"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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segunda-feira, 3 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (6): Entre Fios e Voltas.

 



ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (6): Entre Fios e Voltas.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Envolto em sombras densas, deparo-me com um universo oculto, onde as linhas invisíveis do conhecimento bíblico traçam caminhos sinuosos. É nessa atmosfera enigmática que os eventos desta crônica se desdobram, revelando uma teia intrincada de decadência e escravidão.

Desde o início, desperto o interesse do leitor, convidando-o a mergulhar em uma narrativa repleta de elementos descritivos e emocionais. Como protagonista dessa história, sou testemunha de uma jornada tortuosa, onde a falta de pleno desenvolvimento e o desconhecimento das Escrituras sagradas conduzem muitos à derrocada.

A progressão cronológica dos acontecimentos se desenrola diante dos meus olhos atentos. Vejo inúmeros indivíduos, como peças em um jogo sombrio, sendo facilmente capturados pelas garras do inimigo. São vítimas vulneráveis de doutrinas falsas, que os aprisionam em uma rede intricada, tecida pelos fios do poder satânico.

Descrevo minuciosamente cada passo dado por aqueles que se embriagam na ilusão de uma vida desregrada, moldados por um amor excessivo à "Grande Babilônia". Essa entidade sinistra, alimentada por um conjunto de elementos rotulados pelas diversas religiões, ganha força em um movimento único, visando a glorificação da "Besta".

É nesse contexto sombrio que a crônica se desenrola, transportando o leitor para o âmago dessa trama intrigante. A linguagem escolhida, rica e envolvente, mergulha-o em uma atmosfera literária que aguça os sentidos e estimula a reflexão.

À medida que a narrativa avança, os eventos se entrelaçam e a mensagem se revela. Como alguém que viveu cada momento descrito, reflito sobre os perigos da ignorância e do desvio do verdadeiro caminho. Transmito aos leitores uma mensagem impactante, um chamado urgente para a busca do conhecimento e da verdade.

Convido cada indivíduo a desvendar os nós dessa trama obscura, a libertar-se das amarras que aprisionam a alma e a encontrar a luz que dissipa as trevas. Pois somente quando compreendemos a importância do discernimento e da sabedoria, estamos preparados para enfrentar os desafios que permeiam nosso caminho.

Que esta crônica desperte em cada coração a coragem de romper com as voltas formadas pelos fios do poder satânico. Que cada leitor se liberte da escravidão imposta por doutrinas enganosas e encontre a verdade que conduz à verdadeira liberdade. Pois, somente assim, poderemos desvendar os segredos ocultos e trilhar um caminho de plenitude e redenção.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (5): Entre Deveres e Devoções.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (5): Entre Deveres e Devoções.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Ao mergulhar nas páginas antigas da sabedoria bíblica, encontro uma citação que desperta em mim uma inquietude profunda. Uma frase que desafia conceitos arraigados e ecoa como um lembrete incisivo sobre o equilíbrio entre nossas obrigações e crenças. Permitam-me compartilhar essa passagem intrigante: "Mas vocês dizem: 'Mesmo que seus pais estejam passando necessidade, você pode dar o dinheiro do sustento deles para a igreja, em lugar de dar a eles'. E assim, por meio da sua regra feita pelos homens, vocês anulam a ordem direta de Deus para que honrem e cuidem dos seus pais" (Mt 15:5-6 BV).

Essas palavras, pronunciadas há séculos, ecoam em minha mente como um chamado para reflexão. Na atmosfera densa dessa crônica, embarco em uma jornada repleta de eventos marcantes, buscando compreender a essência dessa mensagem impactante.

Conduzido por uma narrativa em primeira pessoa, sou transportado para o passado, onde o peso das tradições e a força das convicções moldam as ações dos personagens envolvidos. Uma progressão cronológica dos eventos se desdobra diante de meus olhos curiosos, revelando as implicações profundas que acompanham as escolhas humanas.

