"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

COLEÇÃO 2 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)



Pensamentos

COLEÇÃO 2 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Mais vale um cidadão com um pouco de bandido do que um bandido mais bandido! De cidadão para criminoso há um caminho longo, mas de bandido para criminoso o caminho é curto. Quero meu direito de defesa pessoal. Se o professor estivesse armado legalmente, pregava fogo no bandido que matou aquela jovem dentro da sala de aula em Alexânia. Agora o estado, com nosso dinheiro, vai sustentá-lo pelos seus melhores anos de vida! (CiFA
   
Sou assim porque o muro caiu comigo em cima, arranhões foram inevitáveis e a reconstrução dele será por demais dispendiosa. Melhor do que ser covarde é ser hipócrita, em cima de um muro qualquer! (CiFA
     
Em cima do muro é confortável. No nem: nem para lá nem para cá. Nesse maneirismo não se precisa de argumento. Mas cai fácil. A mornidão é recomendada quando nos é ensinado que devemos tolerar as diferenças! (CiFA
 
E observo que quase tudo na Educação é simulacro! Simula-se prova, austeridade, letividade, legalidade e até amistosidade! A Escola prepara a sociedade para si mesma. (CiFA
   
Assim vivemos este torpor existencial, representado por uma relação sexual: uma hora de esforço e cinco segundos de orgasmo.(CiFA
 
Quem te ensinou a gemer, tanto para expressar a dor, bem como para o gozo! O que me embaraçam são as interjeições. É preciso relaxar para gozar,. e é preciso também calejar para aguentar a dor: isso é felicidade!(CiFA
 
Também, se a vida fosse um orgasmo constante, eu iria preferir um pouco de dor. Que venham as dores e os relampejos de alívio.(CiFA
 
A vida é de dor quase constante, por isso seja valorizadas as poucas pausas, momentos de prazer! A vida é (Cu)rta! (CiFA
   
TODAVIA, NÃO ME CALAREI, estou NO MÍNIMO, CURO MINHAS DEPRESSÕES FALANDO COM MEU CADERNO DE ANOTAÇÕES. (CiFA
   
A unidade escolar deveria ser o lugar mais aconchegante da terra por ser um ambiente de educação! Mas o é só para aqueles que vieram expulso de outra escola.(CiFA
 
Uma aluna do 7º ano me perguntou se sou formado mesmo! Só podia está orientada! E suspeito de colegas "intelectuais" sentindo-se ameaçados por minha "burrice", valendo-se dos "ingênuos" para se estabelecer.(CiFA
 
Sou muito ruim mesmo, no meu caso é uma experiência perdida! Nunca presenciei a viabilização de uma sugestão minha em uma reunião de trabalho. Por isso digo: A escola é um espaço hostil para com os que querem melhorar. (CiFA
 
Os alunos me perguntam todos os dias: — por que o senhor veio hoje? Na sala dos professores, os colegas ficam torcendo pela falta de um, todos querendo sair mais cedo. Ali, Adoecer ou morrer não importa se dá folga para outros.(CiFA
   
Há dentro de minhas classes de língua portuguesa alunos que não assistiram a nenhuma aula e conseguiram atrapalhar todos os dias. Pagará por isso quem os mantém ali. Enquanto isso não acontecer, eles estão se mantando: tragédia escolar. (CiFA
 
Eu sou só um,você é maioria,meu poder de destruição não se equivale ao seu.Então não sou eu o culpado da Educação estar assim.(CiFA
 
As ciências exatas não são humanas! Sem a linguagem, vocês não teriam se expressado tão bem! (CiFA
   
A matemática é muito fácil, aquelas fórmulas engessadas subestimam minha inteligência. Bastando-me decorar algumas delas e a tudo se resolve. Com a linguagem, sou criativo, pois nunca estou pronto e acabado, assim me posiciono como um ser vivo e atuante, transformo o mundo e sou transformado (CiFA
   
Aprendi isto: os intelectuais por serem discriminados, também sofrem bullying. Selecionar os melhores faz uma minoria perseguida. (CiFA
   
Na escola, não devia ser assim: Os ruins puxam os melhores para baixo com preguiça de segui-los. E os bons não contagiam. Ruídos didáticos!CiFA
     
O melhor pecado é a boa inveja! Aquela que lhe faz procurar ser igual aos bons sem atrasar o crescimento continuo deles.(CiFA
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 18/11/2017
Reeditado em 18/09/2019
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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Coleção 1 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)


