"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sexta-feira, 12 de maio de 2023

O ESPERTALHÃO USURPADOR ("Quem chega do nada com mãos cheias de estratégias, sairá para o nada de mãos vazias! Antes de estragar o plano de Deus." — CiFA)

 


O ESPERTALHÃO USURPADOR ("Quem chega do nada com mãos cheias de estratégias, sairá para o nada de mãos vazias! Antes de estragar o plano de Deus." — CiFA)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Um indivíduo, quando chega a merecer esse título de espertalhão usurpador é que, na verdade, ele possui muita arrogância e a sua ambição é excessiva. O mundo todo sabe que quando se afirma que alguém que chega do nada com mãos cheias de estratégias sairá para o nada de mãos vazias, No entanto, qualquer um ao tentar manipular os desígnios divinos, está predestinado ao fracasso inevitável. É sábio reconhecer a humildade diante das forças superiores e confiar na ordem do universo.

Houve uma ocasião em que deparei-me com um diretor escolar, dotado de astúcia e amplamente bem-sucedido em suas estratégias. Chegou com o intervento. Embora ele estivesse fazendo um bom trabalho, logo se tornou evidente que estavam em desacordo com os desígnios superiores. O desfecho inevitável foi a experimentação de uma dolorosa derrota, acompanhada por um sentimento de vazio e ausência de propósito. "O homem sério é perigoso, pode transformar-se em tirano." (Simone de Beauvoir)

Essa experiência serve para todos que lerem esta crônica como uma poderosa lição, reforçando a importância de alinhar nossas ações com princípios mais elevados e reconhecer que o verdadeiro sucesso reside na harmonia com os propósitos superiores que transcendem nossas ambições individuais. É uma maneira de lembrar que é importante agir com humildade, respeitando a ordem natural das coisas e reconhecendo que nem tudo está sob nosso controle absoluto. Devemos aceitar as circunstâncias que fogem ao nosso controle e buscar harmonia com o universo.

No entanto, é imprescindível ponderar que a compreensão dessa experiência vivida por aquele gestor escolar se subordina às convicções íntimas de cada pessoa. Eu pude atribuir-lhe um sentido profundo, embasado em minhas crenças religiosas ou filosóficas, que devemos dar relevância de estar em sintonia com princípios e objetivos superiores em qualquer empreendimento. "Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido" (1 Pedro 5:6). Assim, a Bíblia nos mostra que Deus não tolera a arrogância e a soberba, mas exalta aqueles que se humilham diante dele. A queda dos arrogantes é uma demonstração do juízo de Deus sobre aqueles que se colocam acima dos outros e não reconhecem sua soberania. No entanto, Deus oferece graça e misericórdia aos humildes, que reconhecem sua necessidade dele e se submetem à sua vontade. CiFA

quinta-feira, 11 de maio de 2023

ZUMBIS NÃO COMEM ZUMBIS ("Eles respeitam uns aos outros, coisa que os humanos não fazem, nós somos os verdadeiros zumbis." — Arthur Canossa)

 


ZUMBIS NÃO COMEM ZUMBIS ("Eles respeitam uns aos outros, coisa que os humanos não fazem, nós somos os verdadeiros zumbis." — Arthur Canossa)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Uma das pragas de Deus para os ímpios é torná-los zumbis: "E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne apodrecerá, estando eles em pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e a língua lhes apodrecerá na sua boca. Naquele dia também acontecerá que haverá da parte do Senhor uma grande perturbação entre eles; porque cada um pegará na mão do seu próximo, e cada um levantará a mão contra o seu próximo."

(Zacarias 14:12,13)

Segundo os ensinamentos dos espiritualistas, aqueles que estão possuídos por muitos espíritos obsessores não costumam apresentar comportamentos violentos, descontrolados ou agressivos. Pelo contrário, eles se misturam entre nós, aparentando ser pessoas "normais", enquanto pregam o amor. É importante estar atento a esses oportunistas. Talvez podemos chamá-los de zumbi também!

Quando demonstramos um amor insuficiente, recebemos em troca o mesmo nível de reciprocidade. É um ciclo onde a falta de afeto gera uma indiferença que pode levar à morte emocional. A cada dia que passa, encurtamos nossa trajetória, mas também temos a chance de reescrever nossa história, transformando o caos em uma fonte de risos e aprendizados.

