"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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domingo, 9 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (33): A Viúva Pobre e a Sabedoria Divina.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (33): A Viúva Pobre e a Sabedoria Divina.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Um dilema ancestral permeia as mentes dos crentes: até que ponto a generosidade material pode ser um caminho para a salvação? O ser humano, em sua busca incansável por méritos, se vê tentado a acreditar que pode conquistar favores divinos por meio de sacrifícios financeiros. É como se pudesse comprar a própria redenção, em uma transação tão sutil quanto perigosa.

Nesse jogo de expectativas, surge a crença de que o investimento financeiro em Deus automaticamente gera retribuição divina na forma de prosperidade. O fiel se coloca em uma posição de poder, exigindo que Deus cumpra suas obrigações em troca de sua suposta generosidade. Mas será que um pobre, que doa pouco, é menos honrado? Jesus já nos deu a resposta ao elogiar o exemplo da viúva pobre.

Envolvido pela névoa do tempo, volto-me para as palavras proferidas por Jesus. Ele não está interessado nos dízimos opulentos que circulam nos dias atuais, mas sim na contribuição humilde de uma viúva com duas modestas moedas. Aquela doação modesta fortaleceu a igreja, que se tornara um obstáculo para a disseminação positiva de Seu Evangelho.

O que Jesus exaltou naquela viúva não foram suas posses externas, mas sim os atributos internos que ela personificava. Da mesma forma que Ele valorizava a ingenuidade e a inocência das crianças, a fragilidade, a insignificância social, a dependência e, acima de tudo, a humildade eram características que Ele exaltava. Afinal, o Reino de Deus se baseia em valores e princípios que não se alinham com as apreciações deste mundo.

Nesse universo transcendental, Cristo salva indivíduos e não denominações. A verdade suprema é que Deus considera apenas o indivíduo, não se importando com as estruturas eclesiásticas. A igreja, por sua vez, é apenas uma expressão social, um reflexo da comunhão entre seres individuais.

Hoje, diante desse quadro, minha mente se enche de reflexões. Será que estamos seguindo os passos de Jesus ao valorizar a verdadeira devoção? Ou estamos presos em rituais e obrigações vazias? A resposta está na escolha de viver a humildade, a simplicidade e a entrega verdadeira. É necessário despir-se do orgulho que nos faz exigir retribuições divinas por nossos atos externos.

Assim, concluo essa crônica com a certeza de que Jesus nos deixou um caminho claro. Ele nos chama para olhar além dos dízimos e investimentos materiais, para abraçar a essência da fé verdadeira. Que possamos, como indivíduos, buscar a humildade em nossa jornada espiritual, reconhecendo que a comunhão com Deus transcende as formalidades institucionais. Que assim possamos trilhar o caminho da verdadeira devoção, encontrando a redenção em cada gesto de amor e compaixão que dedicamos.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (32): Além do Dízimo, em Busca da Verdadeira Devoção.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (32): Além do Dízimo, em Busca da Verdadeira Devoção.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A luz dourada do sol atravessava as frestas das janelas, pintando o chão com raios de esperança. Em meio a esse cenário encantador, encontrei-me imerso em um diálogo transcendental, uma troca de palavras entre Jesus e os fariseus. Naquelas conversas, o Mestre revelava a distância que separava aquelas almas das virtudes cristãs, aprisionadas pelo fardo opressor do dízimo.

As notas suaves da melodia se elevavam em minha mente enquanto eu me entregava à atmosfera mística daquele encontro divino. Jesus, com sabedoria e compaixão, apontava que o ato de dizimar não deveria ser uma máscara que ocultasse a essência da justiça, da misericórdia e da fidelidade. Estas últimas, Ele exigia com veemência, mas a prática do dízimo em si não era uma imposição.

Na escala de valores de Jesus, as virtudes supremas eram alicerces sólidos que sustentavam a caminhada espiritual. Justiça, misericórdia e fidelidade eram as pedras fundamentais que deveriam guiar os passos dos crentes, superando a superficialidade do cumprimento meramente ritualístico.

