"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

Pesquisar neste blog ou na Web

MINHAS PÉROLAS

⁠ALUNOS QUE EVOLUÍRAM ("Conheci muitos canalhas no passado e hoje percebo que os mesmos evoluíram ao canalhismo." — Elias Torres)
            Fico impressionado, como alunos desde a segunda fase do fundamental já não se intimidam mais diante do professor academicamente superior. Mas, a esquerda diz que "Ninguém é melhor que ninguém" — Paulo Freire. Talvez aprenderam essa lição nos braços de uma feminista. Agora, não se pode dar-lhes uma aula expositiva sequer, eles falam demais, interrompendo a todo instante para mostrar que sabem mais, e não precisam de nada mais: Aliás, só de nota. Essa postura arrogante, sempre justificou o comportamento de rebeldia dos "Laodiceianos"; desinteresse nas aulas de um professor velho "quadrado" de antigamente é compreensível, o que eu não compreendo ainda é porque chamam isso de modernidade. Eu já devia estar aposentado, mas a burocracia não ajuda, prejudicando o sistema por tabela, pois enquanto eu estiver na ativa, estarei ativo em desaceleração. O grande mal da educação é que ela se tornou apenas um "cabide de emprego"! E o comportamento desrespeitoso do alunado advém da possibilidade dos velhos conhecimentos se deixarem ser substituídos pelas novas verdades facilmente: O osso não é doce. (Cifa

Claudeci Ferreira de Andrade

domingo, 21 de abril de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico V(12) **Desconstruindo o Alarmismo na Repreensão: Uma Perspectiva Teológica e Filosófica**

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico V(12) **Desconstruindo o Alarmismo na Repreensão: Uma Perspectiva Teológica e Filosófica**

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A advertência constante sobre a iminência da perdição, embora enraizada em parábolas antigas, carece de lógica e atualidade. Como disse Søren Kierkegaard, "A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para frente".

O apelo a Provérbios e aos Salmos para ilustrar o arrependimento inevitável é um recurso retórico desgastado. Em uma era de psicologia moderna e compreensão científica da mente humana, a insistência em uma narrativa de sofrimento iminente parece desatualizada. Como Paulo escreveu em Romanos 12:2, "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente".

A metáfora da mulher estranha, usada como símbolo de perdição, é redutora e desconsidera a autonomia e diversidade nas escolhas sexuais. A visão contemporânea da sexualidade desafia a ideia de que prazeres sexuais fora de certos padrões são inerentemente condenáveis. Como disse Michel Foucault, "A sexualidade é a transferência de poderes e relações".

A referência ao sofrimento de Sansão e a narrativa do homem rico no inferno, embora eloquentes, são anacrônicas em um contexto onde a responsabilidade individual deve ser avaliada sob uma ótica mais ampla. Como Jesus disse em João 8:7, "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra".

A insistência na concepção de um Deus que destruirá repentinamente os rebeldes revela uma perspectiva de divindade punitiva. Em contraposição a essa visão apocalíptica, a reflexão contemporânea exige uma abordagem mais contextualizada e empática. Como disse Martin Luther King Jr., "O amor é a única força capaz de transformar um inimigo em amigo".

Em síntese, a abordagem alarmista baseada em repreensões e advertências simplistas mostra-se inadequada e desalinhada com as nuances da experiência humana contemporânea. A reflexão e o arrependimento podem emergir de um entendimento mais profundo, compassivo e contextualizado das complexidades da vida. Como disse Paulo em 1 Coríntios 13:13, "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor".

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. Narrativas Tradicionais e Reflexão Contemporânea:

a) O texto critica a utilização de narrativas alarmistas para promover a reflexão e o arrependimento. Explique por que essa abordagem é considerada inadequada na visão do autor.

b) De acordo com o texto, como a vida deve ser compreendida e vivida para que a reflexão e o arrependimento sejam genuínos?

c) Na sua opinião, como podemos adaptar as narrativas tradicionais para que sejam mais relevantes e eficazes na promoção da reflexão e do arrependimento em nossa sociedade contemporânea?

