"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

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quarta-feira, 5 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (15): Dízimos para quem?

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (15): Dízimos para quem?

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Havia uma época em que os dízimos eram uma obrigação sagrada, uma taxa estipulada e ajustada, entregue no templo para sustentar os sacerdotes, os levitas e até mesmo o rei com seus funcionários. Era uma forma de garantir o funcionamento da Tenda da Reunião, onde se realizavam os rituais e cerimônias religiosas. Lembro-me do que li sobre esses dias, em que o povo trazia suas ofertas, conscientes de que estavam contribuindo para o sustento daqueles que se dedicavam ao serviço sagrado.

No entanto, Jesus, o Filho de Deus, não foi um cumpridor estrito dessas tradições e formalidades do templo. Não há registro algum de que Ele tenha pago dízimo. E isso me faz refletir sobre a importância que Ele atribuía às práticas cerimoniais. Na verdade, as referências ao templo em Seus ensinamentos são escassas, exceto quando se trata dos sumos sacerdotes, que, infelizmente, desempenharam um papel negativo em Sua trajetória.

A reserva de Jesus em relação ao pagamento da didracma, uma moeda utilizada para as ofertas no templo, e à prática do Corbã, que envolvia dedicar algo a Deus em detrimento dos pais, revela uma visão crítica dessas práticas religiosas. Ele se conformava perfeitamente com a manipulação e as conotações negativas associadas aos sacerdotes. Lembro-me do que li sobre como as autoridades do templo temiam a Sua influência sobre o povo e planejavam Sua morte. Foi uma época conturbada, na qual as tradições e os interesses humanos se chocaram com a mensagem transformadora de Jesus.

A verdade é que Jesus veio para estabelecer uma nova aliança, uma nova forma de relacionamento entre Deus e os homens. Ele ofereceu a Si mesmo como o único sacrifício aceitável, Seu próprio corpo sem pecado, para selar essa nova aliança. Ele se tornou o elo vital entre a Terra e o Céu, transcendendo os limites do sistema sacerdotal anterior. Os compromissos sacerdotais, os dízimos e as práticas cerimoniais perderam sua relevância diante da grandiosidade desse sacrifício supremo.

Ao refletir sobre tudo isso, percebo que a mensagem de Jesus vai além da observância externa de rituais e contribuições materiais. Ele nos convida a uma transformação interior, a uma comunhão sincera e verdadeira com Deus. Ele nos ensina que não é por meio de obrigações religiosas ou de tentativas de ganhar mérito que encontramos a verdadeira paz com Deus. É pela fé em Jesus, pela entrega de nosso coração a Ele, que podemos experimentar a liberdade espiritual e a verdadeira adoração.

Portanto, questiono: uma vez que Jesus veio para mudar o paradigma, uma vez que Ele se tornou o sacrifício perfeito e abriu um novo caminho para a humanidade, para quem seriam os dízimos? O livro de Hebreus explora profundamente essas questões, revelando como o antigo sacerdócio faliu.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (14): A Liberdade Alcançada na Cruz.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (14): A Liberdade Alcançada na Cruz.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Há eventos que marcam o curso da história de tal maneira que seu impacto reverbera por gerações. Um desses momentos inesquecíveis foi a morte de Jesus na cruz. Naquele instante crucial, o sistema sacerdotal foi abalado em suas estruturas, desmoronando diante de nossos olhos. Como um quebra-cabeça meticulosamente desmontado, a profecia de Oséias se cumpriu por completo: "Eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote" (Os 4:6 JFA).

A cruz, símbolo de dor e sofrimento, também se tornou o ápice da transformação. Nela, as leis cerimoniais foram pregadas, invalidadas e desconsideradas. Cristo, ao se entregar por nós, rompeu os grilhões que nos aprisionavam. "Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz. E foi na cruz que Cristo tirou o poder dos governos e das autoridades espirituais" (Cl 2:14-15 BLH).