Descrevo com minuciosidade as cenas que presencio ao longo dessa jornada. A paisagem se revela em detalhes, envolvendo os sentidos do leitor em uma atmosfera rica e cativante. Cada palavra escolhida cuidadosamente é um convite à imersão na história, uma oportunidade de vivenciar os dilemas e as emoções dos personagens que habitam essas páginas.

A medida que me aprofundo, a dualidade entre deveres e devoções se torna cada vez mais evidente. Questiono-me sobre os limites das obrigações que temos para com nossos pais e o chamado da fé que ecoa em nossos corações. É um conflito intrincado, no qual os fios do amor e da responsabilidade se entrelaçam, exigindo uma ponderação cuidadosa.

No desfecho dessa crônica, expresso reflexões profundas como alguém que verdadeiramente vivenciou esses acontecimentos. Como quem testemunhou as angústias e os desafios que surgem quando confrontados com escolhas complexas. Minha voz transmite uma mensagem de impacto aos leitores, um chamado para uma compreensão mais profunda das dinâmicas que moldam nossas vidas.

Convido cada leitor a se questionar, a explorar os meandros de suas próprias convicções e a encontrar o equilíbrio entre as obrigações terrenas e as crenças espirituais. Pois, em última instância, é na busca por esse equilíbrio que encontramos uma jornada plena e significativa, onde a compaixão e o amor se entrelaçam harmoniosamente.

Que esta crônica, imbuída de elementos descritivos e emocionais, desperte em cada coração a chama da reflexão.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (4): O Poder das Escolhas.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (4): O Poder das Escolhas.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Caros leitores, permitam-me conduzi-los por uma jornada intrigante que se desenrola em uma época onde a comunicação social moldava perspectivas e influenciava vidas. No centro desse cenário, surge um autor de renome, conhecido por seus artigos na Revista Adventista. Sua convicção peculiar em relação à escravatura, no entanto, despertava questionamentos profundos.

Ele defendia fervorosamente essa forma de vida, recorrendo a uma figura que considerava sua prognosticadora preferida. Ela afirmava: “Ninguém se sinta na liberdade de reter o dízimo, para empregá-lo segundo seu próprio juízo. Não devem servir-se dele numa emergência, nem usá-lo segundo lhes pareça justo, mesmo no que possam considerar como obra do Senhor…” (apud HOLBROOK, 1988, p. 11).

Essas palavras, carregadas de autoridade e certeza, ressoavam em minha mente enquanto eu me debruçava sobre a complexidade desse cenário. O que leva alguém a abraçar uma visão tão peculiar, a ponto de tornar-se obstinado em sua defesa? O que está por trás dessa crença arraigada?

Em meio a anotações, documentos e conversas, mergulhei em uma investigação que buscava desvendar as camadas mais profundas dessa narrativa. A progressão cronológica dos fatos se revelou uma bússola confiável nessa jornada de descobertas.

À medida que me aprofundava nessa história intrigante, emoções conflitantes emergiam. Encontrei-me envolvido por um turbilhão de sentimentos, oscilando entre a indignação e a compreensão. Era um misto de descrença e fascínio diante das motivações que impulsionam os seres humanos em suas escolhas mais controversas.

A atmosfera literária ganhava forma enquanto seguia os rastros deixados por esses personagens do passado. Cada detalhe descrito, cada elemento descritivo cuidadosamente escolhido, transportava o leitor para o cerne dessa crônica envolvente.

Cheguei ao desfecho dessa jornada repleto de reflexões e ensinamentos. As palavras finais que compartilho com vocês são como sussurros de quem viveu intensamente esses acontecimentos, de quem testemunhou o impacto que as escolhas podem ter sobre a vida e a sociedade.

Ao término dessa narrativa, convido cada leitor a se questionar, a desafiar suas próprias convicções e a refletir sobre o poder das escolhas que fazemos. Pois, em última instância, são elas que moldam nosso destino, traçam nosso caminho e influenciam o mundo ao nosso redor.

