"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 14 de janeiro de 2017

ASSIM SE ACHA CULTURA ("Tudo que você é contra, te enfraquece. Tudo que você é a favor, te fortalece." — Wayne Dyer)

Aos domingos costumo ir à feira da praça da matriz da Senador Canedo, fico por ali até o sol esquentar, só compro alguma coisa, quando os feirantes das verduras abaixam os preços. Sentado à banquinha de revistas do meu amigo: Osvaldo. Fico assistindo ao movimento, então nessa ocasião, presenciei um incidente muito interessante: uma dupla de irmãos, vieram perguntando, por ali, quem poderia trocar 10 reais em duas de cinco. Era o dinheiro dos dois. Foi quando um dos senhores, o vendedor de espetinho, o que tem bons hábitos, se dispôs a ajudar o garoto e a garota, então ela se mostrando mais "esperta", ao mesmo tempo mostrou-se também ingrata, imediatamente devolveu ao senhor a nota por que estava com uma rasgadura de dois centímetros mais ou menos na dobra do meio. O senhor, sem graça e decepcionado, verificou se estávamos assistindo aquilo, ainda conseguiu pensar rapidamente como um professor e disse:
           — Já que você não quer, devolva-me as duas de cinco e dou-lhe a mesma nota de dez reais que me deu. E assim foi feito.
           Aqui todos nós aprendemos, pelo menos, cinco grandes lições para a vida, a primeira é a mesma que se aprende do lugar comum: "cavalo dado não se olha os dentes". E a segunda lição: quem faz um favor quer ser valorizado por ele. Nada é de graça!
             Eu continuei por ali, o suficiente para acompanhar o resultado final. Foram-se e trocaram o dinheiro em outro lugar. E, não demorou muito, os dois jovens voltaram, atraídos pelo cheiro suculento daqueles bem preparados espetinhos. O irmão já tinha gastado a parte dele, agora só restavam os cinco reais da mocinha. Ao retornar ao local, a abordagem foi indiferente, mas ela ainda me parecia arrogante, como se fosse um cliente com dinheiro suficiente para pagar o que pedir. E o vendedor não menos vendedor, atendendo com prestimosidade.
           — Quanto é um espetinho? A pergunta tocou animadamente os tímpanos daquele professor da vida com a cabeça esfumaçada dentro da nuvem que subia da churrasqueira, queimando a gordura que caía da carne na brasa viva.
           — Um é três reais e dois por cinco - disse ele.
            Então insistiu a garota salivando — pois me dê dois.
           Eu também estava salivando como cachorro diante de um daqueles assadores panorâmicos de frango, ao ver os espetinhos borbulhantes que o tal homem entregou para a jovem. Então, o clímax veio agora. Ela mostra-lhe uma nota de cinco reais com algumas palavras escrita à caneta, e o churrasqueiro se recusou a recebê-la e assim, com a mesma moeda, pagou-a, ou melhor, grudou nos espetinhos que já estavam na mão da menina e lhe disse:
            — Aquela nota um pouco rasgada que você recusou, quando troquei seu dinheiro, estava melhor que esta que você quer me passar agora. Dê-me aqui os espetinhos.
           Os garotos viraram as costas em retirada, e o meu fio de baba esticou-se até romper-se à altura do meu coração. E ardeu meu cérebro como aqueles espetinhos que voltaram para brasa. Saí dali construindo um pensamento: A desgraça do espertalhão é achar que todo mundo é bobo, sendo ele o único otário.
           Às vezes, temos de fechar os olhos para algumas coisas para ver outras, assim é o visionário de sucesso.
           Então, o jornaleiro da banca de revista, que comungava comigo os mesmos ensinamentos, no calor dos olhares atônitos, contou-me uma anedota ilustrativa, atribuída a Rui Barbosa: "O cachorro do Sabido Rui furtou uma linguiça do açougue. No dia seguinte, o Mestre foi comprar a carne de todos os dias. Então, ouviu do espertalhão açougueiro: — Seu Rui, quero lhe fazer uma consulta, se o senhor é açougueiro e meu cachorro pegasse uma linguiça de seu estabelecimento e a devorasse, o que o senhor faria?
           — Eu faria o dono do cachorro pagar!
           — Pois é, o seu cachorro pegou uma linguiça aqui de vinte reais.
           — Então vamos acertar, a consulta custa R $40, menos os R $20 da linguiça, você me deve Vinte ainda."
            A última lição daquela comédia, abstraí quando comparei o fato com a parábola: Quem quer fazer justiça com as próprias mãos, faça-a primeiro a si mesmo.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 10/01/2017
Reeditado em 14/01/2017
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sábado, 7 de janeiro de 2017

AJUDAR É NÃO AJUDAR ("Tenho urgência de tudo que deixei para amanhã—Martha Medeiros)



Crônica Poética

AJUDAR É NÃO AJUDAR ("Tenho urgência de tudo que deixei para amanhã—Martha Medeiros)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


