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domingo, 9 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (32): Além do Dízimo, em Busca da Verdadeira Devoção.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (32): Além do Dízimo, em Busca da Verdadeira Devoção.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A luz dourada do sol atravessava as frestas das janelas, pintando o chão com raios de esperança. Em meio a esse cenário encantador, encontrei-me imerso em um diálogo transcendental, uma troca de palavras entre Jesus e os fariseus. Naquelas conversas, o Mestre revelava a distância que separava aquelas almas das virtudes cristãs, aprisionadas pelo fardo opressor do dízimo.

As notas suaves da melodia se elevavam em minha mente enquanto eu me entregava à atmosfera mística daquele encontro divino. Jesus, com sabedoria e compaixão, apontava que o ato de dizimar não deveria ser uma máscara que ocultasse a essência da justiça, da misericórdia e da fidelidade. Estas últimas, Ele exigia com veemência, mas a prática do dízimo em si não era uma imposição.

Na escala de valores de Jesus, as virtudes supremas eram alicerces sólidos que sustentavam a caminhada espiritual. Justiça, misericórdia e fidelidade eram as pedras fundamentais que deveriam guiar os passos dos crentes, superando a superficialidade do cumprimento meramente ritualístico.

Mas, uma pergunta inquietante ecoava em minha mente: se o pagamento do dízimo era considerado uma prova de fidelidade, por que Jesus exigia essa fidelidade dos bons dizimistas, os fariseus? A resposta se revelava nas entrelinhas, na profundidade dos versículos do evangelho de Mateus. A prática dos fariseus não era uma demonstração de devoção genuína, mas uma maneira de agradar aos homens e esconder seus próprios pecados. Em outras palavras, o dízimo não mais satisfazia a Deus; Ele não precisava de dinheiro, mas sim de corações desprendidos e abnegados.

Na quietude do meu ser, compreendi que nada me convencia, a mim e a outros iluminados, de que uma taxa estipulada em 10% continuasse a embaraçar nossos passos e a ser um obstáculo ao verdadeiro cristianismo. Esse ônus financeiro, muitas vezes, bloqueava o avanço espiritual, impedindo-nos de prestar um serviço cada vez mais honroso a Deus.

Em um mundo onde multidões de homens de fé nos observam a partir de suas tribunas pessoais, é imperativo que nos desfaçamos de tudo o que nos torna vagarosos, de tudo o que nos atrasa. Em especial, devemos libertar-nos dos pecados que se enroscam em nossos pés, ameaçando-nos com quedas dolorosas. Corramos, pois, com perseverança na jornada especial que Deus traçou diante de nós.

No horizonte da minha alma, vislumbro um chamado à verdadeira devoção. Um chamado que transcende as obrigações financeiras e se aprofunda na essência do amor e da entrega. Afinal, é o olhar firme em Jesus, nosso Libertador.

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