Diante disso, anseio pela veracidade da existência dos chamados "mortos-vivos". Pois, de certa forma, sinto-me um zumbi, alguém que não consegue amar de forma plena e suficiente. Nesse estado, vagueio entre a vida e a morte emocional, ansiando por uma conexão mais profunda e genuína. Desejo ardentemente encontrar a chama que desperte minha alma e me faça voltar a sentir intensamente, transcendendo essa condição de mera existência. Pois somente assim poderei experimentar a verdadeira vitalidade e plenitude que o amor genuíno proporciona. O Eclesiastes diz que não se ama no estado de morte.

Então devemos amar enquanto se pode ainda. Porque, o coronavírus diminui o Q.I. e a capacidade de amar das pessoas: Fui ao restaurante... logo, deparei-me com a placa na porta: "... é obrigatório o uso de máscara". Saquei a minha do bolso e me tornei adequado. Mas, todos, lá dentro, estavam comendo sem máscara, aliás com o pedaço de pano debaixo do queixo. Eu os vi zumbis olhando para mim, então fiz bonito novamente, recolhi o instrumento de convenção social no bolso como antes. Zumbis não atacam zumbis. "Howard Stern, o apresentador de rádio da manhã SiriusXM, acredita que os não vacinados não devem ser autorizados a entrar em hospitais". CiFA

quarta-feira, 10 de maio de 2023

MEUS INIMIGOS AMIGOS DE MEUS AMIGOS ("Vive de tal maneira que não faças nada que não possas dizer aos teus inimigos". — Sêneca)

 


MEUS INIMIGOS AMIGOS DE MEUS AMIGOS ("Vive de tal maneira que não faças nada que não possas dizer aos teus inimigos". — Sêneca)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Uma das melhores abordagens para a vida é sempre pensar no pior cenário que pode nos acontecer. Ao antecipar os desafios e obstáculos que podemos enfrentar, estamos preparados para lidar com eles de forma mais eficaz. Essa mentalidade nos ajuda a desenvolver resiliência, planejar estratégias de contingência e tomar precauções necessárias. Ao considerar o pior, também podemos valorizar mais as coisas boas e apreciar os momentos positivos. Portanto, cultivar essa perspectiva nos permite viver de maneira mais consciente e preparada para enfrentar as adversidades com coragem e determinação.

Em qualquer situação, preparo-me para aceitar as consequências do erro mais grosseiro possível. Porque quando acontecer aquele desastre inevitável, pelo menos, não sofrerei a ânsia da surpresa. Independentemente do contexto, estou sempre pronto para enfrentar as consequências inevitáveis. Afinal, essa postura de prontidão permite-me encarar os desafios de frente, desenvolver estratégias de contingência e estar preparado para lidar com o inesperado. Ao antecipar o pior, também adquiro uma sensação de controle sobre minha vida e sou capaz de tomar decisões mais conscientes e ponderadas. Dessa forma, posso enfrentar os obstáculos com coragem e confiança, sabendo que estou preparado para qualquer eventualidade. "Viver às vezes é morrer de tédio e de vício. Também de ataque de míssil. Viver é virar de ponta cabeça, o avesso" (Itamar Assunção).

Por isso, digo exatamente o que você quer ouvir a meu respeito, que quase uso suas próprias palavras. Talvez não tenha a chance de me xingar, por que já o fiz por você. Como ainda poderá ser original, escravos das paixões baixas? Se alguém entrar em minha propriedade sem minha permissão, faço dele o que quero. Quem invade uma casa alheia está vulnerável demais, mesmo que seja de surpresa, encontrará a lógica do erro a seu desfavor. As armadilhas são prerrogativas secretas do morador; o ladrão só escapará, se for ajudado por alguém que seja seu amigo em comum com o proprietário! Portanto, precisamos nos proteger dos nossos amigos que são amigos dos nossos inimigos. Ainda nos adverte Muslah-Al-Din Saadi: "Rompe com o amigo que frequenta os teus inimigos".

terça-feira, 9 de maio de 2023

EU VEJO OS ANZÓIS; VOCÊ, AS ISCAS. ("Para se livrar das armadilhas é preciso fugir das iscas". — Delson Jacinto Vieira)



