"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

TEMPOS POÉTICOS, NÃO APOCALÍPTICOS ("O passado e o futuro parecem-nos sempre melhores; o presente, sempre pior." — William Shakespeare)




PENSAMENTO

TEMPOS POÉTICOS, NÃO APOCALÍPTICOS ("O passado e o futuro parecem-nos sempre melhores; o presente, sempre pior." — William Shakespeare)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Disse Confúcio, pensador e filósofo chinês: "Estude o passado, se quiseres decifrar o futuro." O passado revela-nos o futuro e se o for bem compreendido e bem empregado no presente, rende poesia, mas, se não, a conexão estará interrompida.
          Se existe o Futuro do presente, deve existir o pretérito do futuro cá entre nós; bem como existe o futuro do pretérito. Então, como vou saber que o meu agora é presente! Senão, logo não existo para o tempo, não me acho, não há caminhos. Ou há sim, caminho para lugar nenhum, e a morte continua glob(alizante).
          Mas, insiste em declamar, Viviane Mosé: "...tempo escorrido é poema, tempo endurecido é tumor..." .Ainda bem que no tempo derretido deslisa a história! Aliás, o tempo não passa, somos nós que passamos, e continuamos marcando e medindo o tempo como quem mede uma noção, pelo o movimento de uma ação para servir de referencial para outras. A frequência dos eventos é devido a distância. Quem disse que a luz anda no tempo, ela anda, sim, no espaço. E num movimento constante vai de um ponto a outro a seu modo, pois o tempo transforma tudo, porém não pode desacelerar a luz. Assim me dou ao tempo e no espaço distribuo o pó que sou ou o restos do que fui. Nos tempos das catástrofes, sobre tudo da poesia e dos prazeres que só o inferno proporciona, há novos prazeres, o de sofrer. Digo melhor, se o inferno tem prazeres que nossos sentidos conhecidos desconhecem, então é possível ser feliz no inferno.
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 04/08/2009
Código do texto: T1736938


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Ser cronista é... ("O texto de um cronista pode revelar um papel fraco, depressivo, corajoso, hilário, colérico ou, simplesmente, doce e afetuoso." — Doracino Naves)




PENSAMENTO

Ser cronista é... ("O texto de um cronista pode revelar um papel fraco, depressivo, corajoso, hilário, colérico ou, simplesmente, doce e afetuoso." — Doracino Naves)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Ser cronista é como a atuação de um jogador de futebol, se ele tem a bola, ataca; se não a tem, atrapalha a evolução dos que a têm (o adversário). Aqui, valem mais os que enganam melhor! A diferença é marcada pela recompensa financeira e igualada na forma de olhar esta "vida besta".
           Essa bola cheia para o cronista significa um tema bem escolhido e trabalhado, agora não sei se escolhemos o tema ou se somos escolhido por ele, mas tanto faz, o que importa mesmo é a reflexão. Lembrando que qualquer tema pode virar crônica, desde que o cronista saiba revirá-lo perante os olhares encabrestados do leitor calejado do cotidiano repetitivo e estéril até clarear o mais obscuro dos ângulos.  
           Quando dizem que eu não estou com essa bola toda, talvez uma crônica, sobre algum aspecto de mim, diga meus valores. Ou apenas signifique que eu não conquistei ainda meu espaço, ou não tenha tempo para conquistá-lo, ainda que Kant afirme que não existe tempo, porém insisto por um flash nocional para me transcender. E se eu fosse uma crônica ambulante, em que meus movimentos representassem palavras maquiadas com o brilho exemplar das estrelas cadentes para uma leitura imagética? Que leitor seria você, e que crônica seria eu!!! O cronista viraria crônica e o leitor, cronista. Coloque-se, agora, neste momento, em meu lugar, olhando o céu a partir dessa velocidade, e veja o que acontece com relação aos papeis, eles viram ação, tempo e espaço. Também haverá uma cumplicidade que banirá toda a incompreensão. Com este rasgo, assim devo ser, eu mesmo, minha eterna crônica, específica e profunda com valor de  minha subjetividade. Já estou achando que esta vida não é tão besta como parece.
Publicado no Recanto das Letras em 19/08/2009
Código do texto: T1761939

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Trabalho, Sucesso e Fama




PENSAMENTO

Trabalho, Sucesso e Fama

Não adianta trabalhar para conseguir sucesso, o sucesso persegue os premiados por saber lidar com a fama.

