"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

domingo, 18 de dezembro de 2022

A VACINA CURA A GANÂNCIA? ("CPI? Como Protelar Investigação?" — Francismar Prestes Leal)

 


A VACINA CURA A GANÂNCIA? ("CPI? Como Protelar Investigação?" — Francismar Prestes Leal)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Então, finalmente, compreendi muito bem o porquê da CPI da VACINA NO BRASIL, nunca tinha visto isso antes. Mas, só agora depois que assisti ao filme: "O jardineiro fiel" e li os comentários sobre o mesmo, baseado no livro de John Le Carré; ainda assim, vi-o. Apesar de tanta informação, não estou convencido que uma boa vacina precisa estar em julgamento em CPI. No entanto, um homem acuado, age como louco, foi meu caso. Bastou a direção do colégio se propor a fazer levantamento de quem está na idade permitida e não tomou a vacina ou para quando está agendado, tomei providência. Mesmo a contragosto, entendi que chegou a hora de tomar a tal vacina, tornando-me adequado para continuar meu trabalho de professor. "A ameaça do mais forte faz-me sempre passar para o lado do mais fraco." — François Chateaubriand. Então, corri e tomei, filmando todo processo para provar o feito. Minha ousadia dificultou a desejada "seringa de vento". Digo isso, devido a tanta dúvida, não tomar teria sido melhor para a saúde do meu psicológico.            

Eu já tinha lido este artigo na revista Super Interessante: "Vacina do coronavírus será testada direto em humanos – sem passar por animais". Todavia me senti animal encabrestado e cobaia. Porém, com a consciência limpa de quem é cumpridor do dever, digno de elogios dos admiradores da imunização de rebanho, fui ao matadouro.  Inconsequente mesmo sou eu...!  

          No velho normal nunca houve CPI de vacina; agora no novo normal, faz-se necessário para tratar da corrupção motivada pelo Deus Mamom que nos "salvará" da Covid-19. Agora estou aqui, sempre pronto para editar este texto, pois alguma autoridade me coagirá a tanto. Todavia relato que depois de 40 dias da primeira dose da vacina "Fiocruz", estou sentindo uma dor no coração, quando pressiono o peito sinto dores. Entretanto, para que serve o gado, senão para fornecer carne e leite, e ainda servir de rato de laboratório.  (CiFA

sábado, 17 de dezembro de 2022

BOBO ALEGRE! ("A verdadeira felicidade está na ignorância. Feliz aquele que pouco sabe." — Marçal Pereira)

 


BOBO ALEGRE! ("A verdadeira felicidade está na ignorância. Feliz aquele que pouco sabe." — Marçal Pereira)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O poeta Fernando Pessoa já tinha percebido que para ser feliz é preciso não saber, não é apenas ignorar, mas desconhecer. "Porque é que para ser feliz é preciso não saber?" Perguntou ele! Salomão, o Sábio de todos os tempos, também disse que o tolo tropeça e nem sabe onde tropeçou. Nesse caso, nunca se sente ameaçado ou afligido. Se se perguntar a qualquer pobre e sem instrução na rua, se ele é feliz, pois ele diz que sim.  Discorde de mim se puder, e estará discordando também de André Dahmer, já que ele crê ser a "A ignorância a mãe da felicidade". Então, sofro porque sei o que é o sofrimento e o valor dele. Não que eu goste, mas o conhecimento me revela fraco perante as ameaças advindas do inferno. Definitivamente, não sou feliz e nem quero sê-lo, porque você já o é por demais. E não tenho inveja alguma de sua pessoa, é necessário sermos diferentes. E não quero ser meramente diferente, todavia substancialmente distinto. Parece-me que Jesus assina aqui embaixo: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus" — Mt 5:3 ACF.  

