"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

FICA COMIGO, A MORTE NOS SEPARA: A Impermanência e a Essência do Ser ("Gostaria de ti pedir para ficar, mas isso seria insensato; pois há muito tempo não estou mais aqui." — Debora Canibal)


 



FICA COMIGO, A MORTE NOS SEPARA: A Impermanência e a Essência do Ser ("Gostaria de ti pedir para ficar, mas isso seria insensato; pois há muito tempo não estou mais aqui." — Debora Canibal)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Compreendo agora que a vida se move por ciclos temporais: há tempo para plantar, colher, chegar e partir. Essa certeza me faz reconhecer que, embora as amizades verdadeiras resistam aos anos, nem todos que cruzam nosso caminho suportam a prova do tempo. É essencial aceitar a impermanência com serenidade, deixando ir quem deseja partir, sem apego ou rancor. Reter o que se foi é apenas atrasar o próprio florescimento; a vida é um jardim que se renova a cada estação, não um cárcere afetivo.

Diante disso, busco ser gentil e justo em meus julgamentos, independentemente do papel que cada pessoa tenha em minha história. Não espero retribuição, mas sim autenticidade. Descobri que a paz reside em um ambiente íntimo e belo, onde a harmonia estética espelha a ordem da alma. Talvez eu valorize tanto a beleza porque o mundo a usa como medida de tudo — mas, apesar disso, mantenho-me fiel à simplicidade, sem máscaras ou adornos que disfarcem o peso do tempo.

Contemplo o afastamento das pessoas como uma parte natural do ciclo, intensificando-se à medida que o fim se aproxima. Embora fosse menos doloroso morrer junto do que sobreviver separado, a vida raramente oferece esse consolo. A morte, inevitável e pontual, não é o que se deve temer, pois tem endereço certo e hora marcada. A verdadeira dor reside no distanciamento voluntário que surge da frieza, do desinteresse ou da política que rompe laços.

Por isso, peço que fiquem por perto. Não é o medo da solidão que me move, mas a convicção de que a presença — mesmo silenciosa — é o último vestígio de humanidade a resistir. No entanto, reconheço que minha própria presença já não é a mesma. Uma parte de mim ficou ancorada no passado, entre as memórias e as pessoas que amei. O que resta apenas observa, em quietude, o lento esvair daquilo que um dia chamei de “nós”.


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Abaixo estão 5 questões discursivas, simples e objetivas, formuladas para alunos do Ensino Médio, com foco nos temas sociológicos abordados em seu texto:

1. Impermanência e Relações Sociais: O texto compara a vida a um "jardim que se renova a cada estação", sugerindo que a impermanência é natural nas amizades e nos vínculos sociais. Analise, sob a ótica da Sociologia, como as mudanças na organização social moderna (como a mobilidade urbana ou o avanço das redes virtuais) contribuem para essa aceitação da impermanência e para o enfraquecimento dos laços comunitários estáveis.

2. A Busca por Autenticidade e os Papéis Sociais: O autor afirma buscar a "autenticidade" e ser "fiel à simplicidade, sem máscaras". Relacione essa busca por um "eu" verdadeiro com a teoria dramatúrgica de Erving Goffman, explicando o que são as "máscaras" (ou fachadas) nas interações sociais e por que a sociedade muitas vezes exige que as pessoas as usem.

3. Estética, Harmonia e Distinção Social: O texto nota que o mundo "julga a beleza como medida de tudo" e associa a "harmonia estética" à "ordem da alma". Em termos sociológicos (por exemplo, a partir de Pierre Bourdieu), discuta como a valorização da beleza e da estética pode funcionar como um mecanismo de distinção social, influenciando o valor e o julgamento atribuído aos indivíduos na sociedade.

4. O Distanciamento e a Política nas Relações: A "verdadeira dor" é identificada no "distanciamento voluntário que surge da frieza, do desinteresse ou da política que rompe laços". Explique como a polarização ideológica ou a fragmentação social ("política que rompe laços") podem se manifestar no nível das relações interpessoais e como isso afeta a coesão do que o autor chama de "nós" (o coletivo de pertencimento).

5. O Valor Sociológico da Presença: O autor valoriza a "presença — mesmo silenciosa —" como "o último vestígio de humanidade a resistir". Em um contexto de crescentes interações mediadas por tecnologia, qual o significado sociológico da presença física nas relações? Discorra sobre como a ausência de corporeidade e a mediação tecnológica podem fragilizar a profundidade dos vínculos sociais.

