"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

Pesquisar neste blog ou na Web

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

O PELÉ DA EDUCAÇÃO ("O gênio, o crime e a loucura provêm, por igual, de uma anormalidade; representam, de diferentes maneiras, uma inadaptabilidade ao meio." — Fernando Pessoa)

 


O PELÉ DA EDUCAÇÃO ("O gênio, o crime e a loucura provêm, por igual, de uma anormalidade; representam, de diferentes maneiras, uma inadaptabilidade ao meio." — Fernando Pessoa)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Relendo as relações síncronas e assíncronas com docentes e discentes em tempos de distanciamento social. Tudo é pandêmico, nada mudou, apenas intensificou, continuam me taxando de louco; visto que até o Bolsonaro, que esquerdistas chamam de louco, a maioria dos loucos chama-o de Mito, então estou no lucro. Talvez, não falta mais o Pelé da Educação, não sei jogar futebol, mas driblo bem com criatividade as situações adversas do sistema. Pois, se me nego a dar dinheiro para as vaquinhas virtuais da escola é porque lá se faz  vaquinha demais. Parece-me que os organizadores de tais agravos lucram mais. Contudo, continuarei travando minha guerra branca, combatendo o assédio moral! Então, xingam-me dos mesmos palavrões que me chamavam na igreja por sonegar o Dízimo: "Mão de vaca" é o que me dói mais, porque tem vaca no meio, esse animal que tenho medo, e, olha que sei diferenciar medo de covardia: "O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não" — (Mahatma Gandhi).

            Aqui justifico as relações docentes e discentes: Na minha loucura, não entendo a razão de qualquer crápula matricular-se na escola pública, baseado apenas no histórico escolar — Um histórico que não consta o perfil moral e de personalidade dele. Uma vez incluso, o credenciado já se sente no direito de humilhar um doutor ou um mestre. Nessa tendência sofre um graduado igualmente a um mestrado ou doutorado, basta levar o estigma de professor. Uma coisa entendo, o porquê do aluno indisciplinado, irresponsável e desrespeitoso continuar assim em nosso meio, é que no Brasil, bandido tem problemas mentais, políticos corruptos têm problemas mentais, as vítimas têm problemas mentais e professores também têm problemas mentais. E a religião doida, cheia de puritanos, fingindo de bonzinhos, já que fanáticos fabricam mais fanáticos. Sendo assim, por que não posso fingir de louco para desbancar sua falsa moralidade? Jesus versus Barrabás, o desfecho dessa relação revela problemas mentais? Você que é "normal"; veja se é normal, um aluno pedir permissão, para ir ao banheiro como se fosse educado, usando as palavras do protocolo, contudo ele quer apenas ouvir o "não" que não ouve em casa, mas lhe digo "sim" para martiriza-lo. A coordenadora lhe refrigera, obrigando-o de volta à sala, onde ele finge não querer ficar. Quando você age incoerentemente, deduz-se que os outros são idiotas e você é louco! [... "É tão bonito quando os loucos se entendem"...] — Vagando No Jardim—MC Ruzika.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

"SÃO TANTAS EMOÇÕES!" ("As emoções são cavalos selvagens." — Paulo Coelho)

 


"SÃO TANTAS EMOÇÕES!" ("As emoções são cavalos selvagens." — Paulo Coelho)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Constantes atividades recreativas dentro da sala debilitam o gosto do aluno pela matriz curricular. Os jogos destroem a fibra moral, causam perturbação psicológica e danificam o intelecto por ocasionar demasiada excitação. O ódio e as drogas também fazem isso, clamam por excitações cada vez maiores! Ninguém participa da mesma dinâmica de grupo por duas vezes com o mesmo gosto ou o mesmo prazer. As redes sociais e os jogos eletrônicos também fazem esse estrago todo, promovendo desequilíbrio emocional em pessoas jovens.             

Aí, minha "amiga" de Facebook escreveu-me: "Pare de me compartilhar suas publicações...nem te conheço". Procurei entender essa manifestação negativa, porque o normal seria apenas cancelar o contato, e o silêncio nos abençoava. Mas, ela achou que eu precisava perceber que seu gosto está um pouco mais diferenciado do que lhe posso proporcionar. Então, me fez emocionalmente desequilibrado, atrapalhando meu sono naquele dia, todavia se repetir a mesma situação por mais uma ou duas vezes essa emoção entorpecedora ficará em mim cada vez mais fraca até eu achar normal e não me causar dificuldade para dormir.            

