"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

sábado, 14 de janeiro de 2023

A VERDADE MENTIROSA OU MENTIRA VERDADEIRA ("Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas." — Friedrich Nietzsche)

 


A VERDADE MENTIROSA OU MENTIRA VERDADEIRA ("Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas." — Friedrich Nietzsche)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Meu prazer, pensar; minha arma, a palavra; meu fanal, o ouvir; o meu segredo, vivências; meu desajuste, confiar nas pessoas. E para aqueles que não gostam de mim, digo-lhes que os abomino também, por não terem um bom gosto. Já para os meus seguidores, recomendo-lhes uma advertência: papel em branco aceita tudo, até os "riscos" de quem não sabe desenhar. Por isso, gosto das folhas com pautas; a linearidade, pelo menos, dá boa estética ao conteúdo. Tragam-nas, todas para mim, que as escreverei certo por linhas certas, retribuindo o favor, ainda que com palavras misteriosas para fazer sofrer os sábios e fazer arder o cérebro dos pensantes. Nada de graça é lhe dado o devido valor.

Escrevo em corações e mentes, porém os tolos são insensíveis, não perco tempo com eles. Não aprendem nunca somente se defendem. "O açoite é para o cavalo, o freio para o jumento, e a vara para as costas dos tolos." Prov. 26:3. A verdade forjada também é tola, faz doer e doa em quem doer; será por pouco tempo, com a repetição, logo tomar-se-á em doce mentira. É a vara tinindo nas costas do tolo, é a tão necessária confirmação de sua tolice.

A verdade sempre tem um jeito de aparecer antes que se torne mentira para eliminar as desculpas dos tolos! Pois então, enquanto verdade, é esnobe, mas depois com a data de validade vencida não tem a quem denunciar. A verdade, uma vez transformada, nunca deixa de ser mentira.

A voz do povo não é a voz de Deus; mas, é, sim, a voz do Satanás, o pai da mentira. Porque a maioria sempre vence, porém nunca está certa. É como as vacinas, tão ovacionadas para prevenir; matam. O vírus enfraquecido aprendeu a ficar forte e se multiplicou aos milhões. Estou doente do coração e do cérebro, depois que tomei essas "desgraças". Deve ser a verdade que dói e perduram as consequências! CiFA

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

A Pipa e o Fio Cortante da Vida ("Enquanto você está correndo atrás de pipa, outro tá passando cerol na sua namorada." — Beatriz Cordeiro)

 


A Pipa e o Fio Cortante da Vida ("Enquanto você está correndo atrás de pipa, outro tá passando cerol na sua namorada." — Beatriz Cordeiro)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Por essa época, em julho, o vento forte e as férias escolares compõem o cenário perfeito para a molecada correr pelas ruas, com o rosto voltado para o alto — no sentido literal e metafórico.

Não é raro flagrar um “molecão” (que, duvido, ainda seja menor) equilibrado sobre um muro, gritando em puro êxtase de disputa: “não tora, não tora ... a minha rabiola”, enquanto os concorrentes se enroscam na rabiola da raia dele. Pelo prazer da extravagância, invadem chácaras, quintais baldios e casas de família, atiçando os cachorros que latem sem descanso.

Essa molecagem, porém, revela algo mais grave: a erotização precoce, aprendida em filmes, novelas e até desenhos, foi transferida para o lazer e transformada em fonte de prazer físico e psicológico — sem pudor no uso da linguagem chula e de duplo sentido.

Mas essa erotização é apenas um sintoma. O problema mais profundo é que a infância foi colonizada pela lógica da competição e do desejo de poder. O prazer de vencer o outro — de derrubá-lo, humilhá-lo — substituiu o encanto de brincar junto. A pipa, antes símbolo de liberdade, passou a representar o instinto de domínio. O cerol, afiado e invisível, tornou-se metáfora dessa cultura de corte, onde a vitória exige o aniquilamento do outro.

A rua, que já foi extensão da imaginação, virou campo de batalha simbólico: ali se ensina que ser agressivo é ser viril. E assim, do fio que corta o vento, nasce o fio que corta vidas — num país que confunde esperteza com coragem.

