"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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terça-feira, 30 de agosto de 2022

CULPA IM(PUTA)DA — "A firmeza de propósito é um dos mais necessários elementos do caráter e um dos melhores instrumentos do sucesso. Sem ele, o gênio desperdiça os seus esforços num labirinto de inconsistências." — Philip Chesterfield)


 

CULPA IM(PUTA)DA — "A firmeza de propósito é um dos mais necessários elementos do caráter e um dos melhores instrumentos do sucesso. Sem ele, o gênio desperdiça os seus esforços num labirinto de inconsistências." — Philip Chesterfield)

Por  Claudeci Ferreira de Andrade

Era uma manhã de segunda-feira quando entrei na sala dos professores, o ar carregado de frustração. Meus colegas, outrora vibrantes educadores, agora pareciam sombras de si mesmos, curvados sobre pilhas de papéis e laptops reluzentes. "Bom dia", murmurei, recebendo em troca olhares opacos e acenos desanimados.

Enquanto me servia de café, ouvi sussurros sobre as novas diretrizes da coordenação. "Agora querem ditar até o número de questões nas provas", lamentava Maria, professora de biologia há vinte anos. Observei o cenário à minha volta, sentindo como se estivéssemos presos em uma peça absurda, onde atores formados e concursados se tornaram marionetes nas mãos de superiores sem visão pedagógica.

Sempre me vi como um artesão da palavra, um jardineiro que cultivava mentes jovens. Mas, com a pandemia, senti-me mais como um robô programado para seguir ordens. A sala de aula, antes um palco de troca de ideias e construção do conhecimento, transformou-se em um estúdio virtual, onde eu era apenas mais um ator de uma peça sem público.

Lembrei-me dos meses de ensino remoto, quando investimos em equipamentos e planos de internet caros, tudo para garantir a qualidade das aulas. As diretrizes chegavam em um fluxo constante, como um rio caudaloso arrastando tudo em seu caminho. Plataformas digitais, novas metodologias, tudo precisava ser incorporado à nossa rotina de forma rápida e eficiente. E eu, como um bom soldado, seguia as ordens, adaptando-me à nova realidade. Mas, por dentro, sentia uma angústia crescente.

O sinal tocou, anunciando o início das aulas. Levantei-me, ajeitando a máscara no rosto - um lembrete constante dos tempos estranhos em que vivíamos. Enquanto caminhava pelos corredores, as palavras do ex-presidente Lula ecoavam em minha mente: "Ainda bem que a natureza criou esse monstro chamado coronavírus". Paradoxalmente, a pandemia nos mostrou o valor inestimável da escola como espaço de convívio, cidadania e crescimento. Mas como exercer esse papel quando nos sentíamos tão tolhidos?

Na sala de aula, olhei para os rostos ansiosos dos alunos. Eles mereciam mais do que professores obedientes e temerosos. Mereciam educadores apaixonados, livres para inspirar e transformar. Naquele momento, compreendi que a verdadeira ameaça ao sistema educacional não era um vírus, mas a confusão deliberada, a desordem que corroía nossas bases como um câncer silencioso.

A pandemia revelou a fragilidade do nosso sistema educacional e acelerou um processo que já estava em curso: a mercantilização da educação. A escola, antes um espaço público e democrático, estava se transformando em uma empresa, onde a eficiência e a produtividade eram os valores mais importantes. E nós, professores, éramos os trabalhadores dessa empresa, submetidos a uma lógica de mercado que pouco se importava com nossa autonomia e com a qualidade do ensino.

Ao final do dia, exausto e reflexivo, percebi que a culpa não era dos professores, nem dos alunos, nem mesmo das coordenadoras pressionadas por resultados. Era de um sistema maior, que transformava a educação em um jogo de poder e sobrevivência. Saí da escola com uma certeza: não podíamos continuar assim. Era hora de recuperar nossa voz, nossa paixão pelo ensino. Porque se continuássemos a obedecer cegamente, por medo de perder nosso ganha-pão, perderíamos algo muito mais valioso - nossa capacidade de realmente educar.

É preciso que reflitamos sobre o papel da escola na sociedade. A educação não pode ser apenas mais um produto a ser consumido. Deve ser um espaço de formação de cidadãos críticos, criativos e engajados. Para isso, é fundamental que os professores tenham autonomia para construir suas próprias práticas pedagógicas e que a escola seja um lugar acolhedor, onde todos se sintam valorizados e respeitados.

