"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

Pesquisar neste blog ou na Web

MINHAS PÉROLAS

domingo, 21 de agosto de 2022

HIBRIDISMO PANDÊMICO NA ESCOLA ("Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas cascatas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim." — Sl 42:7)

 


HIBRIDISMO PANDÊMICO NA ESCOLA ("Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas cascatas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim." — Sl 42:7)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A única vantagem dos cursos a distância sobre os presenciais, a meu ver, é a possibilidade de administrar o tempo — para o aluno e para o professor. O distanciamento, por sua vez, desestimula a indisciplina dos descompromissados, permitindo que o aluno assista a aulas gravadas e editadas, sem improvisações, no seu tempo disponível. As atividades podem ser feitas quando houver dados da operadora de internet.

“Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas cascatas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.” — Sl 42:7.

A busca por funcionalidade é comprometida quando as escolas, em sua "sede de controlar", impõem uma rotina inflexível, especialmente durante a pandemia. Quem suporta produtivamente três horas seguidas em aulas síncronas na frente de um computador? Já presenciei uma live de uma hora com alunos do ensino fundamental, e o resultado foi um duplo distanciamento: físico e intelectual.

O hibridismo poderia ser mais do que um remendo provisório, mas uma chance de repensar a lógica escolar. Por um lado, oferece autonomia ao aluno para organizar seu tempo, acessar conteúdos em diferentes ritmos e rever o que não entendeu. Por outro, enfrenta o desafio da superficialidade, da dispersão e da exclusão digital, que acentua as desigualdades.

A crítica à sede de controle é evidente quando escolas insistem em vigiar câmeras e microfones ligados, além de exigir relatórios minuciosos de frequência. Essa atitude revela que ainda confundem disciplina com aprendizado. Esse impulso controlador, em vez de aproximar, ergue barreiras invisíveis que sufocam a liberdade do professor e a criatividade do estudante.

Aulas ao vivo na internet expõem o professor, sujeitando-o aos erros de desempenho e às improvisações que, agora, ficam gravados para o escárnio. As aulas de qualidade, ministradas por bons professores, são gravadas em estúdio e editadas. Pagar um profissional para trabalhar de casa, no entanto, ainda é visto como uma aberração. Afinal, “O escravo não apanha de seu senhor a distância!”


-//-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/


Tendo em vista o texto que acabamos de ler, que levanta discussões importantes sobre o modelo de educação atual, preparei algumas questões para nos ajudar a aprofundar a nossa análise, aplicando conceitos sociológicos. Lembrem-se de que a ideia é expressar a opinião de vocês de forma clara, utilizando as ideias do texto como base.

1 - O autor do texto critica a "sede de controlar" das escolas. De que forma essa crítica se relaciona com o conceito de disciplina e poder estudado em Sociologia, especialmente se pensarmos nas ideias de pensadores como Michel Foucault?

2 - O texto menciona que a EAD pode acentuar a exclusão digital. Explique como essa exclusão pode aprofundar as desigualdades sociais e como isso afeta a vida dos estudantes.

3 - A frase "O escravo não apanha de seu senhor a distância!" é a última do texto. O que essa metáfora sugere sobre a relação de trabalho entre o professor e a escola no contexto da educação a distância?

4 - O texto aborda o hibridismo como uma possível solução para os problemas da EAD. A partir da sua leitura, quais são os aspectos positivos e negativos desse modelo de ensino, considerando as vantagens e desafios apontados?

5 - Refletindo sobre a sua própria experiência, concorde ou discorde da afirmação do autor de que "aulas ao vivo na internet expõem o professor, sujeitando-o aos erros de desempenho e às improvisações". Justifique sua resposta, utilizando exemplos do texto e da sua realidade.