           Parece uma contradição com os grandes homens citados acima, mas ser pobre de espírito significa ser humilde e reconhecer sua dependência total de Deus. É entender que tudo alcançado vem de Deus e depende inteiramente dele. É ser humilde. (Cifa

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

ESCRAVOS BENDITOS versus ESCRAVOS MALDITOS ("Tudo é oposição. Exceto, Deus." — Ediel)

 


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  • ESCRAVOS BENDITOS versus ESCRAVOS MALDITOS ("Tudo é oposição. Exceto, Deus." — Ediel)

    Por Claudeci Ferreira de Andrade

    Por que entre os portadores de livre arbítrio não há profeta verdadeiro, já que eles constroem o futuro com suas escolhas? Ou são tão desorganizados como o são incoerentes, incapazes de pré-visualizar nada! E nem  conhece o futuro quem o constrói. Então é inútil se construir o futuro, se ninguém sabe o que construiu.  O instinto demanda contra o livre arbítrio; O subconsciente demanda contra o livre arbítrio;  O conhecimento prévio demanda contra o livre arbítrio; o finalismo das coisas demanda contra o livre arbítrio; as influências demandam contra o livre arbítrio; as consequências demandam contra o livre arbítrio etc.

                 Os predestinados conhecem o presente e confiam seu futuro ao criador do destino de todo mundo. "Tanto o nosso querer como o realizar vem de Deus"— Fil. 2:13. Deus está no comando. Vão para o inferno os portadores de livre-arbítrio, porque são deuses de si mesmo, esquerdistas do céu e ativistas na oposição ao governo de Deus. Eu quero ser escravo do "Senhor do Universo". Melhor que a liberdade é a escravidão imposta pelas leis de Deus. Lúcifer, o líder do primeiro partido de oposição, ensinou a Eva a doutrina do feminismo, ela acreditou que podia tudo. O eco nos chega hoje dos portadores do livre arbítrio, com carteirinha de autosuficiente.  "O Senhor criou tudo o que existe com um propósito definido; até mesmo os ímpios para o dia do castigo" —Pv 16:4.  Receba! CiFA

    quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

    MINHA BELEZA INTERIOR, MINHA VIDA EXTERIOR! ("Para a aparência existe transformação, mas para o caráter não." — Tumblr)

     


    MINHA BELEZA INTERIOR, MINHA VIDA EXTERIOR! ("Para a aparência existe transformação, mas para o caráter não." — Tumblr)

    Por Claudeci Ferreira de Andrade

    Alunos solicitam mais aulas de espanhol, porque a professora é bonita. A falta da beleza será uma barreira à inteligência? Se os professores forem concursados pela aparência, como modelos fotográficos, poucos alunos prosperariam para o magistério. "A beleza é um bem frágil" — Ovídio). Talvez seja esse o motivo dos alunos não se dedicarem aos estudos! Raramente se acha beleza em quem os ensina, parece-me que não combina beleza com inteligência. Não sei como resolver isso, se o sistema é feio e burocrático, aberto a abusos e aberrações, está cheio de professores velhos e feios que não morrem nunca e com a aposentadoria dificultada.

               Sou feio, sim; mas não "como" você! Por isso, hoje, não vou mais resistir às mudanças que estão acontecendo RAPIDAMENTE em minha aparência. Vou deixar que as coisas tomem seu rumo natural e não quero manipular as situações. Acho que o melhor a fazer é administrá-las nessa fase de transição e me adaptar. Essa mudança já era necessária e até demorou a chegar. Só me sinto um pouco melancólico diante dos desafios. Tomara que a recompensa venha em forma de estabilidade e bem-estar! Estou começando hoje a viver como se fosse meu aniversário, relembrando tudo o que já tinha me esquecido ou escondido de mim mesmo nos últimos anos. Agora alguém me ajuda a rever o passado sem deixar inquietações mentais. Não existe outra fase depois da loucura. (CiFA

    terça-feira, 13 de dezembro de 2022

    A MÉDIA ("A pior coisa que você pode ser é média." — Kai Greene). ("Viver na média é consolo para os fracos" — Mikelle Lima)

     


    A MÉDIA ("A pior coisa que você pode ser é média." — Kai Greene). ("Viver na média é consolo para os fracos" — Mikelle Lima)

    Por Claudeci Ferreira de Andrade

    Que matemática é essa: a média? Os bons alunos são diluídos entre os ruins! E como fazer para os índices ficarem altos sem misturá-los? Sabemos que importa os números elevados, então pratica-se a média somente quando for conveniente e quase sempre o é. A média é uma espécie de Robin Hood que rouba dos ricos e dá aos pobres. Justiça não é mais igualdade, mas é aproximação dos extremos, assim já dizia Maquiavel: "os fins justificam os meios". Exemplos esses educacionais enrustidos que dissemina ilusão. O contraditório demais para minha mente é que enquanto os índices estiverem altos, empregos são garantidos, há verbas gordas para serem mordidas e um sem fim de reuniões de mascarados, mascarando com a "embromatologia".