Agradeço a Deus por ser um deles, e você...?
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 21/08/2009
Código do texto: T1766869

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MERCENÁRIOS DO DIABO

"Cristo colocou nas mãos de cada cristão a responsabilidade de dar, e não de vender as Boas Novas de Salvação ao mundo. Quem serve a Deus por dinheiro servirá ao Diabo por um salário melhor."

CHAME-ME DE MACACO E ME DÊ UMA BANANA ("Quando um não quer os dois não fazem Tempestade em copo d'água" )




PENSAMENTO

CHAME-ME DE MACACO E ME DÊ UMA BANANA ("Quando um não quer os dois não fazem Tempestade em copo d'água" )

Por Claudeci Ferreira de Andrade
            Só os mesquinhos discriminam maldosamente, porque eles só têm um tipo de óculos, portanto só enxergam de uma cor, aquela que lhes favorece. E não aprendem nunca que a diversidade enriquece. Qual o sentido da variedade criativa de Deus se não pudesse discriminar os elementos.
          O indivíduo mais sujo discrimina o limpo por não conhecer a utilidade das diferenças; não se purifica o sujo sujando o limpo. Melhor seria se valorizássemos os distintos: cabe-me aqui dizer a você que toda uniformização é tola e cansativa!
          Não existe o mal ruim, nem coisa torpe, nem o errado improdutivo, existe sim, a ação imprópria e o momento inadequado, e ainda, é a dose desajustada que faz a diferença ente o remédio e o veneno. No caso da discriminação racial, os mesquinhos desprezam o colorido para tornar tudo preto e branco; ancoram pontos de atraso para reduzir o outro em si mesmo. Por que as pessoas não podem vencer sem destruir seus adversários?
          A polêmica insiste, e as delegacias recebem e registram denúncias de apelidados de "macaco" . Mas, será que os denunciantes querem forçar a justiça a não vê o lado branco do macaco e também querem cegar os órgãos protetores dos homens para não ver animais! Então, desperdiçam bananas, jogando-as uns nos outros nos estádios, ao invés de jogarem a bola que foi feita para isso. Acho que quem merece, se é que vale para isso, um B.O. sou eu por está assumindo o retorno de minhas origens - do ponto de vista evolucionista. Não me ofende, quem me oferece ou me dá banana. Pois "a banana recebe o status de 'alimento dos atletas', já que ajuda na prevenção de câimbras e dores musculares; "a banana possui triptofano, um aminoácido precursor da melatonina, hormônio do sono, sendo uma ótima pedida para se comer à noite", revelam grandes nutricionistas; "ela é uma opção certeira para quem está de dieta"; banana verde ajuda na proliferação das bactérias boas presentes no intestino" (comenta Dafne). http://maisequilibrio.com.br/saude/olha-a-banana-ai-5-1-4-452.html 
            Diz Douglas Belchior: "A maioria dos atletas, principalmente no futebol, são alienados e não tem opinião qualificada sobre temas relevantes para a sociedade. E isso não é preconceito ou generalização, mas sim uma constatação mais uma vez comprovada. Só falam bobagens e no máximo se prestam a assistencialismos em seus territórios de origem, vide Pelé, Zico, Ronaldo, Cafú entre outros;..." http://negrobelchior.cartacapital.com.br/2014/04/29/xingar-de-macaco-uma-pequena-historia-de-uma-ideia-racista/ (acessado em 30/08/2014). 
           Xingue-me de macaco, mas, por favor, dê-me uma banana. Não me atire uma, pode me sujar. Nesse caso, o ditado popular ainda é considerável, no sentido proposto pela canção de Marcelo Jeneci: "Quando um não quer os dois não fazem Tempestade em copo d'água" (http://www.cifraclub.com.br/marcelo-jeneci/copo-dagua/).
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 30/08/2009
Código do texto: T1783679