2. Sexualidade e Condenação:

a) O texto critica a utilização da metáfora da "mulher estranha" como símbolo de perdição. Explique essa crítica e por que ela se mostra inadequada em uma visão contemporânea da sexualidade.

b) De acordo com o texto, como a visão contemporânea da sexualidade desafia a ideia de que prazeres sexuais fora de certos padrões são inerentemente condenáveis?

c) Na sua opinião, como podemos promover uma sociedade mais tolerante e inclusiva que respeite a diversidade nas escolhas sexuais, sem abrir mão de valores éticos e morais importantes?

3. Responsabilidade Individual e Contexto Social:

a) O texto critica a narrativa do sofrimento de Sansão e do homem rico no inferno como exemplos anacrônicos de responsabilidade individual. Explique essa crítica e por que ela se mostra inadequada em um contexto social mais amplo.

b) De acordo com o texto, como a responsabilidade individual deve ser avaliada sob uma ótica mais ampla na reflexão e no arrependimento?

c) Na sua opinião, como podemos promover a responsabilização individual sem desconsiderar os fatores sociais, históricos e culturais que influenciam nossas ações e decisões?

4. Visão de Deus e Reflexão:

a) O texto critica a visão de um Deus punitivo que destrói repentinamente os rebeldes. Explique essa crítica e como ela se contrapõe à ideia de um Deus mais amoroso e misericordioso.

b) De acordo com o texto, como a reflexão contemporânea exige uma abordagem mais contextualizada e empática em relação à divindade?

c) Na sua opinião, como podemos construir uma fé mais madura e autêntica que concilie a crença em um poder superior com a compreensão das complexidades da vida humana?

5. O Amor como Caminho para a Transformação:

a) O texto destaca o amor como a força transformadora mais poderosa. Explique como o amor pode contribuir para a reflexão, o arrependimento e a mudança individual.

b) De acordo com o texto, quais são os três elementos que permanecem e que devem ser cultivados na busca por uma vida mais significativa?

c) Na sua opinião, como podemos cultivar o amor em nossas vidas e nas relações com os outros, tornando-o um instrumento de transformação individual e social?

Observações:

As questões discursivas visam estimular o pensamento crítico e a reflexão sobre os temas abordados no texto.

As respostas podem variar de acordo com a interpretação individual do texto e as experiências de cada aluno.

É importante que os alunos apresentem argumentos sólidos e exemplos concretos para embasar suas respostas.

O professor pode utilizar as questões para promover um debate em sala de aula e enriquecer o processo de aprendizagem.

sábado, 20 de abril de 2024

A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO ( "Lastimável discípulo, que não ultrapassa o mestre". — Leonardo da Vinci)

 


A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO ( "Lastimável discípulo, que não ultrapassa o mestre". — Leonardo da Vinci)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era mais um dia comum na sala de professores, enquanto eu organizava os materiais para as aulas seguintes. No entanto, algo me chamou a atenção: as conversas paralelas dos demais colegas sobre os motivos que traziam seus alunos às salas de aula. Fiquei intrigado e resolvi prestar mais atenção.

Ouvi falar do Cidão, aquele garoto humilde que frequentava as aulas com o sonho de se tornar um líder, um político que pudesse fazer a diferença. Lembrei-me de como ele brilhava nos debates e questionamentos, revelando uma mente inquieta e ansiosa por transformação.

Depois, comentaram sobre Karen, a menina mimada que achava que tudo podia ser comprado, inclusive as notas e o sucesso. Ela não entendia que a verdadeira educação não se adquire com dinheiro, mas sim com dedicação e esforço genuíno.

Alguns colegas mencionaram aqueles que viam a escola como um meio de sobrevivência, uma forma de acessar os programas governamentais e benefícios oferecidos. Esses alunos estavam lá por necessidade, mas ainda assim, era uma oportunidade para que pudessem se elevar.

Houve também quem criticasse os estudantes que enxergavam a escola como um refeitório, preocupados apenas com o lanche e os incentivos materiais. Esses, infelizmente, perdiam a essência do verdadeiro aprendizado, deixando-se seduzir pelas facilidades momentâneas.

Enquanto ouvia tudo aquilo, uma reflexão profunda tomou conta de mim. Lembrei-me de que o objetivo central da educação é promover a transformação genuína do indivíduo, moldando-o para ser um cidadão íntegro e comprometido com o bem comum.