Também fui criança, mas minhas brincadeiras não incomodavam ninguém, tampouco me prejudicavam. Como era saudável a simplicidade da vida no interior!

Hoje, nas grandes cidades, por trás de uma simples “raia”, pode esconder-se um vadio brincando de cortar o pescoço de um motoqueiro trabalhador. A maldade dos pais se projeta nos filhos “até a terceira geração”! Que tipo de sociedade teremos quando o mal praticado pelos filhos de hoje se refletir no sofrimento dos pais que falharam em educar? Não seria essa uma punição mais do que divina — uma consequência social inevitável?

É assim que se perpetua essa pequena guerra, em que um corta o fio da vida do outro com o cerol afiado do falso diamante — apenas caco de vidro moído. Quem tem a vida moída também não tem nada a perder, e essa é a pessoa mais perigosa.

Foi assim que, numa conversa descontraída em sala de aula, um professor idoso dirigiu-se a uma turma do terceiro ano do Ensino Médio e, em tom de brincadeira, disse que “a pipa do vovô não sobe mais”. Então, uma aluna evangélica o denunciou — e o professor foi penalizado.

Findo aqui, fazendo minhas as palavras de Alexander Pope: “Um pouco de cultura é uma coisa perigosa.”


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É um prazer imenso discutir este texto tão rico em observações sociais. Como vimos, eu faço uma crítica profunda à forma como a infância, a competição e a moralidade se transformaram no contexto urbano, usando a pipa como um poderoso símbolo. Para a nossa atividade discursiva, preparei cinco questões simples. Lembrem-se de usar as ideias do texto para formular suas respostas, demonstrando a compreensão dos conceitos sociológicos de socialização, cultura, e desigualdade.


1. Cultura e Transformação Social (Rural vs. Urbano)

O autor idealiza a "simplicidade da vida no interior" em contraste com a agressividade das "grandes cidades". Com base no texto, explique como a mudança de ambiente (rural para urbano) alterou a natureza do lazer infantil, indicando quais valores socioculturais o autor considera ter sido perdidos ou corrompidos.

2. Socialização e Mídia

O texto afirma que a infância foi "colonizada pela lógica da competição e do desejo de poder", além de sofrer influência da "erotização precoce" vinda da mídia. De que forma os agentes de socialização contemporâneos (mídia, família e a própria rua) contribuem para que a cooperação no brincar seja substituída pelo instinto de domínio e aniquilamento do outro?

3. Símbolo e Desigualdade Social

O cerol é apresentado como o "falso diamante", um instrumento de corte usado contra o "motoqueiro trabalhador". Analise o cerol como um símbolo dessa "cultura de corte". Além disso, comente a afirmação "Quem tem a vida moída também não tem nada a perder" à luz dos conceitos de anomia e desigualdade social.

4. Valores Familiares e Consequências Geracionais

O autor expressa que a "maldade dos pais se projeta nos filhos 'até a terceira geração'", questionando se a punição aos pais que falham na educação não seria uma "consequência social inevitável". Discuta a responsabilidade familiar e a transmissão de valores (ou a ausência deles) entre gerações, focando na ideia de que a descontinuação da "guerrinha" depende de uma mudança no ciclo de socialização primária.

5. Cultura, Contexto e Conflito Social

A citação de Alexander Pope, "Um pouco de cultura é uma coisa perigosa", e a anedota final sobre o professor penalizado levantam um debate sobre a interpretação cultural e o contexto. Explique, a partir de uma perspectiva sociológica, em que medida a rigidez na interpretação de expressões culturais (ou a ignorância de seus contextos) pode gerar conflitos, polarização e punições dentro de um ambiente social.

