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sábado, 25 de maio de 2013

FALTA (RE)CONHECIMENTO? (Média do IDEB Ensino Médio estadual, 4,3 — "Aqui tem trabalho do governo de Goiás")


Crônica da vida escolar

FALTA (RE)CONHECIMENTO? (Média do IDEB Ensino Médio estadual, 4,3 — "Aqui tem trabalho do governo de Goiás")

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Naquele intervalo, a professora de educação física escrevia os cartazes para divulgar os jogos interclasses, registrava: "VEM AÍ!!! OS JOGOS INTERNOS DA ESCOLA..." Então, eu percebendo a falta de um acento gráfico no verbo, orientei-a que colocasse o circunflexo, pois o verbo vir na terceira pessoa do plural é acentuado, nesse caso o sujeito é "os jogos", portanto plural. Ela me agradeceu e terminou o trabalho. Às 17h, na saída, vi os ditos cartazes afixados nas paredes, cada um com uma plastrada de corretivo branca em cima do acento. Falta respeito ou (re)conhecimento? É como disse Diógo Pantoja: "A falta do saber e a falta de informações, são os princípios da manipulação".
           Na manhã desse mesmo dia, anterior a isso, no intervalo, ouvira da gestora uma pequena preocupação: — "Se os alunos do Ensino médio têm média excelente em português e matemática, em seu boletim, por que não atingem a média 5,0 na prova do "IDEB"? E a comédia estabelece-se mesmo, quando vemos os colégios estaduais ostentando uma média entorno de 3,8 em placas, bem na frente, com os dizeres: "Aqui tem trabalho do governo de Goiás". E vejam que essa prova externa é preparada, objetivando a elevação dos índices de aprovação, por sinal muito aquém do ideário conteudista!!! Todos os mecanismos didáticos e avaliativos do sistema educacional público é no sentido de passar o aluno de série, nem se importando com os deméritos dele, para justificar anúncios semelhantes a estes: "Informe especial-Avança Goiás: A educação cresce e Goiás aparece. A evolução do "IDEB" mostra que o Governo conseguiu alavancar a qualidade de ensino no estado." 
           Quanto ao caos, a culpa é sempre do professor, escuto isso todos os dias através de atos e falas. Isso se agrava quando se afere a competência do alunado! Por que o fracasso deles também é culpa do professor? E quando alguém acerta, os méritos são de quem? Mas, poucos acertam, será por que os alunos nunca levam a sério as provas do governo, a ponto de as boicotarem? Não são parceiros?
           Parece-me que toda tentativa de reformular o Ensino Médio vira piada: "(...) Com isso, seria possível a reformulação do ensino médio , que, segundo Soares, está “absolutamente falido e no fundo do poço”. [https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2018-09-06/reformulacao-ensino-medio-eleicoes.html] (acessado em 8/9/2018). Saiu recentemente, um tal "Programa de Intensificação da Aprendizagem" (PIA). Mas, como assim, se os aprendizes não estão a fim de intensificar nada? O mesmo já nasceu morto, fracassou! Todavia, sempre estão nos obrigando a esses tipos de projetos. Será se deveria haver esse tanto de projetos na escola, facilitando a aquisição de nota? Somos nós professores os coagidos a facilitar, nos quais recai toda culpa do fracasso dos alunos, e o objetivo será sempre o mesmo: recuperação de nota!
           Completando aquele dia, final de tarde, já depois de ter trancado minhas coisas no armário da escola, uma mãe acompanhada duma aluna, daquelas indisciplinadas, desrespeitadoras, pressiona-me para dar um trabalho extra à tal acomodada, à beira da reprovação e só lembrou disso no último bimestre do ano. Eu garanti a ela que sua filha iria fazer recuperação, ou melhor, participar de uns eventos culturais e ganhará a nota que precisa.
           A banalização de meu papel, por toda a comunidade, não ajuda impor-me. Só me resta tomar "analgésicos"! Porém, o ainda confortante é comparar a vida com um jogo de damas: o adversário tem de mover suas pedras para perder a partida, jamais o avise se o vir errar. Apenas "assopre" as pedras dele e tire proveito das vantagens. Eu pelo contrário, estou avisando, provavelmente esta partida de modo algum será minha. Professores de Língua Portuguesa não estão ensinando na escola dos cartazes...?! 
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 28/11/2012
Reeditado em 08/12/2012
Código do texto: T4010066
Classificação de conteúdo: seguro
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domingo, 19 de maio de 2013