Por que esse meu contato precisou me fazer sentir agressor, para não deixar em branco sua expressão que duvidava de sua eficácia.  Então, para excitá-la de forma diferente adotei o lado bom, eu reagi assim, com o amor e o carinho que lhe era devido; escrevi em sua conta: (Pelo o mal que me fez em avisar dessa forma, pago com esta provocação motivadora de emoções fortes: bloqueei o seu contato). Eu também busco emoções fortes. E vivam as redes sociais: entretenimento extravagante, afrouxando os laços "respeitosos de amizade", sem resiliência, sem tolerância e cheio de discriminação. "São tantas emoções..."! CiFA

domingo, 1 de janeiro de 2023

(DIS)PUTA PARA QUEM? ("Em uma disputa alguém sempre estará errado, pois se houvesse razão em ambos os lados não haveriam vencedores." — Weberson Gomes)


 

sábado, 31 de dezembro de 2022

DEVAGAR QUASE PARANDO ("Escalar colinas difíceis requer um ritmo lento no início." — William Shakespeare)

 


DEVAGAR QUASE PARANDO ("Escalar colinas difíceis requer um ritmo lento no início." — William Shakespeare)

Por Claudeci Ferrfeira de Andrade

Naquela manhã de domingo, enquanto caminhava pelas ruas vazias da cidade, senti o peso do silêncio. As igrejas, outrora cheias de fiéis em busca de conforto espiritual, agora mantinham suas portas fechadas. Ironicamente, no momento em que mais precisávamos de fé e esperança, aqueles que se diziam portadores da palavra divina se escondiam atrás de suas próprias muralhas. Refleti sobre como as instituições que deveriam nos amparar pareciam ter falhado conosco, prometendo milagres e transformações, mas se retraindo em momentos de necessidade.

Passei em frente à escola onde leciono há anos. As salas de aula, antes repletas de vozes animadas e risadas contagiantes, agora ecoavam um vazio ensurdecedor. Pensei em como nós, educadores, nos vimos forçados a reinventar nossa profissão da noite para o dia. Aulas online, videoconferências intermináveis e a constante sensação de que algo se perdia na tradução digital do conhecimento. As escolas, guardiãs do conhecimento e da socialização, foram reduzidas a telas frias de computador.

Continuei meu caminho, observando as pessoas que cruzavam meu caminho. Todas mascaradas, como personagens de um filme distópico que se tornara nossa realidade. Percebi que já não reconhecia rostos familiares, apenas olhos que expressavam uma mistura de medo e resignação. As máscaras, que um dia foram símbolo de proteção, tornaram-se um manto que nos separava ainda mais, sufocando a essência do que somos.

Cheguei ao parque da cidade, meu refúgio habitual. Sentei-me em um banco solitário, contemplando o cenário ao meu redor. As crianças que antes corriam e brincavam livremente agora estavam confinadas em suas casas, privadas da simplicidade da infância. Os idosos que costumavam jogar xadrez ou conversar animadamente agora eram aconselhados a se isolarem para sua própria proteção. Senti-me como um habitante solitário em meio a multidões, preferindo a solidão à agitação que antes me incomodava.

Refleti sobre meu papel nesse grande teatro social. Sempre busquei inovar, mas a inovação é um ato que demanda coragem. Como ensinar criatividade a quem nunca teve a oportunidade de exercê-la? O pobre, em sua essência, é criativo, mas a falta de iniciativa pode transformar essa criatividade em mera frustração. Percebi que minha própria produção no trabalho refletia esse embaraço interno, como se a armadura que vestia fosse tão pesada que me impedia de avançar.

Senti-me cansado, não apenas fisicamente, mas espiritualmente. A máscara que usava não era apenas uma proteção contra o vírus, mas um símbolo de tudo o que havíamos perdido: nossa liberdade, nossos sorrisos, nossa capacidade de nos conectarmos verdadeiramente uns com os outros. Era como se estivéssemos todos presos em uma linha tênue entre o ser e o parecer, entre a ação e a inércia.