ABRAÇANDO PALMEIRAS: Insanidades na Pandemia de Covid-19 ("Minha terra não terá mais palmeiras se a humanidade não cuidar." — Daniel Ricarte)

 


ABRAÇANDO PALMEIRAS: Insanidades na Pandemia de Covid-19 ("Minha terra não terá mais palmeiras se a humanidade não cuidar." — Daniel Ricarte)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A Covid-19 afetou o cérebro, gerando cenas tragicômicas que espelham a insanidade coletiva: um idoso, com a saúde comprometida, anunciou-se em um site de namoro em busca de um relacionamento duradouro, movido pela confiança em sua vacinação privilegiada e descrevendo-se como saudável e rico. Essa cena resume o país: o Brasil, em coma induzido, tentava justificar sua paralisia moral com o pretexto de um impeachment. Nesse teatro, a realidade corroborou o texto bíblico: “Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano.” (Salmos 92.12).

O “tsunami” veio e as “casas” ruíram, derrubando não apenas estruturas físicas, mas também as máscaras — tanto as de pano quanto as sociais. As “palmeiras” permaneceram de pé, símbolos de resistência silenciosa, como na Indonésia, onde pessoas se salvaram do afogamento agarrando-se a elas. A água, apesar de destrutiva, purifica: arrasta o supérfluo e prepara o novo solo.

Entre a ruína política e o silêncio das ruas, a solidão agiu como um espelho, revelando que a pior contaminação era a indiferença e a crença cega em falsos salvadores. A fé se dividiu, e a razão foi tomada por paixões políticas, expondo uma epidemia moral caracterizada pelo colapso da empatia e da lucidez. O isolamento revelou quem sabia verdadeiramente estar só — aqueles que não precisavam fugir de si mesmos. Neste cenário de medo e esperança, pensar se tornou um ato de resistência, e a lucidez, uma forma de coragem discreta.

Durante a quarentena, trancado em casa, senti a falta de alguém com sensibilidade espiritual e boa formação cultural para partilhar reflexões sobre o medo e o sentido da vida. No lugar dessa presença, encontrei apenas discussões tolas e fanatismos disfarçados de opinião. Permaneço atento, não para afirmar independência, mas para preservar a sanidade que ainda resiste em quem ousa pensar, mesmo que o mundo ao redor tenha enlouquecido.


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A seguir, apresento 5 questões discursivas e simples, elaboradas com foco em conceitos sociológicos relevantes ao Ensino Médio, a partir do texto que trata das crises moral e social reveladas pela pandemia.

1. Individualismo e Desigualdade Social na Crise: O texto descreve o idoso que, confiante em sua “vacinação privilegiada”, busca um relacionamento duradouro. Analise este episódio sob o ponto de vista sociológico, discutindo como a desigualdade de acesso a recursos essenciais (como a vacina) pode reforçar atitudes de individualismo hedonista em meio a uma crise coletiva.

2. A Queda das Máscaras Sociais e Anomia: O autor afirma que o “tsunami” da pandemia fez cair as “máscaras sociais”. Explique o significado dessa metáfora na perspectiva da Sociologia. Que tipo de fenômeno social ou moral a queda dessas máscaras pode ter revelado sobre a coesão social ou a ética de convivência na sociedade brasileira?

3. O Colapso da Empatia e a Polarização: O texto diagnostica uma “epidemia moral” caracterizada pelo “colapso da empatia” e pela tomada da razão por “paixões políticas”. Discuta como a polarização ideológica e a indiferença (ou falta de empatia) podem minar a capacidade de uma sociedade de enfrentar um desafio comum, como uma crise sanitária, e se relacionam com o conceito de anomia (ausência de normas sociais claras).

4. Isolamento e a Crítica ao Fanatismo: O narrador, em isolamento, critica a superficialidade das discussões e o “fanatismo disfarçado de opinião” que encontrou. Como a digitalização e o isolamento durante a quarentena podem ter intensificado a formação de bolhas sociais e o fanatismo, dificultando a partilha de reflexões lucídas e o debate racional?

5. Pensar como Ato de Resistência: A reflexão final sugere que, no cenário de “insanidade coletiva”, “pensar se tornou um ato de resistência” e a lucidez, uma “forma de coragem discreta”. Em que sentido, para a Sociologia Crítica, o ato de manter o pensamento autônomo e lúcido pode ser considerado uma forma de resistência individual contra as forças de manipulação e padronização da sociedade em crise?

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quarta-feira, 19 de outubro de 2022

"O CHORO É LIVRE": A Máscara, a Morte e a Ilusão da Escolha ("Nada torna um rosto mais impenetrável do que a máscara da bondade." — André Gide)

 


"O CHORO É LIVRE": A Máscara, a Morte e a Ilusão da Escolha ("Nada torna um rosto mais impenetrável do que a máscara da bondade." — André Gide)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Se "máscara" alguma pudesse, de fato, impedir a atuação do coronavírus, os hipócritas não morreriam de Covid-19. No entanto, o Brasil já soma centenas de milhares de óbitos, e a vida avança em meio à quarentena ineficaz e à imposição do lockdown. A reclusão, outrora voluntária, tornou-se compulsória, revelando a dor da perda da escolha, tal como pontua Martha Medeiros: “A solidão só me dá prazer na medida em que sei que ela é uma escolha. Solidão só dói quando é inevitável.”