               Uma pergunta simples: De quem é a culpa quando alguém ajuda o suicida se matar? Pois é, a escola é aquela que empurra o aluno dedicado para o mesmo fim dos que não querem estudar, preguiçosos e indisciplinados. As médias são uma boa ferramenta de sucesso dos heróis da ficção. PARA OS QUE ESTÃO NA MÉDIA NÃO TEM CONSEQUÊNCIA. (CiFA

    segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

    AS APARÊNCIAS NÃO ENGANAM ("Educação é o que resta depois de ter esquecido tudo que se aprendeu na escola." — EINSTEIN)

     


    domingo, 11 de dezembro de 2022

    O Diagnóstico das Ruínas: CHORANDO EM VOZ ALTA ("Melhor professor, o fracasso é." — Yoda)

     


    O Diagnóstico das Ruínas: CHORANDO EM VOZ ALTA ("Melhor professor, o fracasso é." — Yoda)

    Por Claudeci Ferreira de Andrade

    Dizem que o fracasso é o melhor professor, mas esqueceram de mencionar que ele cobra a mensalidade em saúde mental e noites em claro. Ignorei as advertências ácidas de Taylor Mali sobre a sanidade de quem escolhe o giz em tempos de barbárie. Hoje, entretanto, o registro não é de submissão, mas de autópsia. Escrevo para nomear os demônios que habitam o cotidiano escolar, transformando o "chorar em voz alta" em um mapa das nossas feridas abertas.

    O sistema educacional não apenas falha; ele se sustenta sobre o desarranjo planejado. Precisamos dar nome aos bois: a gestão tecnocrática que nos soterra em burocracias inúteis enquanto a sala de aula desmorona; o esvaziamento curricular que substitui o pensamento crítico por competências rasas; e a negligência familiar, que empurra ao professor a tarefa impossível de forjar o caráter que o lar não estruturou. Responsabilizar o docente pela erosão da autoridade pedagógica é uma transferência de culpa perversa — é exigir que o náufrago tape o buraco do casco com as próprias mãos enquanto os engenheiros do navio brindam no convés.

    Muitos colegas calam-se. Não por falta de voz, mas por uma vergonha imposta, um sentimento de fracasso individual diante de um colapso que é, na verdade, estrutural. Estamos no mesmo barco, e ele está furado não por acidente, mas por cupim institucional. Vivemos a "cegueira branca" de Saramago: tropeçamos uns nos outros em corredores que fingem normalidade, onde o "silêncio performático" é a moeda de troca para a sobrevivência.

    Não aceito a felicidade fraudada dos hipócritas que gerenciam o caos. Minha zombaria não é deboche; é o riso trágico de quem recusa o papel de cúmplice. Para que a educação que amo respire, é preciso primeiro drenar o pântano das omissões: exigir que a família reassuma sua base moral, que o Estado financie a dignidade e que a escola recupere sua função de instruir, não de tutelar o vazio.

    A liberdade só subsiste onde o diagnóstico do real é permitido. E o meu diagnóstico é este: estamos exaustos de consertar os erros dos outros enquanto os nossos próprios lamentos são ignorados. Se a janela está se fechando, que ela prenda, ao menos, o grito de quem não aceita a mediocridade como destino.


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    Como seu professor de Sociologia, hoje vamos analisar um texto que toca na ferida das nossas instituições. Ele não fala apenas de "ensinar", mas de como a estrutura da sociedade e da escola pode adoecer quem faz parte dela. Na sociologia, chamamos isso de análise das estruturas sociais e das instituições. Leiam com atenção esta "autópsia" do sistema escolar e respondam às questões abaixo para refletirmos juntos:


    1. Problemas Estruturais vs. Fracasso Individual. O autor afirma que muitos professores se calam por "vergonha imposta", sentindo-se fracassados individualmente diante de um colapso que é, na verdade, estrutural. Questão: Explique a diferença entre um "problema individual" e um "problema estrutural" no contexto da educação, conforme apresentado no texto. Por que é perigoso para a sociedade quando o indivíduo assume a culpa por um sistema que já está "furado"?