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

A SANGUESSUGA TEM DUAS FILHAS QUE SE CHAMAM: "ME DÁ!" E "ME DÁ!" ("As regras nunca vão lhe dar as respostas profundas do coração, e nunca irão amar você." — A Cabana)

 


A SANGUESSUGA TEM DUAS FILHAS QUE SE CHAMAM: "ME DÁ!" E "ME DÁ!" ("As regras nunca vão lhe dar as respostas profundas do coração, e nunca irão amar você." — A Cabana)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Não existe amor entre as pessoas, só conveniência. Devia sê-lo invasivo, já que faz bem a qualquer um. Ah! O que eles praticam para ir ao céu é egoísmo. Que sentimento consumidor este que só vai se vier? Como vem o coração dos discriminadores em nome de Deus! Os de Deus ensinam-me suas doutrinas do jeito deles e, quando aceito, ainda são suas verdades operando em mim, sou apenas um cooptado. Esses são os batizados; a partir daí, tornei-me melhor que você. O eu-te-amo  que desliza facilmente em meus lábios, acaba com a mesma prontidão, que lhe nego os desejos, bastando apenas lhe dizer um não afônico. Então, bloqueiam nosso contato no telemóvel, quando não atendemos as ligações fora de hora. Quem são os namorados, cônjuges, pai, mãe, filhos, irmão? São exatamente esses que gostam de nós enquanto estamos fazendo suas vontades. Estando eu impossibilitado de beneficiá-los (emprestar dinheiro), não receberei  mais nenhuma ligação telefônica, mesmo estando eu talvez precisando deles. Mas, depois de um tempo, por meses, voltam as falsidades, precisando, insistem no beneficiamento. E a desculpa do distanciamento em tempo de pandemia, justifica o desapego; os relacionamentos infrutíferos.

           É tão enfeitiçadora a atividade dos parasitas que Mesmo a esposa jamais querendo o marido como tal, aceita-o na forma de dono para dever-lhe a beleza do adultério. Aff! Evite essas pessoas tóxicas em sua vida! Elas sabem exatamente porque merecem seu desprezo. Nem todo amigo te ama. Alguns que dizem que te amam estão escondendo ódio no coração perverso. Eles dissimulam, ou fingem, serem seus amigos, e mentem para cobrir seus pensamentos e ambições malignas. Mas, os sábios farejam essa terrível falsidade e maldade da natureza humana, e estes se protegem não colocando muito estoque em palavras lisonjeiras, apenas se negando a servi-los. Vocês podem me rejeitar, mas ignorar jamais, tenho muito sangue para doar a pessoas anêmicas, não o fiz porque o quis (CiFA

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

NA INTERNET, SOMOS UM ("Rios pequenos que desaguam em rios grandes que desaguarão no (a)mar do encontro da unificação." — Charles Canela)

 


NA INTERNET, SOMOS UM ("Rios pequenos que desaguam em rios grandes que desaguarão no (a)mar do encontro da unificação." — Charles Canela)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

No velho normal, a escola desconhecia a riqueza de conteúdos e a autonomia que a internet nos fornece, e tudo o mais, sobrepujando os professores. Então, nesta modernidade, o aluno escolhendo o que quer que a escola ensine-lhe, é o mesmo que o paciente determinar ao médico o remédio que quer tomar: estão se achando!

No velho modelo, não podia camiseta de time, não podia boné, não podia celular, não podia aprovar com nota baixa, não podia nada; Ali, os lugares na frente eram reservados para os piores alunos, tentando conter a indisciplina deles, era só conferir o mapeamento da sala, e veríamos os "bons" destinados a sentar-se atrás. Agora em quarentena, não pode ir à escola e também não podem aprender de lá, forçados à internet. E em tempo de trabalhos virtuais, Justiça foi feita. Constatou-se que as metodologias das coordenadoras estavam equivocadas e até hoje não se aproveitou nada. Considerando o novo e o velho normal sendo tão distantes uma da outra circunstâncias, como são os turnos de uma escola no regime presencial que parece três entidades diferentes: matutino, vespertino e noturno.

Sinto saudade mesmo é daquela oposição: quando eu dizia que tal aluno era um péssimo em minha disciplina (Língua Portuguesa), a professora tal contestava-me, na mesma reunião, dizendo que ele era excelente na geografia. Eu acredito no ensinar conteúdos e na memorização dos mesmos, eles acreditam no ensinar habilidades e competências, repugnando o decoreba. Eu já me adequei, somente a internet faz-nos falar a mesma língua. A máquina nos unificou intelectualmente! Porque o plano de aula é copiado da internet.