Afinal, os verdadeiros estudantes são aqueles que buscam o autoconhecimento, inspirados pelos grandes nomes da história, ansiosos por desenvolver talentos e habilidades que possam ser úteis à sociedade. Esses são os que realmente honram o propósito da educação e da escola.

Naquele momento, percebi que minha missão como educador ia muito além de simplesmente transmitir conteúdos. Era preciso despertar nas mentes e corações dos meus alunos a paixão pelo conhecimento autêntico, pela busca incansável da sabedoria e pelo desejo de se tornarem seres humanos melhores.

Assim, com renovado ânimo, prometi a mim mesmo que, a partir daquele dia, minha jornada como professor ganharia um novo significado. Eu me empenharia em inspirar cada um daqueles jovens a encontrar a sua própria essência, a compreender o verdadeiro sentido da educação e a se tornarem agentes transformadores do mundo ao seu redor.


ALINHAMENTO CONSTRUTIVO


1. Diversidade de Motivações:

a) A crônica apresenta um panorama rico em diversidade de motivações que impulsionam os alunos a frequentar a escola. Como essas diferentes motivações, como o sonho de Cidão de se tornar um líder e a busca por sobrevivência de outros alunos, refletem as desigualdades sociais e as diferentes realidades dos estudantes?

b) De que forma a comparação com a "menina mimada" Karen, que acredita que tudo pode ser comprado, inclusive a educação, contribui para a reflexão crítica sobre o papel do dinheiro e do mérito na sociedade?

c) Como a crítica aos alunos que veem a escola apenas como um "refeitório" se conecta com a discussão sobre a importância de ir além das recompensas imediatas e buscar um aprendizado significativo e transformador?


2. A Educação como Ferramenta de Transformação:

a) A crônica destaca a educação como um instrumento de "transformação genuína do indivíduo". Como essa ideia se relaciona com a formação de cidadãos conscientes, críticos e engajados na construção de uma sociedade mais justa?

b) De que forma a busca pelo "autoconhecimento" e a inspiração em "grandes nomes da história" contribuem para o desenvolvimento da identidade individual e do senso de responsabilidade social?

c) Como a crônica incentiva os alunos a transcenderem motivações imediatas e reconhecerem o potencial transformador da educação, tanto para si mesmos quanto para a sociedade?


3. O Papel do Professor como Inspirador:

a) A crônica reconhece que a missão do professor vai além da mera transmissão de conteúdos. Como o professor pode despertar nos alunos a paixão pelo conhecimento e a busca pela sabedoria?

b) De que forma o professor pode criar um ambiente de aprendizagem que incentive a autonomia, a criatividade e o pensamento crítico dos alunos?

c) Como a crônica inspira os professores a buscarem práticas pedagógicas inovadoras e motivadoras que promovam a transformação social através da educação?


4. Desafios e Perspectivas:

a) A crônica reconhece os desafios da educação, como a desigualdade social e a falta de acesso à educação de qualidade. Como o professor pode lidar com esses desafios e garantir que todos os alunos, independentemente de suas origens ou motivações iniciais, tenham oportunidades de aprendizado significativas?

b) De que forma a crônica contribui para o debate sobre as políticas públicas que impactam a educação, como o investimento em infraestrutura, a formação de professores e a valorização da carreira docente?

c) Como a história do professor pode inspirar outros educadores a se engajarem na luta por uma educação mais justa, equitativa e transformadora para todos?


5. A Educação como Jornada Constante:

a) A crônica apresenta a educação como uma jornada contínua de aprendizado e crescimento. Como essa perspectiva se conecta com a necessidade de adaptação às mudanças sociais e à busca por conhecimento ao longo da vida?

b) De que forma a crônica incentiva os alunos a serem protagonistas de sua própria educação, assumindo a responsabilidade por seu aprendizado e buscando oportunidades de desenvolvimento contínuo?

c) Como a mensagem da crônica pode contribuir para a construção de uma sociedade mais aprendente, onde a educação seja valorizada como um processo contínuo e essencial para o desenvolvimento individual e coletivo?


Lembre-se:

O importante é utilizar as perguntas como ferramentas para explorar a crônica em profundidade, refletir sobre seus diferentes aspectos e construir seu próprio conhecimento sobre o tema.

Utilize os recursos disponíveis, como dicionários, enciclopédias e outros materiais de apoio, para enriquecer suas respostas e ampliar sua compreensão dos conceitos abordados.