    2. A "Transferência de Culpa" e as Instituições. O texto menciona que a "negligência familiar" empurra ao professor a tarefa de forjar o caráter que o lar não estruturou. Questão: Segundo o autor, o que acontece com a função da escola quando ela é obrigada a assumir o papel da família? Relacione isso com a frase do texto: "exigir que o náufrago tape o buraco do casco com as próprias mãos".

    3. Gestão Tecnocrática e Burocracia. O autor critica a "gestão tecnocrática que nos soterra em burocracias inúteis". Questão: Na sociologia, a burocracia deveria servir para organizar. Por que, no texto, ela é vista como um "demônio" que habita o cotidiano escolar? Como o excesso de papelada e regras pode desviar o foco da função principal da escola, que é o ensino e o pensamento crítico?

    4. O "Silêncio Performático" e a Cegueira Social. A crônica cita a "cegueira branca" de Saramago para descrever corredores que fingem normalidade, mantendo um "silêncio performático". Questão: O que o autor quer dizer com "silêncio performático"? Por que as instituições (escolas, governos) muitas vezes preferem "fingir que está tudo bem" em vez de enfrentar os problemas reais?

    5. O Papel do Estado e da Família. Para que a educação "respire", o autor propõe três ações: a família reassumir a base moral, o Estado financiar a dignidade e a escola recuperar a função de instruir. Questão: De que forma a omissão dessas partes (Estado e Família) contribui para a "mediocridade" do sistema educacional? Em sua opinião, por que o autor defende que a escola não deve "tutelar o vazio"?

    Dica do Prof: Pensem na escola como uma engrenagem. Se a peça da família não gira e a peça do governo está quebrada, a peça do professor acaba sofrendo um desgaste impossível de suportar sozinho.

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    A BÍBLIA SENDO PALAVRA DE DEUS: Fé, consolo e engrenagens ("Cada ser humano é único; é uma palavra de Deus que não mais se repete." — Karl Adam)


     

    A BÍBLIA SENDO PALAVRA DE DEUS: Fé, consolo e engrenagens ("Cada ser humano é único; é uma palavra de Deus que não mais se repete." — Karl Adam)

    Por Claudeci Ferreira de Andrade

    Hoje, basta atravessar o portão de muitas comunidades religiosas para perceber quem ocupa os bancos com maior constância: os vulneráveis, os cansados da dureza do mundo, os que chegam feridos pela história. Ali, buscam abrigo, sentido e, sobretudo, consolo. Não se pode negar que a fé, em sua dimensão mais íntima, cumpre esse papel. Contudo, é justamente nesse ponto sensível que nasce o paradoxo: o lugar que acolhe também pode anestesiar. A promessa de que “os pobres sempre tereis convosco” soa, não raro, menos como advertência ética e mais como álibi moral para a perpetuação da miséria. O futuro permanece indevassável, enquanto o presente se acomoda, e a igreja, por vezes, transforma-se em um silencioso repositório de autoenganos.

    Ser cristão, hoje, parece significar seguir um Cristo moldável, 100% divino e 100% humano conforme a conveniência do púlpito e da plateia. Um Cristo editado, administrado, adaptado às múltiplas ramificações eclesiais que disputam fiéis como quem disputa mercado. Poucos parecem perceber que a sociedade atravessa uma transição profunda, exigindo novas linguagens, novos gestos e novas responsabilidades. Ainda assim, insiste-se em uma gestão da fé que soa antiga, presa a rituais repetidos sem reflexão. A Santa Ceia, por exemplo, ao simbolizar o comer da carne e o beber do sangue de Deus, corre o risco de se esvaziar em gesto mecânico, resvalando num canibalismo ideológico que perdeu sua força simbólica e seu chamado transformador.

    A Bíblia, por sua vez, continua a ser proclamada como palavra infalível, apesar de seu percurso humano: traduções, versões, recortes, adaptações. Não se trata de negar seu valor espiritual ou cultural, mas de reconhecer que as palavras, atravessadas por línguas e séculos, carregam fissuras. Talvez, em um horizonte distante — quando os idiomas cessarem suas ambiguidades —, ela alcance a unidade que lhe atribuem. Por ora, o esforço de adequação é visível e revelador: Bíblia da mulher, do pastor, da criança, dos gays, de estudo. Cada título denuncia menos a universalidade do texto e mais a necessidade contemporânea de encaixá-lo em nichos específicos.