Satanás prometeu a Eva que ela seria como Deus ao rejeitar a ordem Dele e comer do fruto proibido (Gn 3:1-5). Hoje encontra-se na internet lições de livre-arbítrio, fizeram-se deuses uns dos outros, construindo seu próprio futuro.

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

DO ESPETO PARA A BRASA ("Prova de que os valores estão invertidos é perceber alguns amando sapatos e pisando em pessoas!" — Nannye Dias


 

DO ESPETO PARA A BRASA ("Prova de que os valores estão invertidos é perceber alguns amando sapatos e pisando em pessoas!" — Nannye Dias

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Agora, no meio da noite escura; sem sono, estou aqui pensando: muitos dos que constantemente falavam comigo, afastaram-se com medo de ser visto em minha companhia e interpretados como pactuadores de minhas ideias. Porém,  ainda tenho plateia, observam-me de longe! São eles os observadores da vida dos outros e juízes da aparência, digo-lhes, para segurança dos concorrentes, que não aceito discípulos. Quando alguém  concorda comigo, já penso que estou errado! Pois, em cada grupo de doze há um "Judas" com poderes sobrenaturais do mal. Isso é demais para mim, sou professor não chefe, este é quem gosta de puxa-saco!

           Sendo que os valores estão investidos, confirmamos esta inversão, observando o descaso com quem ensina. Por isso, não acontece mais, como houve nos tempos bíblicos; eu, virando-me para trás, amaldiçoei zombadores e os desrespeitadores de professor, em nome do Senhor de minha missão educacional; como o profeta Eliseu fez a seus "chacoteadores", e nada aconteceu. Ao contrário, por isso, sou amaldiçoado por amaldiçoá-los, foi isso que ganhei: do espeto, caí na brasa!

           A Bíblia no contexto atual: as ursas ainda saem do bosque sim, mas poupam os adolescentes fanfarrões e fofos, todavia devoram o professor careca, gordofóbico, machista, racista e homofóbico, ou seja, tradicional, com o viés político de direita! Aos "Lacradores" nada lhes acontece. CiFA

A VIDA MORRE, A MORTE VIVE ("Sou um ser incompreendido, mas com minha incompreensão compreendo o mundo e a vida que me cerca..." — Anjo de Galochas)


 

A VIDA MORRE, A MORTE VIVE ("Sou um ser incompreendido, mas com minha incompreensão compreendo o mundo e a vida que me cerca..." — Anjo de Galochas)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Constantino adulterou toda a bíblia, fez dela um ídolo e um amuleto, transformando a experiência de Deus, que está em tudo e é tudo (panteisticamente), num mero objeto. Cada vez que se reverencia o livro, adora-se um ídolo de papel.

Mas a história não se dobra com a mesma facilidade que as crenças. A institucionalização da fé sob Constantino não se limitou a adulterar textos — moldou consciências, influenciando processos de canonização já em curso. O Concílio de Niceia (325 d.C.), embora focado na natureza de Cristo e na unificação doutrinal, lançou uma sombra política sobre os séculos seguintes: ao oficializar a fé como instrumento de coesão imperial, Constantino fez da religião um espelho do poder. Nesse reflexo, o panteísmo inicial — Deus em tudo e tudo em Deus — foi silenciado, cedendo lugar a um Deus de templos, altares e traduções convenientes. Assim nasceu uma fé institucionalizada, onde a transcendência se perdeu na burocracia teológica e na retórica do poder.

Aonde foram parar as verdades originais? Constantino não apenas forjou um ídolo, mas reescreveu a história sacra, manipulando cânones para fundir poder estatal e fé. A inclusão tardia e controversa de textos que solidificaram dogmas como a Trindade, enquanto apócrifos eram descartados, garantiu submissão e controle eclesiástico — um exemplo claro de como a intervenção política moldou a doutrina.