Explore mais:

Sociologia da Educação: Aprofunde seus conhecimentos sobre as relações entre educação, sociedade e cultura, investigando como a educação influencia e é influenciada pelas estruturas sociais e pelas relações de poder.

Filosofia da Educação: Explore as diferentes teorias filosóficas sobre o propósito, valor e significado da educação, refletindo sobre os objetivos e os princípios que orientam o processo educativo.

Comentários


domingo, 14 de abril de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico V(11) "Desmistificando a Fornicação com Sabedoria e Compaixão"

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico V(11) "Desmistificando a Fornicação com Sabedoria e Compaixão"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A fornicação, um tema frequentemente abordado com fervor e alarmismo, merece uma análise teológica mais equilibrada. Como o filósofo Agostinho de Hipona afirmou, "A medida do amor é amar sem medida". Portanto, é essencial que consideremos as nuances da existência humana antes de fazer julgamentos precipitados. Como Platão ponderou, "A medida do homem é o que ele faz com o que sabe".

A ideia de que a fornicação seria a última coisa na mente de alguém à beira da morte ameaçando ser tarde demais na busca de perdão, é uma generalização que ignora a complexidade da vida humana. Como disse o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 6:12, "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm". Cada indivíduo tem sua própria jornada e suas escolhas não podem ser avaliadas por uma única medida. Em harmonia com Romanos 14:22, Paulo nos admoesta: "A fé que você tem, guarde-a para você mesmo".

A sexualidade, um aspecto fundamental da experiência humana, não deve ser vista apenas através de uma lente apocalíptica. A ciência moderna nos oferece uma compreensão mais matizada da sexualidade e das doenças sexualmente transmissíveis, desafiando a visão de que são uma punição divina.

A introspecção é uma parte valiosa da experiência humana, mas não precisa ser limitada a momentos de tristeza ou luto. Como o filósofo Friedrich Nietzsche observou, "Aquele que tem uma razão para viver pode suportar quase qualquer coisa". A reflexão pode florescer em todos os aspectos da vida, não apenas nos momentos sombrios. Em consonância com Albert Camus, "No meio do inverno, finalmente aprendi que havia em mim um verão invencível".

A ideia de que o arrependimento antecipado é a chave para enfrentar os "dias maus" é uma perspectiva válida, mas deve ser também considerada com uma mente aberta para a diversidade de experiências humanas. Como Jesus disse em João 8:7, "Aquele que não tem pecado atire a primeira pedra". Cada pessoa tem sua própria jornada e suas escolhas não devem ser julgadas por um único padrão. Conforme expresso por Jesus em Lucas 6:37, "Não julgueis, e não sereis julgados".

Em conclusão, a busca pelo entendimento e aceitação da complexidade humana pode nos levar a um caminho de compaixão e compreensão, em vez do medo do julgamento divino. Como o filósofo Immanuel Kant afirmou, "O céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim". Ao repensarmos os conceitos de certo e errado, percebemos que a verdadeira essência da existência reside na busca pela empatia e na aceitação da diversidade humana. Em sintonia com Jean-Paul Sartre, "Somos condenados a ser livres".

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. Amor sem medida e a complexidade da existência humana:

Como a citação de Agostinho de Hipona, "A medida do amor é amar sem medida", se relaciona com a ideia de que a fornicação não deve ser julgada com rigor?

De que forma a complexa jornada de cada indivíduo, como defendido no texto, desafia a visão de que a fornicação é um ato pecaminoso sem espaço para redenção?

Você concorda com a afirmação de que a fornicação não deve ser a última preocupação de alguém à beira da morte? Por quê?

2. Sexualidade: além da lente apocalíptica:

Como a ciência moderna contribui para uma compreensão mais abrangente da sexualidade e das doenças sexualmente transmissíveis, desafiando a visão de que elas são punições divinas?

De que forma a sexualidade pode ser vista como um aspecto fundamental da experiência humana que vai além de uma mera questão moral?

Você acredita que a visão apocalíptica da sexualidade ainda influencia a forma como as pessoas a percebem e a vivenciam? Por quê?

3. Introspecção e reflexão: além da tristeza e do luto:

Como a citação de Friedrich Nietzsche, "Aquele que tem uma razão para viver pode suportar quase qualquer coisa", se relaciona com a ideia de que a introspecção e a reflexão não se limitam a momentos de tristeza ou luto?

