"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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segunda-feira, 15 de maio de 2023

RESILIÊNCIA E DEDICAÇÃO EM TEMPO DE MUDANÇA ("Numa só semente de trigo há mais vida do que num montão de feno". — Khalil Gibran)

 


RESILIÊNCIA E DEDICAÇÃO EM TEMPO DE MUDANÇA ("Numa só semente de trigo há mais vida do que num montão de feno". — Khalil Gibran)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Após o tratamento do câncer concedido pelo Diabo, retomei minhas caminhadas na pista. Alguns, ao me avistarem, expressaram: "... essa desgraça deveria ter falecido". Outros me questionaram: "você irá reembolsar as velas que acendi ao recomendar sua alma ao céu". Agora, estou a analisar nosso corpo docente, com base nas lembranças das reações daqueles que estudaram em minha sala de aula.

Deve ser muito importante estudar, pois os cursos de licenciatura estão cheios nas universidades! Possivelmente, diversas pessoas estão deixando de recordar das perspectivas de mundo que o ex-presidente FHC compartilhou: de que os professores são profissionais fracassados (que não obtiveram sucesso em outras carreiras e migraram). E dizem mais: Apenas os estudantes com desempenho medíocre no Ensino Médio optam por seguir a carreira na área da pedagogia! O professor já se encontra em uma posição de humilhação; arrastado pelos caminhos imprecisos de todas as abordagens "inovadoras", sem obter sucesso, e sua reputação de desvalorização aumentando nesse modelo de trabalho que não se encaixa completamente em nenhum lugar: o híbrido.

Assumindo a identidade de um palhaço ou de um ser extraterrestre, agora irei conduzir minhas aulas com a boca coberta. Antes, era apenas amordaçado metaforicamente... A vantagem é que não é preciso usar colete à prova de balas e capacete blindado, apenas uma máscara de pano, já que as aulas também são realizadas de forma remota. A seleção natural prevalece: por fim, o mimetismo é uma forma válida de proteção. (CiFA

domingo, 14 de maio de 2023

ALÉM DAS DISPUTAS, APRENDER A VALORIZAR A FELICIDADE ALHEIA ("A verdadeira grandeza não está em competir com os outros, mas em aprender a valorizar a felicidade alheia." - Nelson Mandela)

 


ALÉM DAS DISPUTAS, APRENDER A VALORIZAR A FELICIDADE ALHEIA ("A verdadeira grandeza não está em competir com os outros, mas em aprender a valorizar a felicidade alheia." - Nelson Mandela)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Na natureza, é evidente que apenas os mais fortes e os mais hábeis sobrevivem; apenas aqueles que vencem a disputa podem experimentar a verdadeira felicidade. Talvez, seja por isso que um professor não consiga suportar ver outro professor com aula vaga e se aparentando bem! O concorrente não se preocupa em saber quantas aulas o outro possui semanalmente; no entanto, mesmo ganhando menos, porque as folgas não são remuneradas; ele demonstra estar mais feliz sem muito esforço, desfrutando de mais descanso, o que o torna um alvo. Quase ninguém suporta a felicidade alheia. Será que a sua falta de poder dói mais, ao me ver ocupando o lugar que você gostaria de estar? Ou será que não há verdadeira amizade entre nós, aquela que me faz bem ao ver meu amigo prosperar?

             Envolvido na luta pela sobrevivência, recordei-me dos inúmeros protocolos criados por supostos especialistas para prevenir todos os tipos de adversidades. Essa noção de prevenção acarreta um desgaste antecipado, onde nos vemos constantemente preocupados em seguir regras e diretrizes estabelecidas por outros, muitas vezes sem vivenciar a realidade da situação. Essa busca incessante pela prevenção pode, paradoxalmente, consumir nossas energias e nos privar da espontaneidade e da liberdade de viver plenamente o presente. É importante refletirmos sobre o equilíbrio entre precaução e aproveitar a vida sem excessivas preocupações. É impressionante como todos parecem ter uma opinião sobre Educação, assim como as igrejas que encontramos em cada esquina uma ou mais. No entanto, a eficiência dessas intervenções muitas vezes deixa a desejar, e o resultado é um mundo que parece estar cada vez pior. É como se todos tivessem soluções prontas, mas na prática as coisas não funcionam tão bem quanto se espera. Talvez, seja necessário refletir sobre a importância de buscar conhecimento e embasar nossas opiniões antes de opinar sobre assuntos complexos como a Educação, a fim de promover mudanças reais e significativas.

