"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 23 de setembro de 2017

SOBREVIVÊNCIA AOS "TRANCOS E BARRANCOS" ("O cão não ladra por valentia e sim por medo." — Provérbio Chinês)



cRçôNICA

SOBREVIVÊNCIA AOS "TRANCOS E BARRANCOS" ("O cão não ladra por valentia e sim por medo." — Provérbio Chinês)

Por Claudeci Ferreira de Andrade* 

            

cRçôNICA

SOBREVIVÊNCIA AOS "TRANCOS E BARRANCOS" ("O cão não ladra por valentia e sim por medo." — Provérbio Chinês)

Por Claudeci Ferreira de Andrade* 

            Hoje, mais uma vez, temi perder minha integridade física. Tentaram prejudicar a minha saúde e alma. Procurei resolver o problema, escondendo a cabeça: tipo Ema. Porque as questões de relacionamento que precisavam ser discutidas, não consegui, eu esperava uma confirmação de minhas supostas parcerias  para reverter uma negociação a meu favor. Todavia, ainda estou respirando.
           Fujão não, enquanto em mim houver vida, estarei lutando para me recuperar de traumas ou de problemas que podem estar associados a minha própria falta de cuidado com meu nome e caráter. "Quem me rouba a honra priva-me daquilo que não o enriquece e faz-me verdadeiramente pobre." (William Shakespeare). Assumir a culpa para sensibilizar meu anjo da guarda era minha intenção. Agora, estou sentindo um desequilíbrio e sem direção. Não posso perder o contato com minha verdadeira identidade, mas finjo que sou ator em uma peça ruim, porque no fundo sou eu mesmo. Continuo trabalhando no meio deles, e me debatendo para encontrar o caminho certo. Porém, desespero-me e não tomo uma atitude definitiva por força maior.
            Portanto, tenho que fechar os olhos para as pessoas que não me reconhecem como sou, oprimem-me, intimidam-me; preciso apenas desejar lhes as consequências de todas as ações dirigidas para me afetar. Eu sei que no futuro se encontrarão no mesmo desespero que me encontro agora! E lhes direi, seu eu estiver lá: "Quem ajuda o tolo terá de ajudá-lo novamente". Por isso não o fiz. 
            Pelo visto, estou sozinho e excluído por ser velho, sinto-me pressionado por resultados e lucros. Talvez devo reformular métodos de trabalho ou reconsiderar prazos até que fiquem dentro do padrão de qualidade esperado. Senão só me resta ser um pouco mais irônico.
             Desse jeito, fazendo o balanço dos acontecimentos, vejo-me na pele de Bob Marley e nas circunstâncias de Elias. A Bíblia nos diz: “Ele ficou com medo.” Será que Elias visualizou a morte terrível que Jezabel planejava para ele? Se ele ficou pensando nisso, não é de admirar que tenha sentido medo. Seja como for, Elias ‘foi embora pela sua alma’ — ele fugiu para salvar a vida. — (1 Reis 18:4; 19:3). No entanto, Bob Marley explicou a atitude da nossa alma: "Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer". E assim seja!



Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016

Reeditado em 23/09/2017

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sábado, 16 de setembro de 2017

DOIDO OU BURRO, EIS A QUESTÃO! ("Ninguém fica doido de tanto estudar! É mais fácil ficar doido de tanto ser burro." — André Azevedo da Fonseca)


Crônica

DOIDO OU BURRO, EIS A QUESTÃO! ("Ninguém fica doido de tanto estudar! É mais fácil ficar doido de tanto ser burro." — André Azevedo da Fonseca)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