EU VEJO OS ANZÓIS; VOCÊ, AS ISCAS. ("Para se livrar das armadilhas é preciso fugir das iscas". — Delson Jacinto Vieira)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A vocês alunos, que me acham tão ruim e indigno, digo-lhes, é muito fácil me tirar do sistema, ainda não conseguiram porque estão procedendo mal, não é falando mal de mim, denunciando-me com assuntos elaborados para esse fim, tem que ser por tabela, elogiando-me e defendendo meu professorado, pelo menos fingindo está a meu favor para os demais, assim provocarão o ciúme dos ditos colegas, e eles ficarão tão tristes que logo se unirão para me ensombrear e se arregimentarão para me extirpar do meio deles.

           De outra sorte, os inimigos ficarão felizes; meu sofrimento serve de referencial para o contentamento dos que vivem se comparando, dos que precisam de ver alguém menor para se sentir grande. Quem dera eles quisessem desenvolver a autoestima e a autoconfiança para evitar a armadilha da comparação e buscar uma vida plena e realizada. Mas, não, eles preferem a discriminação para efetivação da maldade. Meu maior problema é "ver o anzol, enquanto vocês veem apenas a isca". CiFA

A PERSONALIDADE HUMANA NÃO É DEVINIDA PELA RELIGIÃO. ("Vivo em uma sociedade hipócrita, cujos valores adormecem assim que o sol se põe". — Alessandra Souza). ("Sociedade hipócrita, pessoas fúteis, egoístas e interesseiras". — Khan Alniz)


 

A PERSONALIDADE HUMANA NÃO É DEVINIDA PELA RELIGIÃO. ("Vivo em uma sociedade hipócrita, cujos valores adormecem assim que o sol se põe". — Alessandra Souza). ("Sociedade hipócrita, pessoas fúteis, egoístas e interesseiras". — Khan Alniz)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Muitas pessoas acreditam erroneamente que a religião molda a personalidade das pessoas, mas a verdade é que cada indivíduo é único e a personalidade é influenciada por diversos fatores. Apesar disso, há aqueles que se aproveitam da irmandade de uma igreja para se mascararem e se passarem por pessoas boas, quando na verdade são péssimos alunos e indivíduos difíceis de conviver. É importante lembrar que a religião não define completamente a personalidade das pessoas.

Além disso, outro equívoco é o sistema educacional colocar o aluno acima do professor, criando uma relação INVERSA de submissão que prejudica o desenvolvimento dos alunos (os impostos deles pagam o salário do professor). Como professores da rede pública, pagamos impostos para trabalhar e muitas vezes somos maltratados pelos alunos, o que não é justo. A escola não deve ensinar inversão de valores e é importante lembrar que é abominável a escrava que toma o lugar de sua senhora.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

O QUE APRENDI NOS CONSELHOS DE CLASSE ("O segredo do demagogo é de se fazer passar por tão estúpido quanto a sua plateia, para que esta imagine ser tão esperta quanto ele". — Karl Kraus)

 



O QUE APRENDI NOS CONSELHOS DE CLASSE ("O segredo do demagogo é de se fazer passar por tão estúpido quanto a sua plateia, para que esta imagine ser tão esperta quanto ele". — Karl Kraus)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

NO VELHO NORMAL, os conselhos de classe eram diferentes do que hoje. As reuniões eram comandadas por coordenadores pedagógicos que, muitas vezes, agiam com uma falsa neutralidade. Eles tinham a tarefa de registrar tudo o que era dito na reunião, desde as notas dos alunos até os desvios de personalidade. Durante esses encontros, os representantes de classe tinham a oportunidade de falar sobre seus colegas e professores, e muitas vezes diziam o que a coordenadora gostaria de ter dito, mas não tinha coragem.

             Porém, a falta de bom senso estava ali presente na pessoa dos representantes de turma, escolhidos pelo critério errado. Eles eram  escolhidos por eles mesmos. Dar voz para quem não sabe usá-la sabiamente, sempre foi um problema para Deus! Ainda mais para nós. Bem sei que é importante que os alunos tenham a oportunidade de se expressar, mas também é essencial que essa voz seja bem utilizada, com respeito e sensatez. Além disso, é preciso oferecer orientação e capacitação aos representantes para que possam desempenhar seu papel com mais eficiência e responsabilidade.