De que forma a introspecção pode ser um instrumento valioso para o autoconhecimento e o crescimento pessoal, mesmo em momentos de alegria e plenitude?

Você acredita que a introspecção e a reflexão são ferramentas essenciais para lidar com os "dias maus" da vida? Por quê?

4. Arrependimento e diversidade de experiências:

Como a citação de Jesus, "Aquele que não tem pecado atire a primeira pedra", pode ser interpretada em relação à ideia de que o arrependimento antecipado é a chave para enfrentar os "dias maus"?

De que forma a diversidade de experiências humanas, como defendido no texto, desafia a visão de que o arrependimento deve seguir um único padrão?

Você concorda com a afirmação de que o julgamento e a condenação não devem ser ferramentas para lidar com o arrependimento e o pecado? Por quê?

5. Empatia, aceitação e a busca pelo entendimento:

Como a citação de Immanuel Kant, "O céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim", se relaciona com a busca por empatia e aceitação da diversidade humana?

De que forma a reflexão sobre os conceitos de certo e errado pode nos levar a um caminho de compaixão e compreensão, em vez do medo do julgamento divino?

Você acredita que a sociedade atual está caminhando para uma maior aceitação da complexidade humana e da diversidade de experiências? Por quê?

Dicas para responder às questões:

Leia o texto com atenção e identifique os pontos principais.

Releia os trechos que abordam os temas das questões.

Utilize suas próprias palavras para responder às perguntas, de forma clara e concisa.

Fundamente suas respostas com exemplos do texto e, se possível, com outras fontes de conhecimento.

Bônus:

Você já se deparou com situações em que a fornicação foi julgada com severidade, sem levar em consideração a complexidade da vida humana?

De que forma você acredita que podemos promover uma sociedade mais tolerante e compreensiva em relação à sexualidade humana?

Como o estudo da filosofia e da teologia pode contribuir para uma análise mais equilibrada e profunda de temas como a fornicação?

terça-feira, 9 de abril de 2024

ANTIFARISEU — Ensaio Teológico V(10) "Prostituição e Evolução Social: Superando Perspectivas Moralistas"

 


ANTIFARISEU — Ensaio Teológico V(10) "Prostituição e Evolução Social: Superando Perspectivas Moralistas"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

As religiões apresentam uma visão unilateral sobre a relação com prostitutas, focando apenas nos aspectos negativos e nos custos financeiros. No entanto, uma análise mais crítica e abrangente permite questionar essa perspectiva restrita.

Substituindo as referências bíblicas por uma abordagem filosófica mais atualizada, podemos considerar a interação com prostitutas não como uma condenação, mas como uma escolha individual que envolve liberdade e autonomia. Como afirmou Judith Butler, "Gênero é uma performance constante". Nesse contexto, a prostituição pode ser vista como uma manifestação legítima da liberdade individual.

Ao abordar a questão financeira, podemos citar o economista contemporâneo Joseph Stiglitz, que defende a ideia de que a desigualdade econômica é um obstáculo ao desenvolvimento humano. Se um indivíduo escolhe gastar parte de seus recursos com serviços sexuais, isso pode ser interpretado como uma manifestação legítima de sua liberdade individual.

A narrativa sobre os custos emocionais e as consequências dolorosas do pecado pode ser reinterpretada à luz da psicologia moderna. Ao considerar as diferentes perspectivas sobre relacionamentos e prazer, podemos citar o psicólogo Martin Seligman, que destacou a importância da resiliência e do otimismo como componentes essenciais do bem-estar humano.

A abordagem de Salomão, ao alertar contra a mulher estranha, pode ser reinterpretada à luz da necessidade de uma educação sexual abrangente e da compreensão das diversas escolhas e expressões da sexualidade humana. Em vez de focar apenas nas ameaças e avisos, é crucial adotar uma abordagem mais ampla e inclusiva.

Em resumo, a visão apresentada no mundo evangélico reflete uma perspectiva moralista e unidimensional. Ao adotar uma abordagem mais contemporânea e aberta, reconhecendo a diversidade de escolhas individuais e considerando diferentes pontos de vista filosóficos, podemos enriquecer a discussão sobre a interação com prostitutas e explorar a complexidade inerente a essa questão. Como Slavoj Žižek disse, "Nós sentimos livres porque somos forçados a tomar uma decisão", e isso se aplica à busca constante da autonomia e da liberdade em meio à complexidade das narrativas humanas.