A morte do sistema educacional, como o conhecíamos, talvez fosse inevitável. Mas de suas cinzas, com coragem e determinação, poderíamos construir algo novo, algo verdadeiramente transformador. A pandemia nos mostrou que a educação é um bem precioso que precisa ser protegido, e que a escola, mais do que nunca, precisa ser um espaço de esperança e de transformação.

Enquanto caminhava para casa, sob o céu alaranjado do crepúsculo, fiz uma promessa silenciosa: amanhã seria diferente. Amanhã, eu seria o professor que meus alunos mereciam. E talvez, apenas talvez, isso fosse o início da mudança que todos esperávamos.

Com base no texto apresentado, elabore respostas completas e detalhadas para as seguintes questões:


O texto retrata a vivência de um professor durante a pandemia. Quais os principais desafios e dilemas enfrentados por ele e seus colegas nesse período?


Como a pandemia impactou a visão do narrador sobre a educação e o papel do professor na sociedade?


Qual a crítica principal do texto em relação ao sistema educacional atual?


O texto menciona a importância da autonomia dos professores. Explique como a falta de autonomia impacta a qualidade do ensino e o bem-estar dos educadores.


Qual a mensagem de esperança que o texto transmite? Como os professores podem contribuir para transformar a educação?


Estas questões abordam os seguintes aspectos do texto:


Desafios da educação durante a pandemia: A primeira questão busca explorar as dificuldades enfrentadas pelos professores nesse período.

Evolução da visão do narrador: A segunda questão analisa como a experiência da pandemia transformou a perspectiva do professor sobre seu trabalho.

Crítica ao sistema educacional: A terceira questão aprofunda a análise das falhas do sistema educacional atual.

Importância da autonomia: A quarta questão explora a relação entre a autonomia dos professores e a qualidade do ensino.

Mensagem de esperança: A quinta questão busca sintetizar a mensagem positiva do texto e a possibilidade de transformação.

Comentários

DIVERSÃO SE COMPRA, AMIZADE FALSA TAMBÉM ("É assim a vida, vai dando com uma mão até que chega o dia em que tira tudo com a outra". — José Saramago)

 


DIVERSÃO SE COMPRA, AMIZADE FALSA TAMBÉM ("É assim a vida, vai dando com uma mão até que chega o dia em que tira tudo com a outra". — José Saramago)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Hoje, Sexta feira, separei um pouco de dinheiro para gastar comigo mesmo. E toda sexta feira vai ser assim: "Sextou", oba! Trabalhar é bom , mas o que adianta ficar só juntando o dinheiro  e não viver o bastante para usufruir se não tem tempo para isso? Apesar das muitas contas e compromissos que me aguardam, porém devo me acostumar a separar uma verba para  a conta: "diversões". Minha prioridade, de agora em diante, é viver. Inspirei-me numa frase da minha amiga Márcia Cristina: "Tenho pena de morrer"! Assim, os vínculos afetivos se destacam; os investimentos que farei em mim mesmo não podem não servir para nada. Então, com certeza, minha relação comigo mesmo me transmitirão mais força e serenidade. Ainda mais agora que meu coração está aberto para as pessoas. Pois quero  segurança, apoio concreto e gente confiável do meu lado. Deus atendeu minhas orações ou parece que os ventos escutaram-me trazendo dinheiro suficiente para comprar as falsas amizades, aquelas que não nos deixam desamparados. E viva o Carnaval destas amizades cumpliciadas.

           É bom saber que eles são falsos, porque eu também os trato com falsidade sem peso na consciência.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

PRAGA CANINA ("Agora, além de argentinos, a Argentina nos manda também gafanhotos." — Saint-Clair Mello)

 


PRAGA CANINA ("Agora, além de argentinos, a Argentina nos manda também gafanhotos." — Saint-Clair Mello)

Por Claudeci Ferreira de Andrade 

Hoje, com as possibilidades para o crescimento da disseminação do Coronavírus casado com Monkeypox: Em fim, das prragas. Claro que isso pode ter variações de acordo com nosso destino — morre quem Deus quer — mas de modo geral tudo me parece está ruim para a humanidade, é um tiro no pé, quando se recorre a métodos ineficazes de combate! Depois disso, a época não tem sido produtiva a ninguém, parece-me que o mundo vai acabar no ano 2033, tempo para se abrirem os 12 portais da cidade santa, e desde agora o sofrimento está crescendo como "dores de parto", culminará com a queda do planeta X, (Nibiru) que vai destruir toda a Europa inicialmente até chegar minha vez. No entanto, uma das pragas matará os cachorros dos ímpios, objeto de adoração deles. Não estou apenas "pagando" de profeta, mas quero fazer o que vim fazer. Agora os profetas de Baal interrompem o Carnaval para conter o vírus, isso também vem se mostrando inútil. Por que nada interrompe as eleições? Só me resta dar uma relaxada, para ver a sátima onda passar. "Não sobrecarregues os teus dias com preocupações desnecessárias, a fim de que não percas a oportunidade de viver com alegria." (André Luiz). A solução é deixar rolar para cumprir o cruel destino deste mundo. Em meu tempo vago, vou assistir mais aos Simpsons. CiFA

domingo, 28 de agosto de 2022

INCOERÊNCIA ANIMALESCA ("A arbitrariedade desautoriza o árbitro." — Odair Alves de Oliveira)