Pensamentos


Coleção 1 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)

Por Claudeci Ferreira de Andrade
 
1-1) O aluno, por último, será promovido mesmo que fique reprovado em duas matérias, ele nem se preocupará, pois um "trabalhinho" resolverá sua dependência curricular. E é lógico que o professor não quer, de jeito nenhum, trabalho extra! (CiFA
     
1-2) Observei também que no quarto bimestre aumentam as denúncias de pais e alunos sobre os professores com as acusações mais banais, mexem até na família do professor. É uma competição desleal. Alunos querem a aprovação deles a qualquer custo; ou melhor, por nada.(CiFA
     
1-3) No terceiro bimestre em diante, a pressão psicológica aumenta em cima do professor, enquanto deveria ser em cima do aluno. É um assédio moral aqui, outra imoralidade ali, uma falta de ética acolá e assim vamos com "ordem e progresso" na escola. (CiFA
     
1-4) No início do ano, os professores reafirmam o voto: — "vamos aprovar só os alunos dedicados e estudiosos, sejamos rígidos, nossa escola é séria!" Mas, no conselho de classe do terceiro e quarto bimestres, se não atingiu o índice de aprovação, já se resolve tudo no jeitinho brasileiro, dando nota. (CiFA
     
1-5) Ora, se os alunos sabem que serão aprovados automaticamente; ou melhor, no grito, vão se importar com mais uma tarefa no quadro, valendo pontinhos? (CiFA
     
1-6) O pior debate de um coordenador pedagógico a fim de passar o aluno sem mérito: — "você quer tê-lo novamente como seu aluno no próximo ano? (CiFA
     
1-7) A redação do Enem deveria ser um evento de grande motivação para estudo e pesquisa direcionada. Todavia, os candidatos tocam superficialmente nisto ou aquilo, pela intuição, afinal aprofundar em quê, se ninguém adivinha! AS REDAÇÕES DO ENEM DEVERIAM SER DE GRANDE CONTRIBUIÇÃO CIENTÍFICA PARA O PAÍS. Mas, desconfio que a intenção da redação do Enem é descobrir profetas! Pois adivinhar o tema já é uma boa iniciativa: Clarividência!(CiFA
   
1-8) Agora o milagre da inclusão social dos surdos é o estudo da língua de sinais? Assim, somos nós que decidimos, se não estudarmos não haverá incluso. (CiFA
     
1-9) Já terminando o Ensino Médio, os Alunos modernos nem sabem que curso querem fazer na faculdade, é o que a nota do Enem lhes permitir. (CiFA
   
1-10) Estou aprendendo dar minha ausência, um dia após o outro até a ausência eterna para aqueles que não valorizou minha presença. Os que aprenderam de mim, castiguem-nos, se negarem o que sabe a meu respeito. Pérolas aos porcos sempre! Ainda bem que os porcos adoram a internet! (CiFA
     
1-11) A certeza que muita gente me lê, é a quantidade de inimigos que tenho, pois é como já disse Martin Luther King: "Para ter inimigos, não precisa declarar guerras, apenas diga o que pensa." (CiFA
   
1-12) Professor burro tolhe o êxito dos alunos, com vetos vãos, atrasando seu próprio sucesso. O sucesso do aluno também é nosso. (CiFA
     
1-13) Na escola, entendi sobre a rebeldia dos jovens hoje, é porque descobriram que não tiveram infância. Eles não brincaram e querem fazê-lo agora, Aí se vingam dos adultos que os fizeram de brinquedo. Mas, não sou eu o culpado por ter feito meus próprios brinquedos, nunca precisei brincar com criança! E eu nem sabia o que era pedofilia. (CiFA
 
1-14) Por que não amamos aquilo que não nos serve mais? Pois, ninguém ama sem benefício algum! Eu quero seu amor poético, o resto é só responsabilidade. (CiFA
   
1-15) Como poderia eu deixar de amar quem me ama tanto, da mesma forma inversamente como poderia eu ensinar ... quem me odeia tanto? Não me vingar já é um tipo de amar. (CiFA
   
1-16) Em mim só existem dois tipos de amor: o que pratico com quem me ama e o que pratico com quem me odeia. Porque em nome do amor, a reciprocidade é obrigatória. (CiFA
   
1-17) A escola maternalista está equivocada, técnicos da educação acham que alunos são bons porque são amados, e deveriam ser amados por serem bons! Dar não ajuda ninguém, as pessoas precisam de dignidade. O mundo já está cheio de "esmolengos" inúteis . E assim, ao invés de "vender" ESTUDANTES, ela "compra filhos".(CiFA
     
