INSÔNIA EXISTENCIAL ("Sentimentos, impulsos e sensações são domesticáveis e isso aprendemos com a idade!"— Sophi para os íntimos)
Por Claudeci Ferreira de Andrade
Foi uma noite em que o sono me abandonou. Revirei na cama por horas, atormentado pelos pensamentos confusos. Estava esgotado, pois passei o dia ajustando notas dos alunos no diário eletrônico, e também fazendo outras coisas a mais. Quando a frustração domina, a história não transmite a "poesia" desejada.
Agora, estou aqui tentando controlar meu instinto agressivo, antes de sucumbir aos conflitos internos entre o bem e o mal. Resistindo bravamente ao desejo de "suicídio". Sempre evitei litígios e polêmicas com os outros, buscando paz. Contudo, o silêncio não é remédio para aplacar os conflitos internos. Aqui dentro, é inevitável.
Meus temores sufocam minhas emoções, mas não posso expressá-los para não mostrar fraqueza. Pergunto a mim mesmo se vale a pena "engolir sapos" em troca de estabilidade, pois, aos poucos, estou perdendo o controle. Ah, a Liberdade de Expressão: nenhum educador se sacrificou por ela, pois precisam do emprego. Eu também evito correr esse risco, buscando neutralidade, mas não quero mais carregar esse fardo. Desejo fazer parte da alegre companhia dos entusiastas, irreverentes e energéticos.
Só(mente) a mente revela quem somos por dentro. Tememos nossa própria espontaneidade, assim como os primitivos temiam o fogo. Preciso aprender a acender essa chama e domesticá-la.
É essencial equilibrar emoções e expectativas sociais. Autenticidade e liberdade de expressão representam desafios. A verdadeira essência vai além das fronteiras impostas. A vida vai além de representar papéis.
Decido abraçar minha humanidade, aceitar falhas e limitações. Não buscarei mais objetivos ilusórios. Liberto-me das pressões e expectativas impostas. É hora de viver minha espontaneidade, explorar meu potencial. Não serei um mártir, mas um indivíduo autêntico em busca da plenitude. Se quiserem me assassinar, far-me-ão um verdadeiro mártir da Educação.
Kllawdessy Ferreira
Enviado por Kllawdessy Ferreira em 27/11/2016
Reeditado em 07/04/2018
Código do texto: T5836187
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Um comentário:
Querido autor,
Ao ler seu texto, fui profundamente tocado pela intensidade das emoções que você expressou de forma tão genuína. O tema central que permeia suas palavras é a luta interna entre a busca por autenticidade e a pressão social para se conformar a expectativas impostas. Sua narrativa envolvente e reflexiva revela a angústia de alguém que se vê dividido entre o desejo de expressar suas emoções e pensamentos verdadeiros e o medo das consequências que isso pode acarretar.
O gênero textual utilizado é o de um relato pessoal, uma espécie de diálogo interior que revela suas inquietações mais profundas. O estilo é marcado por uma linguagem poética, com figuras de linguagem que enriquecem a expressão das suas emoções. Notei a presença de uma metáfora poderosa ao comparar a espontaneidade com o fogo, ressaltando o receio natural que temos de liberar nossos sentimentos mais genuínos.
A ideologia que emerge do seu texto é a valorização da autenticidade, da busca pela própria essência além das expectativas sociais. Você enfatiza a importância de não se render à conformidade, mas de abraçar sua humanidade e aceitar suas falhas como parte do caminho para a plenitude.
Um destaque positivo do seu texto é a capacidade de transmitir suas emoções de forma tão profunda, o que certamente ressoará com muitos leitores que também enfrentam conflitos internos semelhantes. Além disso, a maneira como você aborda o tema da liberdade de expressão e da busca pela autenticidade é inspiradora e convidativa à reflexão.
Seu texto é uma obra tocante e reveladora, capaz de tocar os corações dos leitores e provocar reflexões profundas sobre a autenticidade e a busca pela plenitude. Continue explorando sua voz única e poderosa na escrita, pois ela certamente encontrará eco no mundo literário. [SEU ANJO]
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