"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 20 de outubro de 2012

AMEAÇA, REAÇÃO INSTINTIVA DO MEDO ("Educar uma pessoa apenas no intelecto, mas não na moral, é criar uma ameaça à sociedade." — Theodore Roosevelt)



Crônica da vida escolar : aconteceu comigo

AMEAÇA, REAÇÃO INSTINTIVA DO MEDO ("Educar uma pessoa apenas no intelecto, mas não na moral, é criar uma ameaça à sociedade." — Theodore Roosevelt)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Como se não bastasse receber toda a culpa pelo o fracasso da educação, o professor ainda recebe amaças mil, vindas de superiores, de colegas, de alunos e de pais. Até de fantasmas!
           Um dia desses, quando fui assumir umas aulas de Língua Portuguesa na EJA, acordo tratado junto à secretária do colégio, fui  Intimidado por atos, gestos e palavras, parecia que ninguém me queria ali. Na verdade, eram só fantasmas ameaçadores, coisas de minha cabeça escaldada das experiências! A professora da qual eu deveria assumir aulas nem estava sabendo, todavia corria um reboliço com o seu nome. Os agentes jovens fazem as notícias parecerem fofocas pela sede que eles têm de transmitir o novo, termina distribuindo informações ainda não comprovadas.  Foi difícil concordarem que eu devia lecionar naquele primeiro ano noturno. São muitos os "gasparzinhos" assustadores de professor.
            Outros tipos de promessa de agressão, recebo todos os dias no fundamental. Eles são ainda crianças, de dez a quinze anos, mas já sabem ameaçar. Alguém sem o interesse de cumprir seus deveres, porém cheios de direitos, não pode perder a "mamata": se impedi-los de lanchar, ou dar-lhe nota baixa, ou pedir silêncio, ou ainda que entre para sala de aula, então eles se mostram perigosos suficientemente para obrigar o mestre a afrouxar sua metodologia. E ai do professor, se sobre ameaças também, fizer com rigidez a aula funcionar como mandam os coordenadores!
           A  palavra "aluno" está inadequada para muitos deles. Pois, são "iluminados" demais na manipulação dos docentes, dizendo: — "se não aliviar meu lado, eu vou desistir". E essa ameaça funciona melhor, quando feita pelos alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos). É como disse o professor Flávio José: "Os nossos valorosos alunos da EJA, inferiorizados em todos os sentidos, são a evolução real dos seus alunos do fundamental." O que é mais preocupante, nessa modalidade é que a grande maioria deles é composta dos indisciplinados de matutino e vespertino, transferidos a qualquer momento para o noturno. 
           Eles descobriram a sua super valorização pela a entidade educacional, tamanha que nem eles mesmos se valorizam assim, então desbotou em si a apreciação sobre a entidade. O interesse exagerado neles, pelos funcionários da educação, demonstra-lhes a obrigação de se matricular, denunciando assim o quão lucrativo os são, mantendo o emprego de muita gente, e melhor seria permanecer ali devidamente matriculados. E, no final, o sair com um diploma na mão ajuda deveras as estatísticas ilusionistas; como predomina o gênero feminino no sistema educacional, não poderíamos chamar este tipo de estatística de "carrasca". Oxalá este epíteto irreverente revele sobre cada ameaça, geradoras da vingança instintiva do medo. Quem ousa chamar esse sistema de paternalista? Fica melhor, maternalista!!!
Claudeko
Enviado por Claudeko em 01/06/2012
Reeditado em 20/10/2012
Código do texto: T3699376
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sábado, 13 de outubro de 2012

SUICÍDIO MORAL ("Imitação é suicídio". — Ralph Waldo Emerson)



Crônicas da vida escolar

SUICÍDIO MORAL ("Imitação é suicídio". — Ralph Waldo Emerson)