Neste cenário de caos, fomos iludidos pela premissa de que você é livre para tentar escapar da morte quando lhe são oferecidas opções de segurança. Contudo, esqueceram de avisar que a escapatória é uma miragem: todos os que "ressuscitaram", primeiro, tiveram que morrer.

E, no entanto, há algo de profundamente humano nesse desespero por sobrevivência. Cada máscara ajustada ao rosto escondia também o medo de perder alguém, e, por trás do sarcasmo coletivo, batia um coração apressado entre a incerteza e a fé. O confinamento nos igualou: ricos e pobres, crentes e céticos, todos respirando o mesmo ar suspeito e tentando reinventar o afeto à distância. Pela janela, o silêncio das ruas refletia nossa fragilidade. Talvez esse tenha sido o verdadeiro teste – não apenas de resistência biológica, mas de compaixão. Sobreviver, descobrimos, é um verbo que só se conjuga no plural; foi a dor, e não a moral, que nos revelou humanos.

Apesar dessa momentânea revelação, insistir na máxima de que as pessoas mudam é, portanto, uma "fake news", uma "máscara" em cima da outra. Quando a mudança se manifesta, é comum que o caráter piore, enquanto o coração – superficialmente – melhora. Essa nova hipocrisia é o que se alinha ao "novo normal": uma engrenagem social que segue girando, operando para (re)por o que, fundamentalmente, nunca foi posto. A essência do comportamento humano e a inevitabilidade da morte permanecem inalteradas, sob camadas e mais camadas de disfarces sociais.


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O texto oferece uma rica alegoria sobre a crise sanitária, a moralidade social e a natureza humana, permitindo a exploração de conceitos sociológicos como anomia, controle social, estratificação e a sociedade do espetáculo. Abaixo, como seu professor de Sociologia, preparei 5 questões discursivas e simples para orientar a análise crítica dos alunos:

1 - Controle Social e Liberdade Compulsória: O texto aborda a imposição do lockdown e a citação de Martha Medeiros sobre a solidão inevitável. Analise a imposição da quarentena e das medidas de segurança (como o uso de máscaras) como formas de controle social. De que maneira a perda da "escolha" individual em nome da saúde coletiva pode gerar tensões e anomia na sociedade, conforme discutido por sociólogos como Émile Durkheim?

2 - Igualdade na Fragilidade e Estratificação Social: O narrador afirma que "o confinamento nos igualou: ricos e pobres, crentes e céticos". Discuta se a pandemia, ao tornar a morte uma ameaça universal, realmente dissolveu as estruturas de estratificação social (classe, status). Ou, de forma contrária, de que modo o acesso desigual a recursos (saúde, condições de trabalho, internet) acabou por reforçar as desigualdades pré-existentes?

3 - A Hipocrisia e o "Novo Normal" (Goffman): O texto critica a ideia de que as pessoas mudam, chamando isso de "máscara em cima da outra" e alinhando-o à "nova hipocrisia" do "novo normal". Aplicando o conceito de máscara social ou fachada de Erving Goffman, explique como o "novo normal" pode ser interpretado como um novo conjunto de performances sociais exigidas, que, em vez de alterar o caráter, apenas aprimora o disfarce das interações.

4 - A Dor como Agente de Mudança Social: O terceiro parágrafo sugere que "foi a dor, e não a moral, que nos revelou humanos" e que a compaixão foi o "verdadeiro teste". De uma perspectiva sociológica, analise o potencial da experiência coletiva da dor e da crise para gerar ou não a solidariedade social. Essa solidariedade é duradoura ou é apenas uma "revelação momentânea", como sugere o parágrafo final?

5 - A Essência Imutável e a Crítica à Crença no Progresso: O texto conclui que a "essência do comportamento humano e a inevitabilidade da morte permanecem inalteradas". Discuta como essa visão cética se contrapõe à visão clássica do progresso e da perfectibilidade humana. Por que, segundo o autor, mesmo após uma crise global, a engrenagem social parece apenas operar para "(re)por o que, fundamentalmente, nunca foi posto"?