         Hoje, sinto a necessidade de ocupar minha mente com assuntos agradáveis e que elevem a minha autoestima, porque logo cedo, estou sentindo uma angústia e medos infundados; acordei assim. Estou ainda remoendo insucessos ou teorizando acerca de situações mal resolvidas do passado. Então, vou me recolher na minha insignificância ou, pelo menos, diminuir os encargos do dia, pois minhas fragilidades podem somatizar a decaída. Talvez esse esforço não resulte em grande coisa, mas, construirei momentos mais adequados à contemplação e análise da vida. De qualquer forma, hoje será um dia ruim para mim, diz meu horóscopo. O que eu devo fazer para me livrar de problemas recorrentes do meu trono de ensinar?
           Já me disseram que todo professor tem problemas mentais! De tanto ouvir essa sugestão, comecei a crer no fenômeno. "Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes." (Albert Einstein). Se não, como explicar os seguintes comportamentos: Eu estava conversando com uma pessoa num lugar tranquilo e isolado, quando ela me pede para falar mais baixo. Eu não estava percebendo que gritava invés de dialogar em um tom civilizado. Existem outros Professores que choram na sala em frente dos alunos! Já ouvi nos depoimentos de alguns, sobre não poder ver, na rua, um aluno uniformizado que têm crise de pânico e desviam seu caminho! Outros ainda, no grupo das lutas pelos professores no WhatsApp, de plantão, somente para ofender quem quer que postar qualquer assunto conservador, é atacado.  E, olha, que não são casos únicos, isolados, mas recorrentes. 
            Bem pudera, tente compreender as agressividades mil de alunos gratuitos; os desrespeitos de pais barraqueiros pagando de herói à sociedade, buscando direitos; a concorrência dos colegas com sede de poder assusta; tudo vitimando o professorado de quem está num beco sem saída. Esta história de vida repete-se no ambiente de quase todas as escolas,  de vez enquanto, um de nós perde a cabeça: Porque ele está assim? O que se faz cego não entenderá, que muitas vezes, os alunos passando dos limites, igual a cartão de crédito, e o mestre absolve tudo, tentando ajudá-los, cai na armadilha. Além do mais, tem consciência que é mal remunerado etc. 
           Também é doido quem endoidece os outros. "Como você sabe, os loucos sempre encontram as portas do céu abertas." (Martha Medeiros). Por último, graças a Deus por ser doido varrido!
         
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016

Reeditado em 16/09/2017

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sábado, 9 de setembro de 2017

CLIENTE OU PACIENTE DE PSICÓLOGO? ("As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio." — Franz Kafka)


Crônica

CLIENTE OU PACIENTE DE PSICÓLOGO? ("As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio." — Franz Kafka)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Quando dizem que sou o pior professor da escola, com nada para contribuir, nunca me ofenderam. Pelo menos ainda sou professor. Agora será se os que me julgam já foram professor um dia! Sim, se foram, agora transferem a mim o seu fracasso e me comparam com eles, isto já me ofende muito, porque não avancei o suficiente para me perderem de vista. E destrói o meu bom espírito, vendo uma coordenadora "tangendo" os meus alunos para dentro da sala numa rotina cansativa como a da faxineira que limpa a casa para sujar novamente, pois eles (alunos), estes sim, não querem contribuir, almejam apenas a atenção que lhes faltam na família e na sociedade. Pois ficam todo tempo da aula na porta olhando para o pátio da escola ou se mostrando folgados e com a aparência chocante, sem o uniforme, conquistando "prestígio" dos rebeldes. 
           Descobri que muitos da comunidade interna de uma unidade escolar (colegas de trabalho), não acreditam na benfeitoria de seu trabalho. Acho que é meu caso, talvez por isso agora, estou me sentindo medroso, como quem está fugindo, parece-me que alguma coisa na minha vida não foi resolvida ainda: consciência pesada. Estou pensando cuidadosamente e tentando descobrir que pendência é essa! Quero resolvê-la, e vou fazer desse objetivo um momento de decisão prática e importante, contribuindo com minha ausência. Contudo, é sempre relevante, quando se trata de sobrevivência e trabalho, é um sinal, que devo redobrar a atenção nos detalhes de tudo. Se você quiser dar uma rasteira em mim, este pode ser um bom momento para desatar de vez os laços de amizade que porventura estejam abalados, dobrando-me às frustrações e diferenças.
           O medo é a raiz da violência, mas sou covarde demais para praticar a vingança, libertando-me da perseguição, apesar de ser ela uma verídica moeda de troca. Almejo a paz, porém sei que ela só acontecerá com guerra. Por que continuo alimentando este medo, se Anjos não morrem? Aqui fala por mim a Fernanda Gaona: "Eu não sou tão forte quanto eu previa, nem tão fraca quanto eu temia. Não tenho o passo rápido como eu gostaria, nem paraliso como poderia. Aprendi a me equilibrar nos extremos. Se não tenho o direito de escolher todos os acontecimentos, me posiciono de acordo com os fatos."
           Não me favoreça a injustiça, pior ainda é me marginalizar, desta maneira, compram minha vingança ou de quem me comissionou ao professorado. Assim explico: não sou violento, a palavra é minha arma e o silêncio também. Após o debate, a finalidade é meu consolo. Por isso, não posso me calar ainda. 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016
Reeditado em 09/09/2017
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sábado, 2 de setembro de 2017