1-18) Não me lembro de nenhum mártir da educação, talvez não seja importante ser "linha dura" e dar a vida em troca de simulações! Já que lá é tudo simulado. Arrisco-me muito agradando gregos e troianos, porém a neutralidade evita conflito, todavia não forma heróis.(CiFA
Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 18/11/2017
Reeditado em 16/09/2019
Código do texto: T6175318
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sábado, 14 de setembro de 2019

MINHA CRISE EXISTENCIAL (Abaixo a "pedagogia" da facada)




Crônica

MINHA CRISE EXISTENCIAL (Abaixo a "pedagogia" da facada)

O dia começou como qualquer outro, mas logo se transformaria em um pesadelo. A escola, que deveria ser um lugar de aprendizado e crescimento, tornou-se palco de um ato de violência brutal. Um aluno, movido por uma fúria inexplicável, atacou o coordenador do Programa Mais Educação, desferindo uma facada fatal em sua barriga. Era 30 de agosto de 2019, e a banalidade do motivo por trás desse ato mostrava-nos a desvalorização crescente da vida.

Lembro-me de outros incidentes semelhantes, cada um mais perturbador que o anterior. Em 28 de agosto de 2018, um adolescente de 14 anos esfaqueou outro de 13, no Centro de Ensino Fundamental 19, em Ceilândia. A discussão entre os dois escalou rapidamente, resultando em facadas no peito e no pescoço. Pouco tempo depois, em 24 de setembro do mesmo ano, um jovem de 17 anos foi baleado na Escola Classe Vila Nova, em São Sebastião. A briga começou perto do colégio, e a vítima foi atingida no braço, peito e tórax. E como esquecer a tragédia de 3 de dezembro de 2018, quando uma desavença entre duas mulheres terminou em morte na Escola Municipal do Pedregal, em Novo Gama? Jéssica Oliveira invadiu a escola e assassinou Fernanda Xavier a facadas, após uma briga que começou nas redes sociais.

A violência nas escolas tornou-se um triste reflexo da nossa sociedade. Em 30 de abril de 2019, o professor e coordenador Julio Cesar Barroso de Sousa foi baleado e morto por um aluno no Colégio Estadual Céu Azul, em Valparaíso. O aluno atacou após uma briga com uma professora, prometendo vingança e cumprindo sua ameaça de forma cruel. Esses incidentes, cada vez mais frequentes, transformaram as escolas em verdadeiros campos de batalha, onde a educação e a segurança são constantemente ameaçadas.

Enquanto isso, dentro das salas de aula, as cenas são igualmente perturbadoras. Professores amarram alunos nas cadeiras, outros colocam caixas de papelão nas cabeças dos estudantes para evitar que colem nas provas. Houve até um caso em que uma comemoração festiva terminou com vários alunos no hospital, vítimas de "boa noite Cinderela" na bebida. A pergunta que fica é: como chegamos a esse ponto?

O que testemunhei e vivi nas escolas vai além da minha compreensão. Ninguém merece uma facada, mas até o presidente Bolsonaro foi alvo de um ataque por motivos políticos. Eu mesmo carrego uma cicatriz na barriga, resultado de uma cirurgia para remover um câncer no intestino (mas, esta foi de alguém bem intencionado). Porém a escola, ao aceitar marginais comprovados como parte de seu corpo discente, provoca a ira da clientela com futilidades didáticas, como a proibição de bermudas, bonés e celulares, tentando disciplinar o indisciplinável.

A cada novo caso de violência, me pergunto sobre o futuro da educação. A Secretaria de Educação obriga as escolas a matricular e paparicar os reincidentes, transformando a vida escolar num verdadeiro inferno. As consequências disso são advogados caros e indenizações para os "inocentes". E nós, os educadores, apenas lamentamos e recolhemos os mortos, tanto física quanto emocionalmente.

"Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo." Estas palavras de Mateus 23:23-24 ecoam na minha mente enquanto reflito sobre as injustiças e a hipocrisia que permeiam nosso sistema educacional. A raiva e o estresse minaram minha saúde, e o câncer, um adenocarcinoma, fez seu ninho em meu corpo já exausto. Minha persistência é uma prova da minha dedicação. Mas agora, só posso esperar que meu fim seja melhor do que o de outros professores que já morreram nas escolas.