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terça-feira, 18 de outubro de 2022

"NÚMEROS ENGANOSOS: A Distorção das Metas Educacionais" ("Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-lo..." — Tati Bernardi)


 

GRITO NÃO É CLAMOR: O Preço do Grito e o Silêncio da Vocação ("Quando a raposa ouve o grito do coelho ela vem correndo, mas não para ajudar". — Thomas Harris)

 


GRITO NÃO É CLAMOR: O Preço do Grito e o Silêncio da Vocação ("Quando a raposa ouve o grito do coelho ela vem correndo, mas não para ajudar". — Thomas Harris)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

As greves de professores tornaram-se eventos crônicos, quase farsas recheadas de amargas ironias. Mal se inicia uma paralisação, e a pauta de reivindicações já é sumariamente ignorada por alguma autoridade governamental que, aos gritos, determina o seu fim. Pouco importa se as demandas foram atendidas; a única certeza imposta é a obrigação de repor os dias perdidos.

Por trás dessa indiferença oficial, oculta-se uma premissa cruel e degradante: os professores ganham pouco porque são muitos; qualquer um serve. Essa abundância desordenada — que atrai profissionais desmotivados e despreparados — acaba sufocando a própria categoria. Nesse cenário, um eventual "apagão na educação" talvez não fosse uma tragédia, mas um filtro impiedoso que revelaria, ao final, os poucos docentes verdadeiramente zelosos e vocacionados.

Formam-se, assim, duas frentes distintas. De um lado, a maioria busca reconhecimento pelo grito, pelo clamor coletivo. De outro, uma minoria silenciosa persegue valorização por meio da competência e da excelência no trabalho. O dilema do primeiro grupo é elementar: quem só conquista pelo grito demonstra ter apenas essa aptidão — gritar. E, como observou Edvan Antunes, "Quanto mais ignorante é a pessoa, mais alta é a sua voz."

O protesto ruidoso, porém, tem prazo de validade: depois que a voz se torna rouca, resta apenas um ruído disforme. É essencial, portanto, distinguir ação de expressão: o grito é palavra de ordem — efêmera e genérica; o clamor, por sua vez, é discurso fundamentado, capaz de mover a reflexão. A tragédia da categoria não está apenas na baixa remuneração, mas na perda de sua voz qualificada, abafada pelo barulho ensurdecedor da própria multidão.

A verdadeira luta, afinal, não deveria ser pela reposição de dias, mas pela recuperação do mérito — pela restauração da distinção e da dignidade profissional que dão sentido à vocação docente.


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Excelente texto para análise! Como seu professor de Sociologia, vejo aqui temas centrais como desvalorização do trabalho, massificação profissional, luta de classes (ou categoria) e a distinção social e simbólica dentro de uma profissão.

Abaixo, preparei 5 questões discursivas e simples para estimular a reflexão sociológica dos meus alunos sobre a crise da docência:

1 - Massificação e Desvalorização do Trabalho: O texto afirma que "os professores ganham pouco porque são muitos; qualquer um serve". Analise essa premissa sob a ótica da Sociologia do Trabalho. Como a massificação da categoria e a percepção de que o profissional é facilmente substituível (reserva de mão de obra) afetam o poder de negociação e a consequente remuneração do docente?

2 - Luta por Reconhecimento (Honra e Status): A crônica diferencia a maioria que busca valorização pelo "grito" da minoria que a busca pela "competência" e "excelência". Discuta como essa distinção entre as duas "frentes" se relaciona com a luta por reconhecimento e status social. Qual dos métodos (grito/massa ou competência/mérito) parece mais eficaz na sociedade contemporânea para resgatar a dignidade profissional?

3 - Burocracia e Controle Governamental: A imposição da reposição dos dias de greve, independentemente do atendimento da pauta, é um ato de poder estatal. Analise esse fato como uma manifestação de controle burocrático sobre a categoria. De que forma o Estado utiliza mecanismos administrativos (como a reposição de dias) para neutralizar o poder de mobilização e a força política dos professores?

4 - A Tragédia da Voz Qualificada e a Teoria do Conflito: O texto lamenta a perda da "voz qualificada" da categoria, abafada pelo "volume ensurdecedor da sua própria multidão". Aplicando a Teoria do Conflito, explique como a desunião interna ou a falta de foco no mérito (distinção) podem enfraquecer a categoria docente na sua luta contra as classes dominantes (o Governo/Estado), que se aproveitam dessa fragmentação.

5 - Grito versus Discurso (Expressão e Reflexão): O texto estabelece uma distinção filosófica entre "grito" (efêmero/palavra de ordem) e "clamor/discurso" (fundamentado/reflexão). Em termos sociológicos, qual o papel do discurso fundamentado e crítico (próprio da intelectualidade) na transformação das estruturas sociais, em contraste com o papel da mera expressão de ordem da massa mobilizada?

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O HÍBRIDO ESCOLAR: NEM UMA COISA, NEM OUTRA ("Hoje somos um híbrido de humanos-máquinas. Prontos para matar, e matar a nós mesmos." — Gabriel Hassan Zeidan)