AMIGO CIRCUNSTANCIAL ("Quando necessitei de roupas, vós me vestistes; estive enfermo, e vós me cuidastes; estive preso, e fostes visitar-me..." — Mt. 25:36
Em minha enfermidade, frequentemente tive de ouvir dos meus pretensos amigos: "Inclui meu nome em seu testamento, pois você não tem para quem deixar mesmo." Pessoas que mal conheço têm essa ousadia. Quero lhes dizer que não serve de nada perguntar pelas redes sociais como estou, prometer que vem me ver e não mover uma palha. Bem sei, a maioria dos amigos o são quando tudo vai bem. O comprometimento e a lealdade a nós só têm firmeza enquanto estiver dando lucro. Quando a coisa fica difícil, eles se mandam rapidamente. Os verdadeiros amigos, os quais o mundo pouco conhece, não são tão volúveis assim. "Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão." (Pv 17:17).
A maioria dos homens é egoísta: quando não percebem nenhuma oportunidade maior num relacionamento, eles abandonam a pessoa "amada". A própria família do homem o abandona, quando ele é financeiramente pobre. E certamente ele não tem amigos, pois não veem qualquer razão para se associar a ele, exceto para lavarem a consciência, dando-lhe esmola de vez em quando. Mesmo que ele possa expressar muita afeição, eles o abandonam de qualquer maneira. Assim é comigo, então finjo que não preciso deles para me mostrar forte. CiFA