Abaixo a pedagogia da facada! Não preciso de Deus para ser o que Ele quer que eu seja: Porfessor de quem não quer estudar. Não sei no que me tornei, apenas sou. E nem Ele precisa de mim para fazer algo por mim, então peço-lhe socorro. As pessoas insistem em ajudar o Deus delas, defendendo-O com argumentos grosseiros. Que suas preces, também, servissem para me curar.

E assim, resta-nos refletir sobre o preço da indiferença e da violência. A sociedade precisa olhar para dentro e se perguntar: como tratamos os mais vulneráveis entre nós? Como podemos transformar a educação em um verdadeiro instrumento de paz e crescimento? Essas são as perguntas que deixo, esperando que, um dia, encontremos as respostas.

***

Duas Questões Discursivas sobre Violência nas Escolas e o Futuro da Educação:

1. Violência nas Escolas: Reflexo da Sociedade e Ameaça à Educação

a) A partir do texto e de seus conhecimentos sociológicos, analise os seguintes pontos:

A banalização da violência: Como a banalização da violência na sociedade se reflete no ambiente escolar, culminando em atos brutais como o assassinato do coordenador do Programa Mais Educação?

A escola como campo de batalha: Quais os fatores sociais e culturais que contribuem para a transformação das escolas em ambientes de insegurança e medo, onde a educação cede espaço à violência?

A culpabilização das vítimas: De que forma a culpabilização das vítimas de violência, como a punição com medidas disciplinares rigorosas, contribui para a perpetuação do ciclo de violência nas escolas?

b) Propondo soluções:

Prevenção da violência: Que medidas podem ser tomadas no âmbito escolar, familiar e social para prevenir a violência nas escolas, promovendo um ambiente seguro e acolhedor para todos os alunos?

Educação para a paz: Como a educação pode ser utilizada como ferramenta para promover valores como o respeito, a tolerância e a resolução pacífica de conflitos, combatendo a cultura da violência na sociedade?

O papel do Estado: Quais as responsabilidades do Estado na garantia da segurança nas escolas e na promoção de uma educação de qualidade para todos os cidadãos?

2. O Desafiante Papel do Educador em um Cenário de Violência e Injustiças

a) A partir do texto e de seus conhecimentos sociológicos, explore as seguintes questões:

A sobrecarga e o desamparo dos educadores: Como a sobrecarga de trabalho, a falta de recursos e o desamparo institucional contribuem para o sofrimento dos educadores, como no caso do autor do texto que enfrenta um câncer e ainda precisa lidar com a violência nas escolas?

A hipocrisia e as injustiças no sistema educacional: De que forma a hipocrisia e as injustiças no sistema educacional, como a obrigatoriedade de matricular alunos reincidentes em atos de violência, afetam a saúde mental e emocional dos educadores?

A busca por um futuro melhor: Que medidas podem ser tomadas para valorizar a profissão docente, garantir melhores condições de trabalho e criar um ambiente educacional mais justo e humanizado?

b) Reflexões sobre o papel do educador:

A missão do educador: Qual o papel fundamental do educador em um contexto social marcado pela violência e pelas desigualdades? Como os educadores podem contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica?

A importância do autocuidado: Como os educadores podem cuidar de sua saúde mental e emocional para lidar com os desafios da profissão e manter a força para continuar sua missão?

A busca por apoio e solidariedade: Quais os mecanismos de apoio e solidariedade que podem ser disponibilizados aos educadores para que se sintam amparados e acolhidos em sua árdua missão?

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sábado, 7 de setembro de 2019

INCONGRUÊNCIA PEDAGÓGICA ("A maior incongruência do Universo é gastar tanto tempo disciplinando o FOCO e não FAZER nada a respeito do que se QUER." — Douglas Liandi).




Crônica

INCONGRUÊNCIA PEDAGÓGICA ("A maior incongruência do Universo é gastar tanto tempo disciplinando o FOCO e não FAZER nada a respeito do que se QUER." — Douglas Liandi)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O sol ainda estava nascendo quando cheguei ao colégio, carregando comigo o peso de mais um dia de aula e todas as frustrações que acumulei ao longo dos anos. O silêncio dos corredores vazios me dava uma breve sensação de paz, mas eu sabia que, em breve, essa calmaria seria substituída pela rotina exaustiva e desafiadora que me aguardava na sala de aula.