Enquanto observava o sol se pôr no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa, percebi que, apesar de tudo, ainda havia beleza no mundo. Talvez fosse esse o nosso papel agora: encontrar a luz em meio à escuridão, criar conexões mesmo à distância, e manter viva a chama da esperança. A verdadeira revolução poderia começar quando decidíssemos tirar a máscara e, por um momento, permitir que a vulnerabilidade nos unisse.

Levantei-me do banco, ajustando minha máscara. Amanhã seria outra segunda-feira de aulas online, outro dia de sorrisos escondidos e vozes abafadas. Mas também seria mais um dia de oportunidade para fazer a diferença, mesmo que de forma pequena e aparentemente insignificante. Ao invés de me perguntar o que posso fazer do que fizeram de mim, comecei a refletir sobre o que posso criar a partir dessa dor.

Caminhei de volta para casa, carregando o peso de minhas reflexões, mas também uma centelha de determinação. Se as instituições que deveriam nos guiar haviam falhado, cabia a cada um de nós ser a mudança que queríamos ver no mundo. Afinal, não são as máscaras que definem quem somos, mas sim nossas ações e a compaixão que demonstramos uns pelos outros, mesmo nos tempos mais sombrios. E, quem sabe, esse processo de transformação não comece por nós mesmos, libertando-nos da armadura que nos aprisiona e transformando este mundo em um lugar onde respirar é um ato de coragem, e não de receio. (CiFA


Com base no texto apresentado, elabore respostas completas e detalhadas para as seguintes questões:


O texto inicia com uma descrição da experiência pessoal do narrador durante a pandemia. Qual a importância dessa experiência individual para a compreensão dos impactos sociais mais amplos do período?


Como as instituições sociais, como igrejas e escolas, são retratadas no texto? Quais as críticas implícitas e explícitas à atuação dessas instituições durante a pandemia?


A máscara é utilizada como um símbolo no texto. Quais os diferentes significados atribuídos à máscara ao longo da narrativa?


O narrador reflete sobre a importância da criatividade e da inovação, especialmente no contexto da pandemia. Qual a relação entre esses conceitos e a capacidade de superar desafios?


Qual a mensagem central do texto? Como as reflexões do narrador podem inspirar mudanças individuais e coletivas?


Estas questões abordam os seguintes aspectos do texto:


A experiência individual e o contexto social: A primeira questão busca conectar a experiência pessoal do narrador com os desafios enfrentados pela sociedade como um todo.

Crítica às instituições: A segunda questão analisa a visão crítica do autor em relação às instituições sociais, como igrejas e escolas.

Simbolismo da máscara: A terceira questão explora os diferentes significados atribuídos à máscara ao longo da narrativa.

Criatividade e inovação: A quarta questão aprofunda a reflexão sobre a importância da criatividade e da inovação para superar desafios.

Mensagem central e perspectivas futuras: A quinta questão busca sintetizar a mensagem principal do texto e as perspectivas de futuro apresentadas pelo autor.

Comentários

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

PROFESSOR EFICIENTE É O VÍRUS ("Quem pode, age. Quem não pode, ensina." — George Bernard Shaw)

 


PROFESSOR EFICIENTE É O VÍRUS ("Quem pode, age. Quem não pode, ensina." — George Bernard Shaw)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O professor sob o estigma de guardião da sala de aula, é a autoridade máxima só para manter todos sentados em silêncio.  Mas, quanto ao decidir qual conteúdo, quantas avaliações e critérios de confecção de nota é do ditado da coordenadora. Quando o aluno e os pais percebem que o professor é somente um fantoche do sistema, pago para ser engraçado em nome da didática construtivista; saco de pancadas ou vodu de facada, eles querem destruí-lo moralmente também.

            Quem de fato é a autoridade na escola? Vendedores de livros e alunos. Porque estes últimos, fingindo que aprendem, ensinam-nos como fingir que ensinamos. É a C.P.I. crônica do professor, revelando os amigos da onça. Assim, por quaisquer rumores, é chamado muitas vezes à sala da diretora. Se se pode humilhar um professor, por que honrá-lo? Todo acordo para mudar a modulação nas suas aulas ou remanejamento para outra unidade escolar tem motivação para a subserviência. Ainda bem, que agora, com o advento das aulas virtuais diminuiram-se os casos de assédio sexual entre professor e alunos. E professores agora têm muitos alunos menores em suas redes sociais, ligam para eles a qualquer hora, conversam, convidando-os para se fazerem presentes na aula, mandam-lhes textos e ilustrações e não são mais tachados de pervertidos. O que houve de verdade? Será que a aprovação automática é positiva, pelo menos, para coibir momentaneamente as afrontas. E o vírus continua melhorando nossa educação, sem ironia nenhuma. (CiFA