Essa imposição histórica revela a essência da linguagem: se a matriz é política, a tradução inevitavelmente perpetua essa inclinação. Por isso, as múltiplas versões bíblicas, cada qual acomodada aos interesses de quem as patrocinou, transformam as Escrituras em guia não confiável. Afinal, cada versão "fiel" é apenas algo aproximado, já que não existem palavras sinônimas, mas sentidos aproximados. Nesse espaço cinzento reside a deturpação: "Vós, mulheres, sede submissas" versus "sede companheiras" — mudanças sutis que corrompem o entendimento sobre o papel da mulher cristã e dificultam a crença pura.

A sutileza de uma vírgula mal colocada — ou omitida — faz de quem lê o autor também do livro "sagrado", saciando a sede humana de ser Deus. Só um Deus humanizado se importaria com honrarias. Só homens endeusados gostam de adoração. Então, a questão se impõe: Deus sente ciúmes quando adoramos ídolos? Ou Deus precisa ser humano para que os humanos consigam concebê-lo?

Por isso criaram Jesus 100% divino e 100% humano. Mas Deus não é de confusão, não é? A divindade de Jesus consiste, na verdade, na incompreensão da mente humana sobre essa antítese — tentativa de explicar o inexplicável. Teólogos, por séculos, tentaram decifrar esse enigma e talvez tenham apenas ampliado o mistério. O dilema é inescapável: se o Jesus homem morreu, morreu o homem, e isso não salva a humanidade; se o Jesus Deus morreu, um Deus morto tampouco pode salvar. Se ambos ressuscitaram, todos os mortos ressuscitaram sem estigma de divindade alguma, pois apenas a vida é o páreo idôneo para a morte, e vice-versa. Se a morte não é eterna, a vida também não o é: tudo é cíclico.


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Como professor de Sociologia, vejo neste texto um material riquíssimo para entendermos como o Poder e a Religião se entrelaçam e constroem a realidade social. As ideias aqui tratadas, embora teológicas, têm um impacto sociológico profundo na forma como as instituições funcionam e controlam as narrativas. Para a nossa avaliação e para estimular a discussão, preparei 5 questões discursivas simples, focadas nos conceitos centrais de Poder, Instituição e Linguagem presentes no texto.


Questão 1: Poder e Institucionalização da Fé

O texto afirma que Constantino, ao oficializar a fé no Concílio de Niceia, transformou a religião em "um espelho do poder" e um "instrumento de coesão imperial".

Explique como, segundo o texto, a fusão entre o Poder Estatal (império) e a Fé Religiosa (cristianismo) resultou na perda da "transcendência" e no surgimento de uma "fé institucionalizada".

Questão 2: A Construção do Cânone e Controle Social

O autor critica a manipulação de cânones para "fundir poder estatal e fé", citando a inclusão de textos que solidificaram dogmas (como a Trindade) e o descarte de apócrifos.

Identifique qual é a principal função sociológica (controle, ordem, submissão) que essa intervenção política e eclesiástica, na escolha dos textos sagrados, buscava garantir, de acordo com o trecho.

Questão 3: Linguagem, Tradução e Ideologia

O texto argumenta que a tradução bíblica é politizada, já que "não existem palavras sinônimas, mas sentidos aproximados", o que abre espaço para "deturpação". Um exemplo dado é a diferença entre "sede submissas" e "sede companheiras".

Discorra sobre como a linguagem e a tradução, neste contexto, atuam como ferramentas ideológicas para perpetuar uma determinada visão (ou papel social), como o da mulher cristã.

Questão 4: Antropomorfismo e Crítica à Adoração

O autor levanta uma crítica ao afirmar: "Só um Deus humanizado se importaria com honrarias. Só homens endeusados gostam de adoração."

Analise essa afirmação sob a ótica da Sociologia da Religião. Qual é a crítica feita à prática da adoração e como essa crítica se relaciona com a ideia de um Deus "humanizado" (antropomórfico)?

Questão 5: Panteísmo e Burocracia Teológica

O texto menciona que o panteísmo inicial ("Deus em tudo e tudo em Deus") foi silenciado, cedendo lugar a um "Deus de templos, altares e traduções convenientes".

Contraste o conceito de panteísmo com o de fé institucionalizada (ou burocracia teológica), explicando como a organização religiosa formal (instituição) se opõe à experiência descentralizada e imanente do panteísmo.