A partir desse momento singular, cada pessoa que se converte a Cristo e é transformada por Ele se torna a própria morada de Deus. Dentro de nós, encontramos o Espírito Santo, o qual nos guia e fortalece. Com isso, somos revestidos de autodomínio e liberados para servir à causa do Senhor Jesus. "Não sabeis que vós sois templo de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós?" (1 Co 3:16 TNMES).

Essa verdade não pode ser negada: a verdadeira liberdade só é alcançada quando vivemos em harmonia com a lei de Deus personificada em o Cristo. Fora dessa verdade e autoridade divina, somos escravos de nossas próprias limitações e anseios egoístas. Somente o homem controlado por Cristo é verdadeiramente livre, livre para amar, perdoar e se entregar em favor do próximo: parafraseando - (Heppenstall, 1976, p. 189).

Uma vida cristã abençoada não depende de apegos materiais ou de buscar méritos através de boas obras. Não precisamos impressionar a Deus nem forçar a comunhão por meio de esforços vãos. Ele não pode ser manipulado. O que basta é uma fé genuína em Jesus Cristo, a qual nos justifica e nos traz paz com Deus: "Justificados, pois, mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus..." (Rm 5:1-2 BVN).

Porém, sem esse relacionamento íntimo com Cristo, sem essa fé transformadora, qualquer tentativa de adquirir mérito ou alcançar valor moral se torna mero legalismo, uma formalidade vazia de valor espiritual. Deus é espírito, e é essencial que O adoramos em espírito e em verdade (Jo 4:24 BVN). Pois a adoração desprovida da essência divina, substituindo Suas leis por regras humanas, é vã e sem valor: "A sua adoração não vale nada, porque ensinam suas leis feitas pelos homens".

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (13): O Tempo e a Mensagem Esquecida.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (13): O Tempo e a Mensagem Esquecida.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Desde que ouvi falar pela primeira vez da mensagem do profeta Malaquias, algo em mim questionava a sua relevância nos dias atuais. O tempo, implacável como sempre, parecia ter desgastado aquelas palavras que um dia ecoaram com poder. A ideia de depositar os dízimos na "casa de Deus", como Malaquias afirmava, perdeu seu significado quando o véu do templo se rasgou de cima para baixo, em um momento em que o sol se escureceu (Lc 23:45 BRT).

Refletindo sobre isso, percebo que era ilusório limitar Deus a um local físico, como se Ele pudesse ser contido dentro dos muros de um edifício. "O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés. Que casa me haveis de fazer?" (Is 66:1 BJ). Malaquias, será que ele não sabia disso? Será que não compreendia a grandiosidade e a transcendência de Deus?

Hoje, me questiono sobre a validade de um profeta verdadeiro pedir ao povo que traga seus dízimos e transporte suas ofertas para um templo sem valor. Jesus, o Messias que ressuscitou dentre os mortos, que significado Ele atribuiu ao templo que antes havia purificado? Que consideração teve Ele para com a liderança religiosa da época?

A resposta se revela clara. Jesus veio para abrir nossos olhos para uma nova realidade, uma verdade que transcende as limitações físicas e cerimoniais. Ele nos mostrou que o verdadeiro templo é o nosso coração, onde a presença de Deus deve habitar. O véu rasgado simbolizou o acesso direto a Ele, sem intermediários, sem barreiras.

Nesse ínterim, somos convidados a refletir sobre nossas próprias concepções de culto e adoração. Não podemos nos deixar aprisionar por estruturas e rituais vazios. O verdadeiro culto a Deus está na entrega sincera, na busca por uma conexão profunda e pessoal com Ele. É no nosso dia a dia, nas pequenas ações e escolhas, que construímos uma comunhão verdadeira.

O tempo pode ter caducado a mensagem economista e de cobrança de Malaquias, e não podemos permitir que ela ainda sirva de regra para nós hoje. A mensagem verdadeira é esta que nos liberta, que nos conecta com a essência divina que habita em nós e nos inspira a amar e servir ao próximo. É hora de transcender as limitações do passado e abraçar uma espiritualidade autêntica, que transcende as paredes de qualquer templo e ecoa na eternidade.