Comentários

A MÁSCARA DO DESESPERO FORJADO. ("Arrancar a máscara, que livramento!" — Victor Hugo)

 


A MÁSCARA DO DESESPERO FORJADO. ("Arrancar a máscara, que livramento!" — Victor Hugo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Pela praça da matriz em Senador Canedo, entrei, meio indeciso, na fila para o almoço de três reais do restaurante popular. Depois de dez minutos, cheguei ao caixa, mas, com o dinheiro na mão, fui impedido de comprar o marmitex por estar sem máscara. Como assim, ao ar livre?

Saí sem fazer questão, decepcionado, mas até um pouco feliz, já que a moça me "ajudou" a manter meu regime zeloso. Era a primeira vez que, por pura curiosidade, eu queria provar a comida de lá. Minha gratidão foi tanta que nem me ative a observar se a atendente, para ser coerente com sua exigência, usava ou não o tal instrumento repressor. A atitude dela, de todo modo, me foi suficiente para construir alguns conceitos particulares, pois eu já estava tomado por sentimentos negativos. Já pensaram se eu dependesse unicamente desse restaurante para viver?

A ironia da situação só se intensificou no dia seguinte. Almocei em um restaurante "chic" em Goiânia, onde o aviso na porta dizia que "só podia entrar mascarado". Entramos usando o acessório, mas depois, para comer, "todos deixamos de ser incoerentes, tiramos as máscaras para comer e sentimos o cheiro da alimentação". A lição foi clara: "as máscaras sempre caem no final." Enquanto mastigava, observei as crianças da mesa vizinha. Elas olhavam o "gado" colorido entrando e saindo sem medo, pois o boi da cara preta já havia voltado mansinho e elas estavam acostumadas.

É nesse ponto que a ambiguidade da máscara se mostra mais cruel: não é apenas um pano no rosto, mas o símbolo de um tempo em que a coerência se perdeu. A máscara protege e oprime, higieniza e silencia; é ao mesmo tempo sinal de zelo e sinal da besta. A comida insossa, engolida sem prazer, ganha o mesmo sabor artificial da atmosfera mascarada que nos envolve. O gesto de vestir e despir esse artefato parece encenar uma liturgia do absurdo, em que a fé não está em Deus, mas na regra sem sentido. Assim, compreendi que ninguém escapa desse mercado simbólico: "SÓ COMPRA OU VENDE MASCARADOS para o seu próprio bem!"

Na saída, pus novamente a máscara segundo as normas, mas o assaltado fui eu. O outro mascarado do lado de dentro do balcão me cobrou muito caro pelo almoço, para não perder o estigma. No Brasil, políticos analfabetos funcionais descidem pela saúde.


-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-


Para nossa aula de Sociologia de hoje, vamos analisar o texto que acabamos de ler. Ele nos faz refletir sobre várias questões do nosso cotidiano e da sociedade. Pensem nas seguintes perguntas e preparem-se para a nossa discussão.


1- O autor fala sobre a incoerência da exigência da máscara no restaurante popular e a hipocrisia do uso dela no restaurante “chic”. Relacione essa crítica com o conceito sociológico de "anomia", que se refere à ausência ou à contradição das normas sociais.

2 - A partir da observação do autor sobre as crianças que "olham o 'gado' colorido", explique como a socialização pode levar à aceitação de comportamentos e regras que, em outras circunstâncias, seriam vistos como absurdos.

3 - No texto, a máscara é descrita como um símbolo que "protege e oprime, higieniza e silencia". Analise a máscara como um símbolo social e discuta a relação entre sua função de proteção e a possível perda de individualidade ou liberdade que ela representa.

4 - A frase "SÓ COMPRA OU VENDE MASCARADOS para o seu próprio bem!" sugere uma crítica ao sistema de consumo e às relações sociais. Explique como a máscara, nesse contexto, pode ser vista como um elemento que padroniza as pessoas e as reduz a meros consumidores ou vendedores, em um "mercado simbólico".