Ao me aproximar da porta, a cena já era familiar: os mesmos alunos problemáticos, aqueles que só apareciam no final do bimestre, empurravam-se e riam alto. Eles vinham pelo lanche gratuito e pela necessidade de evitar as faltas que os condenariam à reprovação. Eram figuras previsíveis, sempre presentes quando mais nada podia ser feito para salvar seu desempenho acadêmico.

Enquanto eles faziam sua entrada tumultuada, recordei dos alunos que realmente se importavam com o aprendizado. Aqueles que, ao contrário dos outros, já haviam cumprido suas obrigações e agora podiam descansar. O contraste era evidente e irônico: os que deveriam estar ali, dedicados, já não precisavam mais frequentar as aulas, enquanto os que menos se esforçaram faziam sua aparição tardia, movidos por um sistema que parecia recompensar a indiferença.

Entrei na sala, disposto a ignorar o barulho do corredor. Mas não demorou muito para que a coordenadora pedagógica, com seu salto ecoando nos corredores, surgisse como sempre, atraída pelo caos. Ao vê-la, os alunos bagunceiros correram para dentro, fingindo uma obediência que duraria apenas o tempo necessário para escapar de qualquer reprimenda mais séria.

Ela iniciou seu discurso habitual sobre responsabilidade e comportamento. Eu, já cansado desse teatro, observei a reação dos alunos. Os menos ruins olhavam com tédio, forçados a ouvir lições que não eram para eles. Já os bagunceiros fingiam arrependimento, sabendo que, assim que a coordenadora saísse, tudo voltaria ao que sempre foi. E foi exatamente o que aconteceu. Mal a porta se fechou, os risos e cochichos retornaram, e o clima de desrespeito instaurou-se novamente.

Tentei retomar a aula, mas era como tentar remar contra uma maré implacável. Senti o peso de um sistema falho sobre meus ombros. Como ensinar em meio a um ambiente que sabotava a própria ideia de educação? Como manter o desejo de transmitir conhecimento quando a desordem era constantemente premiada com estatísticas manipuladas e notas forjadas?

Naquele momento, pensei nas palavras de Napoleão Bonaparte: “Nunca interrompa o seu inimigo enquanto ele está cometendo um erro.” No entanto, era difícil aplicar essa máxima quando o erro não era apenas dos alunos, mas do próprio sistema que permitia e incentivava tal comportamento. A única arma que me restava eram as notas, um recurso cada vez mais insignificante frente à pressão para elevar índices e embelezar relatórios com números falsos.

Nos conselhos de classe, era sempre o mesmo roteiro. A expectativa era que eu, como professor, ajustasse as notas daqueles que mais haviam causado problemas. As coordenadoras, ansiosas por manter a aparência de uma escola eficiente, exigiam que todos os alunos passassem, independentemente de seu real desempenho. Enquanto isso, eu via minha autoridade ser corroída pela conivência com o erro.

E o que restava? Seguir em frente, aula após aula, dia após dia, acreditando que, em meio a esse cenário desolador, ainda havia alunos que queriam aprender. Era por eles que eu continuava, por aqueles poucos olhares que se iluminavam quando algo novo era ensinado, por aqueles que, silenciosamente, ainda acreditavam no poder transformador da educação.

No fim das contas, a verdadeira batalha não era contra os alunos desinteressados, mas contra o sistema que, ao punir o professor e premiar a desordem, minava a própria essência da educação. E, apesar de tudo, eu me recusava a desistir. Porque, no fundo, eu sabia que cada pequena vitória — cada aluno que se importava — era uma semente plantada em solo difícil. E, quem sabe, um dia, essas sementes floresceriam em um mundo mais justo e sábio.

Por ora, seguimos assim, resistindo. Cada aula é uma nova chance, uma nova oportunidade de fazer a diferença. Porque, apesar de tudo, ainda acredito que a educação, mesmo em meio ao caos, tem o poder de transformar.

Com base nesses temas, proponho as seguintes questões discursivas:

O texto destaca a dificuldade de manter a disciplina em sala de aula. Quais os principais fatores que contribuem para a indisciplina escolar e como eles se relacionam com o contexto social mais amplo?

A pressão por resultados é um tema recorrente no texto. De que forma essa pressão impacta a qualidade do ensino e a relação entre professores e alunos?

O professor descreve um sistema educacional que, muitas vezes, parece mais preocupado com números e estatísticas do que com a aprendizagem dos alunos. Quais as consequências dessa visão quantitativa da educação?