Que essa crônica, repleta de elementos descritivos e emocionais, desperte em você a vontade de explorar além do óbvio! Que ela sirva como um convite para refletir sobre as complexidades da vida e as escolhas que fazemos.

domingo, 2 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (3): Em Busca do Conhecimento Divino.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (3): Em Busca do Conhecimento Divino.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Permitam-me, caros leitores, iniciar esta crônica com um pensamento que há muito cativa o coração do povo: "Só o conhecimento dá poder". E diante da necessidade absoluta de conhecer a vontade de Deus, recordo as palavras do profeta Oséias: "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitando o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos" (Os 4:6 BVN).

Nessa passagem, encontramos uma dura reprovação àqueles que abraçam a carreira eclesiástica sem compreender verdadeiramente os preceitos emanados da autoridade divina. São aqueles que, por não distinguirem claramente a instituição à qual servem, acabam por envolver inocentes nas teias de suas ações negligentes. Como bem nos alerta Jesus em Mateus: "Na hora, porém, em que os homens repousavam... os filhos do maligno. O inimigo, que o semeia, é o demônio..." (Mt 13:25.38-39 BSMM). Toda a conduta daqueles que se afastam do verdadeiro caminho torna-se enganosa e artificial, seja ao criar doutrinas infundadas baseadas em profetas falíveis e imaginativos, seja ao interpretar isoladamente trechos das Escrituras sem considerar seu contexto e encadeamento de ideias.

Nós, que recebemos o Espírito que vem de Deus, não nos conformamos com a sabedoria mundana, mas buscamos conhecer as coisas que nos foram reveladas pelo Senhor. Com a humildade de corações abertos, não nos valemos de palavras pomposas de sabedoria humana, mas compartilhamos a doutrina do Espírito, adaptando as coisas espirituais às esferas do espírito (I Co 2:12-13 BSEP).

Diante dessa realidade incontestável, reafirmo que esta empreitada tem como objetivo primordial trazer clareza à sua consciência e fornecer-lhe conhecimento e poder. Com a ajuda do Espírito Santo, encorajo-o a desmascarar os falsos profetas que contradizem a palavra de Deus. Eles insistem em afirmar: "Há somente um lugar para os dízimos do Senhor serem depositados: a tesouraria da igreja" (HOLBROOK, 1988, p. 11).

É hora de nos levantarmos com coragem, de arrancarmos as máscaras daqueles que se desviam da verdade divina. Esteja convicto de que este empreendimento, que compartilho com você, tem como propósito maior preencher sua consciência com conhecimento, empoderá-lo e, com a assistência do Espírito Santo, dar-lhe coragem para desafiar as falsidades. O momento é de despertar, de questionar, de buscar a verdade em cada palavra Divina.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (2): A Busca pela Verdade e a Liberdade Espiritual.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (2): A Busca pela Verdade e a Liberdade Espiritual.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Caro leitor, convido-o a adentrar nesta crônica, cujo propósito é explorar as páginas sagradas da Bíblia em busca da clareza e do fim que almejamos. Em meio às palavras de Jesus, ecoa a promessa de libertação para aqueles que vivem de acordo com Suas instruções: "Vocês são verdadeiramente meus seguidores se viverem como Eu digo, e conhecerão a verdade, e a verdade libertará vocês" (Jo 8:31-32 BV).

É nesse caminho de conhecimento e obediência que encontramos a chave para romper as correntes da escravidão religiosa. Nas entrelinhas, compreendemos que a ausência de liberdade de consciência é um dos traços distintivos das religiões falsas, uma prisão que aprisiona mentes e corações.

Ao adentrar nessa jornada, mergulhei nas páginas sagradas, buscando entendimento e discernimento. A cada linha, a cada verso, uma verdade se revelava, acendendo em mim a chama da libertação. Compreendi que a verdadeira conexão com o divino não está nas amarras de dogmas e rituais, mas sim na vivência autêntica e na compreensão dos ensinamentos de Jesus.