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VOTAR É EDITAR SUA HISTÓRIA ("Por toda a parte onde se quer vender, o homem encontra compradores." — Henri Lacordaire)




CRÔNICA

VOTAR É EDITAR SUA HISTÓRIA ("Por toda a parte onde se quer vender, o homem encontra compradores." — Henri Lacordaire)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Li no DM: " Começou o melhor programa de humor de todos os tempos: horário político gratuito". E eu questionei. Gratuito?! E o povo não está pagando por ele! O que achamos que é de graça é porque desconhecemos o propósito. O inútil, por mais barato que seja, é caro. Tudo tem seu preço, o mais embutido e disfarçado que seja... Todas as pessoas normais pensam primeiro em si; depois, em seduzir os outros para arrancar lucro. Então se alguém quer algo de mim, tentando ganhar mais do que eu, que me convença que é mais lucrativo para mim. Essa é a lei da ignorância insaciável. E, nesta época, a politicagem tentando matar minha sede pela futilidade, não cessa!
          O homem é tão fiel ao não bastar-se que, quando procura melhorar em suas ações, para se sentir digno, está tentando tirar lucro de si mesmo. Fazendo frente ao cheio, corre do vazio. Todos atrás da "vida boa" sem fugir da mais fiel demonstração de egoísmo.
           Só não conheço ainda é meu total valor, tento me impor com meus pensamentos filosóficos, mas qual é o lucro que me retorna, senão o mais fino realçador de minha própria ignorância. Quanto vale um bom texto para quem não sabe ler, e as palavras para quem não sabe escrevê-las e nem conhece os seus sentidos? Porém, todos entendem o deputado Tiririca, sua oratória tem seu valor, ganhou e possivelmente ganhará tantas vezes se candidatar. Por que "os iguais se protegem".
           Aqui cabem outro adágio popular: "Todo povo tem o líder que merece". Fabrício Carpinejar ensinou-me que "escrever era uma fuga, pedra ignorada, silêncio espalhado, um subterfúgio, que não estava assumindo uma atitude e buscava me esconder, me retrair, me diminuir. Mas não. Escrever é queimar o papel de qualquer forma. Desde o princípio, foi a maior coragem, nunca uma desistência, nunca um recuo, e sim avanço e aceitação. Deixar de falar de si para falar como se fosse o outro. Deixar a solidão da voz para fazer letra acompanhada, emendada, uma dependendo da próxima garfada para alongar a respiração. Baixa-se o rosto para levantar o verbo. É necessário mais coragem para escrever do que falar, porque a escrita não depende só de ti. Nasce no momento em que será lida."
          Votar é escrever com as digitais, em uma tecla, o roteiro da sua própria história pelos os anos de posse de seu representante. Votar bem é preciso. Vender o voto seria uma história de prostituição sem vergonha, desnecessário!!!
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 06/09/2009
Código do texto: T1795877

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MOVIMENTAÇÃO INÚTIL RUMO À MODA (Alguém acha que vai mudar seu caráter com técnica de autoajuda.)