O texto aborda a questão da motivação dos alunos. Quais os fatores que podem contribuir para a falta de interesse e desmotivação dos estudantes? Como os professores podem estimular a participação e o engajamento dos alunos?

A escola é retratada como um microcosmo da sociedade. De que forma os desafios enfrentados pelos professores refletem os problemas mais amplos da nossa sociedade?

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sábado, 31 de agosto de 2019

ALTERNÂNCIA ("Na vida não temos só sonhos ou só pesadelos, a alternância entre ambos é que faz a realidade". — Charles Chaplin)



Crônica

ALTERNÂNCIA ("Na vida não temos só sonhos ou só pesadelos, a alternância entre ambos é que faz a realidade". — Charles Chaplin)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            No meu dia ruim, parecia tudo normal. Eu na sala de aula com uma proposta proativa. Tudo que os alunos precisavam fazer era um texto dramático. Depois de minhas orientações, eles  iriam apresentar seu roteiro, conquistando assim sua nota em literatura. Quando de repente, o professor de Educação Física convoca metade da sala para o ensaio da "Quadrilha", desfalcando os grupos e inviabilizando as apresentações das "pecinhas". Então, ninguém da sala quis mais a aula, devido a isso, começaram a olhar pela janela para o pátio, vendo a movimentação lá fora.
           Não demorou muito, e a coordenadora, estando de espreita, apareceu na porta da minha sala trazendo a diretora para me pressionar a passar qualquer coisa do livro com a finalidade única de fazê-los sentar. Refleti sobre a pobreza do tal propósito, a afronta ao meu profissionalismo e toda grosseria que ouvi, realmente me amedrontou!
            Sem saber elas, e ainda nem se importam com isso, mas passando uma atividade qualquer do livro, terá que prometer nota se não eles de forma alguma fazem. Então, os da sala fariam; os do pátio não. Eu em meio o tiroteio, forçado a fazer um malabarismo, tentando manter a ordem, porém estava difícil. Depois do tumulto e minhas reclamações, elas providenciaram o retorno dos alunos a tempo, e a aula pode andar normalmente para o descontentamento dos fanfarrões da dança interrompida e o constrangimento do professor de Educação Física. De qualquer forma, restaram-me duas perguntas: quem causou prejuízo em alguém? Tive Ajuda pedagógica?
            No meu dia bom! Antes mesmo de distribuir, a todos os alunos da sala, a prova da OBMEP; pergunta um engraçadinho, do fundo da sala, com ar de seriedade:  — “Professor, qual é a resposta da primeira?”. Então lhe sugeri colocar no lugar da resposta: “Idiota útil”! Insistiu ele, agora, já num tom de brincadeira: — E o que é um “Idiota útil”? Mais uma vez, respondi-lhe, todavia desta, dizendo não saber conceituar tal expressão, mas sabia dar um exemplo.  Foi quando o aluno da cadeira na frente condoeu-se pelo o seu coleguinha e pediu para eu lhe dar um exemplo.  Fui obrigado a lhe pedir que se olhasse no espelho. Por isso, ele se vingou, dizendo algo inaudível e desagradável, pois a aluna do seu lado disparou a rir debochadamente.  “Quem diz o que quer ouve o que não quer.” Sofri isso na pele!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 21/05/2019
Reeditado em 31/08/2019
Código do texto: T6652963 
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sábado, 24 de agosto de 2019

CONVITE versus CONVOCAÇÃO ("Em nenhum cargo você encontrará na lista de deveres a prática do assédio moral, mas há quem pratique como sendo uma das atribuições inerentes a ele". — Ednete Franca)