Ao refletir sobre a experiência vivida, sinto uma mensagem impactante a pulsar em meu ser. É uma convocação para que cada um de nós se aventure em sua própria busca pela verdade, abrindo mão das amarras impostas e das doutrinas vazias. Somente quando nos libertamos da escravidão religiosa é que encontramos a verdadeira paz e a plenitude espiritual.

Que esta crônica sirva como um convite à reflexão profunda e à busca sincera pela verdade em cada página da Bíblia. Não sejamos prisioneiros de sistemas religiosos opressores, mas abracemos a liberdade de consciência que nos é oferecida. Que cada passo em direção à luz seja um ato de rebeldia contra as correntes que nos prendem, e que nossa jornada espiritual seja pautada pela busca constante pela verdade e pelo amor genuíno.

Sigamos em frente, caro leitor, em busca da liberdade espiritual que nos é prometida. Que nossas vidas sejam um testemunho vivo do poder transformador da verdade e que, ao nos encontrarmos nessa jornada, possamos ser verdadeiros seguidores de Jesus, vivendo de acordo com Suas palavras e sendo libertos pela verdade que nos cerca.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (1): A Verdadeira Fé além do Dinheiro.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica(1): A Verdadeira Fé além do Dinheiro.

NESTA SEQUÊNCIA DE CRÔNICAS ESPIRITUAIS, QUE COMEÇO AQUI, CHAMO-A DE : "A Vigilância do Escolhido", quero compartilhar a história intrigante de minha vida do meio cristão que importa para a vigilância. Em meio à "Babilônia", de ideias controversas, Deus me concede uma missão crucial: alertar os escolhidos por Deus, que permanecem fiéis em meio à escuridão. Os que realmente forem de deus iluminar-se-ão para servir melhor. Devemos estar atentos aos desfrutadores da religião, que encobrem a verdade e desviam o propósito da oferta voluntária e do dízimo. É preciso discernimento para encontrar a verdadeira conexão com o divino. Que essas crônicas sejam um farol, iluminando o caminho daqueles que buscam a verdade e a devoção autêntica. Sejamos guardiões da fé, buscando a paz e a realização em cada escolha que fazemos.

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(1) Crônica: A Verdadeira Fé além do Dinheiro.

*Por Claudeci Andrade


Permitam-me contar-lhes uma história que abala as estruturas da religiosidade e da devoção. É uma narrativa repleta de questionamentos e reflexões sobre a verdadeira essência da fé e sua relação com o dinheiro. Embora saibamos que a fé não pode ser comprada, é inegável que recursos financeiros auxiliam nas circunstâncias externas de adoração, na divulgação das doutrinas e no amparo aos necessitados.

Ao percorrer as ruas, deparamo-nos com um fenômeno intrigante: fiéis desunidos por crenças diferentes, e sujeitos aos guias espirituais que oferecem a presença de Deus em troca de dinheiro. É um desvio de propósito, onde a busca sincera de um encontro divino é obscurecida pela transação comercial.

A Palavra nos diz: "Vocês Me encontrarão sempre que Me procurarem; mas para isso, precisam Me procurar de todo o coração" (Jr 29:13 BV). No entanto, presenciamos aqueles que, movidos por interesses exagerados, exploram a fé alheia, aliciando pessoas que, por sua condição de vulnerabilidade, permanecem desamparadas. Isso revela a deturpação da boa fé dessas pessoas, um desvio triste e lamentável.

Observamos de perto esses "pastores" , nunca fui um deles, diga-se de passagem, que negligenciam o verdadeiro propósito de sua função. Imersos na arrecadação dos dízimos, parecem esquecer-se do dever de fornecer, ao menos, o sustento espiritual aos irmãos. Será que ainda possuem esse cuidado?