    Nesse cenário, surgem os chamados profetas do presente, portadores de novas leituras e promessas renovadas. Eles não são um desvio ocasional, mas o sintoma de uma fé que se reinventa para sobreviver. Entre o consolo legítimo e a instrumentalização da esperança, a religião caminha numa corda bamba. A questão que permanece — incômoda e necessária — não é se a fé consola, pois consola. A pergunta é outra: ela desperta para a transformação do mundo ou apenas ensina a suportá-lo em silêncio? É nesse intervalo, entre o alívio e a lucidez, que a crítica se faz urgente — não para destruir a fé, mas para devolvê-la à sua responsabilidade humana e histórica.


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    Como seu professor de Sociologia, este texto nos oferece uma análise riquíssima sobre o papel social da religião, o paradoxo entre consolo e anestesia, e a adaptação da fé ao mundo contemporâneo. Ele nos convida a usar o olhar sociológico para entender a religião não apenas como fenômeno íntimo, mas como instituição com implicações sociais e políticas. Preparei cinco questões discursivas simples para analisarmos o papel da religião na manutenção da ordem social, a mercantilização da fé e o dilema entre suportar e transformar o mundo.


    1. O Paradoxo do Acolhimento e a Função de Anestesia (Marx)

    O texto afirma que os vulneráveis buscam na religião "abrigo, sentido e, sobretudo, consolo", mas alerta que "o lugar que acolhe também pode anestesiar". Utilizando o conceito de "ópio do povo" de Karl Marx , analise sociologicamente este paradoxo. De que forma a promessa de consolo e a esperança em uma recompensa futura, embora legítimas para o indivíduo, podem se tornar um "álibi moral" que desmobiliza os fiéis e contribui para a "perpetuação da miséria" e a acomodação no presente?

    2. A Bíblia e o Fenômeno da Adaptação a Nichos

    O autor observa que a proliferação de edições como "Bíblia da mulher, do pastor, da criança, dos gays" denuncia menos a universalidade do texto e mais a necessidade de "encaixá-lo em nichos específicos". Discuta este fenômeno à luz da Secularização e da Fragmentação do Social na sociedade moderna. De que maneira a religião, ao focar em edições nichadas, está se adaptando à lógica do Mercado e da Identidade Segmentada, e o que isso revela sobre a capacidade da Bíblia de manter seu caráter de universalidade em um mundo plural?

    3. O Cristo Moldável e a Competição por Fiéis

    O texto descreve o Cristo atual como "moldável" e "editado", adaptado à conveniência do púlpito, em um cenário onde as ramificações eclesiais "disputam fiéis como quem disputa mercado". Analise essa observação sob a ótica da Teoria da Escolha Racional ou da Economia da Religião. Como a competição por fiéis em um "mercado religioso" pode levar à "adaptação" e à "edição" de figuras e dogmas centrais para atender às demandas de consumo e conveniência da plateia, esvaziando a rigidez doutrinária em favor da popularidade?

    4. Rituais Mecânicos e a Perda da Força Simbólica

    O autor menciona que rituais como a Santa Ceia correm o risco de se esvaziar em "gesto mecânico", resvalando em um "canibalismo ideológico que perdeu sua força simbólica". Com base na teoria dos Ritos e Símbolos de Émile Durkheim, explique a importância da reflexão e do senso de pertencimento na manutenção da força e do significado dos rituais religiosos. O que acontece com a coesão social de uma comunidade quando seus ritos se tornam meramente repetidos sem reflexão, perdendo seu chamado transformador?

    5. Consolo versus Transformação: A Responsabilidade Humana da Fé

    A questão final do texto é: a fé "desperta para a transformação do mundo ou apenas ensina a suportá-lo em silêncio?". Discuta a Responsabilidade Humana e Histórica da Fé no contexto sociopolítico. Apresente duas perspectivas sociológicas distintas (por exemplo, uma que vê a religião como agente de mudança, e outra que a vê como força conservadora) para analisar o intervalo entre o alívio e a lucidez que o autor propõe. Qual o papel da crítica, nesse sentido, para devolver à religião sua dimensão de agir no mundo?

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