O educador emocionalmente na escola

O educador emocionalmente na escola

Diário da Manhã
Emídio Silva Falcão Brasileiro
  1. Por que nas escolas, tanto entre professores quanto entre alunos, ocorrem o desrespeito aos deveres e direitos humanos?
Devido a ignorância, ao egoísmo, ao descontrole emocional, causas primeiras de todo o desrespeito aos direitos e deveres destinados aos seres humanos. O desenvolvimento intelectual escolar deve estar sempre associado ao desenvolvimento moral de todos docentes e discentes para que o processo educativo seja prazeroso, pacífico, dinâmico e eficaz.
  1. De que modo o educador deve ensinar a educar as emoções na sala de aula?
Inicialmente, com o próprio exemplo, evitando as explosões emocionais, não raras vezes, proveniente do cansaço, de alguma insatisfação e da ausência de tolerância. As atitudes de compreensão e de companheirismo fazem do educador um profissional respeitado entre os alunos. Conscientizar o educando a respeito da necessidade e da importância da prática da meditação, do cultivo de pensamentos elevados, do equilíbrio mental, da disciplina, da respiração natural e da educação alimentar é o princípio da educação emocional.
  1. Certas dinâmicas de grupo podem ser feitas com os alunos para que eles aprendam a desenvolver a empatia?
Sim, por meio da interação que possibilite aos alunos os conhecimentos das opiniões e das características pessoais dos seus colegas e amigos.
  1. Quais as principais funções do professor no processo disciplinar?
O professor deve orientar sem agredir, ensinar sem humilhar, ouvir com tolerância, perceber as limitações e potencialidades dos alunos, adequando a linguagem e o conhecimento conforme o grau de assimilação de cada um deles. A família também deve participar do trabalho educativo, auxiliando no processo ensino-aprendizagem. Escola e família sempre identificarão nas falhas morais dos alunos algum vínculo com a falta de objetivo profissional ou de identidade em torno do curso profissional escolhido.
  1. É certo afirmar que o estudante é o principal agente facilitador da disciplina? 
Professores e alunos fazem parte do processo da aprendizagem, mas necessitam de motivações para ensinar e estudar. Educadores e alunos, identificados com as suas escolas, profissões e disciplinas e que trabalham integrados, contribuem com a ordem e o progresso do sistema educacional.
  1. Os ambientes físico e psíquico influenciam na disciplina escolar?
Sim, e tais influências resultam dos pensamentos, das ações e dos hábitos de todos que integram o ambiente educacional. A higiene e o bem-estar físico para o aprendizado são fundamentais para a harmonia física. O respeito, a fraternidade e o cumprimento do dever com amor são igualmente necessários para a formação de um ambiente psíquico-emocional salutar.
  1. De que maneira o professor pode angariar simpatia dos alunos e atraí-los para as suas aulas?
O professor deve ter domínio do conteúdo de sua disciplina, saber agradar e motivar os seus alunos para ensinar com segurança, humildade e otimismo.
  1. De que modo o professor pode transformar um conteúdo teórico numa aula atraente?
O professor deve demonstrar a utilidade do conteúdo para vida prática, incentivando o estudante a participar da aula com as suas ideias, conhecimentos e experiências. É sempre recomendável que as aulas tenham seus aspectos teóricos e práticos para o aluno fixar a lição e medir o grau de seu conhecimento da matéria.