5 - O autor finaliza o texto afirmando que "políticos analfabetos funcionais descidem pela saúde". Discuta como a sua experiência pessoal se conecta a uma crítica mais ampla às estruturas de poder e à falta de preparo de alguns líderes para tomar decisões que afetam a vida de toda a sociedade.

Comentários

O QUE SE ENSINA, APRENDE-SE! ("Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender". — Paulo Freire Pedagogia da Autonomia.)

 


O QUE SE ENSINA, APRENDE-SE! ("Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender". — Paulo Freire Pedagogia da Autonomia.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

No "velho normal", ser professor era vocação. Hoje, o ofício parece ter se tornado a última opção, acessível a qualquer um que tenha concluído um curso superior. Como afirma Flavines Rebolo Lapo, "se o professor não consegue outra atividade rentável, que garanta a sua sobrevivência e a de sua família, ele dificilmente deixará definitivamente o trabalho, por mais insatisfeito que possa estar". Assim, a sala de aula se torna refúgio para o advogado que não passou na OAB, o médico que não pode ver sangue, o engenheiro civil reprovado pelo mestre de obras, e tantos outros.

Essa realidade revela um ciclo de frustrações profissionais que deságua na escola, transformando-a em um depósito de carreiras mal resolvidas. O problema não está apenas em quem chega, mas na forma como o sistema os acolhe sem critério, nivelando a docência por baixo. Com isso, a autoridade do professor é corroída, não pelo esforço de ensinar, mas pela falta de reconhecimento de sua legitimidade. Nesse contexto, a pedagogia de Paulo Freire — que buscava a libertação — contrasta com um ensino acorrentado por improvisos e paliativos, incapaz de garantir a dignidade do mestre ou o compromisso do aprendiz.

Essa "lambança" sistêmica ensinou aos alunos que comportar-se ou fazer as atividades é um favor. Certo dia, uma aluna me pediu R$ 10,00 para assistir à aula em silêncio. Ela certamente pensou que meu sofrimento por vê-los bagunçar teria um preço, ou talvez tenha sido condicionada a pensar assim, de tanto receber presentes sem merecimento. A atitude se repetiu: outro aluno propôs que, se eu lhe pagasse o lanche, ele ficaria quieto. Essas propostas revelaram que, de tanto implorarem por atenção e bom comportamento, os alunos aprenderam a usar a própria conduta como moeda de troca, retaliando o sistema ao atrapalhar aulas e depredar o patrimônio público.

Afinal, quem precisa de uma boa aula? O professor, para garantir seu "ganha-pão" e manter o emprego, ou o aluno? Paulo Freire já ressuscitou, e eu não o vi?


-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/


Com base no texto que discute temas tão relevantes para a Sociologia da Educação, preparei cinco questões discursivas e simples para aprofundarmos a reflexão.


1 - O texto afirma que o professorado tem se tornado um "depósito de restos de carreiras mal resolvidas". Discuta como a desvalorização da profissão docente e a falta de critérios de seleção podem afetar a autoridade e a legitimidade do professor em sala de aula.

2 - A crônica relata uma situação em que alunos pedem dinheiro ou favores para se comportarem. Analise esse comportamento a partir da Sociologia, abordando como a educação pode ser vista como uma mercadoria ou uma moeda de troca pelos estudantes.

3 - O autor menciona que a pedagogia de Paulo Freire visava "libertar", enquanto a situação atual do ensino estaria "acorrentada por improvisos e paliativos". Explique como os conceitos de "libertação" e "opressão", na visão freiriana, se relacionam com as dinâmicas de poder e com a falta de dignidade no ambiente escolar, conforme descrito no texto.

4 - O texto sugere que a "lambança" do sistema ensinou aos alunos que se comportar é um "favor prestado ao professor". Discorra sobre como essa lógica pode impactar a socialização dos estudantes, modificando suas noções de dever, responsabilidade e respeito pelas regras sociais.