Mas, uma pergunta inquietante ecoava em minha mente: se o pagamento do dízimo era considerado uma prova de fidelidade, por que Jesus exigia essa fidelidade dos bons dizimistas, os fariseus? A resposta se revelava nas entrelinhas, na profundidade dos versículos do evangelho de Mateus. A prática dos fariseus não era uma demonstração de devoção genuína, mas uma maneira de agradar aos homens e esconder seus próprios pecados. Em outras palavras, o dízimo não mais satisfazia a Deus; Ele não precisava de dinheiro, mas sim de corações desprendidos e abnegados.

Na quietude do meu ser, compreendi que nada me convencia, a mim e a outros iluminados, de que uma taxa estipulada em 10% continuasse a embaraçar nossos passos e a ser um obstáculo ao verdadeiro cristianismo. Esse ônus financeiro, muitas vezes, bloqueava o avanço espiritual, impedindo-nos de prestar um serviço cada vez mais honroso a Deus.

Em um mundo onde multidões de homens de fé nos observam a partir de suas tribunas pessoais, é imperativo que nos desfaçamos de tudo o que nos torna vagarosos, de tudo o que nos atrasa. Em especial, devemos libertar-nos dos pecados que se enroscam em nossos pés, ameaçando-nos com quedas dolorosas. Corramos, pois, com perseverança na jornada especial que Deus traçou diante de nós.

No horizonte da minha alma, vislumbro um chamado à verdadeira devoção. Um chamado que transcende as obrigações financeiras e se aprofunda na essência do amor e da entrega. Afinal, é o olhar firme em Jesus, nosso Libertador.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (31): A Essência da Generosidade.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (31): A Essência da Generosidade.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era um dia ensolarado, com o calor do sol acariciando gentilmente minha pele. Enquanto caminhava pelas ruas movimentadas, pensamentos profundos permeavam minha mente. E foi então que me deparei com uma passagem intrigante, um diálogo registrado nas palavras sagradas, que ecoavam em minha alma como um chamado.

A figura icônica de Jesus emergia diante de mim, não como um mestre suave e tranquilo, mas como alguém que confrontava a hipocrisia e as aparências vazias. Foi a única vez em que Ele abordou o tema do dízimo, um momento singular que antecedeu o momento em que o véu do templo se rasgou, rompendo barreiras e transformando o curso da história.

Naquele instante, Jesus direcionava Suas palavras aos Fariseus, aqueles que se escondiam por trás das máscaras do legalismo e do formalismo das cerimônias. Sua repreensão era impetuosa, ressoando como trovões nos corações daqueles que buscavam ostentar sua piedade externamente. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!" Suas palavras penetravam fundo, desafiando a falsa devoção que negligenciava os princípios mais essenciais da Lei.

O vento soprava suavemente, trazendo consigo as palavras de Jesus, que ecoavam em minha mente como um chamado à reflexão. Ele mencionou o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, ressaltando como era fácil cumprir rituais externos, e negligenciar os aspectos mais importantes da vida espiritual: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Essas eram as obrigações fundamentais, que não podiam ser desconsideradas, mas que muitas vezes eram eclipsadas pela mera formalidade.

Envolto pela narrativa, mergulhei nas entrelinhas do texto sagrado, buscando compreender a mensagem profunda que se escondia ali. O Novo Testamento não prescreve claramente o dízimo para os crentes, pois as palavras de Jesus eram um desafio direcionado aos Fariseus, não uma norma a ser seguida por todos. No entanto, há uma verdade que ressoa: a alegria deve habitar no coração do contribuinte, independente da forma como se manifesta.

Fui transportado para os primeiros dias da comunidade cristã, registrados no livro de Atos, onde a generosidade florescia como uma flor exuberante. Ali, não se tratava apenas do dízimo, mas de uma entrega total. Os cristãos não davam apenas uma parte, eles ofereciam tudo. O espírito de partilha e amor transbordava em cada gesto, em cada ato de generosidade, construindo uma comunidade unida pela fé e pelo compromisso mútuo.