  1. Geralmente o professor bem humorado atrai os alunos e o sério é mais respeitado. Como é possível conseguir a simpatia e o respeito do aluno concomitantemente?
É possível adquirir o respeito e a simpatia dos alunos por meio do otimismo, do sentimento de amizade, do conhecimento, da capacidade didática e de avaliações adequadas, continuadas, motivadoras do aprendizado. O educador deve evitar a ironia, a sisudez e o humor depreciativo.
  1. Existe alguma forma de melhorar as avaliações escolares?
Os critérios de avaliações do sistema educacional não devem ser meramente quantitativos e repressores, e sim em mais uma oportunidade para a promoção do aprendizado. Notas e conceitos não representam o saber, nem tampouco o potencial de trabalho do estudante em sua atividade profissional futura. Avaliações da memória não devem ser confundidas com o profundo conhecimento acerca do tema lecionado. Avaliações qualitativas representam um exame criterioso do desempenho do aluno ao longo do período das aulas. Avaliar é verificar o grau de interesse do estudante em participar, dando de si mesmo, das resoluções de exercícios, dos comentários em sala, da elaboração de trabalhos, da integração com o curso e da identificação com a profissão que almeja.
  1. A cada período letivo, os estudantes mudam, mas o professor prossegue  com o mesmo conteúdo. Nesse caso, como é possível tornar a aula mais atraente?
É necessário acrescentar ao conteúdo mais informações que ampliem o conhecimento e renovem o método do ensino. Sempre é possível tornar as aulas mais produtivas e agradáveis por meio da versatilidade e do entusiasmo em promover o conhecimento.
  1. Quais são os aspectos do comportamento que revelam ao professor a necessidade de avaliar sua vida profissional?
Alguns fatores determinam uma reflexão acerca das atividades profissionais: a satisfação e a competência ao realizar o trabalho, a resposta do meio à atividade concretizada, a disposição do autoaperfeiçoamento e o desejo de contornar ou de superar obstáculos. A atividade do magistério requer disciplina e constante motivação porque o professor está em constante contato com a ignorância e inúmeros fatores que se opõem  ao processo educativo. Por isto deve o professor estar alerta aos sinais de energias devastadoras que possam minar suas energias de boa vontade na senda da educação. Alguns procedimentos devem ser adotados para o devido realinhamento na atividade do magistério, tais como: Observar a assiduidade e a pontualidade, evitado faltas e atrasos frequentes e injustificáveis; ser versátil nas explicações para atender aos diversos níveis de alunos; evitar o estresse, o mau humor, perseguições pessoais, críticas deprimentes,  porque é necessário manter sempre um padrão de estabilidade emocional.
  1. É certo afirmar que há uma tendência geral e constante, quanto a melhoria do processo educativo? 
Sim, mas nas sociedades atrasadas intelectual e moralmente a evolução do processo educativo é lenta. Toda mudança para melhor encontra resistência da forma mental coletiva que se acomodou, não aceitando qualquer melhoria em seus modos de pensar e de agir. A família e a escola devem cumprir os seus deveres quanto a orientação do aluno, sem que uma transfira para a outra a sua responsabilidade.