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

AS CIRCUNSTÂNCIAS FAZEM O HOMEM ("Não somos sempre o que queremos, mas o que as circunstâncias nos permitem ser." — Marquês de Maricá)

 


AS CIRCUNSTÂNCIAS FAZEM O HOMEM ("Não somos sempre o que queremos, mas o que as circunstâncias nos permitem ser." — Marquês de Maricá)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Meu dinheiro é amaldiçoado, não rende! Deve carregar o estigma negativo dos maus olhares, por entenderem que não ME ALOJO bem no que faço para viver; segundo eles, sendo meu trabalho pouco eficaz e desnecessário, não me recomendam à dignidade. Disse uma colega de trabalho a meu respeito: — "ele tem pouco a contribuir". Só a gratidão dos que servimos abençoa nosso soldo pelas razões promissoras com as quais se beneficiam.

Um cantor ganha muito, um jogador ganha muito; porém, um professor ganha pouco! Os ingratos recusaram-me, mas eu não desisto, pois no que faço está meu coração. Malditos somos nós, fazendo o que não agrada nossos clientes. Como posso ser reconhecido pelos dotes positivos que possuo e uma mente brilhante, se a quem sirvo é forçado a recebê-los? Esforço-me para me justificar em meio aos transtornos, desavenças, erros que muitas vezes cometo, uso as redes sociais para me justificar, porém só me exponho, fornecendo mais combustível aos amaldiçoadores: "a beleza está nos olhos de quem vê".

A natureza também me amaldiçoou! Ou talvez não estou entendendo a bênção que é estes julgamentos. Quando o cuidar de mim era efetivo pela aproximação, porém agora é pelo distanciamento. Por isto, certamente, estou reclamando de barriga cheia, todavia, como posso estar em destaque, se quando volto a atenção para mim mesmo, a minha aparência não me recomenda, já que o mundo julga pela a aparência. Só me resta então ser bem egoísta e pensar mais em mim, assim a arrogância tomará conta de mim, agravando a dificuldade de me relacionar com as pessoas em geral. Portanto, não vou mais adiar, esperando por momentos mais fluidos, provocarei conversas difíceis e negociações delicadas. O conflito nesse momento é de meu interesse e não faço questão de lucrar em mais nada. Já estou lascado mesmo. (Cifa

domingo, 8 de janeiro de 2023

QUEM VAI E QUEM FICA ("É urgente selecionar o que é caminho e o que é desvio." — Dan Porto); ("A rotina leva a rotatividade de mesmos caminhos". — Felipe de Souza Silva)

 


QUEM VAI E QUEM FICA ("É urgente selecionar o que é caminho e o que é desvio." — Dan Porto); ("A rotina leva a rotatividade de mesmos caminhos". — Felipe de Souza Silva)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O sistema precisa dessa rotatividade; é o entra e sai necessário para manter o contingente renovado. Essa possibilidade na movimentação que obriga a instituição oferecer qualidade. Normalmente: "Há mais pessoas que desistem, do que pessoas que fracassam!" (Henry Ford). Menos mau, pois os bons não são aqueles que permanecem até o fim, mas aqueles que procuram melhorar em detrimento de sua estada; cada dia, para eles, é novo, porque não se deixam engolir pela rotina. Eu sempre digo aos meus alunos que é melhor desistir do que fracassar quando não há outra alternativa melhor, isto é vergonhoso, aquilo apenas mostra o cansaço.

Por exemplo: As vagas na escola nunca ficam ociosas, e em lugar num, diga-se de passagem, serão sempre oferecidas a tempo a outro que quer experimentar. No caso da escola, ela deveria ser mais seletiva devido ao fluxo; aí os professores ficariam mais tranquilos para lecionar a quem quer aprender. Que perdurem os que devolverão o dinheiro público investido neles com mão de obra competente e qualificada para a sociedade.

Alguns se vão, outros chegam; todavia, por razões não muito óbvias para mim, os diretores escolares se revezam constantemente... Há os que nem entram e nem saem, estes são os elementos coágulos, levando à amputação e à mutilação do sistema. CiFA