Coleção 1 ("Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." — Voltaire)
1-1) No fim das contas, o aluno será promovido, mesmo que fique reprovado em duas matérias. Ele nem se preocupa — afinal, um "trabalhinho" qualquer resolverá sua dependência curricular. E, convenhamos, o professor não quer, de forma alguma, mais trabalho extra. (CiFA)
1-2) Notei também que, no quarto bimestre, aumentam as denúncias de pais e alunos contra os professores — muitas vezes por motivos banais, chegando até a envolver questões da vida pessoal e familiar do docente. Trata-se de uma competição desleal: os alunos querem a aprovação a qualquer custo — ou, pior, sem custo algum. (CiFA)
1-3) A partir do terceiro bimestre, a pressão psicológica sobre o professor só aumenta — quando, na verdade, deveria recair sobre o aluno. É um assédio moral aqui, uma imoralidade ali, uma falta de ética acolá... e assim seguimos, com “ordem e progresso” estampados na escola, mas bem longe da realidade. (CiFA)
1-4) No início do ano, os professores renovam o voto com firmeza: — "Vamos aprovar apenas os alunos dedicados e estudiosos. Sejamos rigorosos, nossa escola é séria!" Mas basta chegar o conselho de classe do terceiro ou quarto bimestre e, se a taxa de aprovação não foi alcançada, tudo se resolve no velho jeitinho brasileiro — com um acréscimo de nota aqui, outro ali. (CiFA)
1-5) Ora, se os alunos já sabem que serão aprovados automaticamente — ou melhor, no grito —, por que se importariam com mais uma tarefa no quadro, valendo alguns pontinhos? (CiFA)
1-6) O mais perverso dos argumentos de um coordenador pedagógico para justificar a aprovação sem mérito é sempre o mesmo: — "Você quer tê-lo novamente como seu aluno no próximo ano?" (CiFA)
1-7) A redação do Enem deveria ser uma grande oportunidade de motivação para o estudo e a pesquisa direcionada. No entanto, os candidatos acabam tocando superficialmente aqui e ali, guiados apenas pela intuição. Afinal, aprofundar-se em quê, se ninguém consegue adivinhar o tema? AS REDAÇÕES DO ENEM DEVERIAM SER DE GRANDE CONTRIBUIÇÃO CIENTÍFICA PARA O PAÍS. Mas começo a suspeitar que o verdadeiro propósito da redação seja descobrir profetas — porque, neste caso, acertar o tema já seria um dom: Clarividência! (CiFA)
1-8) Agora o milagre da inclusão social dos surdos resume-se ao estudo da língua de sinais? Nesse caso, somos nós quem decidimos: se não estudarmos, não haverá inclusão. (CiFA)
1-9) Já no fim do Ensino Médio, os alunos modernos sequer sabem que curso desejam fazer na faculdade — será aquele que a nota do Enem permitir. (CiFA)
1-10) Estou aprendendo a oferecer minha ausência — um dia após o outro — até que ela se torne eterna para aqueles que nunca souberam valorizar minha presença. Aos que aprenderam comigo, deixo um aviso: castiguem-se, se negarem o que sabem a meu respeito. Pérolas aos porcos, sempre! Felizmente, os porcos amam a internet. (CiFA)
1-11) A certeza de que muita gente me lê revela-se na quantidade de inimigos que acumulo. Como já disse Martin Luther King: "Para ter inimigos, não precisa declarar guerras, apenas diga o que pensa." (CiFA)
1-12) Professor burro tolhe o êxito dos alunos ao impor vetos vãos, atrasando, assim, seu próprio sucesso. Afinal, o sucesso do aluno é também o nosso. (CiFA)
1-13) Na escola, compreendi a rebeldia dos jovens de hoje: eles descobriram que não tiveram infância. Não brincaram e agora querem fazê-lo. Por isso, vingam-se dos adultos que os transformaram em brinquedos. Mas não sou eu o culpado por ter feito meus próprios brinquedos; nunca precisei brincar com crianças — e nem sequer sabia o que era pedofilia. (CiFA)
1-14) Por que não amamos aquilo que já não nos serve? Ninguém ama sem obter algum benefício! Eu quero seu amor poético; o resto é apenas responsabilidade. (CiFA)
1-15) Como poderia deixar de amar quem me ama tanto? Da mesma forma, inversamente, como poderia ensinar quem me odeia tanto? Não me vingar já é uma forma de amar. (CiFA)
1-16) Em mim, só existem dois tipos de amor: o que pratico com quem me ama e o que pratico com quem me odeia. Porque, em nome do amor, a reciprocidade é obrigatória. (CiFA)
1-17) A escola maternalista está equivocada. Técnicos da educação acreditam que os alunos são bons porque são amados, quando deveriam ser amados por serem bons. Dar sem critério não ajuda ninguém; as pessoas precisam de dignidade. O mundo já está cheio de “esmolengos” inúteis. Assim, em vez de “vender” estudantes, a escola acaba “comprando filhos”. (CiFA)
1-18) Não me lembro de nenhum mártir da educação. Talvez não seja importante ser “linha dura” e dar a vida em troca de simulações, já que lá tudo é simulado. Arrisco-me muito agradando gregos e troianos; porém, a neutralidade evita conflitos, mas não forma heróis. (CiFA)