A TERRA É O INFERNO, MORADA DOS DEMÔNIOS ("Aqueles que repudiaram o seu demônio importunam-nos com os seus anjos." — (Henri Michaux)

 


quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

CHEFE PÚBLICO NÃO É PATRÃO ("Muitos dos que entram para a vida pública deixam a ética na privada. Literalmente." — Drabowski)

 


CHEFE PÚBLICO NÃO É PATRÃO ("Muitos dos que entram para a vida pública deixam a ética na privada. Literalmente." — Drabowski)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Os diretores das escolas públicas, não são eles que pagam nosso salário, pois não são patrões, somos concursados, portanto empregados do Estado; eles são apenas cobradores de serviços com relação a nós. Mas, podem atrapalhar o nosso recebimento do salário. Talvez por incompetência com a modulação e fornecimento de documentos no tempo hábil e/ou vingança mesmo, quando não gosta do funcionário do estado. Em questões de dinheiro, todos nós deveríamos ter a mesma religião.

Minha chefe é um engano, disse que sou inteligente, mas o que faço está errado, vive me ensinando o certo, será se o elogio é para ela mesma, ou meus erros não são inteligentes?
Uma pessoa inteligente odeia cumprir ordem de quem só manda por mandar. Um líder justifica suas ordens e, no convencer, motiva à obediência. Porque o líder faz parte da equipe. Não teme a superação. O lugar pede o líder. O chefe não tem lugar! Não conseguindo fazer outra coisa, é colocado ali para incomodar menos: A maioria dos gestores escolares e coordenadoras pedagógicas são de pessoas que já não sabem ministrar mais aulas, se é que um dia soube! Quando o chefe está nessa posição é porque não cabe em outro lugar, ele manda sem razão. Ou suas justificativas melhoram a sua individualidade. O objetivo deles se encerra em apenas o seu emprego. Ninguém inovador acerta para um chefe, tudo que faz é condenado; porém ninguém erra para um líder, tudo é aproveitado, o menor avanço possível que seja. "A raça que acredita nos chefes sempre me pareceu a mais estúpida de todas as espécies humanas." (Jean Guéhenno). Chefe é tirânico, altivo não sabe de nada nem sabe que não sabe; o Líder não abusa e jamais assedia.
Agora estou aqui pensando, muitos dos que constantemente falavam comigo (amigos), afastaram-se com medo de ser visto em minha companhia e interpretados como pactuadores de minhas ideias. Porém, aos observadores da vida dos outros e juízes da aparência, digo: quando alguém concorda comigo, já penso que estou errado! Para segurança dos adversários, não aceito discípulos. Chefe é quem gosta de puxa-saco!
Hoje, minha grande meta para essas férias é resgatar o prazer pelo trabalho, quem sabe descansando, ressignificando minha atuação?! Porque com essa movimentação de coronavírus está tenso, seguindo a tendência dos números. Já não espero mais surpresas e reviravoltas no campo profissional e na relação com chefes e colegas. Todavia, não posso largar tudo a esta altura, estou velho demais para recomeçar, o jeito é pegar o osso e não largá-lo até morrer engasgado! Nunca tive boas oportunidades, as portas se abrem mais facilmente para quem tem boa aparência. Pode ser estranho, mas infelizmente, ou felizmente, é assim mesmo, os alunos querem professores bonitos e as mulheres ganham nesse quesito. Sei que o que me falta na aparência, ganho nas virtudes que o mundo não quer ver e não consigo mostrar pela internet. Tenho valor e um enorme potencial, mas como posso me aliar a uma boa companhia, se nasci assim? E viva nós, né, Batoré!
Um chefe legislando em causa própria cria leis parciais e frágeis, estas são leis que pedem para ser quebradas e a quebra de uma leva a anarquia de outras. Você prefere ser subjugado por um chefe imposto ou por um gestor eleito em quem votou porque confiava? De quem as injustiças dói mais? O pior deles é o amigo imposto, sorrindo-lhe por conveniência! Não existe funcionário bom para chefe algum. (CiFA