             Hoje lembrei-me do rio em que eu banhava em minha infância, também refrescou minha vida, e da pequena caixa de madeira que fazia descer na correnteza: brincando de barco. Rememorando aquele rio de correnteza forte, compreendo Bertolt Brecht: “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”. Aquele rio carregava meus sonhos com rapidez e todos os meus segredos para longe, depositados naquela pequena caixa. Muitos a viram passar, e outros meninos deram muita importância, pegaram-na e abriram-na, mas ali estavam os meus pertences subjetivos e não os deles, pois eles não compreendiam (possuímos o que conhecemos) apenas interromperam o deslizar apressado dos meus símbolos de fé. Poucos dão de volta para o rio o que eles tiraram dele! Na internet, eu faço meus pecados e transgressões andarem e passarem de mão em mão. Os loucos, para abrirem minha caixa, que não é preta, senão branca, arriscam-se muito. Quero que as pessoas curiosas conheçam meus segredos, também os sinistros; talvez, melhor do que eu mesmo, porém sem dor alguma, vão saber o que faço, por isso,  escrevo eufemismos. Como o mel, meus venenos saciá-las-ão; todavia não as farão tanto mal. É triste ver as pessoas se movendo para trás em busca de suas origens, atrasam-se, enquanto isso, eu tenho folga, andando para frente solitariamente, então deixo para elas a oportunidade de reavaliar a minha produtividade que ficou pelo caminho. Só assim, alguns mal-entendidos do passado, pouco a pouco, começam a ser perdoados, porque a boa vontade tende a prevalecer na comunicação dos grupos que eu integrava. Prenderam-me e agora, eles mesmos me libertam! QUEM FERE É RESPONSÁVEL PELA CURA ou Deus o fará. "Meu Deus, me dê cinco anos. Me dá a mão, me cura de ser grande!" (Adélia Prado).
           Quem deve é escravo do credor! Se alguém deve alguma coisa à outra pessoa e tem o dinheiro, então vá pagá-la estritamente hoje. A Lei de Moisés exigia que os diaristas fossem pagos todos os dias e que os bens dos pobres, dados em garantia, fossem devolvidos a eles naquela mesma noite (Lv 19:13; Dt 24: 12-15). Cumprir o dever é importante! "Nunca deixe de ajudar a quem precisa de ajuda, se você puder ajudar. Nunca diga a outras pessoas: 'passe aqui amanhã e eu lhe darei isso', se você puder fazer agora mesmo." (Pv 3:2-3 BV). Lembrando que ajudar alguém é não ajudá-lo! Você quer se atrasar? Que os da frente continuem abrindo o caminho. Quero passar!     
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 05/01/2017
Reeditado em 07/01/2017
Código do texto: T5873037 
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sábado, 31 de dezembro de 2016

ALÉM DA CONSCIÊNCIA, A IMAGINAÇÃO ("Não dou ouvidos a ninguém... exceto à minha criança interior." — Amy Winehouse)


ALÉM DA CONSCIÊNCIA, A IMAGINAÇÃO ("Não dou ouvidos a ninguém... exceto à minha criança interior." — Amy Winehouse)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            EU SOU O MEU melhor amigo! Gritos, vindos de dentro, no meio da noite, chamam-me, ouço meu próprio nome como se fosse fantasmas para me acordar. Então, fico a ouvir, dentro de MIM, uma voz bastante desejada é a voz de Deus. A voz pode confortar e convencer-me contra qualquer ensinamento ou aviso para o mal. Esta voz está COMIGO 24 horas por dia e sempre me diz o que quero acreditar. ELA ME AJUDA a tomar todas as decisões acertadas. Se não obedeço, erro duas vezes. 
            Se você quiser concluir que a voz da consciência é a voz de Deus é porque apreendeu todas as suas dimensões proveitosas, pelo menos na imaginação são úteis. Quem poderá dizer que Deus é um ser incompreensível para a mente humana, pode até sê-lo num estado de separação; mas, não para os íntimos. O inconsciente do homem percebe tudo, e a imaginação é sua extensão.
           Quem não se tornar uma criança, não pode entrar no Reino de Deus. Não é de hoje que descobri uma criança viva dentro de mim. Conheço bem essa criança e a amo muito, ela representa meus desejos e projeções de infância. Mas, ela cresceu de repente! Por isso, sinto falta do passado. Aí, tudo fica mais complexo, quando eu tento educar, não mais uma criança, porém um adulto. Ele não acredita em mim. Meu inconsciente encontrou uma maneira de me dizer que meu cérebro está trabalhando com alguma dificuldade em minhas relações responsáveis: entre mim e eu. Sinto que este adulto está fora de controle JÁ não sou atraente. Enfim, este ser fui eu ontem, e ele é uma criança adulta hoje, então me arrependo deste pecado comum: crescer e multiplicar. E assim, COMO EU, todos, em algum momento, abusam de sua criança interior. MINHA VOZ INTERIOR É CHORO DE CRIANÇA que sofre abuso infantil. Olhe também para dentro de si mesmo, Talvez haja uma criança com fome e magra acenando-lhe.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/06/2009
Reeditado em 31/12/2016
Código do texto: T1627043
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domingo, 25 de dezembro de 2016