            Prevenção e qualidade de vida estão ligadas ao equilíbrio entre cautela e desfrute. Buscar medidas preventivas prolonga a vida, sem abrir mão do prazer. Ao cuidarmos de nós mesmos, aprendemos a valorizar a felicidade alheia e celebramos o sucesso dos outros. Viver plenamente significa cuidar da saúde e apreciar a realização das pessoas ao nosso redor. Por isso, trava-se a disputa prematuramente, às custas da privação do prazer que outros estão a desfrutar. Ou melhor, é pagar a doença às prestações suaves, antecipando as consequências dos erros imaginários. Prefiro tocar minha vida normal, lançando todas as minha ansiedade no SENHOR, e  cumprir meu destino na íntegra, com a dor que me faz produzir anticorpos naturalmente. Bastando cada dia seu mal.

           Disputam-se para prevenir males piores, todavia se prevenção valesse para evitar doenças físicas, mentais e espirituais os supostos especialistas (profissionais) não adoeceriam. Quem morre com saúde, senão os vacinados! A vida é imprevisível e não podemos controlar todos os aspectos dela. Apesar dos esforços para se proteger, não há garantia de evitar problemas; mas, preferimos a felicidade imediatista das disputas. 

sábado, 13 de maio de 2023

O DESAFIO DE VIVER: ESNTRE DIAS BONS E RUINS ("O vazio já tão acomodado dentro de mim, começou a fazer parte de quem eu sou." — Mariana Ávila)

 


O DESAFIO DE VIVER: ESNTRE DIAS BONS E RUINS ("O vazio já tão acomodado dentro de mim, começou a fazer parte de quem eu sou." — Mariana Ávila)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Eu já desconfiava, mas, hoje, pensando nos dias do mês findo, percebi que em cada mês temos somente quinze dias bons intercalados, de três em três, por dias ruins. Nos quais, a consciência dói sem ter motivo algum. É interessante perceber como o fluxo dos dias pode afetar nosso estado de espírito. Embora haja momentos difíceis, é importante lembrar que também existem dias positivos, que trazem alegrias e conquistas.

            Então, percebi também que muito do que classifico como correto e verdadeiro não é mais adequado à realidade. Refiro-me a um cenário em constante transformação, no qual o que antes parecia correto e verdadeiro pode se revelar desatualizado ou inadequado. Já me disseram que viver é um constante amassar barro, cinco passos para frente e cinco para trás. E se eu quiser continuar vivendo no mundo, devo fechar os olhos, fazer vista grossa a muitas coisas, trancar os sentidos e ligar o "foda-se". Ainda que os espíritos das luzes e das trevas, continuam enviando-me setas; mas, também gritam para eu poder me desviar. Tudo é blá blá blá ou mimimi! No final, é apenas sobrevivência e mais nada. A zona de conforto é como o útero materno, um refúgio acolhedor que ao mesmo tempo nos faz nascer morto. A pátria não exerce o papel de mãe para ninguém!

             Num terrível pesadelo, encaro o monstro que me aflige, correndo em vão. Abandonei meus estudos, atualmente só leio, convicto de que minhas opiniões estão estabelecidas. O êxito perdeu seu valor, busco harmonizar o bem e o mal num esforço vão. Sou impelido a persistir, apesar dos obstáculos. Que essa ponderação inspire outros a alcançarem uma existência plena. OBRI(GADO) A VIVER !

sexta-feira, 12 de maio de 2023

O ESPERTALHÃO USURPADOR ("Quem chega do nada com mãos cheias de estratégias, sairá para o nada de mãos vazias! Antes de estragar o plano de Deus." — CiFA)

 


O ESPERTALHÃO USURPADOR ("Quem chega do nada com mãos cheias de estratégias, sairá para o nada de mãos vazias! Antes de estragar o plano de Deus." — CiFA)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Um indivíduo, quando chega a merecer esse título de espertalhão usurpador é que, na verdade, ele possui muita arrogância e a sua ambição é excessiva. O mundo todo sabe que quando se afirma que alguém que chega do nada com mãos cheias de estratégias sairá para o nada de mãos vazias, No entanto, qualquer um ao tentar manipular os desígnios divinos, está predestinado ao fracasso inevitável. É sábio reconhecer a humildade diante das forças superiores e confiar na ordem do universo.