1-1) No fim das contas, o aluno será promovido, mesmo que fique reprovado em duas matérias. Ele nem se preocupa — afinal, um "trabalhinho" qualquer resolverá sua dependência curricular. E, convenhamos, o professor não quer, de forma alguma, mais trabalho extra. (CiFA)
1-2) Notei também que, no quarto bimestre, aumentam as denúncias de pais e alunos contra os professores — muitas vezes por motivos banais, chegando até a envolver questões da vida pessoal e familiar do docente. Trata-se de uma competição desleal: os alunos querem a aprovação a qualquer custo — ou, pior, sem custo algum. (CiFA)
1-3) A partir do terceiro bimestre, a pressão psicológica sobre o professor só aumenta — quando, na verdade, deveria recair sobre o aluno. É um assédio moral aqui, uma imoralidade ali, uma falta de ética acolá... e assim seguimos, com “ordem e progresso” estampados na escola, mas bem longe da realidade. (CiFA)
1-4) No início do ano, os professores renovam o voto com firmeza: — "Vamos aprovar apenas os alunos dedicados e estudiosos. Sejamos rigorosos, nossa escola é séria!" Mas basta chegar o conselho de classe do terceiro ou quarto bimestre e, se a taxa de aprovação não foi alcançada, tudo se resolve no velho jeitinho brasileiro — com um acréscimo de nota aqui, outro ali. (CiFA)
1-5) Ora, se os alunos já sabem que serão aprovados automaticamente — ou melhor, no grito —, por que se importariam com mais uma tarefa no quadro, valendo alguns pontinhos? (CiFA)
1-6) O mais perverso dos argumentos de um coordenador pedagógico para justificar a aprovação sem mérito é sempre o mesmo: — "Você quer tê-lo novamente como seu aluno no próximo ano?" (CiFA)
1-7) A redação do Enem deveria ser uma grande oportunidade de motivação para o estudo e a pesquisa direcionada. No entanto, os candidatos acabam tocando superficialmente aqui e ali, guiados apenas pela intuição. Afinal, aprofundar-se em quê, se ninguém consegue adivinhar o tema? AS REDAÇÕES DO ENEM DEVERIAM SER DE GRANDE CONTRIBUIÇÃO CIENTÍFICA PARA O PAÍS. Mas começo a suspeitar que o verdadeiro propósito da redação seja descobrir profetas — porque, neste caso, acertar o tema já seria um dom: Clarividência! (CiFA)
1-8) Agora o milagre da inclusão social dos surdos resume-se ao estudo da língua de sinais? Nesse caso, somos nós quem decidimos: se não estudarmos, não haverá inclusão. (CiFA)
1-9) Já no fim do Ensino Médio, os alunos modernos sequer sabem que curso desejam fazer na faculdade — será aquele que a nota do Enem permitir. (CiFA)
1-10) Estou aprendendo a oferecer minha ausência — um dia após o outro — até que ela se torne eterna para aqueles que nunca souberam valorizar minha presença. Aos que aprenderam comigo, deixo um aviso: castiguem-se, se negarem o que sabem a meu respeito. Pérolas aos porcos, sempre! Felizmente, os porcos amam a internet. (CiFA)
1-11) A certeza de que muita gente me lê revela-se na quantidade de inimigos que acumulo. Como já disse Martin Luther King: "Para ter inimigos, não precisa declarar guerras, apenas diga o que pensa." (CiFA)
1-12) Professor burro tolhe o êxito dos alunos ao impor vetos vãos, atrasando, assim, seu próprio sucesso. Afinal, o sucesso do aluno é também o nosso. (CiFA)
1-13) Na escola, compreendi a rebeldia dos jovens de hoje: eles descobriram que não tiveram infância. Não brincaram e agora querem fazê-lo. Por isso, vingam-se dos adultos que os transformaram em brinquedos. Mas não sou eu o culpado por ter feito meus próprios brinquedos; nunca precisei brincar com crianças — e nem sequer sabia o que era pedofilia. (CiFA)
1-14) Por que não amamos aquilo que já não nos serve? Ninguém ama sem obter algum benefício! Eu quero seu amor poético; o resto é apenas responsabilidade. (CiFA)
1-15) Como poderia deixar de amar quem me ama tanto? Da mesma forma, inversamente, como poderia ensinar quem me odeia tanto? Não me vingar já é uma forma de amar. (CiFA)
1-16) Em mim, só existem dois tipos de amor: o que pratico com quem me ama e o que pratico com quem me odeia. Porque, em nome do amor, a reciprocidade é obrigatória. (CiFA)
1-17) A escola maternalista está equivocada. Técnicos da educação acreditam que os alunos são bons porque são amados, quando deveriam ser amados por serem bons. Dar sem critério não ajuda ninguém; as pessoas precisam de dignidade. O mundo já está cheio de “esmolengos” inúteis. Assim, em vez de “vender” estudantes, a escola acaba “comprando filhos”. (CiFA)
1-18) Não me lembro de nenhum mártir da educação. Talvez não seja importante ser “linha dura” e dar a vida em troca de simulações, já que lá tudo é simulado. Arrisco-me muito agradando gregos e troianos; porém, a neutralidade evita conflitos, mas não forma heróis. (CiFA)