Será que um dia em breve vai-se poder contratar os serviços sexuais de uma prostituta evangélica?


ALINHAMENTO CONSTRUTIVO


1. A Diversidade das Perspectivas sobre a Prostituição:

Como diferentes culturas e religiões ao longo da história abordaram a questão da prostituição?

Que fatores contribuem para a construção de diferentes visões sobre a prostituição?

Como o contexto histórico e social influencia as normas e valores relacionados à sexualidade?


2. Liberdade Individual e Autonomia na Esfera Sexual:

Como podemos conciliar a liberdade individual com a responsabilidade pessoal nas relações sexuais?

Que medidas podem ser tomadas para promover a educação sexual abrangente e responsável?

Como podemos evitar a culpabilização e a marginalização de indivíduos que transgridem normas sexuais?

3. Aspectos Financeiros da Prostituição:


Quais são os fatores que contribuem para a escolha da prostituição como forma de trabalho?

Como a prostituição se relaciona com a desigualdade social e econômica?

Que medidas podem ser tomadas para proteger os direitos e a dignidade dos trabalhadores do sexo?


4. Abordagens Psicológicas sobre o Prazer e os Relacionamentos:

Como diferentes perspectivas da psicologia abordam o tema do prazer sexual?

Como podemos construir relações sexuais saudáveis e consensuais?

Que medidas podem ser tomadas para prevenir e lidar com os impactos emocionais da prostituição?


5. Educação Sexual Abrangente e Inclusiva:

Como podemos promover uma educação sexual que aborde a diversidade de expressões sexuais?

Que papel a escola, a família e a mídia podem desempenhar na promoção de uma cultura sexual saudável?

Como podemos combater o estigma e a discriminação relacionados à sexualidade?


6. Diálogo Aberto e Respeitoso sobre a Prostituição:

Como podemos promover um diálogo aberto e respeitoso sobre a prostituição na sociedade?

Como podemos evitar debates polarizados e moralistas sobre o tema?

Que papel a academia, a mídia e os movimentos sociais podem desempenhar na construção de uma visão mais abrangente sobre a prostituição?


7. A Questão da Prostituição Evangélica:

Como a prostituição se relaciona com os valores e crenças do cristianismo evangélico?

Quais são os argumentos utilizados pelos evangélicos para condenar a prostituição?

Existe espaço para o diálogo e a compreensão entre evangélicos e profissionais do sexo?


Lembre-se: A prostituição é um tema complexo e multifacetado que envolve diversos fatores sociais, econômicos, psicológicos e éticos. A busca por soluções para os desafios relacionados à prostituição exige um diálogo aberto e respeitoso entre diferentes setores da sociedade. Através da exploração de diferentes perspectivas e da análise crítica do texto, podemos construir uma visão mais madura e abrangente sobre a prostituição.


Dicas para responder as questões:


Leia o texto com atenção e reflita sobre os temas abordados.

Utilize o texto como base para suas respostas, mas não se limite a ele.

Busque outras fontes de informação para enriquecer seus argumentos.

Seja criativo e original em suas respostas.

Apresente seus argumentos de forma clara e concisa.

Fundamente suas ideias com exemplos e dados concretos.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

LUIZ FELIPE PONDÉ Deus me livre de ser feliz




Deus me livre de ser feliz


Quanto aos meus alunos e aos meus leitores, esses eu nunca penso em deixar felizes, graças a Deus