NA COMPANHIA DE POKÉMON ("O bem-te-vi é um pássaro que só fala o próprio nome. Ou seja, ele é um pokémon!"— Samara Siqueira)



Crônica

NA COMPANHIA DE POKÉMON ("O bem-te-vi é um pássaro que só fala o próprio nome. Ou seja, ele é um pokémon!"— Samara Siqueira)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Hoje, ao despertar, senti-me diferente. O mundo parecia o mesmo de sempre, mas meus olhos o enxergavam com uma nova perspectiva. As ruas, antes familiares, agora se apresentavam como um campo de batalha repleto de criaturas estranhas. Não, não eram monstros de histórias infantis, mas sim "Pokémons" humanos - pessoas comuns que, de repente, se transformaram em seres enigmáticos aos meus olhos.

Caminhando pela calçada, observo-os. Eles me cercam, causando uma mistura de fascínio e temor. São como zumbis modernos, resistentes e aparentemente inofensivos, mas carregam consigo uma aura de mistério que me intriga e, confesso, me assusta um pouco. Identificá-los tornou-se uma habilidade recém-adquirida, mas dominá-los! Ah, isso é outra história. Faltam-me as "bolas" - não as do jogo, mas a coragem para enfrentá-los.

Reflito sobre minha própria natureza. Há em mim uma criança interior, repleta de virtudes e sonhos, mas também frágil e vulnerável. O desejo de "capturar" esses Pokémons humanos, de compreendê-los e, quem sabe, colecioná-los, revela-se como uma fraqueza que preciso superar. É um vício inútil, reconheço, mas tão tentador quanto os jogos que moldaram minha infância.

Enquanto caminho, percebo que esta crônica que componho em minha mente não é apenas um exercício de escrita. É um grito silencioso, um desabafo de uma consciência ferida. Não busco protagonismo, mas compreensão. Quero que as pessoas saibam de mim, dos meus lamentos, dos erros cometidos ao reagir às injustiças que me cercam. O mundo, em sua complexidade, parece não ter interesse no meu lado bom, nas minhas ideias sentimentais e românticas. Mas continuo a expressá-las, pois acredito que há valor nelas.

Nesta jornada, aprendi que o pecado é contagioso, mas uma virtude não o é. Transferimos doenças uns aos outros com facilidade, mas a saúde não! Essa exige esforço. As más companhias nos corrompem sutilmente, enquanto converter os maus em bons amigos parece uma tarefa hercúlea. É uma lei da natureza, cruel, mas verdadeira: o homem se inclina ao pecado sem esforço, mas a virtude demanda força de vontade.

A convivência com pessoas más nos ensina hábitos ruins, aprisiona nossa alma e nos afasta do caminho da justiça. Somos o reflexo das companhias que escolhemos. Os "Pokémons" que nos cercam podem ser tanto mentores quanto adversários em nossa jornada. A escolha é nossa.

Retorno ao lar, exausto mas mais sábio. As palavras de um antigo provérbio ecoam em minha mente: "Quem segue pelo caminho da justiça encontrará a vida e nunca precisará ter medo da morte." E assim, decido que, a partir de amanhã, serei mais cauteloso com minhas "capturas", buscando as virtudes escondidas por trás das aparências Pokémon do cotidiano.

