HIBRIDISMO PANDÊMICO NA ESCOLA ("Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas cascatas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim." — Sl 42:7)
A única vantagem dos cursos a distância sobre os presenciais, a meu ver, é a possibilidade de administrar o tempo — para o aluno e para o professor. O distanciamento, por sua vez, desestimula a indisciplina dos descompromissados, permitindo que o aluno assista a aulas gravadas e editadas, sem improvisações, no seu tempo disponível. As atividades podem ser feitas quando houver dados da operadora de internet.
“Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas cascatas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.” — Sl 42:7.
A busca por funcionalidade é comprometida quando as escolas, em sua "sede de controlar", impõem uma rotina inflexível, especialmente durante a pandemia. Quem suporta produtivamente três horas seguidas em aulas síncronas na frente de um computador? Já presenciei uma live de uma hora com alunos do ensino fundamental, e o resultado foi um duplo distanciamento: físico e intelectual.
O hibridismo poderia ser mais do que um remendo provisório, mas uma chance de repensar a lógica escolar. Por um lado, oferece autonomia ao aluno para organizar seu tempo, acessar conteúdos em diferentes ritmos e rever o que não entendeu. Por outro, enfrenta o desafio da superficialidade, da dispersão e da exclusão digital, que acentua as desigualdades.
A crítica à sede de controle é evidente quando escolas insistem em vigiar câmeras e microfones ligados, além de exigir relatórios minuciosos de frequência. Essa atitude revela que ainda confundem disciplina com aprendizado. Esse impulso controlador, em vez de aproximar, ergue barreiras invisíveis que sufocam a liberdade do professor e a criatividade do estudante.
Aulas ao vivo na internet expõem o professor, sujeitando-o aos erros de desempenho e às improvisações que, agora, ficam gravados para o escárnio. As aulas de qualidade, ministradas por bons professores, são gravadas em estúdio e editadas. Pagar um profissional para trabalhar de casa, no entanto, ainda é visto como uma aberração. Afinal, “O escravo não apanha de seu senhor a distância!”
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Tendo em vista o texto que acabamos de ler, que levanta discussões importantes sobre o modelo de educação atual, preparei algumas questões para nos ajudar a aprofundar a nossa análise, aplicando conceitos sociológicos. Lembrem-se de que a ideia é expressar a opinião de vocês de forma clara, utilizando as ideias do texto como base.
1 - O autor do texto critica a "sede de controlar" das escolas. De que forma essa crítica se relaciona com o conceito de disciplina e poder estudado em Sociologia, especialmente se pensarmos nas ideias de pensadores como Michel Foucault?
2 - O texto menciona que a EAD pode acentuar a exclusão digital. Explique como essa exclusão pode aprofundar as desigualdades sociais e como isso afeta a vida dos estudantes.
3 - A frase "O escravo não apanha de seu senhor a distância!" é a última do texto. O que essa metáfora sugere sobre a relação de trabalho entre o professor e a escola no contexto da educação a distância?
4 - O texto aborda o hibridismo como uma possível solução para os problemas da EAD. A partir da sua leitura, quais são os aspectos positivos e negativos desse modelo de ensino, considerando as vantagens e desafios apontados?
5 - Refletindo sobre a sua própria experiência, concorde ou discorde da afirmação do autor de que "aulas ao vivo na internet expõem o professor, sujeitando-o aos erros de desempenho e às improvisações". Justifique sua resposta, utilizando exemplos do texto e da sua realidade.
A única vantagem dos cursos a distância sobre os presenciais, a meu ver, é a possibilidade de administrar o tempo — para o aluno e para o professor. O distanciamento, por sua vez, desestimula a indisciplina dos descompromissados, permitindo que o aluno assista a aulas gravadas e editadas, sem improvisações, no seu tempo disponível. As atividades podem ser feitas quando houver dados da operadora de internet.
“Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas cascatas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.” — Sl 42:7.
A busca por funcionalidade é comprometida quando as escolas, em sua "sede de controlar", impõem uma rotina inflexível, especialmente durante a pandemia. Quem suporta produtivamente três horas seguidas em aulas síncronas na frente de um computador? Já presenciei uma live de uma hora com alunos do ensino fundamental, e o resultado foi um duplo distanciamento: físico e intelectual.
O hibridismo poderia ser mais do que um remendo provisório, mas uma chance de repensar a lógica escolar. Por um lado, oferece autonomia ao aluno para organizar seu tempo, acessar conteúdos em diferentes ritmos e rever o que não entendeu. Por outro, enfrenta o desafio da superficialidade, da dispersão e da exclusão digital, que acentua as desigualdades.
A crítica à sede de controle é evidente quando escolas insistem em vigiar câmeras e microfones ligados, além de exigir relatórios minuciosos de frequência. Essa atitude revela que ainda confundem disciplina com aprendizado. Esse impulso controlador, em vez de aproximar, ergue barreiras invisíveis que sufocam a liberdade do professor e a criatividade do estudante.
Aulas ao vivo na internet expõem o professor, sujeitando-o aos erros de desempenho e às improvisações que, agora, ficam gravados para o escárnio. As aulas de qualidade, ministradas por bons professores, são gravadas em estúdio e editadas. Pagar um profissional para trabalhar de casa, no entanto, ainda é visto como uma aberração. Afinal, “O escravo não apanha de seu senhor a distância!”
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Tendo em vista o texto que acabamos de ler, que levanta discussões importantes sobre o modelo de educação atual, preparei algumas questões para nos ajudar a aprofundar a nossa análise, aplicando conceitos sociológicos. Lembrem-se de que a ideia é expressar a opinião de vocês de forma clara, utilizando as ideias do texto como base.
1 - O autor do texto critica a "sede de controlar" das escolas. De que forma essa crítica se relaciona com o conceito de disciplina e poder estudado em Sociologia, especialmente se pensarmos nas ideias de pensadores como Michel Foucault?
2 - O texto menciona que a EAD pode acentuar a exclusão digital. Explique como essa exclusão pode aprofundar as desigualdades sociais e como isso afeta a vida dos estudantes.
3 - A frase "O escravo não apanha de seu senhor a distância!" é a última do texto. O que essa metáfora sugere sobre a relação de trabalho entre o professor e a escola no contexto da educação a distância?
4 - O texto aborda o hibridismo como uma possível solução para os problemas da EAD. A partir da sua leitura, quais são os aspectos positivos e negativos desse modelo de ensino, considerando as vantagens e desafios apontados?
5 - Refletindo sobre a sua própria experiência, concorde ou discorde da afirmação do autor de que "aulas ao vivo na internet expõem o professor, sujeitando-o aos erros de desempenho e às improvisações". Justifique sua resposta, utilizando exemplos do texto e da sua realidade.
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