            Então, os canibais da reputação, no conselho de classe de antigamente, se voltavam tanto  para os coordenadores, que, No Novo Normal,  baniram a participação dos alunos daquele  momento antropofágico! Pois, o representante de classe existia para falar mal de professor, colegas de classe e instalações da escola. Nunca vi nada diferente nesses muitos anos de sacrifício ritualístico. Banir a participação dos alunos completamente pode não ser a solução, mas é importante estabelecer limites e diretrizes claras para que as discussões sejam produtivas e não prejudiquem a reputação de professores e colegas.

             Eu que estou vivendo a transição, já percebi uma certa simplificação no conselho de classe, agora nos reunimos para ler nota de aluno em público e muitos professores usam para mostrar o quanto são generosos para com seus alunos. Talvez essa simplificação no conselho de classe possa ser benéfica, já que agora o foco está mais na apresentação das notas dos alunos e na valorização do trabalho dos professores em vez de fofocas desnecessárias.

            Vou morrer em breve, já conto com a terceira idade. Para mim, já está bom demais, esse sistema falido também irá comigo, não que eu seja o causador, mas o aprendiz dele. Eu vejo, falo e escrevo o que me acontece por aqui. E me parece que tudo de ruim só acontece comigo. Até minhas conquistas e direitos se demoram a me beneficiar. Não é que estou me entregando à desesperança, sei que é importante manter a esperança e a luta pela vida, independentemente da idade. Estou tentando buscar apoio e companhia de amigos e familiares, isso pode ajudar a aliviar a solidão e a sensação de desamparo; mas quem ler esta crônica não me simpatizará, porque vou lhe dizer que aprendi: Que há falta de orientação e direcionamento dos professores; Ausência de formação pedagógica dos alunos participantes; desconexão entre a realidade dos alunos e as necessidades pedagógicas; falta de participação ativa dos professores; comunicação ineficiente entre alunos, professores e coordenadores; Hierarquia desequilibrada; limitações na estrutura dos conselhos de classe; falta de diversidade de perspectivas; desvalorização da experiência e conhecimento dos professores; falta de feedback e acompanhamento.

domingo, 7 de maio de 2023

ANTIGAMENTE ERA PIOR... ("Antigamente os animais falavam. Hoje escrevem". — Millôr Fernandes)

 


ANTIGAMENTE ERA PIOR... ("Antigamente os animais falavam. Hoje escrevem". — Millôr Fernandes)

Claudeci Ferreira de Andrade

No velho normal, as escolas eram afetadas por uma grande quantidade de leis inúteis e ordens momentâneas que surgiam em resposta aos caprichos de diferentes indivíduos que assumiam cargos. Como resultado, as transgressões eram comuns e muitas vezes as instituições escolares estavam mais preocupadas em manter a aparência de ordem do que em fornecer um ambiente educativo significativo para os alunos. A participação democrática e a colaboração entre membros da comunidade escolar eram frequentemente negligenciadas. Além disso, a rotatividade de professores era alta e não permitia que eles se adaptassem e se desenvolvessem como educadores. Para melhorar a qualidade do ensino, as instituições de ensino devem valorizar a estabilidade dos professores e criar um ambiente propício ao aprimoramento das habilidades e competências docentes.

            E o pior, a escola cometia um grave erro ao interferir nas notas atribuídas pelos professores aos alunos, minando a autoridade dos docentes e prejudicando o processo educativo. Além disso, a falta de critérios claros e consistentes na elaboração das leis que regiam a instituição também gerava instabilidade e desordem. Nesse cenário, o maior desafio pedagógico da educação era encontrar um equilíbrio entre o papel do professor, responsável por ensinar, e o papel do aluno, responsável por aprender. Para alcançar esse objetivo, era necessário investir na formação e capacitação dos professores, bem como incentivar a autonomia, a curiosidade e o pensamento crítico dos alunos, proporcionando um ambiente de aprendizado estimulante e desafiador. Por fim, é importante reconhecer que, para ensinar alguém a voar, é necessário ter as próprias asas em pleno funcionamento e estar disposto a ser um exemplo inspirador.