DEUS ME livre de ser feliz. Existem coisas mais sérias que a felicidade. Algum sabichão por aí vai dizer, sentindo-se inteligentinho: "Existem várias formas de felicidade!". E o colunista dirá: "Sou filósofo, cara. Conheço esse blá-blá-blá de que existem vários tipos de felicidade, mas hoje não estou a fim".
Um bom teste para saber se o que você está aprendendo vale a pena é ver se o conteúdo em questão visa te deixar feliz.
Se for o caso e você tiver uns 40 anos de idade, você corre o risco de sair do "curso" engatinhando como um bebê fora do prazo de validade. A mania da felicidade nos deixa retardados.
Querer ser feliz é uma praga. Quando queremos ser felizes sempre ficamos com cara de bobo. Preste atenção da próxima vez que vir alguém querendo ser feliz.
Mas hoje em dia todo mundo quer deixar todo mundo feliz porque agradar é, agora, um conceito "científico". Quem não agrada, não vende, assim como maçãs caem da árvore devido à lei de Newton.
Mas eu, talvez por causa de algum trauma (fiz análise por 20 anos e acho que Freud acertou em tudo o que disse), não quero agradar ninguém.
Não considero isso uma "vantagem moral", mas uma espécie de vício. Claro, por isso tenho poucos amigos. Mas, como dizem por aí, se você tiver muitos amigos, ou você é superficial, ou eles são, ou os dois.
Quanto aos meus alunos e leitores, esses eu nunca penso em deixar felizes, graças a Deus.
Desejo para eles uma vida atribulada, conflitos infernais com as famílias, dúvidas terríveis quanto a se vale a pena ou não ter filhos e casar.
Desejo que, caso optem por não ter família, experimentem a mais dura solidão da existência humana, porque, no fundo, não passam de egoístas. Mas se tiverem família, desejo que percebam como os filhos cada vez mais são egoístas porque querem ser felizes e livres.
Desejo para eles pressões violentas no mercado de trabalho. E jantares à meia-noite diante de um trabalho que não pode ficar para amanhã porque querem viajar e ter grana para gastar.
Quem quiser ser livre, que aguente a insegurança da liberdade. Quem for covarde e optar por uma vida miseravelmente cotidiana que veja um dia sua filha jogar na sua cara que você foi um covarde.
Especialmente, desejo um futuro cruel para quem acredita que "ser uma pessoa de bem" a protege de ser infiel, infeliz, abandonada e invejosa.
Espero que um dia descubram que, sim, eles têm um preço (apenas desejo que seja um preço alto) e que se vendam.
Espero que percebam que seus pais não foram santos e parem com essa coisa de gente brega de classe média que tenta inventar uma "tradição ética familiar" que só engana bobo.
E por que digo isso? Porque hoje todos nós estamos um tanto infantilizados e só queremos que nos digam o que achamos legal.
O resultado é uma massa de obviedades. A tendência é transformar o pensamento público em autoajuda ou em "compromisso com um mundo melhor", o que é a mesma coisa.
Quem quer agradar é, no fundo, um frouxo. Vejamos alguns exemplos do produto "querer ser feliz". Comecemos por quem acha que o seu "querer ser feliz" é superior e espiritualizado.
Talvez você queira virar luz quando morrer porque ser luz é legal (risadas). Deus me livre de querer virar luz quando morrer. Prefiro as trevas.
Se for para continuar vivendo depois de morto, prefiro viver no "meu elemento", as trevas, porque sou cego como um morcego.
Normalmente, quem quer virar luz quando morrer é gente feia ou magra demais. Mulheres bonitas vão para o inferno, logo...
E gente que acha que frango tem mãe (só porque ele "descende" do ovo de uma galinha, e ela de outro...) e por isso é crime matá-los? Trata-se de uma nova forma de compromisso com a "felicidade social e política".
Entre esses "felizes que desejam a felicidade para os frangos" existem pessoas de 40 anos com cérebro de dez e pessoas de dez anos que um dia terão 40, mas com o mesmo cérebro de dez. Não creio que mudem.
Hoje é Carnaval. Espero que você não tenha pegado aquele trânsito idiota de cinco horas para ser feliz na praia.

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0703201115.htm
Acessado em 08/04/2024
ponde.folha@uol.com.br

domingo, 7 de abril de 2024

ANTIFARESEU — Ensaio Teológico V(9) "Amor, Sexo e Redenção: Uma Perspectiva Nietzscheana sobre Pecado e Transformação"

 


ANTIFARESEU — Ensaio Teológico V(9) "Amor, Sexo e Redenção: Uma Perspectiva Nietzscheana sobre Pecado e Transformação"

Por Claudeci Ferreira de Andrade

As religiões cristãs, muitas vezes interpretadas de forma fanática, ressaltam os perigos do adultério e da fornicação, alertando para as consequências devastadoras desses comportamentos. No entanto, uma perspectiva contemporânea permite uma abordagem mais equilibrada, focando na responsabilidade pessoal e na busca pela redenção.