Refletindo sobre tudo isso, vejo que a luta contra esses "Pokémons" é, na verdade, uma luta interna, uma batalha contra as próprias fraquezas e tentações. Cada vez que resistimos, cada vez que escolhemos o caminho da virtude, damos um passo a mais em direção à liberdade e à verdadeira paz. Afinal, a verdadeira aventura não está em colecionar criaturas, mas em cultivar o bem em nós mesmos e nos outros. E assim, sigo em frente, um dia de cada vez, buscando sempre a justiça e a vida que ela promete.

Questões Discursivas:

1. O texto apresenta uma metáfora interessante ao comparar pessoas a Pokémons. De que forma essa comparação contribui para o desenvolvimento das ideias do autor?

2. O autor reflete sobre a influência das "más companhias" e da "virtude". A partir dessa reflexão, quais aprendizados ele compartilha sobre a construção de um caráter íntegro e a busca pela felicidade autêntica?

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sábado, 26 de agosto de 2017

SOU LUA ESTACIONADA EM CÂNCER ( "Das nuvens, eu posso cuidar, mas não posso lutar contra um eclipse." — Stephenie Meyer)



Crônica

SOU LUA ESTACIONADA EM CÂNCER ( "Das nuvens, eu posso cuidar, mas não posso lutar contra um eclipse." — Stephenie Meyer)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Você pode se sentir homem ou mulher nessa exposição social de gêneros; se você pode, eu também posso me sentir a lua: cabelinhos cortados na lua nova recebem muitos elogios! Todavia, é necessário um momento de encontro consigo mesmo. Estarei sempre fora de interposição, não quero fazer sombra a ninguém, que minha luz venha diretamente do sol. E por sinal, estou sentindo uma grande energia, uma vibração enorme para emanar energia a outras vidas! Mas, na prática, como aproveitar este momento e viver intensamente? Um prazer a muito não vivenciado é a solidão criativa! Estou até com folga para avaliar propostas e possibilidades. Por isso, estou também me despressurizando dos excessos perturbadores. Do que eu deveria ter cuidado...?
           Você vendo-me dizer assim, parece até que estou feliz! Não do jeito de vocês, assistindo ao espetáculo do céu, comendo e bebendo como se fosse uma farra eterna. "Aprendi a procurar a felicidade limitando os desejos, em vez de tentar satisfazê-los."(John Stuart Mill). Pensando nisso: como unicamente o suficiente para viver e me privo do viver para comer. Dormir se parece muito com morrer e não me agrada essa ideia; transar é muito esforço para pouco prazer, o orgasmo de cinco segundos não vale a meia hora de suor; banhar estraga a pele, os óleos naturais nos protegem dos que querem nos "picar". E me defendo com as palavras de Albert Einstein: "Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo". Por que as pessoas comuns se esforçam tanto para mostrar que estão sentido prazer ou desfrutando da vida?
           Eu gostaria de escrever aqui, dizendo que hoje vou curtir mais minha órbita. Porém, li tantas notícias sobre o eclipse que não me inspirou mais nada, apenas o que já disse. Mas, na verdade, lecionar é iluminar a terra. Quem quiser seguir meu exemplo está na hora! Então, vou anotar todas as impressões de hoje para trabalhar com elas durante o resto da vida. E uma delas é evitar a companhia de gente teimosa e rude.
             Já que sou lua estacionada em Câncer, e meu elemento é água que apaga o fogo, espero que o caminho da penumbra me leve a viajar, a estudar, a ter fé. Que as energias escuras estimulem o meu intelecto e a minha espiritualidade por fomentar um signo próspero. Vou ter que defecar isso para muita gente de um signo só, e vou fazê-lo em um banheiro público sem porta e sem papel higiênico, ESCREVENDO NAS PAREDES COM o dedo sujo de FEZES. Afinal, em todo caso, lembro-me que não é tudo na minha vida que precisa ser exposto às pessoas. Mas, estou "cagando E ANDANDO" PARA isso! E tenho algumas necessidades que só posso satisfazê-las quando estou longe do pudor.
            "Das nuvens, eu posso cuidar, mas não posso lutar contra um eclipse." (Stephenie Meyer - Eclipse).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016