Que possamos, como protagonistas de nossa própria história, despertar para a grandiosidade desse chamado. Que nossas vidas sejam crônicas de amor, justiça e compaixão. Que possamos viver plenamente o presente, conscientes de que a mensagem impactante de Malaquias não é mais para os dias de hoje; há outra, de desritualização, convidando-nos a uma transformação interior e a uma busca incessante pela verdadeira comunhão com o Filho.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (12): Quais os Limites da Mensagem de Malaquias?

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (12): Quais os Limites da Mensagem de Malaquias?

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era um tempo de incertezas e desorientação, quando o profeta Malaquias levantou-se para transmitir sua mensagem ao povo. Com voz firme e determinada, ele proclamou: "Trazei o dízimo integral para o tesouro a fim de que haja alimento em minha casa..." (Ml 3:10 BSV). Aquele era um período marcado pela confusão, um intervalo curto entre os anos de 430 a.C. e 420 a.C., durante a ausência de Neemias (Ne 12:6). Malaquias emergiu como um mensageiro enviado para corrigir as falhas que persistiam no pequeno grupo dos remanescentes do cativeiro de setenta anos. Ele via uma oportunidade imediata de restauração. No entanto, o problema não foi completamente solucionado; pelo contrário, os "pastores" e sacerdotes aproveitaram-se dos dízimos da campanha de Malaquias para se infiltrarem ainda mais no pecado. O povo, desamparado e desiludido, murmurava: "... é inútil servir a Deus; e que lucro teremos se observarmos os seus preceitos e se andarmos de luto diante de Iahweh dos Exércitos?" (Ml 3:14 BJ).

Essa situação lembra-me dos tempos do profeta Jeremias, quando tanto os grandes como os pequenos eram ávidos por ganância. Profetas e sacerdotes praticavam a mentira, tratando superficialmente das desgraças do meu povo, proclamando "Paz! Paz!" quando não havia paz alguma (Jr 6:13-14 BSV). Infelizmente, de forma semelhante, vemos pregadores assalariados agindo da mesma maneira nos dias atuais. Malaquias, reconhecendo o fracasso e a falta de sucesso de sua missão, antecipou a vinda de um novo acordo. Ele anunciou: "Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia grande e horrível do Senhor" (Ml 4:5 BSEP). Foi Jesus Cristo quem legitimou e estabeleceu João Batista como o Elias que estava por vir, afirmando claramente: "E, se quiserdes aceitá-lo, ele é o Elias que há de vir" (Mt 11:14 BSV). João anunciava e revelava Jesus, ao invés de exigir fórmulas e rituais já estabelecidos pelos hipócritas do Templo.

Essa última parte da campanha de Malaquias foi a que obteve sucesso e continuará a ter, até que o Rei dos reis retorne para concluir a obra de redenção no coração do homem. Já a parte inicial, aquela que buscava resolver as questões imediatas, mostrou-se temporária e insuficiente.

Ao refletir sobre os limites da mensagem de Malaquias, percebo que o verdadeiro culto a Deus vai além de formalidades e rituais vazios. O Senhor anseia por transformar as almas e não está preocupado com aparências. Ele é imutável em Sua natureza!

terça-feira, 4 de julho de 2023

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (11): A Transformação do Culto: Do Formalismo à Espontaneidade.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (11): A Transformação do Culto: Do Formalismo à Espontaneidade.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

No novo tempo, na era do Novo Testamento, há uma mudança profunda no modo como Deus deseja ser adorado. Ele, o próprio Deus encarnado, agora pede um culto de procedimento espontâneo, onde a fonte de toda Graça convida os adoradores a se aproximarem exatamente como estão. "Vinde a mim todos, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mt 11:28 TNMES).

