteção vêm de diversas fontes, que se complementam e se iluminam mutuamente. Como disse o filósofo Sócrates, "só sei que nada sei". A humildade é o primeiro passo para a sabedoria.

domingo, 29 de outubro de 2023

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(6) A sabedoria como fruto da harmonia entre fé e razão

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(6) A sabedoria como fruto da harmonia entre fé e razão

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A sabedoria é uma virtude que todos os seres humanos almejam, mas que poucos conseguem alcançar. Ela envolve não apenas o conhecimento, mas também a capacidade de aplicá-lo de forma adequada e benéfica. Mas de onde vem a sabedoria? Quais são as suas fontes e os seus critérios? Neste ensaio, pretendo defender a ideia de que a sabedoria é fruto da harmonia entre fé e razão, entre a revelação divina e a investigação humana, entre a introspecção e a compaixão.

A fé é uma das fontes da sabedoria, pois nos conecta com o transcendente, com o mistério que nos envolve e nos supera. A fé nos revela o sentido da vida, o propósito da existência, o valor da pessoa. A fé nos inspira a buscar a verdade, a bondade e a beleza. A Bíblia afirma que "no temor do Senhor está o princípio da sabedoria" (Salmos 111:10), pois reconhecer a soberania de Deus é o primeiro passo para se abrir à sua vontade e ao seu amor.

No entanto, a fé não exclui a razão, mas a complementa. A razão é outra fonte da sabedoria, pois nos permite compreender o mundo, analisar os fatos, argumentar logicamente, criticar as ideias. A razão nos torna mais livres, mais responsáveis, mais criativos. A Bíblia também ensina que precisamos "examinar tudo cuidadosamente" (1 Tessalonicenses 5:21), pois Deus nos deu a inteligência para usá-la de forma racional e ética.

A harmonia entre fé e razão é essencial para a sabedoria, pois evita os extremos do fanatismo religioso e do ceticismo científico. Como disse o filósofo Pascal, "o coração tem razões que a própria razão desconhece". Ou seja, há aspectos da realidade que escapam à lógica humana, mas que podem ser acessados pela intuição espiritual. Por outro lado, há aspectos da realidade que podem ser explicados pela ciência, mas que não esgotam o seu significado.

Além da fé e da razão, há outras dimensões que contribuem para a sabedoria: a introspecção e a compaixão. A introspecção é a capacidade de olhar para dentro de si mesmo, de conhecer os seus sentimentos, pensamentos e motivações. A introspecção nos ajuda a crescer como pessoas, a superar os nossos defeitos, a desenvolver as nossas potencialidades. Nas palavras do escritor Marcel Proust, "o verdadeiro caminho é aquele que nos leva para dentro de nós mesmos". A introspecção também revela sabedoria.

A compaixão é a capacidade de olhar para o outro, de sentir o seu sofrimento, de agir em seu benefício. A compaixão nos faz mais humanos, mais solidários, mais generosos. A compaixão também gera sabedoria. Como disse Gandhi, "não há caminho para a paz, a paz é o caminho". Ou seja, a paz não é apenas um objetivo, mas uma atitude diante da vida.

Em conclusão, podemos afirmar que a sabedoria é um tesouro que se constrói com diversos instrumentos: fé e razão, introspecção e compaixão. Não há uma única fonte exclusiva ou infalível de sabedoria, mas uma combinação equilibrada e harmoniosa que nos torna verdadeiramente sábios. Devemos buscar a sabedoria com mente e coração abertos, sem dogmatismos ou preconceitos. Só assim poderemos viver de forma plena e feliz.

sábado, 28 de outubro de 2023

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(5) Sábio é Aquele que Questiona, Ama e Abraça a Humildade

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(5) Sábio é Aquele que Questiona, Ama e Abraça a Humildade

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A sabedoria é um dos valores mais elevados da vida humana, mas como podemos alcançá-la? Será que existe um método infalível para obter o temor a Deus e o conhecimento divino? Neste ensaio, argumentarei que a busca pela sabedoria é uma jornada pessoal, não um processo mecânico, e que envolve questionar nossas certezas, praticar a compaixão e cultivar a humildade.