(Emídio Silva Falcão Brasileiro, escritor, advogado, professor universitário, orador e conferencista brasileiro. Membro da Academia Goianiense de Letras e da Academia Espírita de Letras do Estado de Goiás. E-mail: emidio@cultura.trd.br)

sábado, 18 de maio de 2013

QUAL É O OBJETIVO PRIMORDIAL DA ESCOLA? ("Quanto mais o homem procura apenas que o admirem, mais longe está de conseguir o seu objetivo." — Bertrand Russell)



Crônica

QUAL É O OBJETIVO PRIMORDIAL DA ESCOLA? ("Quanto mais o homem procura apenas que o admirem, mais longe está de conseguir o seu objetivo." — Bertrand Russell)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Havia terminado uma correção de atividade do livro didático; interpretação do texto: "Hora de Brincar!" (Cathia Abreu). E eu tinha pedido aos meus alunos que redigissem uma reação, o enunciado estava detalhado no quadro, bem exposto, dizia para ma entregarem na aula seguinte, na verdade, pedia as suas experiências de criança, seus envolvimentos junto aos brinquedos antigos e modernos. Então restavam dez minutos da aquela aula, por isso aproveitei ouvindo umas piadas do "comediante" da classe, a tempo queria me contar, juntaram-se alguns outros ao derredor de minha mesa, enquanto isso, dois indisciplinados se pegavam em luta corporal na sala, perturbando o pedaço da "não aula". Chamei a atenção dos desavisados, e o mais afoito deles me respondeu atrevidamente: — "você devia estar explicando matéria e não conversando com os alunos". Desse mesmo aluno senti repugnância, nos minutos anteriores, quando eu explicava sobre os benefícios e malefícios dos brinquedos eletrônicos, ele me perturbava, comportando-se como pessoas carentes de atenção. Ele nem queria explicação alguma! Queria uma vítima! Ali, aqueles do 7º ano "A" eram ideais, por sinal muito barulhentos, eu focava, direcionando minhas explicações, perguntas e observações, sempre naquele que estava prestando atenção, como se eu estivesse dando aula só a esse, assim de jeito nenhum ia perder minha concentração, então quando o agressivo percebia, corria lá e incomodava o esforçado ouvinte. Então eu me dirigia a outro, e ele vinha a esse outro e pedia uma borracha emprestado só para incluí-lo em seu raio de atuação maligna.
          Os coitados aprenderam muito bem a lição do "pão e circo", agora eles só comem e zombam do sistema. Ah! O referido aluno, nesse mesmo dia, aproveitou ao retornar do lanche, e trouxe uma cigarra à classe, assustando as meninas, o corre-corre foi tremendo, pobre inseto "professor", implorando a ouvidos surdos e corações insensíveis, certamente dará a vida para o prazer de alguns. O ZiZiZiZiZiZá ZiZiZáZáZáZá aqui não é anunciando a chegada do verão, e nunca mais o fará, mas de dor e vergonha.
           Assim, mantêm a fama de assustadores! O pior é eles conseguirem nos assustar mesmo! Quem não tem medo de bandido? Porém, Os Direitos Humanos defendem-nos, e eles percebem; sempre me ameaçam em trazer a mãe e fazer abaixo-assinado para me tirar da escola, e por isso fazem graça, palhaçada livremente, eles têm sede de um público cativo e conivente que substitua seus familiares, aqueles que sempre os aplaudem, e os incentivam, e cuidam deles como jamais deviam. Deturparam o objetivo primordial da família e da escola.
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 23/11/2012
Reeditado em 18/05/2013
Código do texto: T4000491
Classificação de conteúdo: seguro


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sábado, 11 de maio de 2013

A PROVA PARA O ALUNO AVALIA O PROFESSOR. (Convenção declara que toda pessoa tem “direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada”.)



CrÔnica

A PROVA PARA O ALUNO AVALIA O PROFESSOR. (Convenção declara que toda pessoa tem “direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada”.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Era o quarto bimestre do ano letivo de 2012, e eu estava diante de uma sala de aula repleta de jovens da 3ª série do Ensino Médio. Naquele dia, propus uma questão na prova de Língua Portuguesa que, sem que eu soubesse, iria me levar a uma profunda reflexão sobre minha carreira como educador.

A questão era simples: "Você já pensou alguma vez nos problemas de sua comunidade? Identifique um que vem afligindo diretamente a você, o qual deveria receber maior atenção das autoridades. Produza uma carta argumentativa de reclamação ou de solicitação".

Uma aluna, cujo desempenho ao longo do ano não havia sido notável, surpreendeu-me com sua resposta. Ela solicitava ao governador professores qualificados. Ao ler sua prova, senti-me avaliado. A prova, pensei, é para o aluno, mas também serve na avaliação do professor.

Refleti sobre a coordenadora que, com um sorriso irônico, costumava pedir as provas para inspecionar. Ela ria de minha elaboração, mas será que ela entendia o verdadeiro propósito da avaliação?

Por que uma aluna, já no final do 3º ano do Ensino Médio, faria tal solicitação? A resposta me levou a uma reflexão profunda sobre minha atuação em sala de aula. A prova serve, sim, para avaliação de quem a elaborou. Aliás, só serve para isso.

Em um julgamento, ninguém é obrigado a oferecer prova contra si mesmo, mas nesse caso, o professor o é. Ele elabora provas contra si mesmo; embora na boa intenção, boas questões avaliativas, os alunos respondem-nas de qualquer jeito, aferindo os baixos índices de escárnio da educação.