À medida que vivenciei esses eventos e mergulhei em minhas reflexões, uma mensagem impactante ecoa em meu coração, e é com essa força que desejo transmiti-la a vocês, queridos leitores. A verdadeira fé transcende o material e não pode ser comprada. Estejamos atentos, pois a busca pela conexão divina requer sinceridade e entrega, sem se deixar corromper pelas artimanhas do dinheiro.

Que essa crônica seja um convite à reflexão profunda sobre nossa fé e nossa relação com o divino. Não permitamos que a ganância e o mau direcionamento desviem-nos do verdadeiro propósito da devoção. Busquemos a verdade no mais íntimo de nossos corações, honrando o sagrado e caminhando na senda da autenticidade espiritual.

Que cada passo em direção à verdade seja iluminado pela sabedoria e discernimento, e que a força da nossa fé seja a luz que guia nossos caminhos. Assim, estaremos protegidos dos desvios e encontraremos a paz interior e a verdadeira conexão com o Divino. *CiFA


*Em alguns lugares, "CIFA" também pode ser uma abreviação informal para a "Cidade de Férias", referindo-se a um local de descanso ou lazer. Aqui uso como uma abreviatura de Claudeci Ferreira de Andrade. Mas, valem os dois significados.

sábado, 1 de julho de 2023

Meu Epitáfio (O Defunto que Murmura)

 


Meu Epitáfio (O Defunto que Murmura)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Ah, curiosos visitantes, eis aqui um defunto cujo espírito se agita além das fronteiras da vida terrena. Permitam-me contar-lhes, com este epitáfio gravado nas pedras que me envolvem, minha história final.

Na vida, testemunhei o fluxo inexorável do tempo e a frieza da morte. Não fui eu quem sucumbiu, mas sim aqueles que me cercavam. Um mero espectro, envolto na névoa que outrora compunha meu corpo perecível, ainda capaz de fazer-se ouvir.

Recordo-me vividamente do momento em que me deparei com a dolorosa verdade: fui eu quem se desnudou enquanto os outros viviam, envolvidos pelo mundo. Sinto-me presente em cada resquício que restou de mim, partícula que compõe minha essência, ciente de minha existência em suas memórias, mas igualmente consciente de que perdi a capacidade de perceber o mundo ao meu redor. No entanto, vocês podem me perceber, aproximem-se.

Que ironia macabra estar morto e, ainda assim, contemplar um mundo desprovido daqueles que antes caminhavam a meu lado. O eco de minha voz, agora apenas ecoando em suas lembranças, é um lamento silencioso que ressoa em meu ser. A ausência de suas presenças é um abismo insuperável, um vazio que jamais se preencherá.

Oh, como anseio vislumbrar seus sorrisos, envolver suas almas e compartilhar momentos que nunca mais retornarão. Contudo, tristemente, o véu que separa os vivos dos mortos é intransponível, e aqui me encontro aprisionado nesta existência solitária.

Ao refletir sobre esta jornada dolorosa, percebo de forma ainda mais profunda que a vida é efêmera e transitória. Cada encontro, cada elo que tecemos com o outro, é um presente valioso que devemos apreciar enquanto temos a oportunidade. Não permitamos que palavras não proferidas, gestos não feitos e amores não vividos se transformem em remorsos que nos assombrarão quando a morte bater à nossa porta.

Que esta minha narrativa, vinda além-túmulo, seja mais do que um simples epitáfio. Que ela ressoe como um clamor para todos. Aproveitemos plenamente a vida, honrando a memória daqueles que partiram e valorizando cada momento com aqueles que ainda caminham sobre a terra. Pois, no fim das contas, o que verdadeiramente importa é o legado que deixamos gravado no coração dos entes amados.

A morte não deve ser apenas o fim, mas também uma lembrança preciosa de que somos seres transitórios. Enquanto estivermos aqui, é nosso dever amar, compreender e valorizar aqueles que compartilham conosco a efemeridade desta existência.

Assim seja, agora e na vida eterna.