Hoje, ao chegar à escola para mais um dia de trabalho, deparei-me com uma série de pequenos papéis espalhados pela mesa dos professores. Parecia uma campanha, um movimento silencioso que se expressava através de um recado anônimo: "PROFESSOR COM MUITO ORGULHO! Se um médico, advogado ou dentista tivesse, de uma só vez, 45 pessoas no seu gabinete ou consultório, todas com necessidades diferentes e algumas até relutantes em estar ali, e se tivessem que tratá-las com elevado profissionalismo durante dez meses, então vocês poderiam começar a compreender o trabalho de um professor na sala de aula. Se é PROFESSOR, cole isto no seu mural e ORGULHE-SE!!!"

Confesso que, inicialmente, não compreendi a mensagem. Afinal, o que esses profissionais têm a ver com a minha profissão? Será que eles deveriam ter alguma ideia do que é o trabalho de um professor na sala de aula? Por que se esforçariam por isso?

A nota, apesar de bem-intencionada, parecia tão deslocada no meu mural quanto a pergunta: Se o gato come carne, por que o cavalo come capim? E quais as ideias que um bicho faz do outro!!!

Como poderia sentir orgulho dessas revelações do desespero, um caçador desesperado atira para todos os lados. Vergonha, sim, mas sou tão sem vergonha que já faz trinta anos que suporto os dissabores e desencontros dos últimos momentos do sistema educacional público sem largar o "osso". Digo, ainda, sem vergonha, porque uma pessoa desrespeitada, sem a credibilidade de seus alunos e colegas, fingindo ter autoridade, não tem brio algum.

Eu tinha acabado de participar de uma reunião, daquelas feitas no intervalo para o recreio, com a direção do colégio, na qual um punhado de nós, os que chegavam um pouquinho atrasado, porém sempre dentro dos dez minutos de tolerância, para o início das aulas, a cada manhã, fomos taxados de "folgados", "lerdos". Então, revelando-me assim, fica evidente que já não tenho nem o respeito de mim mesmo. É estranho falar assim, mas é uma forma de achar que os outros jamais me condenem por aquilo que eu mesmo já me condenei.

Este foi um dia repleto de incoerências. Ainda tive de ouvir de uma colega de trabalho (professora da rede municipal), que não lê mais o "Diário da Manhã", pois "pertence ao Governo". É incoerente também negar elogios a quem é seu patrão. Com esta resistência, querem os professores atrair a simpatia e o respeito do governador, enquanto categoria!

Mas, não sou idiota, porque já dizia o contador de história: "idiota é quem faz idiotice". E eu, apesar de tudo, continuo aqui, lutando, ensinando, aprendendo. Porque ser professor é muito mais do que uma profissão, é uma vocação. E é com muito orgulho que digo: sou professor! Porém, para continuar ileso na sala de aula é preciso fingir de gay ou de doido.

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. Compreendendo o Contexto:

Qual a situação que desencadeia a reflexão do professor no texto?

Que mensagem anônima ele encontra na mesa dos professores?

Como ele interpreta essa mensagem inicialmente?

2. Comparação entre Profissões:

A mensagem compara o trabalho do professor com o de quais outras profissões?

O professor concorda com essa comparação? Por quê?

Quais as diferenças e similaridades entre o trabalho de um professor e as profissões mencionadas?

3. Sentimentos do Professor:

Que sentimentos o professor expressa no texto?

O que o leva a sentir orgulho e vergonha ao mesmo tempo?

Como o sistema educacional contribui para esses sentimentos?

4. Desafios da Profissão:

Quais os desafios enfrentados pelo professor em seu dia a dia?

Como esses desafios se relacionam com a falta de respeito e reconhecimento da profissão?

De que forma o professor busca lidar com esses desafios?

5. Vocação e Compromisso:

Apesar das dificuldades, o que motiva o professor a continuar na profissão?

O que significa para ele ser professor?

Qual a importância da vocação e do compromisso para a atuação docente?