Nesse novo acordo, não há mais a necessidade de priorizar formalidades para cultuar o Deus Salvador. Ele, em Sua infinita sabedoria, adaptou-Se e ajustou-Se ao meio social dos humanos, buscando auxiliar o homem pecador. Sua preocupação vai muito além da aparência exterior, concentra-se na transformação da alma. É como se Ele, com habilidade divina, fosse capaz de metamorfosear nossa essência, despertando um novo ser em nosso interior.

Deixe-me esclarecer que não estou afirmando que Deus tenha mudado, tampouco que estejamos diante de um Deus diferente. Não, nada disso. Deus é um ser essencial, completo em Si, totalmente perfeito. Sua natureza, caráter, atributos e vontade são imutáveis. O que ocorreu foi uma alteração nos meios e formas de tratamento e acolhimento ao homem. É nessa imutabilidade divina que reside a verdade. Ele sempre age de forma correta, adaptando-Se e harmonizando-Se ao tratamento que Suas criaturas requerem.

Muitas vezes, somos levados a enxergar uma variação nas ações e no caráter de Deus, quando, na verdade, é a criatura que passa por transformações. Por exemplo, quando um ímpio falece, não foi Deus quem mudou, mas sim a criatura que, então, passou a receber um tratamento e acolhimento diferenciados. Deus implementa um conjunto de medidas terapêuticas, alinhadas à Sua vontade, visando à restauração e transformação. Todas as promessas e ameaças são condicionais, feitas de acordo com as circunstâncias externas, pressupondo uma mudança na criatura e não em Deus.

Ao refletir sobre essa jornada, sinto uma mensagem impactante ecoando em meu ser. O culto a Deus não deve ser limitado por formalismos vazios. Ele anseia por um encontro íntimo e espontâneo com cada um de nós. Ele nos convida a nos aproximarmos Dele com autenticidade, permitindo que Ele nos transforme por completo. É uma chamada para deixar de lado as aparências e mergulhar em uma adoração genuína, em que o relacionamento com o divino transcende rituais e cerimônias.

Nessa nova aliança, descobri que a essência do culto reside na entrega de nossa alma ao Espírito Santo, permitindo que Ele nos guie em uma jornada de transformação e renovação. É uma experiência profunda e pessoal, em que nos rendemos à vontade de Deus, abrindo espaço para que Ele opere em nós, transfigurando-nos...

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (10): A Transição Divina: Do Velho para o Novo Acordo.

 


ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (10): A Transição Divina: Do Velho para o Novo Acordo.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Foi numa época remota, na velha dispensação, que Deus estabeleceu suas exigências e requisitos, fundamentados em direitos consagrados. Naquele tempo distante, Ele estabeleceu um modelo oficial, um padrão adequado para aquela era e longo período. Um procedimento baseado em formalidades, uma prática puramente exterior, cujo propósito era a adoração reverente, pois o Deus do Velho Testamento se apresentava, ou melhor, se oferecia para ser visto e recebido como a fonte geradora, o manancial de todas as bênçãos.

Aprendi que, naqueles dias, havia uma estrutura hierárquica divina, em que o Pai era a fonte suprema, o Filho atuava como intermediário e o Espírito Santo funcionava como o meio pelo qual toda a criação tomava forma. Essa trindade sagrada, tão misteriosa e sublime, governava sobre a humanidade, envolvendo-a em sua teia divina. As escrituras sagradas ecoavam essa verdade, trazendo consigo uma ordem estabelecida desde o início dos tempos.

No entanto, à medida que minha jornada avançava, fui capaz de perceber uma mudança sutil, porém significativa, uma transição do velho para o novo acordo. O próprio Pai deu início ao plano de nossa redenção, enviando o Filho para reconciliar-nos com Ele e nos redimir de nossos pecados. Foi um evento grandioso, quando o Filho de Deus pisou na Terra, trazendo consigo uma nova esperança e uma promessa de vida eterna.