Houve uma ocasião em que deparei-me com um diretor escolar, dotado de astúcia e amplamente bem-sucedido em suas estratégias. Chegou com o intervento. Embora ele estivesse fazendo um bom trabalho, logo se tornou evidente que estavam em desacordo com os desígnios superiores. O desfecho inevitável foi a experimentação de uma dolorosa derrota, acompanhada por um sentimento de vazio e ausência de propósito. "O homem sério é perigoso, pode transformar-se em tirano." (Simone de Beauvoir)

Essa experiência serve para todos que lerem esta crônica como uma poderosa lição, reforçando a importância de alinhar nossas ações com princípios mais elevados e reconhecer que o verdadeiro sucesso reside na harmonia com os propósitos superiores que transcendem nossas ambições individuais. É uma maneira de lembrar que é importante agir com humildade, respeitando a ordem natural das coisas e reconhecendo que nem tudo está sob nosso controle absoluto. Devemos aceitar as circunstâncias que fogem ao nosso controle e buscar harmonia com o universo.

No entanto, é imprescindível ponderar que a compreensão dessa experiência vivida por aquele gestor escolar se subordina às convicções íntimas de cada pessoa. Eu pude atribuir-lhe um sentido profundo, embasado em minhas crenças religiosas ou filosóficas, que devemos dar relevância de estar em sintonia com princípios e objetivos superiores em qualquer empreendimento. "Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido" (1 Pedro 5:6). Assim, a Bíblia nos mostra que Deus não tolera a arrogância e a soberba, mas exalta aqueles que se humilham diante dele. A queda dos arrogantes é uma demonstração do juízo de Deus sobre aqueles que se colocam acima dos outros e não reconhecem sua soberania. No entanto, Deus oferece graça e misericórdia aos humildes, que reconhecem sua necessidade dele e se submetem à sua vontade. CiFA

quinta-feira, 11 de maio de 2023

ZUMBIS NÃO COMEM ZUMBIS ("Eles respeitam uns aos outros, coisa que os humanos não fazem, nós somos os verdadeiros zumbis." — Arthur Canossa)

 


ZUMBIS NÃO COMEM ZUMBIS ("Eles respeitam uns aos outros, coisa que os humanos não fazem, nós somos os verdadeiros zumbis." — Arthur Canossa)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Uma das pragas de Deus para os ímpios é torná-los zumbis: "E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne apodrecerá, estando eles em pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e a língua lhes apodrecerá na sua boca. Naquele dia também acontecerá que haverá da parte do Senhor uma grande perturbação entre eles; porque cada um pegará na mão do seu próximo, e cada um levantará a mão contra o seu próximo."

(Zacarias 14:12,13)

Segundo os ensinamentos dos espiritualistas, aqueles que estão possuídos por muitos espíritos obsessores não costumam apresentar comportamentos violentos, descontrolados ou agressivos. Pelo contrário, eles se misturam entre nós, aparentando ser pessoas "normais", enquanto pregam o amor. É importante estar atento a esses oportunistas. Talvez podemos chamá-los de zumbi também!

Quando demonstramos um amor insuficiente, recebemos em troca o mesmo nível de reciprocidade. É um ciclo onde a falta de afeto gera uma indiferença que pode levar à morte emocional. A cada dia que passa, encurtamos nossa trajetória, mas também temos a chance de reescrever nossa história, transformando o caos em uma fonte de risos e aprendizados.

Diante disso, anseio pela veracidade da existência dos chamados "mortos-vivos". Pois, de certa forma, sinto-me um zumbi, alguém que não consegue amar de forma plena e suficiente. Nesse estado, vagueio entre a vida e a morte emocional, ansiando por uma conexão mais profunda e genuína. Desejo ardentemente encontrar a chama que desperte minha alma e me faça voltar a sentir intensamente, transcendendo essa condição de mera existência. Pois somente assim poderei experimentar a verdadeira vitalidade e plenitude que o amor genuíno proporciona. O Eclesiastes diz que não se ama no estado de morte.

Então devemos amar enquanto se pode ainda. Porque, o coronavírus diminui o Q.I. e a capacidade de amar das pessoas: Fui ao restaurante... logo, deparei-me com a placa na porta: "... é obrigatório o uso de máscara". Saquei a minha do bolso e me tornei adequado. Mas, todos, lá dentro, estavam comendo sem máscara, aliás com o pedaço de pano debaixo do queixo. Eu os vi zumbis olhando para mim, então fiz bonito novamente, recolhi o instrumento de convenção social no bolso como antes. Zumbis não atacam zumbis. "Howard Stern, o apresentador de rádio da manhã SiriusXM, acredita que os não vacinados não devem ser autorizados a entrar em hospitais". CiFA

quarta-feira, 10 de maio de 2023

MEUS INIMIGOS AMIGOS DE MEUS AMIGOS ("Vive de tal maneira que não faças nada que não possas dizer aos teus inimigos". — Sêneca)