Hoje, enquanto olho ao meu redor, vejo um mundo sedento de generosidade. Somos chamados a olhar para além das obrigações formais e nos conectarmos com a essência do ensinamento de Jesus.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (30): A Supremacia do Sacrifício de Jesus.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (30): A Supremacia do Sacrifício de Jesus.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A luz do sol esmaecia no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e rosa. O ambiente estava imbuído de uma atmosfera serena e contemplativa, enquanto eu me encontrava imerso nas palavras que ecoavam em minha mente. "Essa diferença também faz de Jesus a garantia de um acordo melhor", sussurrei para mim mesmo, tentando compreender a grandiosidade do que estava por vir.

A ideia se entrelaçava nas páginas do Novo Testamento, revelando uma perspectiva única sobre o sacerdócio. Uma diferença profunda emergia, levando-me a contemplar o destino dos outros sacerdotes, que se sucediam em uma dança passageira. A efemeridade de suas vidas os impedia de concluir sua obra, deixando um vácuo na história da fé.

No entanto, entre as páginas sagradas, surge uma figura majestosa e eterna. Jesus, o próprio Filho de Deus, transcende as limitações do tempo e do espaço. Seu sacerdócio, imortal e inabalável, não passa para nenhum outro. Ele é a promessa cumprida, o elo entre o divino e o humano, o único sacrifício que verdadeiramente redime.

As palavras ressoam em meu peito, ecoando como uma melodia divina: "Temos de mostrar que Jesus é o único sacrifício, o único sacerdote, único juiz e rei." O poder dessas palavras me envolve, transportando-me para um passado distante, quando Jesus caminhava entre as multidões, emanando amor e compaixão.

Contudo, algo que me impressiona profundamente é a postura de Jesus diante da Comunidade Universal dos Fiéis. Ele, com toda a sua autoridade e autonomia, não reivindica o dízimo. Não busca enriquecer-se com as oferendas dos fiéis, nem exige contribuições para sustentar Sua causa. Ele é desprovido de interesse material, submetendo-se até mesmo às Suas próprias criaturas.

Essa reflexão me leva a questionar a essência do dízimo e sua relevância no contexto do sacrifício supremo de Jesus. Nenhum ponto da história sagrada da vida de Cristo indica apoio ao dízimo. Pelo contrário, Ele se entregou às dores e provações humanas, enfrentou humilhações e morreu em uma cruz, como um homem materialmente pobre.

Permita-me transmitir uma mensagem que ecoa em meu coração com fervor: o verdadeiro significado do sacrifício de Jesus transcende qualquer prática terrena. É uma jornada de renúncia, amor e redenção. Ele nos ensina a olhar para além das riquezas materiais e direcionar nossa devoção para a busca da justiça, compaixão e paz.

É hora de despir-nos das correntes do materialismo e abraçar a verdade que emana da vida e obra de Jesus. Encontremos nele a inspiração para uma vida de entrega, serviço e amor ao próximo. Somente assim seremos verdadeiros discípulos, testemunhas vivas da grandiosidade do sacrifício que nos liberta.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (29): A Essência do Dízimo e do Sacerdócio.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (29): A Essência do Dízimo e do Sacerdócio.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A grandiosidade do Novo Testamento nos revela um universo de significados e transformações. Entre suas páginas, encontramos uma profunda reflexão sobre o dízimo e o sacerdócio, pilares fundamentais da vida espiritual. Nessa jornada pela história, sou levado a explorar a importância desses elementos, mergulhando em suas nuances e descobrindo uma verdade essencial.

No Novo Concerto, uma nova dinâmica se estabelece, trazendo uma perspectiva única e transformadora. O sacerdote que se ergue diante de nós é ninguém menos que Jesus, o próprio Yehôshua. Sua figura imponente e amorosa preenche todas as necessidades, eliminando a necessidade de tantos intermediários que outrora existiam e existem muitos pretensos hoje.