 

INCOERÊNCIA ANIMALESCA ("A arbitrariedade desautoriza o árbitro." — Odair Alves de Oliveira)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Você ama tanto os animais que se animaliza, comendo-os. Eu era assim. Meu estado de canceroso fez-me pensar no que disse o Dr. Lair Ribeiro: "se pescarmos um peixe no rio Tietê, operar seu tumor maligno, depois soltá-lo no mesmo rio, que progresso fizemos?" Devido a isso, adotei o regime ovolactovegetariano. Alguma coisa tinha de mudar...! As recomendações são muitas, pois somos formados do que ingerimos. Agora gasto mais minhas economias com alimentação, já que não bebo, nem fumo, nem como carne. Não me presto mais nem para matar para comer. Esclarecendo que não é por fanatismo religioso ou exagero ideológico, é mera necessidade, e consciência lógica.

           "Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros." (Augusto Cury). Numa reunião daquelas, uma professora disse que os alunos nos ensinam muito. (contaminada com o Paulo Freire).  Logo, não demorou muito ela se contradisse ao analisar os relatórios e estatísticas do desempenho dos seus alunos; e para se justificar, afirmou que seus alunos erram até seu endereço no preencher as fichas da prova. O que podem nos ensinar, se a maioria é  tão incompetente assim? Então, é melhor dizermos que aprendemos com os nossos erros, aluno não tem nada para nos ensinar e nem sabem fazê-lo. Mas, sabem julgar nossa didática. CiFA

MIMIMI ("O sucesso está na contramão do mimimi".) — Diego Marcelo Sternheim)

 


MIMIMI ("O sucesso está na contramão do mimimi".) — Diego Marcelo Sternheim)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Uma pessoa diferenciada, representante de um segmento social qualquer, com uma característica incomum, tem a tendência de se comportar como vitimista. Mas, se essa é uma pessoa "atualizada", e/ou empoderada; com certeza ela é solitária, mesmo em meio a multidão! As circunstâncias não permitem espontaneidade do interlocutor dos comuns que foge. Pois, tudo que se diz a esses sensíveis gera-lhe indenização. Tenho medo de precipitar a palavra a alguém que precisar, posso ser mal interpretado. E te aconselho: Não sejas condenado por te faltar o polimento necessário da atualidade, lisura do sustentável. As relações do século XXI são medrosas, secas e depreciativas. Nas redes sociais, só com elogios para ter seguidores! Todo mundo tirando proveito do seu gênero, ou da cor da pele, ou da idade, ou da situação financeira. Estou vendendo a inocência de outrora, ou melhor, trocando em amigos com apelidos carinhosos, sem medo de ofendê-los. (CiFA

O PRAZER DA ESCRAVIDÃO ("O verdadeiro prazer da vida é viver com gente que nos seja inferior." — William Makepeace Thackeray)

 


O PRAZER DA ESCRAVIDÃO ("O verdadeiro prazer da vida é viver com gente que nos seja inferior." — William Makepeace Thackeray)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Cavalo que não aceita cabresto gosta de pancada! Mais esquisito do que isso é a galinha, tem asas e vive no chão. Como eu também sou bicho do mato, tenho ignorância  suficiente para ser feliz. Os animais têm outras razões para serem felizes, não precisam da ignorância para ser felizes basta-lhes a inocência!  No reino animal, em seu estado natural, nenhum bicho escraviza o outro, até mesmo os parasitas devolvem alguma coisa. Toda relação é boa em algum aspecto; as operárias das formigas não são escravas, porque não têm chefe. "Nenhuma causa é perdida, se tivermos um só tolo para lutar por ela." (Will Turner). Infelizmente não é só por aqui, acontece em toda sociedade a atuação dos cultivadores de Bonsai, pois temem  as sombras das árvores grandes e de lá chamam por mim, divulgando o lugar seguro: chamam-nos de promotores de autoajuda. Uns nasceram para ser seguidores: "gado"; eu não! 