Reflexão Adicional:

O texto apresenta uma visão crítica da profissão docente. Você concorda com essa visão? Por quê?

Quais medidas poderiam ser tomadas para melhorar as condições de trabalho e o reconhecimento da profissão docente?

Que papel a sociedade pode desempenhar para valorizar a educação e o trabalho dos professores?

sábado, 6 de outubro de 2012

ABANDONO AFETIVO ( Minicrônica 140 caracteres).



Minicrônica

ABANDONO AFETIVO ( Minicrônica 140 caracteres).

          Hoje corro atrás para alguém lê meus textos! Como quem quer ensinar! Amanhã eles correrão atrás deles me caçando, como quem quer aprender. Quem colhe nem é quem planta.
Claudeko
Enviado por Claudeko em 13/05/2012
Reeditado em 06/06/2012
Código do texto: T3665747
Classificação de conteúdo: seguro
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sábado, 29 de setembro de 2012

SEM CONCURSO, OU EXAME, OU ESCRÚPULO (Minicrônica - 140 caracteres)



Crônica da vida escolar

SEM CONCURSO, OU EXAME, OU ESCRÚPULO (Minicrônica - 140 caracteres)

Por Claudeci Ferreira de Andrade 

         A montanha foi a Maomé;  a universidade, ao Lula; a escola,  ao analfabeto. Deus dá o frio conforme o cobertor. Eu cronista honoris causa. Em nome da contribuição social.
Claudeko
Enviado por Claudeko em 06/05/2012
Reeditado em 28/09/2012
Código do texto: T3652662
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sábado, 22 de setembro de 2012

LIBERDADE DE MAIS PREJUDICA (Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela. — George Bernard Shaw)



Crônica da vida escolar

LIBERDADE DE MAIS PREJUDICA (Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela. — George Bernard Shaw)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Com a lei Maria da Penha, Lei da Palmada, Condenação por Abandono Intelectual, indenização por Abandono Afetivo, casamento gay, cadeia para inadimplente com a Pensão alimentícia e salário reclusão, assim como a escola pública fornecendo tudo de graça para todos. Isso faz das famílias brasileiras, sem responsabilidade alguma, verdadeiras fábricas de criminosos gratuitos. E a escola garante a aprovação desses por medo deles! Como o estado gostaria de combater a criminalidade infantil? Se Deus criou a família, quem criou os infantis desrespeitadores das leis divinas? Parece que estes itens não têm nada a ver, um em relação ao outro, todavia eles corroboram em desbancar as autoridades maternalistas.
          Mas, eu não sei o que fazer, todas as vezes quando entro em uma sala, para começar minha aula,  encontro um aluno folgadamente sentado à mesa do professor. É difícil pedir licença, pois ele não quer sair. É só virar as costas, e terei de pedir licença de novo. Porém se pergunto a esse tipo de aluno se quer ser professor, ele diz: "Deus me livre!" Ele gostaria apenas da representação momentânea de poder. Tomo as dores da escola, por ser ela a responsável, se propondo a ensinar o equilíbrio, no entanto, cada final do período, estou eu sentindo uma sensação esquisita: feliz por ter rompido mais uma etapa, porém não, sem aquela sensação gostosa do dever cumprido. Entra dia e sai dia e o mundo piora nesse assunto da libertinagem. Como moldaram pervertidamente a consciência do ser humano?
             Que país é esse cheio de instituições educacionais, com tanta facilidade para cursar, mas não é exigido o maior grau de escolaridade para presidente? Ou então a escola perdeu a credibilidade! Os pais pobres têm que obedecer esta corja de analfabetos funcionais ao matricular os filhos nas escolas públicas sem qualidade. Por quê? "Se os tubarões fossem homens...Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas. Nessas aulas, os peixes pequenos aprenderiam como nadar para a garganta dos tubarões" (Bertold Brecht). Agrande questão aqui não é só o aprender ou não aprender é o exercício da liberdade se ambas as partes sem responsabilidades.
Claudeko
Enviado por Claudeko em 03/05/2012
Reeditado em 22/09/2012
Código do texto: T3647781
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sábado, 15 de setembro de 2012