Em primeiro lugar, a sabedoria requer uma atitude de exame crítico de nossas crenças e preconceitos. Como disse o filósofo Sócrates, “uma vida sem exame não vale a pena ser vivida”. Questionar nossas certezas nos torna mais sábios do que apenas aceitá-las. A Bíblia também nos ensina a “examinar tudo e reter o que é bom” (1 Tessalonicenses 5:21). Assim, a sabedoria não é fruto de uma mera repetição ou memorização de informações, mas de uma reflexão profunda e honesta sobre elas.

Em segundo lugar, a sabedoria implica uma prática de compaixão pelos outros e por nós mesmos. A compaixão é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de sentir sua dor e de desejar aliviá-la. Segundo o Dalai Lama, “se você quer outros felizes, pratique compaixão. Se você quer ser feliz, pratique compaixão”. A compaixão nos torna mais sábios porque nos ajuda a entender melhor as emoções e as motivações humanas, e também a superar o egoísmo e o orgulho. A Bíblia também nos exorta a “amar o próximo como a nós mesmos” (Mateus 22:39), pois esse é o segundo maior mandamento da lei divina.

Em terceiro lugar, a sabedoria envolve uma postura de humildade diante da verdade. A humildade é a virtude de reconhecer nossos limites e nossos erros, e de estar aberto à correção e ao aprendizado. Como disse o filósofo Confúcio, “o verdadeiro sábio é aquele que sabe que não sabe”. A humildade nos torna mais sábios porque nos permite crescer e evoluir, sem nos apegarmos às nossas opiniões ou aos nossos interesses. A Bíblia também nos adverte que “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4:6), pois Ele conhece os segredos do coração humano.

Portanto, concluo que a sabedoria não é algo que se possa obter por um método infalível ou por uma fórmula mágica. A sabedoria é uma jornada pessoal, que depende da nossa disposição em questionar nossas certezas, em praticar a compaixão e em cultivar a humildade. Essa jornada fluida nos torna verdadeiramente sábios.

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(4) Cultivando a Sabedoria com Leveza: Um Olhar Integral

 


CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico II(4) Cultivando a Sabedoria com Leveza: Um Olhar Integral

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A sabedoria é um dos valores mais almejados pela humanidade, mas nem sempre é clara a forma de alcançá-la. Muitas vezes, associa-se a sabedoria a um processo árduo e doloroso, que exige renúncia e sacrifício. No entanto, essa visão é limitante e pode impedir o desenvolvimento de uma sabedoria integral e harmoniosa. Neste ensaio, pretende-se mostrar que a sabedoria também pode ser cultivada com leveza e alegria, por meio de três aspectos: o equilíbrio, a experiência e a aceitação.

O primeiro aspecto é o equilíbrio. A sabedoria não requer uma negação total dos prazeres da vida, mas sim uma moderação e uma consciência plena deles. Como disse Epicuro, "nada é suficiente para quem o suficiente é pouco". O filósofo defendia que a felicidade consistia em evitar os desejos excessivos e viver de acordo com a natureza. Nesse sentido, o equilíbrio é uma virtude que nos torna sábios, pois nos permite desfrutar dos bens da vida sem nos tornarmos escravos deles.

O segundo aspecto é a experiência. A sabedoria não se adquire apenas com o estudo e o raciocínio, mas também com a vivência e a emoção. Como afirmou Mahatma Gandhi, "a vida não se mede pelo número de vezes que se respira, e sim pelos momentos que tiram o fôlego". O líder pacifista demonstrou que a sabedoria pode ser fruto de uma ação transformadora, que busca a justiça e a paz. Nesse sentido, a experiência é uma fonte de sabedoria, pois nos ensina lições valiosas, que transcendem as palavras.

O terceiro aspecto é a aceitação. A sabedoria não implica uma resistência à realidade, mas sim uma compreensão e uma adaptação a ela. Como disse John Lennon, "tudo ficará bem no final. Se não está bem, não é o fim". O músico expressou que a sabedoria pode ser fruto de uma atitude positiva, que busca o melhor em cada situação. Nesse sentido, a aceitação é uma manifestação de sabedoria, pois nos permite lidar com as adversidades sem perder a esperança.

Portanto, conclui-se que a sabedoria não é um fim inatingível, mas sim um caminho possível e prazeroso. A sabedoria pode ser cultivada com leveza e alegria, quando buscamos o equilíbrio entre razão e sensibilidade, entre teoria e prática, entre ideal e real. Essa busca fluida e integral nos torna verdadeiramente sábios.