               Era assim: os alunos detestavam ser ensinados! Eles odiavam ser corrigidos! "Grilavam" quando lhe diziam que estavam errados! Uma vez disse a um aluno para melhorar a caligrafia ilegível, ele quase me bateu. Não tinham admiração alguma por aqueles que lhes diziam como alguma coisa devia ser feita! Naquele tempo, os jovens sábios e nobres eram aqueles que enfaticamente diziam, "Não!" E hoje são os tolos que dizem "Não" demais. E você vem me dizer que o passado era melhor? Eu acho igualmente a você! CiFA

DESMERECIMENTO MERECIDO! ("Os que agem com o próximo sob calúnias, estão na verdade desmerecendo a própria dignidade". — Dylugon)

 


DESMERECIMENTO MERECIDO! ("Os que agem com o próximo sob calúnias, estão na verdade desmerecendo a própria dignidade". — Dylugon)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Em plena confraternização dos professores, no final do ano letivo, uma mãe veio me elogiar, dizendo que seu filho gostava muito de mim. Então uma professora da primeira fase do fundamental, enciumada, menosprezou-me, contradizendo aquela mãe em minha frente — não é isso que dizem dele, os alunos não ficam em sua aula. Comparei a atitude da colega com o STF condenando o ex-presidente Bolsonaro por não ter tomado a vacina da Covid-19. Por isso, retruquei, valorizando o elogio da mãe constrangida: — Os bons alunos ficam comportados, sim, e o seu é um dos melhores. Eu ofendido estou até hoje, pensando: Se essa professora é boa mesmo, por que os meus alunos do sétimo ano, alfabetizado por ela, não sabem ler e nem escrever? Muitos não fazem o próprio nome corretamente! Mas, sei valorizar o que é importante e não vou me deixar abalar pela inveja alheia. O que ela não sabe é que cada um tem sua metodologia; todavia, o foco deve estar na educação dos alunos, que é o mais importante.

            Por conseguinte, sou obrigado a perguntar-me novamente: Qual é o objetivo primordial da escola? Será só o ganha pão de muitos! Ou é como disse Albert Einstein: "Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou".

           Na escola, às vezes, o alunado não ajuda; é assim:  Marginais são aceitos sem filtragem alguma, comem, divertem-se e cumprem seus intentos malignos, ameaçando, intimidando professores e colegas. E não são casos isolados; mas, abundantes! Basta olhar os noticiários. O milagre sou eu com 30 anos de sala de aula e ainda estou vivo e trabalhando na escola. E se a escola excluir alguns inadequados, o Conselho Tutelar traz de volta. Então, muitos continuam órfãos de atenção, ignorados pelos os professores técnicos de pedagogia apenas, e assim o indisciplinado continua perturbando o atencioso para ser visto, pegando carona no prestígio do outro para permanecer ali. A realidade é esta: Alunos marginais intimidam professores e colegas, e são aceitos na escola sem filtro. A exclusão não funciona (nem reprovação existe), e os professores se culpam mutuamente. CiFA

sábado, 6 de maio de 2023

A VERDADEIRA NATUREZA DAS ESCOLHAS ("As ideias dominantes de cada época nunca passaram das ideias da classe dominante." — Karl Marx)

 


A VERDADEIRA NATUREZA DAS ESCOLHAS ("As ideias dominantes de cada época nunca passaram das ideias da classe dominante." — Karl Marx)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Naquela manhã de domingo, enquanto observava meu reflexo no espelho embaçado do banheiro, uma revelação me atingiu como um raio. As gotas d'água escorriam pelo vidro, distorcendo minha imagem, e de repente, vi não apenas meu rosto, mas toda a complexidade da existência humana refletida ali.

Lembrei-me de uma conversa que tive com meu avô, há muitos anos, quando eu ainda era uma criança curiosa e ele, um sábio de cabelos prateados. "Meu filho", ele disse, acariciando minha cabeça, "a vida e a morte são como as duas faces de uma moeda. Muitos as veem como opostas, mas na verdade, estão tão intimamente ligadas que é impossível separá-las."

Essas palavras ecoaram em minha mente enquanto eu enxugava o rosto. Percebi que, assim como a imagem distorcida no espelho, nossa percepção da vida e da morte muitas vezes é uma ilusão de ótica. Acreditamos que são entidades separadas, quando na verdade estão entrelaçadas em uma dança eterna.