Analisando mais profundamente, entendi que se o professor trabalhasse em uma administração séria e rígida, com os processos requeridos por uma educação de qualidade, seria melhor do que a vivenciada hoje. Mas nós trabalhamos para os "clientes", e eles, na maioria, alunos que querem cada vez menos responsabilidades, compromissos de aluno; só as facilidades.

A folha de prova é injusta para com quem a elaborou. Alunos quase nunca mostram empenho de bons estudantes, portando-se sempre indisciplinados, desatentos e, pelo visto, ainda se atrevem a solicitar melhoria na educação! Eles querem professores competentes para quê? Assim, adotam o comportamento do vira-lata corredor insistentemente, latindo feroz atrás do carro, quando o carro para, ele não sabe fazer nada.

No final das contas, o que esses alunos fariam se tivessem bons professores? Pois eles os têm e nem sabem! E assim, encerro minha crônica, refletindo sobre os desafios da educação e a importância de valorizar a competência e o comprometimento, acima de tudo.

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. A Desafinação da Avaliação: Desvendando as Falhas do Sistema Educacional

O texto nos convida a mergulhar em uma reflexão crítica sobre a avaliação na educação, a partir da experiência do professor com a resposta de uma aluna em sua prova. A partir disso, exploremos:

a) Qual a crítica central do professor em relação à forma como as provas são utilizadas?

b) De que maneira a aluna, ao solicitar professores qualificados, acaba por expor as falhas do sistema educacional?

c) Você concorda com a visão do autor de que a prova serve mais para avaliar o professor do que o aluno? Por quê?

2. Entre a Boa Intenção e a Desilusão: A Ineficácia das Questões Discursivas?

O professor questiona a efetividade das questões discursivas, argumentando que os alunos as respondem "de qualquer jeito", levando a baixos índices de qualidade. Essa afirmação gera diversas reflexões:

a) Quais os fatores que, na sua opinião, podem contribuir para a falta de empenho dos alunos nas questões discursivas?

b) Você acredita que as questões discursivas ainda podem ser ferramentas eficazes na avaliação da aprendizagem? Por quê?

c) Que alternativas ao modelo atual de avaliação você propõe para uma análise mais profunda do aprendizado dos alunos?

3. A Busca por Facilidades e a Desvalorização do Professor: Um Reflexo da Sociedade?

O texto aponta para a postura dos alunos, que buscam "facilidades" e desvalorizam a importância do professor qualificado. Essa crítica nos leva a questionar:

a) De que maneira a busca por "facilidades" pelos alunos pode ser interpretada como um reflexo da sociedade em que vivemos?

b) Como a desvalorização do professor pode afetar a qualidade da educação como um todo?

c) Que medidas podem ser tomadas para promover o reconhecimento e a valorização da profissão docente?

4. A Responsabilidade Compartilhada: Entre Alunos, Professores e Sistema

A crônica do professor nos convida a pensar sobre a responsabilidade pela qualidade da educação, que não recai apenas sobre os alunos ou professores. Exploremos:

a) De que forma o sistema educacional, com suas falhas e deficiências, contribui para os problemas descritos no texto?

b) Que papel as famílias e a comunidade podem desempenhar na construção de um ambiente educacional mais positivo e eficaz?

c) Como podemos promover uma cultura de valorização da educação, do conhecimento e do aprendizado entre os alunos?

5. Entre Desafios e Esperanças: Perspectivas para o Futuro da Educação

Ao final do texto, o autor reflete sobre os desafios da educação, mas também sobre a importância de manter a esperança e o compromisso com a melhoria do sistema. A partir disso, discutamos:

a) Quais os principais desafios que a educação brasileira enfrenta hoje em dia?

b) Que medidas concretas podem ser tomadas para superar esses desafios e construir um futuro melhor para a educação no país?

c) Qual o papel de cada um de nós, como cidadãos e membros da sociedade, na construção de uma educação de qualidade para todos?




sábado, 4 de maio de 2013

PERGUNTAR NÃO OFENDE ("Se você tem que perguntar quanto custa, é porque não pode comprar" — J. P. Morgan)