PENSAMENTO


MOVIMENTAÇÃO INÚTIL RUMO À MODA (Alguém acha que vai mudar seu caráter com técnica de autoajuda.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Algo em desequilíbrio procura sempre o equilíbrio, provocando assim um movimento tendencioso. Mas, a inércia se esforça para conservar seu estado atual, resistindo a variação. O mal da sociedade é a força da moda que atrai todo mundo para um lugar só, comum. Todavia, para onde as pessoas querem ir? Pois não são convidadas a ir, senão para aquém das meras barreiras  de seus limites, com as instruções que não poderão atravessar sozinhas. Do outro lado, o paraíso as espera, contudo estão felizes no magma do inferno.  
          Aconselhamentos de autoajuda, para que servem? As palavras sugestionadoras comandam os sentidos dos incautos a esquecer a dor, ao invés de resolver o problema. Se enganam! E não veem que o espelho lhes revela, todos os dia, que nada mudou, talvez mudou sim só a sua maneira de ver a si mesmo, e as outras pessoas, exercendo os mesmos olhares sobre sua imagem e acompanhando seu deterioramento de via dupla, fingem acreditar, atendendo seu gritante apelo por elogio.
           Que tipo de pessoa tenta enganar a si mesmo?  Um enganador, certamente com grande facilidade para enganar os outros. É arrogante, prepotente, esnobe de nariz empinado, como quem pisa em alguém. É exatamente o que acontece com o viciado, dependente físico e psicologicamente de atenção, cliente dos tantos charlatões de autoajuda, vê a "cura"! Quem sugestionou o jovem a entrar no mundo das futilidades, senão a sociedade, as circunstâncias em que vive, por isso mesmo, que ela o tire. Graças a Deus, nossas circunstâncias são diferentes! As vítimas dos incentivos multilaterais sem força para lutar contra seus hábitos prejudiciais, buscam a cura em falácias. Não basta interromper a viagem, temos que voltar. Agora vem alguém e acha que vai mudar meu caráter com técnica de autoajuda: exercícios respiratórios, relaxamento, meditação, sons, cores, movimentos, entre outros e com voz de comando diante do espelho! Diga: "— Eu sou bonito". Ou devo antes procurar um cirurgião plástico dos melhores.
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 07/09/2009
Código do texto: T1796645

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

POR QUE NASCI? (Mas, qual será minha contribuição no Estado de morte?)



crônica

POR QUE NASCI? (Mas, qual será minha contribuição no Estado de morte?) 

            Como disse a professora: "Eu vim ao mundo para ser instrumento de vida" (Maria de Lourdes Viana). Eu desconfio que nasci para compor o organismo divino. Compreendo que Deus é o próprio universo infinito, como um corpo sadio, vim somar. Considerando a rotatividade fatal, também, nasci para morrer. Que faz pena, a reviravolta de tanto investimento! Contudo, a ciclicidade é a mais pura realidade. Sei que, de alguma forma, contribuo com minha existência, mas qual será minha contribuição com minha inexistência? 
           Pensando aqui: E o que seria um instrumento humano de morte? O que mata ou o que serve depois da morte? Se há o que fazer depois da morte, então o "maníaco da moto preta", que já matou mais de 15 mulheres em Goiânia, está cumprindo sua missão de enriquecer as fileiras dos bem-feitores do além-túmulo ou malfeitores do lado de cá. Qual será sua punição ou gratificação?
           Não defendo bandido, e, por mais doente que seja, nós não temos o dever de interromper a sua missão por tentar interromper a missão dos outros. Pode ser um plano de Deus, só Ele sabe aplicar devidamente o bem e o mal, ainda mais, sabendo que o Diabo também tem "bons" propósitos políticos e é usado como "chicote de Deus". "Deus come escondido, e o Diabo sai por toda a parte lambendo o prato" (Guimarães Rosa). Lamber o prato também é uma forma de limpá-lo! Por outro lado, quero acreditar que Bob Marley sempre esteve com razão: "Deus me enviou à terra com uma missão. Só Ele pode me deter, os homens nunca poderão" .
           Qual é sua missão? Por que parou? Por último, temos uma única missão coletiva: compor o Divino e ora descompor o Sagrado!

Publicado no Recanto das Letras em 07/09/2009
Código do texto: T1796646

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