Crônica

CONVITE versus CONVOCAÇÃO ("Em nenhum cargo você encontrará na lista de deveres a prática do assédio moral, mas há quem pratique como sendo uma das atribuições inerentes a ele". — Ednete Franca)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Todo professor efetivo foi concursado para um período (30 horas aulas), podendo trabalhar nas duas redes de ensino: municipal e estadual. Eu trabalho no período matutino no colégio estadual e no vespertino na escola municipal. Uma convocação da secretaria municipal para todos professores comparecerem a uma capacitação no turno matutino parece-me arrogante e prepotente. Acharem que devo matar trabalho no colégio estadual para aquiescer à tal convocação de horário inconveniente para mim, no mínimo, devem-me convencer que é lucrativo demais. Uma vez que organizei minha disponibilidade, firmei compromisso para o vespertino na escola municipal, essa é minha obrigação. Qualquer convocação ou convite da secretaria municipal em meu horário de trabalho para o município terei obviamente a obrigação de atender. Porém o abuso é tão grande que a maioria dos diretores repassa o comunicado assim: "...É imprescindível a presença de todos. Aqueles professores que trabalham em outra rede no horário citado, favor trazer declaração." Como assim?!  Uma organização que respeita seus funcionários tentaria convencê-los que a palestra é demais importante, apresentando também um currículo do palestrante para garantir a quem for que não será perda de tempo. E a organização se oferecer a servir declaração de comparecimento para que eu possa justificar no trabalho que me ausentei por julgar estar fazendo a coisa certa.
           Um convite ou uma convocação feita pelos escritórios superiores para subordinados, tanto faz, ambas as escrituras têm a mesma força moral, uma vez publicadas. Já que o sistema aceita professores para turnos independentes, no mínimo, os líderes de bom senso fariam convites e convocações para eventos que se repetiriam em todos os turnos. Aí não necessitaria da irradiação do poder das declarações.
          O que eu faria se fosse à palestra que fui convidado no meu turno de outro trabalho, e o outro trabalho se negasse a aceitar a declaração dos promotores do evento, por ser de interesse particular? Outra pergunta: se eu decidisse não ir a tal reunião que fui convocado pela municipal, que obrigação teria o colégio estadual de me fornecer uma declaração para justificar que estou trabalho em turno paralelo?
           De assédio em assédio a gente aprende a assediar, pois já aprendemo-nos defender com as mesmas armas quem nos ferem.  "Uma educação corrompida pelo assédio moral para não se denunciar irregularidades administrativas, faz com que tenhamos uma (des) educação que vai contra toda moral e ética que poderia nos trazer o progresso social." (Samuel Nunes de Andrade)
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 27/01/2019

Reeditado em 24/08/2019
Código do texto: T6560965 
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sábado, 17 de agosto de 2019

EDUCAÇÃO: CICATRIZES DA PERSEGUIÇÃO! ("O mal que fazemos não suscita tanto a perseguição e o ódio como as nossas boas qualidades." — François La Rochefoucauld).



Crônica

EDUCAÇÃO: CICATRIZES DA PERSEGUIÇÃO! ("O mal que fazemos não suscita tanto a perseguição e o ódio como as nossas boas qualidades." — François La Rochefoucauld).

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Analisando a relação aluno e direção da escola, consigo ver um constante diálogo. Frequentemente há aluno na sala da diretora e na coordenação, mas o leque de temas a ser tratado ali é muito restrito. O pior são os líderes que gostam desses informantes, quando eles saem, professores são chamados. Quando os vejo naquele local, já me preocupo, pois certamente esta fazendo uma denúncia ou levando "bronca". O limite de um aluno limita os outros. E todos eles em função deles mesmos!  Aqui cabe bem as palavras de Martha Medeiros: "Paixão é a força motora que justifica nossa existência, mas a perseguição desenfreada por esse privilégio nos torna dementes, viramos parasitas de uma obsessão." Quem tem dom, ensina. Quem não tem, aprova leis sobre o ensino.
           Então no Facebook, eu disse que na sala sem professor, os alunos esperam em silêncio para fazer bagunça na presença dele. Zelam de sua imagem para o sistema, mas não cuidam da imagem para quem os avalia. Então um dos meus amigos virtuais retruca: — "Boa noite, professor Claudeci Andrade, o senhor me parece tão insatisfeito com a educação?!".
          Depois de uma profunda e demorada reflexão, fui obrigado, pelas circunstâncias, concordar com ele, porém com uma ressalva. Disse-lhe que  sim, realmente estou muito insatisfeito com essa "lambança", não com o ato de ensinar, não porque tem quem quer aprender, mas estou triste demais com o que fizeram da educação. Percebo no trabalho das coordenações mais perseguição que orientação útil aos professores. Mercenários criaram labirintos para garantir seus empregos que dificultaram o meu. São tantas leis e normas desnecessárias que não sobram tempo e espaço para se refletir nos conteúdos da vida (matriz curricular). Estuda-se para justificar a existência da escola, mas se existe só para ser filantrópica, qualquer outra entidade pode sê-lo. Depois disso, ele ainda insiste: — "Professor lembre-se de que para os que querem, o senhor faz a diferença; então aqueles que não querem, a vida ensina."
          Será se a escola ensina para a vida ou se deve deixar que a vida ensine os que a escola não ensinou? Talvez sejam tantos os ensinados pela escola, que eles vão ensinar a vida ser cruel. O que dizer da ação geradora de suposta educação, quando leciono 15 aulas de Língua Portuguesa, podendo cumprir essa carga horária em três dias, sendo forçado a um quarto dia para planejamento na escola. Se eu leciono 15 aulas, certamente sou remunerado pelas 15 aulas, meu preparo, estudo e planejamento para estas aulas, faço bem na boa administração de meu tempo e equipamento tecnológico. Ser forçado a ir uma quarta tarde à escola para planejar, se posso fazer isso melhor em minha casa, ou em uma biblioteca, ou em um laboratório de informática com uma boa internet, é abuso.
           Eu sou o insatisfeito com essa perseguição. Em meio a insatisfação de aluno e professores não há ensino e nem aprendizagem. Vance Havner aponta essa realidade, dizendo: "A popularidade tem matado mais profetas do que a perseguição". E um desconhecido me explica o fenômeno: "Se sentem incomodado com a tua presença, é porque conhecem o teu brilho, sabem da tua força, invejam o teu caráter temem que os outros vejam o quanto tu és melhor e tua alma és mais evoluída. O que vale mais não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação e a honestidade. Não é a roupa, é a atitude e o bom caráter! A ignorância deles lhes presenteia com a inveja, a mentira, etc."
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 14/03/2018
Reeditado em 17/08/2019
Código do texto: T6280076 
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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 10 de agosto de 2019

