DENUNCIAR POR DENUNCIAR ("Falar mal dos outros agrada tanto às pessoas que é muito difícil deixar de condenar um homem para comprazer os nossos interlocutores". — Leon Tolstói)
Há inversão de valores em busca de prestígio. Disse Hal Ozsan: "E eu nunca conheci um louco, Que não tem uma causa, E eu nunca conheci um pervertido, Que não tem um coração partido". Mas, Denunciante não é autoridade; guarda não é polícia; tratorista não é motorista... O denuncismo desenfreado, estimulado e favorecido por quem não adivinha nada não mata o desejo de vingança de muitos moderninhos emponderados pelas mídias: denunciam para se vingar, ou trair, ou bandidagem mesmo.
A vítima continua sendo vítima, agora duas vezes: do ataque do pederasta, devasso, libertino, imoral, libidinoso, impudico, Pervertido, podre, degenerado, eivado, depravado, bacântico e do aproveitador das circunstâncias para se anunciar.
O celeiro das denúncias é o teatro que se apegou a afrontar a moralidade para inovar. Porém, os artistas se defendem bem com a própria arte transgressora. Disse Umberto Eco: "Para rebater uma acusação, não é necessário provar o contrário, basta deslegitimar o acusador". Um bom argumento para justificar a exposição de arte "Nudes" com a presença de criança é afirmar que não é pedofilia: é arte. Porque o foco não é sexual. Da mesma forma, qualquer médico introduz o dedo médio em seu ânus, você ainda o paga para fazê-lo bem, e não é prostituição e/ ou homossexualidade! O foco não é sexual, impera o exame da próstata: saúde social. E vivam as artes e o novembro azul e todas as outras cores, ou seja, o Arco-íres!
"Tudo é puro para os que são puros; mas nada é puro para os impuros e descrentes, pois a mente e a consciência deles estão sujas." (Tt 1:15). E vamos continuar pagando a caça a pedófilos sob o comando de denunciantes. Todos os dias prendem e uns matam os outros, todavia não acabam nunca! Por quê?
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