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domingo, 23 de agosto de 2009

Eu Por Mim, Deus Por Todos (faça o que digo (mando) e não faça o que eu faço.)




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Eu Por Mim, Deus Por Todos (faça o que digo (mando) e não faça o que eu faço.)

domingo, 23 de agosto de 2009

Claudeci Ferreira de Andrade
          Descobri que na educação pública, só há duas categorias: explorador e explorado. Sob os mil chicotes que quedam na mão dos exploradores, encontram-se, a ser retalhados, os dez mil lombos, que não se cansam de apanha. Demoro-me aqui mais na exigência de que o professor tem de chegar 20 minutos antes do início das aulas, por que é também um indicador da prática dos “dois pesos e duas medidas”; tudo bem, se a sala dos professores fosse um lugar profícuo em silêncio, 20 minutos daria até para se passar o planejamento a limpo, então esse tempo extra seria um investimento, também seria útil no preparar-se espiritual e psicologicamente para a árdua tarefa de lecionar para quem não quer aprender, mas quer , sim, apenas o diploma. Porém, os que exigem horas extras não as fazem! Coerente seria se, num lugar em que a vida deveria falar mais alto que o púlpito, não imperasse o velho clichê: "faça o que digo (mando) e não faça o que eu faço."
          Comprar elogios tem sido a prática de muitos funcionários inseguros. Tenho colegas que chegam para o seu turno de trabalho com meia hora de antecedência! O que é coerente nisso em um mundo futurista em que a velocidade caracteriza? Talvez, seja por que eles não são professores de matemática. Meia hora por dia equivale por semana duas horas e meia de desperdício. No decorrer de um mês totalizam-se 10 horas. Todo esse tempo paga excessivamente qualquer ausência possível do profissional por doença.
          Ultimamente, tenho me esforçado para chegar em cima da hora para trabalhar, e ainda me perturba a pergunta de minha consciência adestrada: quem está explorando quem? Não é costume da educação pagar hora extra a professor, pelo menos nunca vi nos meus vinte poucos anos de professorado público!
          Meus ouvidos estão calejados de ouvir o primeiro rebusno da sirene, quinze minutos antes, porém meu lenitivo é que alguém estava ali para acionar o botão, essa pessoa sofre comigo neste presépio. Em outra ocasião, diminuem-se minha tortura, por que na maioria das vezes os coordenadores chegam também em cima da hora e validam apena um sinal, breve sinal, tímido, acanhado. Parece-me que o botão da sirene está dando choque! O que há? Ninguém é perfeito!
          Até mesmo Satanás admitirá que Deus é imparcial e justo em tudo que faz. Falo tudo isso, mas esteja certo que observo os acontecimentos do lado de dentro dos muros da escola, do lado de fora estão os outros incentivados pelos piores ataques dos que querem nos destruir. E que ninguém duvide de mim! Eles vão conseguir. Vejam a fórmula que nos enfraquece de estresse e de depressão, sem antídoto! http://amigasdaedu.blogspot.com/2009/08/professor-o-estresse-da-profissao-fique.html. (15/02/2014).
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 24/08/2009
Código do texto: T1771582

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