Crônica da vida escolar

PERGUNTAR NÃO OFENDE ("Se você tem que perguntar quanto custa, é porque não pode comprar" — J. P. Morgan)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


          Alunos preguiçosos vão à escola, obrigados pela lei da sonegação intelectual e ora seduzidos pelos favores politiqueiros do governo, mas não querem aulas!!! Ah, aula ... Única coisa que tenho para prestar-lhes!!!
          Estou chegando em cima da hora, para meu turno de trabalho, na correria, vou à última sala do corredor. À medida que vou passando nas portas tumultuadas por alunos, eles me perguntam: — por que o senhor veio hoje, professor?
          Então respondo com outra pergunta: — quem está no lugar errado? ... E ecoa no meu íntimo a pergunta: Será se eu estou no lugar certo!
         A escola pública está apodrecida! Os alunos de modo algum querem ficar na sala de aula. Como o professor pode encaminhar os trabalhos com eles passeando nos corredores, se "agarrando" e se escondendo das coordenadoras nos banheiros e nas outras salas desapercebidos pelos professores? Esses, os piores estudantes, são os mais reclamadores por facilidades e notas boas, eles denunciam, praguejam, brigam e xingam; nunca foram avisados de nada, eles nunca sabem de nada e jogam sempre a culpa no professor, enfim, indiretamente, no sistema. Entretanto, são esses os "afilhados" dos políticos, aos quais movem suas ações de "sucesso". Tão pouco há alguém bom para quem não é bom. Eu culpo o sistema, também por ser viciado e tolerante demais. 
            Se banharmos um porco e perfumá-lo, vesti-lo com finas roupas, ele vai voltar à lama. Nem todas as pessoas nasceram para estudar, e o sistema ainda nem entendeu isso ou negligencia a compreensão disso, pois maior número deles, mais verbas para a unidade escolar. Esta, por sua vez, torna-se conivente com os restolhos da educação, pensando no lucro financeiro. Mas, não se atina para a realidade dos resultados acadêmicos: baixos índices nas provas externas. Quando alguém é forçado a fazer algo indesejado, faz exatamente o indevido, e eles vão ali somente para atrapalhar os outros. Eu de jeito nenhum sou pago para separar brigas de alunos malcriados, sou especialista em Língua Portuguesa e eles jamais me deixam fazer o que sei fazer e do jeito que aprendi. A lama do chiqueiro também respingou em mim, aliás já não me sinto tão bom como deveria. Ou melhor, quando estou em um lugar parecido com chiqueiro, os espíritos de porco pensam que sou porco. Até aí, não me incomoda, pois eu, baseado em mim, também fico pensando sobre eles serem gente civilizada: desafetos trocados não dói! 
          Isso é muito evidente e não engana ninguém, assim como na parábola, o Filho pródigo tampouco se tornou porco com os porcos, os porcos nem se tornaram humanos através da sua convivência no chiqueiro. Porém, eles não só me sujam, mas também mordem. Por isso, ou eu saiu do espaço deles, seguindo atitude do rapaz arrependido, ou eles saem do meu reduto. Sou judeu por convicção, não me alimento de porco! Todavia, não sei onde banquetear, se onde vivo a maioria come porco.
          Cientistas com espírito de porco descobriram semelhanças notáveis entre humanos e suínos. — "Eu vejo o porco como um grande modelo animal para os males do modo de vida humano. Os porcos gostam de ficar vagando por aí, eles gostam de beber e, se tiverem chance, provavelmente vão sentar e ver TV" – diz Lawrence Schook, da Universidade de Illinois, um dos mentores da pesquisa: https://maryworks.wordpress.com/2017/06/23/calma-calma-ainda-esta-em-teste/ (link visitado em 17/08/2018).
          Bastantes são iguais aos porcos; uns poucos, a águias, e aquela maioria é apenas gente comum, e a escola tradicional de modo algum serve para nenhum deles, ela não tem chance de sobrevivência.
Claudeko Ferreira
Enviado por Claudeko Ferreira em 09/11/2012
Reeditado em 04/05/2013
Código do texto: T3977725
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sábado, 27 de abril de 2013