Reeditado em 26/08/2017

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sábado, 19 de agosto de 2017

MINHA DECADÊNCIA ("Envelhecer não é decadência, decadente é ser novo e não acreditar que chegará a essa fase." — Brione Capri)


Crônica

MINHA DECADÊNCIA ("Envelhecer não é decadência, decadente é ser novo e não acreditar que chegará a essa fase." — Brione Capri)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


             Eu e você em confronto, dis(puta) desleal, pois já estou velho, mas não acabou ainda minha missão. Só preciso ficar atento às responsabilidades do trabalho para não ser acusado injustamente de erro, antecipando assim, meu AFASTAMENTO. E por eu estar totalmente desprendido da vaidade, deixarei apenas minha capacidade falar alto, não me defenderei. Estou tentando ser menos impulsivo nestes MOMENTOS FINAIS, pois ainda não sei assumir o controle de minhas emoções. Todo o meu problema é que eu tenho imaginação e carisma para chamar a atenção, todavia, o que importa neste momento, não é a visibilidade, é o teor e a qualidade da comunicação. 
             E quando estiver aposentado, podendo evacuar do ambiente escolar, levarei um sentimento de menos valia em decorrência de frustrações no trabalho. Pois o que se diz lugar de educação, não passa de campo de batalha. Porém, compreendo que nem sempre é possível ganhar. Só me resta agora descansar das dificuldades superadas a duras penas. O pior de tudo isso é que, a possibilidade da ociosidade me assusta e a mudança de atividades já faz oscilar meu humor. Sobre tudo, estou esperando demandas mais suaves no estado de terceira idade e na vida social, visto que o amor está em baixa por aqui. Nem sei se minha filha, recém descoberta, ama-me de verdade, quem mais me amou, ama ou amará?
            Porém, desgastei-me na escola e não consegui dizer que o sistema está equivocado; tanto aos que dirigem como aos usuários, apenas fui junto, na onda, fiz-me cego para não perder o emprego. Entretanto, sempre soube que a solução não é aprovando aluno de qualquer jeito, para fazer bonito nas estatísticas,  apenas se livrarão deles, pois as salas se esvaziarão da mesma forma, do que se não promovessem os incompetentes. Qualidade é outra coisa! 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016
Reeditado em 19/08/2017
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sábado, 12 de agosto de 2017

MAGOADOS NÃO PERDOAM (O castigo foi feito para melhorar aquele que o aplica — Friedrich Nietzsche)



MAGOADOS NÃO PERDOAM (O castigo foi feito para melhorar aquele que o aplica — Friedrich Nietzsche)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Em meio à quietude da noite, me vejo refletindo sobre a complexidade da vida. Uma coisa é certa: somos nós que tecemos os momentos agradáveis. Aprendi que evitar erros é mais sábio do que buscar o perdão, uma ilusão que mascara a cicatriz da ofensa. O perdão, em sua prontidão, abre caminho para a repetição do erro. Por isso, nunca se perdoa completamente, nem se deve restaurar a confiança plenamente.

Quando perdoamos, assumimos as consequências pelo outro e damos outra oportunidade para a prática do mesmo ato, desta vez patrocinado. A pessoa não se dá conta que é um erro se não vi as consequências fazerem arder sua pele. Como diz Sally Grazi: "O perdão é um ente obscuro... se perdoa sem completamente perdoar!"

Lembro-me das palavras de Maquiavel, que em tempo de guerra a crueldade é necessária. Depois de um tempo, tentei lembrar o rosto das pessoas que me ofenderam e só consegui ver a face de um monstro assustador: o ódio tornou-se apenas mais ódio com a ferrugem do tempo. Não perdoei e não fui perdoado. Imagina se houvesse o perdão! Eu ainda estaria abraçado com o inimigo. O distanciamento basta para restaurar a autoestima.