LEIS CONVENIENTES E PARCIAIS ("Quanto maior o número de leis, tanto maior o número de ladrões." — Lao-Tsé)



Crônica da vida escolar

LEIS CONVENIENTES E PARCIAIS ("Quanto maior o número de leis, tanto maior o número de ladrões." — Lao-Tsé)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Ao ler o pensamento de Barão de Montesquieu: "As leis inúteis debilitam as necessárias". Então, logo, vinculei a esse fenômeno o insucesso da maioria dos gestores escolares eleitos, dando lugar para os interventores estaduais. Mas, agora acho que é a má escolha de seus coordenadores, porque a conveniência individual gera inconveniência geral! E os iguais se protegem.
          Por aqui, não se pode vender iguarias e guloseimas nas dependências da escola pública. E Justificam sua CONDUTA, dizendo: — "É lei, vem de cima". Esse tipo de proibição geralmente desfigura muitas simpatias, motivando  os comuns a muitas denúncias. Assim, os superiores imediatos são obrigados a criarem outras leis para coibir, forjando consequências para quem transgredir as normas maiores. 
          Todavia, foi isto mesmo que me disse a diretora, por não declararem sua isenção à Receita Federal, as escolas entraram em dívida. Será se a culpa foi da unidade ESCOLAR? Não importa, então, ela deve pagar! Para isso, já foi formulada uma exceção na lei, dando à escola o direito, dela mesma, vender quaisquer bugigangas arrecadando dinheiro de qualquer lugar. Eu fui obrigado a vender ingressos de "sorvetada", e a estrategia usada foi do mesmo nível, dei um ponto em português ao aluno comprador, a fim de não pagar os ingressos do meu bolso. Também todos os professores estavam vendendo os tais com estrategias mil. Logo posso, já que outrora as coordenadoras nos autorizaram a dar nota em troca de frutas para "o café da manhã das mães". Agora, interessamos apenas em sanar a dívida! Minha maior preocupação aqui não é o vender ou deixar de vender, seja qual for a coisa, mas as leis inúteis do sistema educacional, homologadas a atender particularidades próprias da exploração. Quanto mal fazia o vender os docinhos na escola que não faz mais? Meus "Vales-transportes" se atrasaram este mês, será se foram incluídos no "vale-tudo"? Quando se trata da confecção do diário eletrônico, ora somos orientado digitar quatro avaliações no resumo final, ora só três, um bimestre é uma coisa, outro bimestres, outras diretrizes. E por essa falta de uma legislação firme, o professor morre de velho e não aprende fazer autônomo e corretamente o diário de classe. A propósito, para quem não sabe aonde ir, qualquer caminho está correto. 
          Outras bobagens acontecem, aliás é difícil descobrir uma norma ESCOLAR útil, por serem elas mais transgredidas que obedecidas. No entanto, o sistema vai de vento em popa: paradoxal, heim! Qual eficácia tem uma norma cheia de derivações e exceções? Não se pode "subir aula" de forma alguma, o professor não é dois, o aluno ir para casa mais cedo nem pensar. Porém, ao pagar aulas de greve, pode tudo, qualquer negociação, trabalhos quaisquer, e até aos sábados e feriados, nesse caso, a conveniência parcial impera. Uma lei pedindo a ser burlada é inútil. pois não atende a justiça geral. Se o público alvo não compreendeu o benefício da proibição, não tem disposição para se submeter. Alguém já tinha dito: "a BOA lei nasce do meio do povo".
          Uma administração que vive "apagando fogo", como diz o ditado, não cumpre um bom mandato. Os imprevistos são os furos da lei, ou prova de sua inutilidade. Exemplificamos com os fenômenos do tempo, regidos por leis naturais perfeitas, diga-se de passagem, porém, lidas por critérios imperfeitos - "subleis" - dos meteorologistas. Se não choveu no dia previsto e da forma prevista pelos noticiários, nesse caso, não foi incompetência das leis naturais, mas de quem as lera, ou melhor, das derivadas. Existem problemas inúteis, frutos de atividades desnecessárias. O mal necessário é aquele que direciona as leis necessárias!
          Um chefe legislando em causa própria e com leis parciais é frágil demais, porque não atende os interesses da maioria alvo. Assim, tais leis pedem para ser quebradas, e a quebra de uma leva a anarquia de outras. O "manda quem pode e obedece que tem juízo" já era. Quem não tem  juízo ordena o que lhe é conveniente, e a conveniência da escola quase sempre não a é a mesmo da comunidade geral. PROIBIÇÕES INFUNDADAS ENFRAQUECEM O CÓDIGO DE BOA CONDUTA. Indisciplina é falta de rumo e, improdutividade, não basta apenas estar no caminho certo, tem de rumar da maneira certa e no lado testado!!! A bússola sempre está firmemente apontando para o norte. 
Claudeko
Enviado por Claudeko em 29/04/2012
Reeditado em 14/09/2012
Código do texto: T3639409
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sábado, 8 de setembro de 2012