É como se, em um ato divino, o propósito do sacerdócio se completasse e se manifestasse em sua plenitude. Jesus, movido pelo chamado de Deus, torna-se sacerdote para sempre, em uma promessa inabalável. Sua entrega é inigualável, seu amor é infinito e sua missão transcende todas as barreiras.

Essa revelação nos convida a uma profunda reflexão sobre a essência do dízimo. Anteriormente, a prática do dízimo estava associada à sustentação do sacerdócio terreno, ao apoio material necessário para a manutenção dos ritos e sacrifícios. No entanto, no Novo Testamento, percebemos uma mudança de paradigma.

O dízimo não se limita mais à doação material, mas se expande para uma dimensão mais profunda e espiritual. É uma expressão de gratidão, uma manifestação de reconhecimento pela graça divina. É uma forma de retribuir o amor incondicional que nos é oferecido por meio de Jesus, o Sumo Sacerdote.

Refletindo sobre essas verdades, sou tomado por um sentimento de reverência e admiração. É como se eu pudesse vislumbrar a grandiosidade do plano divino se desdobrando diante dos meus olhos. O sacerdócio de Jesus é uma fonte inesgotável de esperança e redenção, capaz de transformar vidas e guiar almas perdidas.

Caro leitor, convido-o a mergulhar nessa jornada de compreensão e descoberta. Que possamos nos despir de qualquer concepção limitada e abraçar a verdade essencial: Jesus é o único e eterno sacerdote que necessitamos. Seu sacrifício, sua entrega e sua intercessão são suficientes para nos aproximar da divindade e nos reconciliar com Deus.

Portanto, que o dízimo, em sua essência espiritual, se manifeste em nossas vidas. Que possamos oferecer nossa gratidão, nosso amor e nossa dedicação ao serviço do Reino dos Céus. Que compreendamos que, ao contribuir para a expansão do amor de Jesus neste mundo, estamos cumprindo nossa missão como discípulos fiéis.

Neste momento de reflexão, permita-se ser transformado pela grandiosidade do sacrifício espiritual e não material.

sábado, 8 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (28): Os Amadores de Cristo.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (28): Os Amadores de Cristo.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Há algo de extraordinário em uma pessoa que, com a autoridade do Espírito Santo, ergue-se com toda honestidade e sinceridade para enfrentar o mal de frente. É como se uma chama interior, alimentada pela fé e pela convicção, lhe desse a coragem necessária para trilhar um caminho oposto à escuridão que permeia nosso mundo.

No entanto, é igualmente notável o apoio e a proteção que esses valorosos cristãos recebem. Eles estão presentes em todas as esferas da sociedade, encontrando-se em lugares de fácil ou difícil acesso e, por vezes, até mesmo em regiões distantes da civilização. São indivíduos que abraçam a missão de denunciar o mal e amar a retidão, sem cederem às tentações que os rodeiam.

Nesse contexto, lembro-me das palavras sábias que ecoam através dos tempos: "Não parlamenteis com o pecado". Essa orientação clara e assertiva, presente nas escrituras sagradas, nos instiga a confrontar o mal com determinação, sem nos envolvermos em diálogos infrutíferos com as trevas. É uma mensagem que ressoa com intensidade em nossos corações e nos convida a agir.

Diante disso, percebo a existência de uma comunidade especial, formada por aqueles que se tornam verdadeiros amadores de Cristo. São pessoas que abraçam a espiritualidade de forma profunda, buscando a orientação do Espírito Santo em suas vidas. Seu propósito é claro: defender a verdade, irradiar a luz e ser um farol em meio às sombras.

Esses amadores de Cristo não são meros espectadores passivos. Eles se levantam com destemor, mesmo em meio às dificuldades e adversidades, para cumprir sua missão divina. Eles são as vozes que denunciam a injustiça, que oferecem amor aos desamparados e que permanecem firmes em seus princípios morais.

