ESCOLHA DIFÍCIL É VOTAR EM UM POLÍTICO PROFISSIONAL ("Não existe ser humano mais miserável do que aquele em que a única coisa habitual é a indecisão." — William James)
Aqui estou eu, sozinho, cercado pelo silêncio que tanto busco, mas que, ao mesmo tempo, me apavora. As pessoas me assustam e, quando estou entre elas, o pânico me invade. Meu problema são os outros. Então, refugio-me na solidão, mas lá não encontro quem me console. Eis o dilema! Como disse Mario Quintana: "O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."
Hoje é um dia importante para nós, brasileiros. Estou prestes a enfrentar a difícil tarefa de escolher um vereador que me representará pelos próximos quatro anos. E o prefeito? Nem se fala! Uma ansiedade desmedida me toma, junto do desejo sincero de fazer a diferença. É um bom dia para ceder à acomodação, mas o desafio é superar a dúvida. Preciso manter distância emocional e frieza para decidir. Apesar de os interesses individuais gritarem mais alto, é preciso olhar para a coletividade, buscando contribuir com a harmonia geral. Nos últimos dias, uma ideia não me larga: talvez a escolha mais coerente seja votar em um ex-aluno — quem sabe ele tenha assimilado meus modos, e nisso confio em mim. Você não...? Como lembrou Marguerite Yourcenar: "A felicidade é uma obra-prima: o menor erro falseia-a, a menor hesitação altera-a, a menor falta de delicadeza desfeia-a, a menor palermice embrutece-a."
Amanhã, passada a comoção do pleito, sentirei a alma lavada por cumprir meu dever de cidadão. Mas sei que, junto da limpeza, sempre há perda: o sabão leva embora também pequenas partes da pele.
E foi tudo tão rápido — e decepcionante. Com as urnas apuradas, vi meu candidato perder. Talvez seja uma dor necessária. Perdi o voto, é verdade, mas, em certo sentido, foi como extrair um dente podre: doloroso, mas libertador. Para a próxima estarei mais maduro... ou mais desdentado! Ainda assim, pretendo aproveitar o que a experiência me trouxe, especialmente a capacidade de manter satisfação pela vida. Estou decidido a não permitir que a pressão da decepção paralise o que só precisa de um empurrão para avançar. Dê-me o seu empurrãozinho... Como disse Paulo de Tarso: "O maior impasse da humanidade: Não fazer o BEM que gostaria e fazer o MAL que não quer!"
Talvez essa ansiedade política não seja tão diferente da que vive um professor diante de sua turma. Há dias em que o olhar dos alunos lembra o do eleitor desconfiado, aguardando para ver se vale a pena acreditar. Outras vezes, é o próprio professor que se sente candidato, buscando conquistar corações e mentes, não com promessas, mas com gestos e paciência. Afinal, cada aula é como um voto silencioso: pode-se perdê-lo num instante de descuido ou ganhá-lo num sopro de atenção genuína. E, nesse jogo, o resultado não vem em boletins de urna, mas nos sorrisos e silêncios que denunciam compreensão. É nessa troca silenciosa que a esperança se renova, mesmo quando o placar do mundo lá fora parece desfavorável.
No final das contas, a educação é uma via de mão dupla: não basta a escola oferecer, é preciso que o aluno queira aprender. Aos que desejam de verdade, que não se deixem desanimar pelas adversidades. Sou prova viva disso. Afinal, a educação é a chave para um futuro melhor. E eu, como professor, estarei sempre aqui, pronto para orientar aqueles que escolherem trilhar esse caminho, mesmo que tenham sido frustrados em algum momento da vida. A existência é feita de altos e baixos, e é nas adversidades que crescemos e nos tornamos mais fortes. Portanto, não desista: continue lutando. O futuro é brilhante para quem acredita em si mesmo.
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Com base no texto apresentado, elabore respostas completas e concisas para as seguintes questões:
O texto inicia com uma reflexão sobre a solidão e as relações interpessoais. Qual a relação entre essa reflexão inicial e a decisão de votar?
O autor demonstra uma grande expectativa em relação ao processo eleitoral. Quais são as suas principais preocupações e esperanças em relação à política?
O texto aborda a questão da decepção após o resultado das eleições. Como o autor lida com essa frustração e qual a importância dessa experiência para ele?
Qual a importância da educação para o autor? Como ele relaciona a educação com a superação das adversidades e a construção de um futuro melhor?
