"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

⁠O MAL VEM ANTES DO BEM; NO ANTI-HORÁRIO, O BEM VEM PRIMEIRO! ("Pensar contra a corrente de seu tempo é heroico; dizê-lo é uma loucura". — Eugéne Ionesco)
           Considerando a ilusão de ótica, há sim, dois caminhos diante de nós, mas não se bifurcam na realidade, são distintos apenas pelas incidências de circunstâncias ideológicas. E a existência deles não significa escolha: o caminho da vida não se escolhe, nasce-se automático, e o caminho da morte JÁ EXISTIA que herdamos automaticamente quando o da vida começou. Deve ser o diabo (maior incidência do mal) que oferece a disposição das coisas como se estivessem paralelas. A igualdade de seres distintos nunca foi o plano de Deus, sendo que a adversidade é sua infinitude. Quem deseja a igualdade está à trás ou à frente. Uma deformidade no olhar não pode ver que há sempre um pouco de mal no bem ou um pouco de bem no mal. Na verdade as coisas compatíveis vêm uma "dentro" da outro em gradação manipulada por Deus. E aí tanto o querer como o realizar vem de Deus. Por que duas coisas ao mesmo tempo? Para uma não ser desperdiçada em detrimento da outra, então cada uma a seu tempo. Uma semente de caju vai gerar cajueiro, ela não pode germinar mamão, mas assim que deixar de ser cajueiro, então pode alimentar mamoeiro, são só substâncias químicas distintas que se misturam. A vida e a morte não estão paralelas; a luz e as trevas não estão paralelas, nada é totalmente distinto sem oposição, há sempre um pouco de luz nas trevas ou vice versa. Há um pouco de morte na vida e vice versa. Tudo está junto e misturado. Nada é totalidade, DISTINGUIMOS TUDO PELA MAIOR INCIDÊNCIA. E o meu batismo é o da compatibilidade, NÃO SE MISTURA SE NÃO FOREM COMPATÍVEIS. Sempre existe um ponto de fusão (o mal e o bem são compatíveis.): Ação do Criador. CiFA

Claudeci Ferreira de Andrade

sábado, 23 de março de 2019

INTERATUANDO "Escrevo frases para iluminar minha caminhada e acredito que compartilhando elas, posso estar iluminando o caminho de outras pessoas também."—Israel Ziller)



Crônica

INTERATUANDO "Escrevo frases para iluminar minha caminhada e acredito que compartilhando elas, posso estar iluminando o caminho de outras pessoas também."—Israel Ziller)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O sábado amanheceu com uma promessa de quietude que há muito eu não experimentava. Enquanto a cidade ainda dormia, encontrei-me diante de uma xícara de café fumegante, preparando-me para mais uma capacitação para professores. O aroma familiar do café misturava-se com o cheiro de giz impregnado em minhas roupas, um lembrete constante da minha vocação. As ruas vazias refletiam o vazio que, ultimamente, sentia crescer dentro de mim. A profissão que abracei com tanto fervor agora parecia me envolver em um abraço solitário. As salas de aula, antes palcos de debates acalorados e descobertas empolgantes, haviam se transformado em arenas silenciosas, onde as palavras ricocheteavam nas paredes sem encontrar eco nos olhos vidrados dos alunos. Enquanto esperava começar a capacitação, folheava distraidamente as notificações em meu celular. Entre os 5000 "amigos" virtuais, buscava uma conexão que se tornava cada vez mais escassa no mundo real. Postagens, curtidas, comentários - todos pareciam gritar por atenção em um universo digital que prometia proximidade, mas entregava apenas a ilusão de companhia. O relógio marcava o início da capacitação, e eu me vi mergulhando em mais uma tentativa de atualização profissional. Não era pelos títulos, mas pela esperança de encontrar uma faísca que reacendesse a chama do educador apaixonado que eu costumava ser. As horas passaram, e as palavras dos palestrantes se misturavam com meus próprios pensamentos inquietos. Já no final do dia, olhei pela janela e vi o sol se pondo, pintando o céu com tons de laranja e roxo. Naquele momento, senti uma onda de melancolia e, ao mesmo tempo, um lampejo de esperança. Percebi que, assim como o dia que terminava, minha jornada como educador estava longe de acabar. As dificuldades, o isolamento, as cobranças - tudo isso fazia parte de um ciclo maior, um processo de crescimento e adaptação constante. Ao sair do prédio, carregava comigo não apenas novos conhecimentos, mas uma compreensão mais profunda do meu papel. A educação, percebi, não era apenas sobre transmitir informações, mas sobre construir pontes - entre o passado e o futuro, entre o real e o virtual, entre corações e mentes. Caminhando de volta para casa, sob o céu estrelado, senti-me parte de algo maior. Cada professor, cada aluno, cada postagem nas redes sociais - éramos todos fragmentos de uma grande narrativa, buscando conexão e significado. E você, caro leitor, já se sentiu assim? Perdido entre o dever e o sonho, entre o real e o virtual? Lembre-se: mesmo nas noites mais escuras, as estrelas brilham. Nossa missão, como educadores, pais, cidadãos, é manter esse brilho vivo, iluminando o caminho para as gerações futuras. Pois no fim, não são os likes ou os títulos que contam, mas os ecos que deixamos nos corações daqueles que tocamos.

1. Como a profissão de professor pode levar a sentimentos de isolamento e solidão, segundo o texto?

2. Quais são os desafios enfrentados pelos professores na escola, conforme descrito no texto?

3. De que maneira a capacitação para professores pode contribuir para o desenvolvimento profissional e pessoal, de acordo com o autor?

4. Como o uso das redes sociais serve como um refúgio para o autor, e quais são os benefícios e limitações dessa prática?

5. Qual é a mensagem final do autor sobre a importância da educação e o papel do professor na sociedade?

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