EUFEMISMO: BURRO! ("Se eu fosse burro, não sofria tanto." — Raul Seixas)



Crônica

EUFEMISMO: BURRO! ("Se eu fosse burro, não sofria tanto." — Raul Seixas)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Em uma aula de Língua Portuguesa, recebi uma lista dos alunos com a ordem expressa da secretaria para fazer a chamada da turma. Onde eu estava ensinando as regrinhas de acentuação gráfica. Era um segundo ano do Ensino Médio, mas com nível de oitavo ano primário. Ao perceber que os nomes ali na lista estavam sem acento gráfico, então decidi fazer daquele momento mais uma oportunidade para lhes mostrar a importância da acentuação tônica e gráfica para a modalidade padrão da Língua Portuguesa. Portanto, bastou-me chamar dois ou três, incluindo "Pamela", assim sem acento, com a pronúncia de paroxítona, ela me corrigiu não muito educadamente, pois é quase sempre assim que se mostram superiores ao professor. Chamei mais outro, quando um daqueles sedentos por atenção esculhambou-me e o fez da forma mais cruel possível, o incompetente intercessor de todo mundo, disse:
            — "Ainda diz que é professor de português, não sabe nem dizer o nome certo dos alunos!"
           Foi quando, eu o chamei de "Burro"! Foi o eufemismo mais bem usado que um professor de Português já empregou. Ele foi arrogante e prepotente, pois eu não tinha nem chamado o nome dele ainda, intrometido; foi ignorante por desconhecer o conteúdo e a boa intenção da aula; foi atrevido por falar sem escrúpulo com o professor; desrespeitoso ao tentar provar que ele estava certo, porém sem o mínimo de razão. Todavia, o mais grosseiro que presenciei naquela aula foi os comparsas dele, minutos depois, quase me forçando a colocar um acento circunflexo na palavra "Pera", e ele gargalhando escandalosamente, sentiu-se apoiado! Nisso, apenas me perguntei,  Como o professor poderá lhes ensinar alguma coisa, se eles não confiam em seu professor? Certamente, estão ali para mostrar que sabem ou que são bons. Por isso, cheios de si não há espaço para virtude alguma.
           Não falta quem diga aos alunos que eles também são deuses, especialmente os evangélicos! Cheios de conhecimentos prévios, segundo Paulo Freire, então que o professor se eduque com eles de igual para igual. Antigamente o professor era o mediador do conhecimento, agora é o aluno o mediador de tudo! Com isso, desculpo-me com a certeza que o professor não é o sabe-tudo, mas mesmo assim, devia merecer a consideração de quem é estudante de verdade, que descobrindo um erro do professor, porém o corrijam humildemente como querem ser corrigidos, com uma pergunta inteligente, forçando o professor a entender qual é sua obrigação.
           Que disposição eu terei para ajudar a quem não me tem em alta estima?        
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 05/02/2018
Reeditado em 10/08/2019
Código do texto: T6245901 
Classificação de conteúdo: seguro

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