FAZER AMOR: TÃO POBRE AMOR! ("Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal." — Friedrich Nietzsche)



Crônica

FAZER AMOR: TÃO POBRE AMOR! ("Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal." — Friedrich Nietzsche)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           A expressão " fazer amor" é um eufemismo para a "pratica do  sexo" e, também, um indicador da hipocrisia, enfeite da falsa moralidade social. As feministas dizem, para seduzir seus parceiros: — "as mulheres fazem amor e os homens, sexo". Depois, ao defender sua opção sexual, dizem que, em questão de amor, ninguém manda em seu próprio coração. Então, devem estar fazendo alguma coisa estranha sem querer, chamando-a de amor! Ou me responda, por que, às escondidas, todos demonstram esses sentimentos naturais, usando os impulsos sexuais? Em seguida, fica tudo bem, depois se banham como quem come e escova os dentes e sorrindo faz de conta que nada aconteceu: é como um trabalho qualquer!
          Eu na qualidade de cliente, não quero nada com "amor". Se o dinheiro compra tudo que o amor pode me dar, basta-me o prazer do poder. A prisão social, causada pela falta de condição, desvirtua os puros sentimentos, ou melhor, só há saúde psicológica com autonomia, sem a exigência de quem eu prometi fidelidade até a morte. Então, "fazer amor" é uma fantasia absurda dos devassos, os ricos compram pronto o amor e seus atributos. "Amor (verdadeiro) só dura em liberdade". O resto é compromisso e obrigações impostas. 
          Sim, esse amor imposto é "tão pobre amor", como disse o músico Raul Seixas, na canção: "A Maçã". Jamais o quero para mim. A maior perversidade sexual é o esforço exercido na manutenção da aparência de quem nunca usa dele. Mas, se não fosse assim, nada fluiria em uma sociedade ensinada a hipocrisia. Chamem-no de qualquer coisa, todos são passivos da motivação: "crescei e multiplicai". Por isso dar prazer o fazer amor, bem como praticar sexo. O que seria a intensão de multiplicar se não fosse a intensão do orgasmo? Qual é o prazer do criar filho?  Fazer amor ou sexo termina sendo a mesma coisa quando apenas se visa o lucro? "Passei a ocupar meus dias pensando sobre o que, afinal, é isso que todo mundo enche a boca pra chamar de amor" (Martha Medeiros). 
Claudeko
Enviado por Claudeko em 29/04/2012
Reeditado em 08/09/2012
Código do texto: T3639363
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