 


MEUS INIMIGOS AMIGOS DE MEUS AMIGOS ("Vive de tal maneira que não faças nada que não possas dizer aos teus inimigos". — Sêneca)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Uma das melhores abordagens para a vida é sempre pensar no pior cenário que pode nos acontecer. Ao antecipar os desafios e obstáculos que podemos enfrentar, estamos preparados para lidar com eles de forma mais eficaz. Essa mentalidade nos ajuda a desenvolver resiliência, planejar estratégias de contingência e tomar precauções necessárias. Ao considerar o pior, também podemos valorizar mais as coisas boas e apreciar os momentos positivos. Portanto, cultivar essa perspectiva nos permite viver de maneira mais consciente e preparada para enfrentar as adversidades com coragem e determinação.

Em qualquer situação, preparo-me para aceitar as consequências do erro mais grosseiro possível. Porque quando acontecer aquele desastre inevitável, pelo menos, não sofrerei a ânsia da surpresa. Independentemente do contexto, estou sempre pronto para enfrentar as consequências inevitáveis. Afinal, essa postura de prontidão permite-me encarar os desafios de frente, desenvolver estratégias de contingência e estar preparado para lidar com o inesperado. Ao antecipar o pior, também adquiro uma sensação de controle sobre minha vida e sou capaz de tomar decisões mais conscientes e ponderadas. Dessa forma, posso enfrentar os obstáculos com coragem e confiança, sabendo que estou preparado para qualquer eventualidade. "Viver às vezes é morrer de tédio e de vício. Também de ataque de míssil. Viver é virar de ponta cabeça, o avesso" (Itamar Assunção).

Por isso, digo exatamente o que você quer ouvir a meu respeito, que quase uso suas próprias palavras. Talvez não tenha a chance de me xingar, por que já o fiz por você. Como ainda poderá ser original, escravos das paixões baixas? Se alguém entrar em minha propriedade sem minha permissão, faço dele o que quero. Quem invade uma casa alheia está vulnerável demais, mesmo que seja de surpresa, encontrará a lógica do erro a seu desfavor. As armadilhas são prerrogativas secretas do morador; o ladrão só escapará, se for ajudado por alguém que seja seu amigo em comum com o proprietário! Portanto, precisamos nos proteger dos nossos amigos que são amigos dos nossos inimigos. Ainda nos adverte Muslah-Al-Din Saadi: "Rompe com o amigo que frequenta os teus inimigos".

terça-feira, 9 de maio de 2023

EU VEJO OS ANZÓIS; VOCÊ, AS ISCAS. ("Para se livrar das armadilhas é preciso fugir das iscas". — Delson Jacinto Vieira)



EU VEJO OS ANZÓIS; VOCÊ, AS ISCAS. ("Para se livrar das armadilhas é preciso fugir das iscas". — Delson Jacinto Vieira)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A vocês alunos, que me acham tão ruim e indigno, digo-lhes, é muito fácil me tirar do sistema, ainda não conseguiram porque estão procedendo mal, não é falando mal de mim, denunciando-me com assuntos elaborados para esse fim, tem que ser por tabela, elogiando-me e defendendo meu professorado, pelo menos fingindo está a meu favor para os demais, assim provocarão o ciúme dos ditos colegas, e eles ficarão tão tristes que logo se unirão para me ensombrear e se arregimentarão para me extirpar do meio deles.

           De outra sorte, os inimigos ficarão felizes; meu sofrimento serve de referencial para o contentamento dos que vivem se comparando, dos que precisam de ver alguém menor para se sentir grande. Quem dera eles quisessem desenvolver a autoestima e a autoconfiança para evitar a armadilha da comparação e buscar uma vida plena e realizada. Mas, não, eles preferem a discriminação para efetivação da maldade. Meu maior problema é "ver o anzol, enquanto vocês veem apenas a isca". CiFA

A PERSONALIDADE HUMANA NÃO É DEVINIDA PELA RELIGIÃO. ("Vivo em uma sociedade hipócrita, cujos valores adormecem assim que o sol se põe". — Alessandra Souza). ("Sociedade hipócrita, pessoas fúteis, egoístas e interesseiras". — Khan Alniz)


 

A PERSONALIDADE HUMANA NÃO É DEVINIDA PELA RELIGIÃO. ("Vivo em uma sociedade hipócrita, cujos valores adormecem assim que o sol se põe". — Alessandra Souza). ("Sociedade hipócrita, pessoas fúteis, egoístas e interesseiras". — Khan Alniz)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Muitas pessoas acreditam erroneamente que a religião molda a personalidade das pessoas, mas a verdade é que cada indivíduo é único e a personalidade é influenciada por diversos fatores. Apesar disso, há aqueles que se aproveitam da irmandade de uma igreja para se mascararem e se passarem por pessoas boas, quando na verdade são péssimos alunos e indivíduos difíceis de conviver. É importante lembrar que a religião não define completamente a personalidade das pessoas.