O medo de ser ofendido novamente me aperta o peito, pois é a raiz da violência. A vingança nos liberta da perseguição, servindo de moeda de troca que compra a liberdade e a paz. Agora, estou certo que paz só com guerra. Anjos não morrem... por isso são mensageiros da paz, ou seja, somente o vencedor desfruta da paz. Preciso me apegar às mágoas para não sofrer duas vezes, talvez na próxima semana dê certo.

Se você cair, com certeza, alguém o empurrou, porque você não quer cair, com certeza. Frutos maduros caem naturalmente. Coisa difícil não vem de Deus, pois não está madura! Mat. 18:22 não combina com Rom. 1:32. O fanatismo é enganoso!


terça-feira, 8 de agosto de 2017

Professor nota zero — Por Gilberto Dimenstein


Texto
Professor nota zero
Por Gilberto Dimenstein

Dos 214 mil professores que se submeteram à prova da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, 3.000 tiraram zero: não acertaram uma única questão sobre a matéria que dão ou deveriam dar em sala de aula. Apenas 111, o que é estatisticamente irrelevante, tiraram nota dez. Os números finais ainda não foram tabulados, mas recebo a informação que pelo menos metade dos professores ficaria abaixo de cinco. Essa prova tocou no coração do problema do ensino no Brasil, o resto é detalhe.

Como esperar que um aluno de um professor que tira nota ruim ou mediana possa ter bom desempenho? Impossível. Se fosse para levar a sério a educação, provas desse tipo deveriam ser periódicas em toda a rede (assim como os alunos também são submetidos a provas). Quem não passasse deveria ser afastado para receber um curso de capacitação para tentar se habilitar a voltar para a escola.

A obrigação do poder público é divulgar as listas com as notas para que os pais saibam na mão de quem estão seus filhos. Mas a culpa, vamos reconhecer, não é só do professor. O maior culpado é o poder público que oferece baixos salários e das universidades que não conseguem preparar os docentes. Para completar, os sindicatos preferem proteger a mediocridade e se recusam a apoiar medidas que valorizem o mérito.

O grande desafio brasileiro é atrair os talentos para as escolas públicas --sem isso, seremos sempre uma democracia capenga. Pelo número de professores reprovados na prova, vemos como essa meta está distante.


Gilberto Dimenstein, 60 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u500752.shtml
Kllawdessy Ferreira
Enviado por Kllawdessy Ferreira em 08/08/2017
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sábado, 5 de agosto de 2017

EU NA CAVERNA, E ELA EM MIM ("O homem nunca saiu da "caverna". Apenas, evoluiu em arquitetura e tecnologia. Continua irracional. Matando e destruindo com mais potência. — "Wal Águia Esteves)


Crônica

EU NA CAVERNA, E ELA EM MIM ("O homem nunca saiu da "caverna". Apenas, evoluiu em arquitetura e tecnologia. Continua irracional. Matando e destruindo com mais potência. — "Wal Águia Esteves)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

