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sábado, 31 de dezembro de 2011

CONSCIÊNCIA CONCEBÍVEL APÓS A MORTE (Por que um artista só alcança o ápice de sua fama depois de morto?)


Crônica
 CONSCIÊNCIA CONCEBÍVEL APÓS A MORTE (Por que um artista só alcança o ápice de sua fama depois de morto?)

 Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Um artista alcança o ápice de sua fama quando morre, daí começa uma eternização difusa de tudo que ele foi encarnado, porque seu espírito toma posse de muitos receptores, como ondas hertzianas, recebida por rádio. Parece-me que somos estações transmissoras de ondas eletromagnéticas invariáveis, quando dormimos, senão não teria a sabedoria eterna de Deus, e pessoas em diferentes partes do mundo não teriam as mesmas ideias. E depois de mortos, elas continuarão em outros instrumentos ativas. Quem tem mais interesse em meu sucesso, senão eu mesmo? Esta é mais uma prova de vida pré-consciente após a morte, e existência de um Deus magnetizador. Você gosta de um artista se for a sintonia dele. O seu cérebro vivo será mais ainda minha cidadela quando eu morrer, é claro, pois é assim para entender sobre o que ainda não entendeu de meu trabalho, darei explicações melhores, pois o universo não tem barreiras para a comunicação, independente de idioma, pensa-se na língua materna. O que pensamos, pensam os E.T. Após minha morte estarei disponível no etéreo para "Download". Só uma boa conexão é necessária: a vida!
          Por isso, também, quando matamos uma mosca perturbadora, vem outra em seu lugar. Nunca acabarão nossos inimigos, mesmo depois de mortos, sempre acham um instrumento de carne e osso para tocar o terror na direção dos meus preservadores. Sendo assim, chego à conclusão seguinte: o nosso pensar é determinado, e traz o ranço dos nossos ancestrais, como o desenho do que faço, uma extensão da obra. O tempo e o espaço entre o berço e o caixão de uma pessoa é apena um pontapé na bola que já vem quicando em nossa direção de eternidade a eternidade. Se alguém não devolver a bola ao jogo ou atrapalhar outro a devolvê-la, sairá mais cedo da partida: morre, infeliz! (Ecl. 7:17 BJ).
          Talvez, os humanos tenham orgulho demais para serem vistos louvando e prestando homenagens a seus ídolos vivos. É uma forma atroz de se comportar. As formiguinhas inóspitas que não quiseram receber a cigarra talentosa não pensavam nas melodias do próximo verão! 
Matar um homem é quebrar um rádio, outros se engravidarão e parirão ondas hertzianas para não se perder a mensagem.
Claudeko
Enviado por Claudeko em 13/11/2011
Reeditado em 30/12/2011
Código do texto: T3333049

Comentários


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Um comentário:

Professor Machado disse...

Os seus textos trazem reflexões profundas e inusitadas do nosso cotidiano, pensar na vida é difícil, imagina pensa nela após a morte.
“Gostaria de suprimir as pompas fúnebres. Devemos chorar os homens quando nascem, não quando morrem”.
Já dizia o filósofo Francês Charles de Montesquieu

Abraços