— "Ê, ô, ô, vida de gado

Povo marcado, ê!

Povo feliz!" (Zé Ramalho).

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

PROFESSOR PANDEMIZADO PELO VÍRUS DA INGRATIDÃO ("Há favores tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão." — Alexandre Dumas)

 


terça-feira, 23 de agosto de 2022

SÓ UM CRIME ATROZ PARA COMBATER OUTRO CRIME ("Sou favorável à pena de morte! Aliás, pena que é só morte!" — Marinho Guzman)

 


SÓ UM CRIME ATROZ PARA COMBATER OUTRO CRIME ("Sou favorável à pena de morte! Aliás, pena que é só morte!" — Marinho Guzman)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O sangue derramado dos justos condena o mundo À MORTE, e o sangue dos injustos condena a si mesmo, assim se justifica a lei do talião: “Se alguém fizer uma ferida ao seu próximo, far-se-á o mesmo a ele: fratura por fratura, olho por olho, dente por dente; conforme o dano que tiver feito a outro, homem, assim se lhe fará a ele. Quem matar um animal pagá-lo- á, quem matar um homem deverá morrer” (Lv 24,19-21). A morte de Jesus é salvação ou pena de morte para muitos? E há aqueles que se suicidam para culpar outros de assassino.  Embora a culpa destes foi que, podendo interromper a tragédia, não a impediram.

           Quem mata em nome do Estado não tem sequela, está agindo por lei: é algoz oficial! MATANDO UM É CRIMINOSO, PORÉM MATANDO MUITOS É HERÓI, ASSIM PROCEDE A GUERRA. A Pena de morte é lei Divina, Deus mata bem, e o rei do abismo assume a conta do esquartejamento em praça pública! Só um crime hediondo combate outro. A impunidade é apologia ao crime! SÓ HÁ PAZ ENTRE OS HOMENS, SE HOUVER VENCIDOS. Esta é a mensagem de Jesus, não reagir ao bel prazer do opressor. É só o perdedor e acomodado que paga o preço da paz para ambos. CiFA

O RARO É CARO! ("Viver de graça é mais barato." — Guimarães Rosa)


 

O RARO É CARO! ("Viver de graça é mais barato." — Guimarães Rosa)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Aprovar alunos sem mérito, sendo a escola educadora para a vida, ensina que o viver é gratuito, e o sucesso vem automaticamente! A gratuidade enfraquece a vontade de lutar, anula a dignidade, porque nivela todos por baixo! Só o generoso ganha prestígio. A abundância, o excesso, a facilidade, roubam a dignidade, porque diminui o valor das coisas. O raro é caro! O governo oferece o estudo gratuito e foge de lá, isso tira a vontade de estudar e dilui o espírito de competitividade. A dificuldade desenvolve tônus no caráter. E como se não bastasse, agora a escola é de função remota: o mais educação: mais isso e mais aquilo, exagero de um lado; do outro, a EJA e outras modalidades condensadas, menos isso e menos aquilo, privam os jovens da espera, treinando-os para a impaciência. Tudo é tão rápido com as tecnologias. (CiFA

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

SOU UM ANJO TRAVESTIDO DE MIM ("O assassino se traveste de anjo só para poder ter asas, mas não sabe para quê elas servem." — Ricardo Vitti")

 


SOU UM ANJO TRAVESTIDO DE MIM ("O assassino se traveste de anjo só para poder ter asas, mas não sabe para quê elas servem." — Ricardo Vitti")

Por Claudeci Ferreira de Andrade
 

Alunos, se esperam que eu acredite em vocês, é preciso que acreditem em mim. É melhor a decepção de acreditar em algo ou alguém errado, do que a vergonha de ser DOMINADO pela ignorância por se recusar acreditar na novidade certa, pode ser um anjo travestido de mim a lhe falar NESTA AULA. Os professores também são profetas, visando um futuro melhor; nossas lições são para serem analisadas e aplicadas em seu cotidiano, como sementes plantadas, se conveniente achar que deve regá-las. Até o Satanás pode ser um grande professor, conhece todos os nossos pensamentos; portanto, aprendo dele lições de perseverança, e isso não me faz satanista, aliás aprender de mim, não lhe faz eu, se o problema sou eu...! A sua discriminação maldosa é a pior inimiga da sabedoria. Pois, o sábio examina tudo e retém o que for bom, essa é a pedagogia do crescimento. Lembrem-se que o velho é um jovem que deu certo. Assim como disse Millôr Fernandes: "O homem é um macaco que não deu certo." (CiFA