             Acorrentado pela ignorância, no segundo compartimento da caverna de Platão, nunca me senti tão indisposto, assim com baixa vitalidade. Lá fora tem Pandemia! No atual distanciamento oficial e imposto pelas autoridades, não tive coragem para mais nada; não comprei nada, nem me envolvi com mulheres, amigos ou familiares. Nem ainda, com problemas alheios. Não saí da Caverna. Eu estou inadequado para me sentir emocionalmente responsável pelos outros. Não pude me mostrar acolhedor, generoso e cuidadoso com o bem-estar das pessoas que me cercam. Na verdade, estou me debatendo com maus sentimentos, pressentimentos ruins e situações meio tensas, descontando nos outros meus erros! Aí, uma amiga virtual me diz que sou bom e experiente, mas, não pode sair das sombras; o sol dá câncer.
           Como posso ser diferente dos habitantes da Caverna, se carrego comigo as cicatrizes de três erros capitais que me aprisionaram: Escolhi mal meus casamentos, foram dois que só me revelaram que o “Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra” (Génesis 1, 28) não é casar: ninguém domina ninguém! Escolhi mal a religião, porque me deixei levar por pastores enganadores, agora descrente na Bíblia e nos charlatões. Acostumado na escuridão, não consigo abrir os olhos na claridade. Também, escolhi mal a profissão,  concursado na educação, porque não me disseram que a educação separa os homens, fazendo-os adversários? Não posso nem odiar os opressores, porque me fazem sentir assassino. (1 Jo 3:15).
          Porém, a pergunta que faço insistentemente, pois algo muito me incomoda atualmente, é esta: Porque um homem faz o outro sofrer?  "Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas." (Antoine de Saint-Exupéry). Tenho suportado muitas larvas; elas se multiplicam assustadoramente, e não mais viram borboletas, pois acham muito incômodo voar. Nessa parábola, sou também larva e nunca borboleta. 
           Mesmo assim, devo concordar com as determinações do destino, já que, neste mundo, na "vida boa", é também muito caro ter prazer: cinco segundos de orgasmo para meia hora de esforço e ninguém reclama, bastam-nos as sombras sinistras de cada dia. E a Caverna é o Centro de Convivência ...
Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/11/2016

Reeditado em 05/08/2017
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sábado, 29 de julho de 2017

O DRAGÃO DA COR DO BARRO ("Mas a poeira vermelha é só a vontade que o chão tem de voar". — Rita Apoena)



Crônica Filosófica

O DRAGÃO DA COR DO BARRO ("Mas a poeira vermelha é só a vontade que o chão tem de voar". — Rita Apoena)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, "rolou um clima" ao ver a multidão nas ruas com a camisa de sua pátria; exposição dos "petefóbicos"; a insatisfação é geral com os resultados do tal ato "democrático"; mas, as metades dessa maçã tem gosto diferente! Já prelibando, pelas evidências, um momento inicial em que questões complexas vêm à tona do ambiente político, que pode comprometer a lisura das eleições informatizadas, a tecnologia controla o trabalho. 
           Então, estou atento a meu comportamento para começar bem sob o novo governo, Planejei cuidadosamente os passos que seguirei daqui a diante, mas não quero ficar só focado nas conquistas pessoais. Estou tentando incorporar os meus projetos a algo que seja útil à comunidade, ou pelo menos que seja algo benéfico ao grupo que pertenço (sistema educacional). Estou atravessando uma fase de questionamentos a respeito da vida, sobretudo ao confrontar meus desejos e insatisfações na missão de ensinar. Quem sabe organizando as atividades cotidianas me ajudarão a pôr em ordem, não apenas a vida prática, como também minhas ideias partidárias? Interessa-me mais compreender a raiz dos problemas. Pois, terei muitos problemas ao comando do "DRAGÃO VERMELHO". 
             Concentrado em meu professorado, e distraído pelo vento persistentemente dos quatro pontos cardeais, trazendo a poeira que suja minha vida. Assim infertiliza drasticamente os meus assuntos, há muitos motivos para não fluírem o bastante! O amanhã, talvez nem posso tê-lo, entretanto vou agendar encontros, tentando ganhar tempo, preocupando-me com o  que realmente importa: a família; a fé em Deus; a verdadeira educação e a liberdade. 
           Já que a morte leva todos os projetos das pessoas,  agora, permita-me desviar o assunto para onde se enterra tudo, para o estado dos defuntos: pó. Mas, não há outra forma de pertencer ao céu! Quantas pessoas queriam estar do lado de cá, repousado no tal "campo santo"! Sobretudo, o vento sopra o pó para cima!  Contando com o hoje, com certeza vou ter mais um dia para ficar aqui, e menos um para ascender ao céu. Meu corpo já pode sinalizar alguns desconfortos, sobretudo, eu nunca vou me esconder da realidade, pelo contrário, já estou pronto. Não se esqueça do meu epitáfio: — "Não fui eu quem morreu, pois existo em tudo que restou de mim, e tu me percebes, mas, foste sim tu quem morreu para mim, não posso te perceber". 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/11/2016

Reeditado em 29/07/2017

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