Além disso, outro equívoco é o sistema educacional colocar o aluno acima do professor, criando uma relação INVERSA de submissão que prejudica o desenvolvimento dos alunos (os impostos deles pagam o salário do professor). Como professores da rede pública, pagamos impostos para trabalhar e muitas vezes somos maltratados pelos alunos, o que não é justo. A escola não deve ensinar inversão de valores e é importante lembrar que é abominável a escrava que toma o lugar de sua senhora.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

O QUE APRENDI NOS CONSELHOS DE CLASSE ("O segredo do demagogo é de se fazer passar por tão estúpido quanto a sua plateia, para que esta imagine ser tão esperta quanto ele". — Karl Kraus)

 



O QUE APRENDI NOS CONSELHOS DE CLASSE ("O segredo do demagogo é de se fazer passar por tão estúpido quanto a sua plateia, para que esta imagine ser tão esperta quanto ele". — Karl Kraus)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

NO VELHO NORMAL, os conselhos de classe eram diferentes do que hoje. As reuniões eram comandadas por coordenadores pedagógicos que, muitas vezes, agiam com uma falsa neutralidade. Eles tinham a tarefa de registrar tudo o que era dito na reunião, desde as notas dos alunos até os desvios de personalidade. Durante esses encontros, os representantes de classe tinham a oportunidade de falar sobre seus colegas e professores, e muitas vezes diziam o que a coordenadora gostaria de ter dito, mas não tinha coragem.

             Porém, a falta de bom senso estava ali presente na pessoa dos representantes de turma, escolhidos pelo critério errado. Eles eram  escolhidos por eles mesmos. Dar voz para quem não sabe usá-la sabiamente, sempre foi um problema para Deus! Ainda mais para nós. Bem sei que é importante que os alunos tenham a oportunidade de se expressar, mas também é essencial que essa voz seja bem utilizada, com respeito e sensatez. Além disso, é preciso oferecer orientação e capacitação aos representantes para que possam desempenhar seu papel com mais eficiência e responsabilidade.

            Então, os canibais da reputação, no conselho de classe de antigamente, se voltavam tanto  para os coordenadores, que, No Novo Normal,  baniram a participação dos alunos daquele  momento antropofágico! Pois, o representante de classe existia para falar mal de professor, colegas de classe e instalações da escola. Nunca vi nada diferente nesses muitos anos de sacrifício ritualístico. Banir a participação dos alunos completamente pode não ser a solução, mas é importante estabelecer limites e diretrizes claras para que as discussões sejam produtivas e não prejudiquem a reputação de professores e colegas.

             Eu que estou vivendo a transição, já percebi uma certa simplificação no conselho de classe, agora nos reunimos para ler nota de aluno em público e muitos professores usam para mostrar o quanto são generosos para com seus alunos. Talvez essa simplificação no conselho de classe possa ser benéfica, já que agora o foco está mais na apresentação das notas dos alunos e na valorização do trabalho dos professores em vez de fofocas desnecessárias.

            Vou morrer em breve, já conto com a terceira idade. Para mim, já está bom demais, esse sistema falido também irá comigo, não que eu seja o causador, mas o aprendiz dele. Eu vejo, falo e escrevo o que me acontece por aqui. E me parece que tudo de ruim só acontece comigo. Até minhas conquistas e direitos se demoram a me beneficiar. Não é que estou me entregando à desesperança, sei que é importante manter a esperança e a luta pela vida, independentemente da idade. Estou tentando buscar apoio e companhia de amigos e familiares, isso pode ajudar a aliviar a solidão e a sensação de desamparo; mas quem ler esta crônica não me simpatizará, porque vou lhe dizer que aprendi: Que há falta de orientação e direcionamento dos professores; Ausência de formação pedagógica dos alunos participantes; desconexão entre a realidade dos alunos e as necessidades pedagógicas; falta de participação ativa dos professores; comunicação ineficiente entre alunos, professores e coordenadores; Hierarquia desequilibrada; limitações na estrutura dos conselhos de classe; falta de diversidade de perspectivas; desvalorização da experiência e conhecimento dos professores; falta de feedback e acompanhamento.