5 - A frase final, "Quem precisa de uma boa aula? (...) é o professor (...) ou o aluno?", levanta um questionamento sobre o papel de cada um no processo de ensino-aprendizagem. Reflita sobre essa pergunta, considerando os diferentes capitais (social, cultural e econômico) envolvidos na educação e como eles podem influenciar o engajamento de professores e alunos.

Comentários

sábado, 20 de agosto de 2022

O PRAZER DA DISPERSÃO IRRESPONSÁVEL ("Se escolheres o prazer, conscientiza-te que atrás dele há alguém que só te trará atribulações e arrependimento. — Leonardo da Vinci)

 


O PRAZER DA DISPERSÃO IRRESPONSÁVEL ("Se escolheres o prazer, conscientiza-te que atrás dele há alguém que só te trará atribulações e arrependimento. — Leonardo da Vinci)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O aluno treinado em "live" talvez nunca perca o vício, afinal, foi imerso no prazer da dispersão, de estudar deitado e mastigando algo. A prática de "selecionar, copiar e colar" se tornou um hábito corriqueiro. O sedentarismo e o sobrepeso também contribuem, mantendo o estudante o tempo todo no conforto de sua casa. E nesse ambiente, há sempre uma aba para ser fechada, uma nova distração para ser alimentada.

Atrás da "telinha", o aluno tem poder para assumir a imagem que quiser, seja inventando uma nova versão de si ou expressando a própria identidade. Ele pode vestir as máscaras que julgar mais convenientes e sustentar a narrativa que lhe for mais agradável. Uma máscara pode substituir a outra, ou simplesmente servir para confundir. E tudo isso é premiado pela aprovação automática.

Mas não precisamos aceitar essa nova realidade como uma sentença definitiva. Se existe o vício, também pode haver reeducação. O primeiro passo seria resgatar a disciplina que o espaço físico da escola impunha: horários bem definidos, câmeras abertas e interações que aproximem, em vez de distrair. A tecnologia, quando bem conduzida, pode deixar de ser uma fuga e voltar a ser uma ponte.

É necessário criar estratégias híbridas que valorizem o encontro humano e, ao mesmo tempo, aproveitem o alcance da tela, sem permitir que ela se transforme em uma máscara. Só assim o aluno aprenderá a habitar o ambiente digital sem se perder nele.

É pouco provável o retorno do "velho normal". A deliciosa e ilusória sensação de dever cumprido, sem resultados substanciais, ainda perdurará por muito tempo.


-//-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-


Como um professor de Sociologia, preparei 5 questões discursivas simples para que você possa aprofundar a discussão sobre o texto e as ideias que ele apresenta.


1 - O texto menciona que o aluno "atrás da 'telinha', tem poder para assumir a imagem que quiser". Discorra sobre como a tecnologia pode influenciar a construção da identidade e as interações sociais, tanto no ambiente virtual quanto no físico.

2 - A partir da crônica, discuta o papel da escola como instituição social na imposição de disciplina e na mediação das relações humanas. De que forma a modalidade de ensino à distância desafia ou modifica essa função tradicional?

3 - O autor fala sobre a "aprovação automática" e a "sensação de dever cumprido, sem resultados substanciais". Analise essa crítica sob a perspectiva da Sociologia do Trabalho e do mérito. Quais seriam as consequências sociais de uma formação que não valoriza o esforço e a profundidade?

4 - O texto sugere que as "estratégias híbridas" podem ser a solução. Comente, com base em seus conhecimentos, como a sociedade pode equilibrar o uso da tecnologia (vista como "ponte") e a necessidade de interações humanas diretas para o desenvolvimento educacional e social.

5 - Reflita sobre a expressão "vício da 'telinha'". Do ponto de vista sociológico, como a dispersão e a busca por conforto no ambiente digital podem ser entendidas como respostas às pressões e demandas da sociedade contemporânea?