CIRCUNSPEÇÃO (“Provocar o intelecto é contribuir para evitar o atrofiamento do circunspecto frente às terceiras intenções dos infectos." — Graça Leal)


Crîonica poética

CIRCUNSPEÇÃO (“Provocar o intelecto é contribuir para evitar o atrofiamento do circunspecto frente às terceiras intenções dos infectos." — Graça Leal)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Era dia do Natal, depois de um sono perturbado com os muitos estampidos dos fogos vindos dos fanfarrões. Minha cabeça não queria acomodar-se ao travesseiro. No meio da noite preta, forçado a olhar para trás, via tudo como quem olha sem óculos, eu perdera os meus, desde o ventre de minha mãe. Ainda, agora, cada situação é mais compreensível, quando se lê sem o cabresto dos outros; não, exatamente, vejo o futuro como Deus vê, porém escolhi o melhor: viver o presente tal qual estou vivendo. Percebo que estou no momento certo. Eu ainda estou descansando neste caminho pavimentado com ouro, muito brilho e cores, e cada ponto de luz é uma facilidade, na qual vivo. Agradecido por está vivo e em tão boa circunstâncias, apesar dos feitiços, mas, recuso-me a andar, indo para não voltar! Desse jeito, minha vida continuará assim por dourados anos vindouros. Eu e ninguém não somos culpados de nada, já nascemos com o destino pendurado no pescoço: Enluarados. Por isso, cheguei a este momento em que a minha percepção ficou mais aguçada por impressões profundas, quando me tornei suscetível a lições passadas pela intertextualidade. Eu, embriagado demais para perceber que as emoções não se comprometeram com a objetividade, estou agora prestando mais atenção e refletindo para o futuro. Eu acho que mereço o amparo dos deuses. 

          CIRCUNSPEÇÃO
Antonio Montes

A chama? ah essa chama...
Que chama engana e esgana
inflama com gritos, ressalta e brama.

Como chama essa chama!
Será labareda, voz de articulação ou gana?
ou um chamado estridente de bacana.

Quando ouvires uma chama que chama, vá
Mas tenha cuidado... Com o fogo da chama.

            Vou fazer desse poema meu lema de vida, com sabedoria, olhar seriamente adiante antes de tomar decisões. E ao mesmo tempo, ser mais pessimista no sentido do provérbio: “melhor um prevenido do que um arrependido”. “ O homem de bom senso percebe os perigos que tem pela frente e se defende; as pessoas ingênuas avançam às cegas e sofrem as consequências. ” (Pv 22:3 BV). E recomendo a você: Coloque-se em meu lugar, ou melhor, no seu próprio lugar, que é junto a mim, olhe para dentro de si mesmo sem os óculos que lhe deram... A vida nos merece. 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 25/12/2016

Reeditado em 25/12/2016
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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

OPORTUNIDADE ("O pesadelo era o descanso do desespero. Passava noites a sonhar e os dias a cismar." — Victor Hugo)


Crônica emotiva

OPORTUNIDADE ("O pesadelo era o descanso do desespero. Passava noites a sonhar e os dias a cismar." —  Victor Hugo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


           Hoje, vou descrever E ILUSTRAR, COM OS simples RECURSOS QUE TENHO, como uma criança escalando uma árvore, exercendo todos os esforços e arriscando os ramos mais finos para pegar aquela fruta apetitosa. Isso mesmo, criando oportunidade! Eu me comporto assim na vida, se não estou sendo muito prático que possam me perdoar! Mas, minhas intenções são as melhores no que se diz respeito o abraçar as oportunidades. Às vezes, deixei passar aparentes boas oportunidades para me proteger, evitar concorrência, o desperdício e excesso de todos os tipos. Faço da cordialidade a minha chave, talvez contagio alguém. Estou apenas tentando alcançar meu objetivo sem maiores problemas. Mas, o fruto não cai de uma mão beijada. Atritos são inevitáveis, apenas devemos considerar como facas que se afiam. 
           Então digo novamente: tenho respeitado minhas cismas e intuições. Porém, quando chegar minha hora, esta inevitável, eu vou procurar ter uma atitude civilizada junto à comunidade, para a qual sirvo, e me despedir dos inimigos perseguidores com ares de quem venceu. Visto que mais cedo ou mais tarde, não tardará, estarei envolto na terra para nunca mais sair do meio deles.            
            Nada mal, onde receberei as consequências não doloridas de tudo e a última delas: a vingança de cada um. Plantado neste chão, finalmente pisar-me-ão. Vou provar pela minha aflição, minha fé; pela enfermidade, minha dependência; pela tentação, minha obediência. Agora, tudo isso pode ser outro tipo de oportunidade. “Se você fica desesperado quando tem que enfrentar muitos problemas, você é um fraco, um pobre coitado.” ( Pv 24:10 BV).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 04/11/2016
Reeditado em 21/12/2016
Código do texto: T5813106 
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