O texto apresenta uma visão complexa sobre a natureza humana e as relações sociais. Quais são os principais dilemas e contradições apresentados pelo autor?
Aqui estou eu, sozinho, cercado pelo silêncio que tanto busco, mas que, ao mesmo tempo, me apavora. As pessoas me assustam e, quando estou entre elas, o pânico me invade. Meu problema são os outros. Então, refugio-me na solidão, mas lá não encontro quem me console. Eis o dilema! Como disse Mario Quintana: "O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."
Hoje é um dia importante para nós, brasileiros. Estou prestes a enfrentar a difícil tarefa de escolher um vereador que me representará pelos próximos quatro anos. E o prefeito? Nem se fala! Uma ansiedade desmedida me toma, junto do desejo sincero de fazer a diferença. É um bom dia para ceder à acomodação, mas o desafio é superar a dúvida. Preciso manter distância emocional e frieza para decidir. Apesar de os interesses individuais gritarem mais alto, é preciso olhar para a coletividade, buscando contribuir com a harmonia geral. Nos últimos dias, uma ideia não me larga: talvez a escolha mais coerente seja votar em um ex-aluno — quem sabe ele tenha assimilado meus modos, e nisso confio em mim. Você não...? Como lembrou Marguerite Yourcenar: "A felicidade é uma obra-prima: o menor erro falseia-a, a menor hesitação altera-a, a menor falta de delicadeza desfeia-a, a menor palermice embrutece-a."
Amanhã, passada a comoção do pleito, sentirei a alma lavada por cumprir meu dever de cidadão. Mas sei que, junto da limpeza, sempre há perda: o sabão leva embora também pequenas partes da pele.
E foi tudo tão rápido — e decepcionante. Com as urnas apuradas, vi meu candidato perder. Talvez seja uma dor necessária. Perdi o voto, é verdade, mas, em certo sentido, foi como extrair um dente podre: doloroso, mas libertador. Para a próxima estarei mais maduro... ou mais desdentado! Ainda assim, pretendo aproveitar o que a experiência me trouxe, especialmente a capacidade de manter satisfação pela vida. Estou decidido a não permitir que a pressão da decepção paralise o que só precisa de um empurrão para avançar. Dê-me o seu empurrãozinho... Como disse Paulo de Tarso: "O maior impasse da humanidade: Não fazer o BEM que gostaria e fazer o MAL que não quer!"
Talvez essa ansiedade política não seja tão diferente da que vive um professor diante de sua turma. Há dias em que o olhar dos alunos lembra o do eleitor desconfiado, aguardando para ver se vale a pena acreditar. Outras vezes, é o próprio professor que se sente candidato, buscando conquistar corações e mentes, não com promessas, mas com gestos e paciência. Afinal, cada aula é como um voto silencioso: pode-se perdê-lo num instante de descuido ou ganhá-lo num sopro de atenção genuína. E, nesse jogo, o resultado não vem em boletins de urna, mas nos sorrisos e silêncios que denunciam compreensão. É nessa troca silenciosa que a esperança se renova, mesmo quando o placar do mundo lá fora parece desfavorável.
No final das contas, a educação é uma via de mão dupla: não basta a escola oferecer, é preciso que o aluno queira aprender. Aos que desejam de verdade, que não se deixem desanimar pelas adversidades. Sou prova viva disso. Afinal, a educação é a chave para um futuro melhor. E eu, como professor, estarei sempre aqui, pronto para orientar aqueles que escolherem trilhar esse caminho, mesmo que tenham sido frustrados em algum momento da vida. A existência é feita de altos e baixos, e é nas adversidades que crescemos e nos tornamos mais fortes. Portanto, não desista: continue lutando. O futuro é brilhante para quem acredita em si mesmo.
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Com base no texto apresentado, elabore respostas completas e concisas para as seguintes questões:
O texto inicia com uma reflexão sobre a solidão e as relações interpessoais. Qual a relação entre essa reflexão inicial e a decisão de votar?
O autor demonstra uma grande expectativa em relação ao processo eleitoral. Quais são as suas principais preocupações e esperanças em relação à política?
O texto aborda a questão da decepção após o resultado das eleições. Como o autor lida com essa frustração e qual a importância dessa experiência para ele?
Qual a importância da educação para o autor? Como ele relaciona a educação com a superação das adversidades e a construção de um futuro melhor?
O texto apresenta uma visão complexa sobre a natureza humana e as relações sociais. Quais são os principais dilemas e contradições apresentados pelo autor?
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