O QUE REALMENTE VALE A PENA? ("É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor". -- William Shakespeare)Por Claudeci Ferreira de Andrade
Reeditado em 25/04/2015
Código do texto: T5211388
Classificação de conteúdo: moderado
RIDICULARIZAR PARA APERFEIÇOAR: NINGUÉM PODE IMPEDIR QUE EU CONTE O QUE CONTECEU COMIGO, APENAS TENHA CUIDADO PARA NÃO TROPEÇAR NAS COVAS profundas DE MINHAS "PISADAS". O QUE SERIA ASSÉDIO MORAL? É a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, de um ou mais chefes desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho. “Eu sou um castigo de Deus. E se você não cometeu grandes pecados, Deus não teria enviado um castigo como eu.” ―Gengis Khan
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. |
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Era uma vez, num lugar não tão distante, uma sala de aula. A palavra "aula", de origem latina, significava originalmente "sala onde ficam os estudantes durante as lições". Mas, como todas as coisas neste mundo em constante mudança, o significado da palavra "aula" também evoluiu. Hoje, ela representa o ato de ensinar, o momento em que a lição é transmitida ao aluno, seja pessoalmente ou, mais recentemente, através da internet.
Lembro-me claramente de uma aula em particular. O professor, um homem de vasto conhecimento, dominava o tema proposto como ninguém. Ele tinha a habilidade de abordar o conteúdo de todos os lados, em todas as direções, tornando-o líquido para preencher os recipientes de nossas mentes. E, ao contrário do que alguns podem pensar, dominar o conteúdo não significa dominar o aluno. A verdadeira maestria está em permitir que o conteúdo flua livremente, adaptando-se à forma única de cada recipiente.
Friedrich Nietzsche, um filósofo alemão, uma vez disse: "Aquele que quer aprender a voar um dia precisa primeiro aprender a ficar de pé, caminhar, correr, escalar e dançar; ninguém consegue voar só aprendendo voo." Essas palavras ressoam em minha mente sempre que penso na arte de ensinar e aprender. A sequência didática, como é chamada, não está na postura do professor, mas sim na postura do aluno. O aluno deve dizer, ou o professor deve perceber, como ele quer aprender, ou consegue aprender.
A escola propõe o conteúdo, e o aluno molda a metodologia, como quem tem resistência ao azedo e põe açúcar para facilitar a beberagem. Não será o professor quem irá tomar a bebida amarga, é o aluno, portanto deve ser à seu gosto. Digo amarga metaforicamente, porque estudar é uma forma de trabalho árduo.
Nenhuma metodologia milagrosa imposta vai salvar um ministrador de aula, o qual não pode esmiuçar e debulhar o conteúdo a ser ensinado. O educar para a vida é seguir a metodologia da vida: "A vida é uma sequência de encontros inéditos com o mundo, e portanto ela não se deixa traduzir em fórmulas de nenhuma espécie" — Clóvis de Barros Filho.
Todavia, nas escolas em que trabalho, os murais estão cheios de anúncios de professor substituto para qualquer disciplina, como se qualquer graduado com uma Sequência Didática em mãos fosse o suficiente. Pois é, eu exclamo como já exclamou o competentíssimo professor Bruno Rodrigo: "Que pena, a sala-de-aula já não é mais um santuário." É isso aí, amigo, mas não me pergunte quem sujou o santuário. Nenhum vestibular ou concurso vai requerer dos concorrentes o "como" eles aprenderam, porém o "quê" eles aprenderam. Quanto dura a felicidade de quem recebeu, por presente, um tijolo embrulhado com papel colorido?
E assim, encerro minha crônica, refletindo sobre os acontecimentos que vivi e transmitindo uma mensagem impactante aos leitores. Afinal, a vida é uma constante aprendizagem e, por vezes, somos todos um pouco "miseráveis".
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