"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

Pesquisar neste blog ou na Web

MINHAS PÉROLAS

Não me impeça de contar as cruzinhas do meu caderno de classe. Eu não vejo outra forma de avaliação contínua sem registrar a produção constante do aluno para provar a pais, coordenadoras, alunos e colegas que não julgo as atividades só no olho, embora seja muito superficial.
Claudeci Ferreira de Andrade

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Enfrentando a Violência: Educação como Pilar da Segurança (“A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo.” — Paulo Freire)

 

Enfrentando a Violência: Educação como Pilar da Segurança (“A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo.” — Paulo Freire)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A tragédia em Alexânia ecoou em meus ouvidos como um sino fúnebre, e a imagem do jovem, vítima da violência, me perseguiu por dias. A pergunta que não quer calar ecoava em minha mente: até quando teremos que conviver com essa barbárie? A defesa pessoal, tema tão debatido, ganhou contornos ainda mais nítidos diante desse cenário de horror.

As discussões acaloradas sobre o porte de armas por civis e a proposta de armar professores geraram debates intensos. De um lado, os defensores da liberdade individual e do direito de autodefesa argumentavam que "um cidadão armado seria capaz de deter um criminoso e salvar vidas". Do outro, os defensores dos direitos humanos alertavam para os riscos de "uma sociedade mais violenta, onde qualquer desentendimento poderia culminar em tragédia".

No entanto, a questão vai além da simples posse de armas. Ela nos leva a refletir sobre o papel da escola na formação do cidadão. A educação, para ser completa, precisa ir além da transmissão de conteúdos. Ela deve desenvolver nos alunos habilidades como o pensamento crítico, a resolução de problemas e a capacidade de tomar decisões. Além disso, ela deve fomentar o respeito à vida e aos direitos humanos.

Armar professores não é a solução para o problema da violência. A verdadeira segurança está na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos tenham oportunidades e onde a vida seja valorizada. A educação deve preparar o aluno para o mundo, incentivando o esforço, o mérito e a responsabilidade, em vez de criar uma realidade de condescendência e conformismo.

A crítica, aqui, não é ao acolhimento, mas à falta de exigência de responsabilidade. Dar algo a alguém sem pedir esforço em troca não fortalece, apenas acomoda. Em vez de incutir no aluno a noção de dignidade e responsabilidade, cria-se uma realidade onde se recebe sem mérito, se exige sem entrega. Essa distorção, em última análise, mina o verdadeiro papel da educação.

A educação que transforma é aquela que ensina o aluno a enfrentar o mundo, não a depender dele. Não se trata de armar escolas ou de criar cidadãos "blindados", mas de garantir que todos – alunos e professores – tenham o direito de viver e crescer com dignidade e segurança. É um equilíbrio delicado, e a cada dia, nesse teatro cotidiano que é a sala de aula, vamos ensaiando as respostas, entre erros e acertos.


Com base na profunda reflexão do autor sobre a educação e a violência, proponho as seguintes questões para estimular um debate rico e crítico:


Qual a principal relação estabelecida pelo autor entre a questão da defesa pessoal e o papel da educação?

Essa questão direciona os alunos a identificar a conexão entre a segurança individual e a formação do cidadão.


Quais os argumentos apresentados pelo autor a favor e contra a proposta de armar professores?

A pergunta incentiva os alunos a analisar os prós e contras dessa medida e a construir sua própria opinião.


Qual o papel da escola na formação de cidadãos conscientes e responsáveis?

Essa questão leva os alunos a refletir sobre a função da educação na sociedade e os valores que devem ser transmitidos.


Como a ideia de "dar sem exigir" pode influenciar o desenvolvimento dos alunos?

A pergunta incentiva os alunos a pensar sobre as consequências de uma educação que não exige esforço e responsabilidade.


Quais os desafios para construir uma educação que prepare os alunos para enfrentar os desafios da vida e contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária?

Essa questão abre espaço para uma discussão mais ampla sobre o futuro da educação e os caminhos para uma sociedade mais segura.


Observações:

Abordagem interdisciplinar: As questões incentivam os alunos a relacionar os conceitos sociológicos com conhecimentos de outras áreas, como filosofia, psicologia e política.

Crítica e reflexão: As perguntas estimulam os alunos a pensar criticamente sobre as informações apresentadas no texto e a construir suas próprias opiniões sobre o tema.

Diálogo e debate: As questões podem ser utilizadas como ponto de partida para debates em sala de aula, promovendo o respeito às diferentes perspectivas e a construção de um conhecimento coletivo.

Ao trabalhar com essas questões, é importante que o professor crie um ambiente seguro e acolhedor para que os alunos possam expressar suas ideias e opiniões de forma livre e respeitosa. A partir desse debate, é possível aprofundar a reflexão sobre temas como violência, educação, cidadania e os desafios da sociedade contemporânea. https://globoplay.globo.com/v/12397187/

Nenhum comentário: