O "RABO PRESO" TEM UM ALTO PREÇO (O maior erro do ladrão é achar que todo mundo é otário, sendo ele o único...)
Por Claudeci Ferreira de Andrade
Eu pensei que tudo de ruim já tinha me acontecido na escola, mas não! Ainda faltava esta "sacanagem" reincidente: duas alunas do Ensino Médio convidaram-me para ir à biblioteca, na hora da aula, rapidinho, com a desculpa de me mostrar um livro, enquanto isso, outras se aproveitavam do meu caderno de anotações de vistos que ficou em minha mesa, na sala de aula, e marcaram a favor delas. Esse tipo de caso, também se repetiu recentemente no Ensino Fundamental, uma aluna do sétimo ano "A" roubou de dentro de minha mochila, enquanto virei-me para escrever no quadro, mas a vi com o meu caderno de anotações entre seus braços, num abraço do Capiroto, quando saía de perto da mesa do professor.
Percebi que os "xis", feitos por elas, com os quais requeriam o direito roubado, eram diferentes das "cruzinhas", feitas por mim, que legitimavam as tarefas bem cumpridas dos alunos honestos. E a tonalidade da tinta da caneta também era de um vermelho diferente. Ao descobrir, resolvi não escandalizar, e não devia tomar medida alguma, apenas fingi que não sabia, no primeiro caso, já no segundo, tomei o caderno com ameaças de reprová-la, mas não o fiz, pois assim não dividirei as consequências reservadas para elas e aplicadas infalivelmente pelo destino. Se eu tomasse algumas medidas disciplinares, por mais severas que fossem, ainda, seriam injustas: escassas ou excessivas. Então me aquietei com o conselho de sábio Salomão: "Quando o tolo é ofendido, logo todos ficam sabendo, mas quem é prudente faz de conta que não foi insultado. (Pv 12:16 NTLH).
Achei incrível, a classe também fingir que não viu nada, ninguém denunciou as culpadas, eles gostam de ver "o circo pegando fogo", mas não o fizeram por medo, amizade, cumplicidade, sei lá! A passividade também tem um preço, ainda que mais barato, ou não, e eu estou disposto a pagá-lo, juntamente com os omissos.
Usando uma metáfora, é notório o que acontece no comércio: O comprador só paga, quando recebe o produto ou o serviço. E nesse caso, eu não posso assumir o papel de Deus, atribuindo castigo para quem é desonesto comigo. Deixei apenas que levassem o produto do furto e ficou a dívida para elas pagarem ao tribunal universal. Não foi a mim que prejudicaram, então, quem se sentir lesado que cobre justamente o que lhe pertence, nesse caso, a sociedade. E a justiça seja feita. Não posso atrair maior desgraça para mim mesmo, não é função do professor atribuir consequência desequilibrada a ninguém, adulterando assim a lei natural da causa e efeito que é a medida certa.
Elas vão comer, por duas vezes", o pão que o Diabo amassou", pelo menos por isto: Primeiro por terem enganado a si mesmas tentando me enganar; segundo, por contarem para os outros seu plágio como indicador de esperteza. Se eu me mostrasse esperto demais, "nunca enganável", eu aliviaria seus sofrimentos, igualando-me a elas, portanto a lição não ficava completa. Esta, sim, é a função de professor: não querer ser Deus, especialmente nesses particulares.
Percebi que os "xis", feitos por elas, com os quais requeriam o direito roubado, eram diferentes das "cruzinhas", feitas por mim, que legitimavam as tarefas bem cumpridas dos alunos honestos. E a tonalidade da tinta da caneta também era de um vermelho diferente. Ao descobrir, resolvi não escandalizar, e não devia tomar medida alguma, apenas fingi que não sabia, no primeiro caso, já no segundo, tomei o caderno com ameaças de reprová-la, mas não o fiz, pois assim não dividirei as consequências reservadas para elas e aplicadas infalivelmente pelo destino. Se eu tomasse algumas medidas disciplinares, por mais severas que fossem, ainda, seriam injustas: escassas ou excessivas. Então me aquietei com o conselho de sábio Salomão: "Quando o tolo é ofendido, logo todos ficam sabendo, mas quem é prudente faz de conta que não foi insultado. (Pv 12:16 NTLH).
Achei incrível, a classe também fingir que não viu nada, ninguém denunciou as culpadas, eles gostam de ver "o circo pegando fogo", mas não o fizeram por medo, amizade, cumplicidade, sei lá! A passividade também tem um preço, ainda que mais barato, ou não, e eu estou disposto a pagá-lo, juntamente com os omissos.
Usando uma metáfora, é notório o que acontece no comércio: O comprador só paga, quando recebe o produto ou o serviço. E nesse caso, eu não posso assumir o papel de Deus, atribuindo castigo para quem é desonesto comigo. Deixei apenas que levassem o produto do furto e ficou a dívida para elas pagarem ao tribunal universal. Não foi a mim que prejudicaram, então, quem se sentir lesado que cobre justamente o que lhe pertence, nesse caso, a sociedade. E a justiça seja feita. Não posso atrair maior desgraça para mim mesmo, não é função do professor atribuir consequência desequilibrada a ninguém, adulterando assim a lei natural da causa e efeito que é a medida certa.
Elas vão comer, por duas vezes", o pão que o Diabo amassou", pelo menos por isto: Primeiro por terem enganado a si mesmas tentando me enganar; segundo, por contarem para os outros seu plágio como indicador de esperteza. Se eu me mostrasse esperto demais, "nunca enganável", eu aliviaria seus sofrimentos, igualando-me a elas, portanto a lição não ficava completa. Esta, sim, é a função de professor: não querer ser Deus, especialmente nesses particulares.
Claudeko
Enviado por Claudeko em 19/11/2011
Reeditado em 13/01/2012
Código do texto: T3344295
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