Com o advento desse novo acordo, a presença do Espírito Santo tornou-se ainda mais profunda e vital em nossas vidas. Ele age como o elo que nos liberta das garras de Satanás, sustentando-nos e fortalecendo-nos em nossa caminhada. É o Espírito Santo que habita em nós, purificando-nos, transformando nossa natureza e inundando-nos com amor, alegria e paz. Sua influência nos concede coragem e poder espiritual, capacitando-nos a enfrentar os desafios da vida com confiança e fé.

Ao perceber essa transição divina, sou tomado por uma profunda reflexão. As formalidades e rituais do passado cedem espaço para uma conexão mais íntima com o divino. A busca pela veneração de culto se transforma em uma busca pelo coração, pelo espírito que habita em cada um de nós. É uma jornada de autenticidade e renovação, em que somos convidados a abraçar essa nova aliança e a experimentar a plenitude do amor divino.

Nesta reflexão, sinto a mensagem impactante que permeia essa transição do velho para o novo acordo. É uma mensagem de esperança, de renovação e de redescoberta espiritual. Somos chamados a deixar para trás as formalidades vazias e a nos aproximarmos do divino com sinceridade e devoção. A verdadeira adoração não reside em rituais externos, mas sim na conexão profunda com o Espírito Santo, que nos aperfeiçoa.

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (9): A Busca Pela Liberdade.

 


Crônicas

ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (9): A Busca Pela Liberdade.

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Há uma verdade inegável que ecoa na mente do homem de sã consciência, aquele que valoriza acima de tudo a sua liberdade. É uma verdade que transcende as palavras, uma essência que permeia os corações sedentos por autonomia. Essa verdade se revela em uma passagem que ecoa nas páginas sagradas: "pois o Senhor é o Espírito, e, onde se acha o Espírito do Senhor, aí está a liberdade" (II Co 3:17 BJ).

Permita-me contar-lhes uma história, uma narrativa que revela a busca incansável por essa liberdade. Era uma época em que minha alma ansiava por desvendar os mistérios divinos e encontrar um propósito mais elevado. As amarras da rotina e das convenções sociais me sufocavam, e eu ansiava por um caminho além dos limites impostos pela sociedade.

Foi nesse contexto que me deparei com essa passagem bíblica que ecoava em minha mente como um grito de esperança. O Senhor é o Espírito, e onde quer que esse Espírito divino se manifeste, ali está a liberdade. Essa ideia tomou conta de mim como um fogo ardente, impulsionando-me a embarcar em uma jornada que transformaria minha vida para sempre.

Lembro-me claramente dos primeiros passos nessa busca. Era como adentrar um território desconhecido, repleto de desafios e incertezas. No entanto, a chama da liberdade queimava em meu peito, alimentando minha coragem e determinação. Cada dia era uma oportunidade de desvendar novas verdades, de explorar os recantos mais profundos da minha alma em busca da conexão com o Divino.

À medida que prosseguia nessa jornada, percebia que a liberdade não se encontrava em conceitos abstratos ou doutrinas rígidas. Ela se manifestava nas pequenas coisas do dia a dia, nos momentos de contemplação silenciosa e na conexão com o mundo ao meu redor. Era como se o próprio ar ganhasse uma nova textura, como se cada pôr do sol me envolvesse em um abraço caloroso.

A liberdade não estava confinada a um lugar específico ou a rituais pré-determinados. Ela se revelava em cada escolha que eu fazia, em cada decisão que me permitia ser verdadeiramente eu mesmo. A busca pela liberdade não era apenas uma procura externa, mas um mergulho profundo dentro de mim mesmo, onde eu descobria e abraçava minha essência mais autêntica.

Ao refletir sobre essa jornada transformadora, percebo que a liberdade é uma conquista pessoal e intransferível. Ela não pode ser ditada por normas ou imposições externas, mas é um estado de espírito que se encontra quando nos conectamos com o Divino que habita em nós. É uma escolha diária de viver em plenitude, abraçando a verdade que nos liberta.

Portanto, convido a cada um que me lê a trilhar esse caminho em busca da liberdade. Deixe o Espírito Santo o conduzir!