Em vez de generalizar que todas as prostitutas são cruéis e que qualquer interação com elas resultará em destruição, podemos explorar a complexidade das vidas individuais e as escolhas que as pessoas fazem em diferentes circunstâncias. Como disse Santo Agostinho, "o pecado é nada mais do que um mau uso da vontade livre que Deus nos deu".

A Bíblia nos adverte em Provérbios 5:3-4 sobre a "mulher estranha", mas em vez de nos apegarmos estritamente a essa visão, podemos introduzir estudos contemporâneos sobre relacionamentos, comunicação e a importância da educação sexual. A ideia de que a única solução é ter "um ótimo relacionamento com sua esposa legítima e ter muitos filhos legítimos" pode ser desafiada, considerando-se uma variedade de arranjos familiares e valores modernos.

Em vez de focar nas punições e humilhações associadas ao pecado sexual, podemos enfatizar a capacidade de redenção e perdão. Como o filósofo Friedrich Nietzsche afirmou, "o que não me mata, me fortalece". Citações de especialistas em psicologia e a abordagem terapêutica de casos semelhantes podem substituir as referências bíblicas que condenam irreversivelmente o adúltero.

Ao abordar a ideia de que um adúltero dificilmente recuperará sua honra, podemos introduzir estudos de casos de recuperação bem-sucedida, ressaltando que o verdadeiro arrependimento e a busca por mudanças podem resultar em redenção e reconciliação.

Em conclusão, a perspectiva contemporânea busca humanizar as experiências relacionadas à fornicação e ao adultério, afastando-se da visão moralizante e oferecendo espaço para o perdão e a recuperação. A ênfase é colocada na responsabilidade pessoal, na compreensão das circunstâncias individuais e na busca ativa por redenção, desafiando assim a narrativa restritiva apresentada na Bíblia. Como Paulo escreveu em Romanos 3:23-24, "todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus".

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. Abordagens Divergentes sobre Sexualidade:

Como a perspectiva contemporânea sobre sexualidade se diferencia da visão tradicional presente nas religiões cristãs?

Que fatores contribuem para a construção de diferentes visões sobre o comportamento sexual?

Como o contexto histórico e cultural influencia as normas e valores relacionados à sexualidade?

2. Responsabilidade Pessoal e Liberdade Sexual:

Como podemos conciliar a liberdade individual com a responsabilidade pessoal nas relações sexuais?

Que medidas podem ser tomadas para promover a educação sexual abrangente e responsável?

Como podemos evitar a culpabilização e a marginalização de indivíduos que transgridem normas sexuais?

3. Humanizando a Prostituição:

Como podemos desconstruir os estereótipos e estigmas associados à prostituição?

Quais são os fatores sociais e econômicos que contribuem para a prostituição?

Que medidas podem ser tomadas para proteger os direitos e a dignidade dos trabalhadores do sexo?

4. Redenção e Reconstrução após o Erro:

Como o conceito de redenção pode ser aplicado aos casos de fornicação e adultério?

Que caminhos podem ser trilhados para a reconstrução da vida após um erro moral?

Como podemos promover o perdão e a reconciliação em situações de infidelidade?

5. Diálogo Aberto e Respeitoso sobre Sexualidade:

Como podemos promover um diálogo aberto e respeitoso sobre sexualidade na sociedade?

Como podemos evitar debates polarizados e moralistas sobre o tema?

Que papel a mídia, a escola e a família podem desempenhar na promoção de uma cultura sexual saudável?

Lembre-se: A sexualidade é uma parte natural e complexa da vida humana. Abordá-la de forma humanizada e responsável exige uma compreensão profunda dos diferentes fatores que a influenciam. A busca por um diálogo aberto e respeitoso é fundamental para construirmos uma sociedade mais tolerante, inclusiva e livre de tabus.

Dicas para responder as questões:

Leia o texto com atenção e reflita sobre os temas abordados.

Utilize o texto como base para suas respostas, mas não se limite a ele.

Busque outras fontes de informação para enriquecer seus argumentos.

Seja criativo e original em suas respostas.

Apresente seus argumentos de forma clara e concisa.

Fundamente suas ideias com exemplos e dados concretos.