ABUSA-SE DE CRIANÇA COMO, DE ANIMAIS! ("É uma experiência eterna de que todos os homens com poder são tentados a abusar."— Barão de Montesquieu)



Crônica Poética

ABUSA-SE DE CRIANÇA COMO, DE ANIMAIS! ("É uma experiência eterna de que todos os homens com poder são tentados a abusar."— Barão de Montesquieu)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

         Toda amizade entre um adulto e uma criança é um abuso: Abaixo a Adultilização na infância — haja só responsabilidade social, esta que é um abuso necessário. As brincadeiras de adulto são pesadas demais para elas. Eu abuso de mim mesmo ou da criança que existe dentro de mim. Por não gostar das abandonadas de fora, assim isento-me de abusar delas; brinco sozinho, usando as palavras dos outros adultos, barulhentas demais em minha boca. De vez em quanto, brinco com outros adultos de palavras infantis. Brincar na companhia de alguém significa: Zombar; Gracejar; Aproveitar; Desfrutar; Levar de maneira imprudente; Manipular sem o devido cuidado; Oscilar; Ter relação libidinosa juntos. Todos fazem alguma dessas coisas, às vezes até sem perceber ou ser percebido!!!
           A escola ao abusar das crianças ainda gradua uns mais importantes sobre os outros! Disse Kerry McDonald: "Essa conversa expõe o mito profundamente enraizado em nossa cultura de que crianças não podem aprender a menos que sejam sistematicamente ensinadas. Seja na escola ou em educação domiciliar, elas só podem aprender quando são orientadas por um adulto, quando seguem um currículo estabelecido, quando são estimuladas e avaliadas."    https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/o-mito-da-aprendizagem-em-sala-de-aula-2pltjgg9kgbht159lyfldh6up (acessado em 19/08/2018).
           A cachorrinha não suporta as brincadeiras da cadela adulta, mas são obrigadas a conviver juntas no meu quintal. Convidado pelos grunhidos finos de socorro, eu as observo incansavelmente: o corre-corre, o morde-morde; a novinha termina sempre chorando. Se ainda está viva é porque eu sempre intervenho. Esta é minha brincadeira de animal: corro-corro para separá-las, e elas correm-correm incluindo-me no estranho jogo. Só termina quando eu acerto um pontapé forte em uma delas, que sempre é a menor por ter pouca habilidade ao fugir.
            Nesta modernidade, em que os animais são humanizados, perdem o fino faro, cheirando perfumes caros e, a aguçada audição, portando fone auricular; enfim, a inocência natural!  FILHO QUER PÃO, PEDE-PEDE; PAI DÁ PEDRA!!! O mundo está cheio de adulto sem estabilidade emocional, sem juízo perfeito, possuem uma mente doente,  desenformado — perdeu a forma — gente também abusada, quando foi criança "abusada". Alan Caetano Afonso inspirado no filme "Idiocracia" comentou: "[...]Brinca-se muito com a incapacidade de pensar, nossa extrema preguiça tendo como exemplo de tal preguiça, uma poltrona que é privada e serve para contemplar a televisão que exibe um programa que não foge muito da nossa velha conhecida “vídeo-cacetadas”. Não precisamos ir para o futuro para falar que nós seres humanos, dotados de uma inteligência considerável, perdemos horas da nossa vida olhando uma porcaria de um eletrodoméstico luminoso que exibe imagens de outros seres humanos em situações acidentais, em que na maioria das vezes causam dor ou vergonha ao acidentado [...]"). Rir-se dos outros é brincar de fazer bullying, ofendendo a criança interna de cada um.
           Abusa-se de uma criança quando lhe diz "sim" ou lhe diz "não" fora de tempo. De forma alguma há saída, também pode ser um abuso desiludir ou iludir uma criança. "Quanto maior o poder, mais perigoso é o abuso." (Edmundo Burke). A contribuição do cristianismo são as palavras de Jesus: "Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus." (Mateus 18:2,3). Forçar o adulto priorizar e sobrecarregar de responsabilidade a criança interior é abusar dela.

Enviado por Claudeko Ferreira em 04/11/2012
Reeditado em 27/04/2013
Código do texto: T3968156
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