A PROFECIA CUMPRIDA E O IMPACTO DA PANDEMIA NA ESCOLA ("Se o que está profetizado em Apocalipse realmente acontecerá, não sei; mas o que sei, é que o terreno se encontra propício para a besta." — Duplo K)
Era uma manhã ensolarada, típica de um dia comum naquela escola. A sineta ecoou pelos corredores, anunciando o início da segunda aula. Caminhava pelos corredores como um observador curioso, atentando-me aos detalhes e particularidades daquele ambiente educacional no qual trabalhava.
Ao chegar na sala de aula que assumiria, deparei-me com uma cena intrigante. A professora que deixaria a sala estava cumprindo à risca a proibição da escola, que vetava o uso de celulares pelos alunos. Parecia que a escola era administrada por professores que também se privavam das tecnologias modernas. Uma ironia curiosa, que agora se mostrava irônica demais diante da nova realidade que enfrentávamos.
Nesse instante, desejei secretamente por algo inimaginável. Uma reviravolta completa em nossas vidas, algo que mudasse radicalmente a forma como vivíamos e nos relacionávamos com a tecnologia. E então, como que em resposta a esse desejo audacioso, veio a pandemia, com seu distanciamento social e ensino remoto.
A oportunidade que surgiu com o ensino remoto foi inegável. Os professores, que antes confiscavam os celulares dos alunos, agora tinham a chance de aprender a lidar com plataformas virtuais, videoconferências e compartilhamento de arquivos. Uma reviravolta inesperada que colocava todos em pé de igualdade tecnológica.
Enquanto as aulas presenciais aguardavam seu retorno, a esperança se enraizava em meu coração. A certeza de que aqueles professores jamais continuariam confiscando os celulares dos alunos, agora mais compreensivos e conscientes da importância desses dispositivos como ferramentas educacionais. E os alunos, por sua vez, não mais danificariam os equipamentos pedagógicos da escola, pois o professor, não mais um analfabeto digital, os instruiria corretamente sobre como ligar a TV.
Padrões e prioridades pareciam se inverter quando a realidade se tornava complexa. Foi então que, como um sopro de lucidez, ouvi a voz ecoar em minha mente: "E salve a COVID-19 que 'penetra somente em corpos incompatíveis com a vibração do amor ao próximo'". A profecia de Melissa Tobias se cumpria diante de meus olhos, fazendo-me refletir sobre a importância de cultivar o amor e a compaixão em tempos de crise.
Aquela experiência na escola, com todas as suas contradições e desafios, mostrou-me que, no final das contas, o que realmente importa é a forma como nos relacionamos uns com os outros. A tecnologia, os padrões de beleza, as escolhas individuais podem ser importantes, mas são os sentimentos e o amor ao próximo que dão verdadeiro significado à nossa existência.
No final, a profecia se cumpriu, não por um capricho do destino, mas como um lembrete de que somos seres interligados, que dependemos uns dos outros para enfrentar os desafios da vida. A tecnologia pode ser uma ferramenta valiosa.