Comentários

O BEM E O MAL COMPARTILHADOS ("A maldade humana tem apenas uma motivação: a busca insana pela superioridade." — Lúcio Kwayela)

 


O BEM E O MAL COMPARTILHADOS ("A maldade humana tem apenas uma motivação: a busca insana pela superioridade." — Lúcio Kwayela)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Prezados alunos que me veem como um obstáculo, devo confessar que é simples me tirar do caminho: basta que não haja mais alunos, pois sem vocês, não há professor. Contudo, percebo que, em vez de me ignorarem, vocês me atacam. Falam mal de mim e inventam denúncias para esse fim, o que apenas me entristece e alegra aqueles que torcem contra mim. Outros, mais sutis, me elogiam em público, fingindo apoio, mas esse falso suporte só desperta o ciúme dos colegas. Eles, por sua vez, conspiram e lançam sombras até me excluírem do convívio. A discriminação é, afinal, a prova mais viva da maldade instalada. Meu problema é simples, embora solitário: "consigo ver o anzol, enquanto vocês ainda se distraem com a isca".

As aulas gratuitas oferecidas pelo Estado deveriam despertar gratidão, afinal, o professor, como funcionário do povo, sustenta-as com sua voz e seu tempo. No entanto, a sociedade o reduz à condição de assalariado, como se seu salário anulasse o valor de seu serviço. Curiosamente, o governador, também pago com dinheiro público, é aplaudido e eleito como um benfeitor.

Esse paradoxo não se restringe ao professor. Médicos, policiais e garis são igualmente alvos fáceis de críticas, como se a remuneração de seus ofícios anulasse o impacto de suas ações. Esquecemos que a dignidade de um trabalho não está no contracheque, mas no serviço que constrói a cidade, preserva a vida e protege a sociedade. Enquanto isso, os políticos, igualmente sustentados pelo erário, são tratados como salvadores por distribuírem promessas ou migalhas. Essa inversão de valores não surge por acaso: ela serve para invisibilizar quem constrói a cidadania e fortalecer quem perpetua privilégios.

Se a lógica fosse justa, um professor candidato venceria facilmente, considerando a quantidade de alunos votantes, o tempo de serviço e o benefício social que ele oferece. Mas essa vitória nunca acontece. A resposta é seca, cortante, quase irônica: "Só que não".


-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/


Vamos analisar o texto que acabamos de ler. Ele traz reflexões importantes sobre o papel do professor e de outros profissionais, além de questionar a lógica da nossa sociedade. Pensem sobre as ideias discutidas e preparem-se para responder às seguintes questões.


1 - O texto afirma que a dignidade de um ofício não está no contracheque, mas no serviço que ele presta à sociedade. Explique, com suas palavras, o que significa essa afirmação e dê exemplos de como a sociedade valoriza mais o cargo (como o de político) do que a função social (como a de professor, médico ou gari).

2 - A frase "consigo ver o anzol, enquanto vocês ainda se distraem com a isca" é uma metáfora. Analise essa frase e explique qual é o "anzol" e a "isca" na relação entre professor e alunos, segundo o autor do texto.

3 - O texto aborda a inversão de valores que invisibiliza profissionais essenciais e eleva políticos a "salvadores". A partir da sua leitura, discuta como essa inversão afeta a percepção do trabalho e do valor de cada profissão na sociedade.

4 - Em que sentido a discriminação contra o professor pode ser vista como a "prova mais viva da maldade instalada"? Relacione essa afirmação com a crítica do autor sobre a forma como o falso apoio e o ciúme se manifestam na escola.

5 - O texto argumenta que, pela lógica, um professor deveria vencer facilmente uma eleição, mas isso não acontece. Baseando-se no texto, explique o paradoxo dessa afirmação e o que a resposta "Só que não" revela sobre a relação entre o serviço público e o reconhecimento social e político.

Comentários

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

FACADA MALDITA ("Não dê chance para essa esquerda. Eles não merecem ser tratados como pessoas normais, como se quisessem o bem do Brasil, isso é mentira" — Jair Bolsonaro)