Enquanto testemunho essas narrativas de coragem e fé, sou tomado por um misto de admiração e gratidão. São histórias reais, vividas por pessoas comuns, que se tornaram instrumentos do divino em um mundo em constante desafio. São exemplos inspiradores que nos convidam a refletir sobre nosso próprio papel nessa grande jornada da vida.

Portanto, deixo esta mensagem impactante aos leitores: não subestimem o poder que cada um possui para ser um amador de Cristo. Independentemente de onde nos encontramos ou das circunstâncias que enfrentamos, somos chamados a ser agentes de transformação, levando a luz do amor e da justiça aonde quer que estejamos.

Nunca se esqueçam de que, em meio às trevas, cada um de nós possui a capacidade de brilhar intensamente. Permitam que a chama interior se acenda, que a autoridade do Espírito Santo guie seus passos e que a força do amor divino se manifeste em suas ações.

Pois, ao unirmos nossas vozes e corações nessa nobre causa, poderemos, juntos, iluminar o mundo.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (27): Entre o Joio e o Trigo.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (27): Entre o Joio e o Trigo.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Há momentos em que a vida se assemelha a um vasto campo, onde as sementes do bem e do mal são semeadas indistintamente. Em meio a esse cenário, encontramo-nos entre o joio e o trigo, lutando para discernir nossa verdadeira essência em um mundo cheio de contradições.

Na parábola do joio, Jesus nos ofereceu um ensinamento profundo, que ecoa em nossos corações até os dias de hoje. Ele nos mostrou que, onde quer que estejamos neste mundo, estaremos rodeados pelo joio, a erva daninha que busca sufocar a beleza e a pureza do trigo. É uma realidade inescapável, uma condição humana compartilhada por todos nós.

Contudo, Jesus não nos deixou sem orientação. Ele nos revelou a chave para alcançar a aprovação final: precisamos ser trigo. Devemos buscar a bondade, a verdade e a retidão em todas as situações, mesmo que estejamos cercados pela negatividade e pela injustiça. Somente assim estaremos prontos para enfrentar o tempo da colheita.

Deixemos que o trigo e o joio cresçam juntos, disse Ele, até o momento oportuno em que a colheita chegar. Nesse momento, os trabalhadores serão incumbidos da tarefa de separar o joio, amarrando-o em feixes e lançando-o ao fogo. Enquanto isso, o trigo será colhido e armazenado com segurança.

Ao refletir sobre essa parábola, sou levado a uma jornada interior, em que relembro os momentos em que me vi envolvido na complexidade do mundo. Em cada esquina, em cada interação, percebi a presença tanto do joio quanto do trigo. E a escolha, a responsabilidade, recai sobre nós: qual semente iremos nutrir em nossos corações?

É preciso coragem e discernimento para sermos trigo em meio ao joio. A luta contra as influências negativas e as tentações que nos cercam é árdua. No entanto, não estamos sozinhos nessa batalha. Temos o exemplo de Jesus Cristo, que enfrentou as mesmas provações e nos mostrou o caminho.

Caro leitor, convido-o a mergulhar nessa reflexão profunda sobre a parábola do joio. Em cada escolha que fazemos, em cada atitude que tomamos, estamos moldando nosso destino, aproximando-nos da aprovação final. Não permitamos que o joio prevaleça em nossa vida. Cultivemos a nobreza do trigo, com sua beleza e propósito.

Enquanto atravessamos a jornada da vida, entre o joio e o trigo, lembremo-nos de que nossas ações têm consequências. A colheita se aproxima, e o destino do joio e do trigo será selado. Que sejamos aqueles que, mesmo em meio às adversidades, mantêm a chama do bem acesa em seus corações.

Portanto, deixo-lhe essa mensagem impactante: escolha ser trigo, alimente a sua alma com os princípios da verdade e da justiça. Pois, no grande dia, a porta da graça estará fechada.