Ao longo dos anos, testemunhei nascimentos e partidas, celebrações e lutos. Cada experiência me mostrou que a vida não é apenas o oposto da morte, mas sim um complexo mosaico onde ambas coexistem. O caminho da morte, percebi, já está traçado desde o momento em que damos nosso primeiro suspiro.

Certa vez, durante uma caminhada no parque, observei uma folha caindo de uma árvore. Sua jornada do galho ao chão foi breve, mas cheia de graça. Pensei: não é assim que deveríamos viver nossas vidas? Com a certeza de nossa queda, mas dançando com o vento até o último momento?

A voz do meu avô voltou a sussurrar em meus ouvidos: "Não podemos escolher entre a vida e a morte, meu filho, mas podemos escolher como viver cada momento." Essas palavras ganharam novo significado para mim. Compreendi que nossa tarefa não é lutar contra o inevitável, mas abraçar cada instante com gratidão e propósito.

Lembrei-me de um versículo que meu avô costumava citar, de Isaías 45:7: "Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas essas coisas." Essas palavras me fizeram refletir sobre a complexidade da criação divina e a importância de confiar em um plano maior, mesmo quando não o compreendemos completamente.

Essa visão me levou a uma introspecção profunda sobre a existência e o livre-arbítrio. Talvez o verdadeiro segredo da vida seja aceitar essa dualidade e encontrar um equilíbrio. É preciso viver com amor e empatia, sabendo que cada ação tem suas consequências e que, muitas vezes, o bem e o mal coexistem em gradações sutis dentro de nós e ao nosso redor.

Recordo-me de um dia em que, após outra caminhada no parque, encontrei um velho amigo que há muito não via. Sentamos em um banco, e ele me contou sobre suas recentes batalhas contra uma doença grave. Apesar das dificuldades, ele irradiava uma serenidade que me surpreendeu. "A vida e a morte estão em constante dança," disse ele. "A chave está em valorizar cada momento, mesmo os mais difíceis, e encontrar propósito em cada respiração."

Aquela conversa ficou comigo. Entendi que nossa existência é uma tapeçaria tecida com fios de luz e sombra. É a maneira como escolhemos viver, com gratidão e sabedoria, que determina a qualidade dessa tapeçaria. Devemos agir com compaixão, conscientes de que nossas escolhas impactam não apenas nossa vida, mas também a daqueles ao nosso redor.

E assim, querido leitor, deixo-lhe com este pensamento: a vida e a morte não são adversárias, mas companheiras em nossa jornada. Não temos controle sobre seu vai e vem, mas podemos escolher como dançar com elas. Valorize cada instante, ame profundamente, perdoe generosamente. Pois no final, não é a duração de nossa vida que importa, mas a intensidade com que a vivemos.

Talvez não tenhamos o livre-arbítrio que imaginamos ter, talvez o querer e o realizar venham de uma fonte maior que nós mesmos. Mas temos a liberdade de abraçar cada momento com todo o nosso ser. E nessa aceitação, nessa entrega, encontramos a verdadeira essência da vida - e da morte.

Que possamos todos aprender a ver além das ilusões de ótica da vida e da morte, do bem e do mal, e abraçar a beleza da existência em sua totalidade. Porque, no fim das contas, é nas nuances entre esses extremos que encontramos as mais profundas verdades sobre nós mesmos e nosso lugar no universo.

Questões Discursivas:

1. A partir da reflexão do autor sobre a vida e a morte como faces indissociáveis da existência humana, explore como a percepção da morte pode influenciar a forma como vivemos nossas vidas. Discuta como a aceitação da finitude pode nos levar a uma vida mais plena e significativa, considerando os conceitos de gratidão, propósito e amor.

2. O texto apresenta uma visão da vida como uma tapeçaria tecida com fios de luz e sombra. Com base nessa perspectiva, discorra sobre a importância do equilíbrio entre as diferentes experiências da vida, incluindo os momentos de alegria e sofrimento, sucesso e fracasso. Como essa visão pode nos auxiliar a lidar com os desafios da vida e encontrar significado em meio às adversidades?

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