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MINHAS PÉROLAS

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

PRAGA CANINA ("Agora, além de argentinos, a Argentina nos manda também gafanhotos." — Saint-Clair Mello)

 


PRAGA CANINA ("Agora, além de argentinos, a Argentina nos manda também gafanhotos." — Saint-Clair Mello)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Hoje, com as possibilidades de crescimento de pragas como o Coronavírus e a Monkeypox, tudo parece estar ruim para a humanidade, um verdadeiro tiro no pé quando se recorre a métodos de combate ineficazes. Embora o destino seja incerto — afinal, "morre quem Deus quer" — a situação me faz crer que o mundo caminha para um fim, talvez em 2033, quando os 12 portais da cidade santa se abrirão. Desde já, o sofrimento se intensifica como "dores de parto", culminando com a queda do planeta X, que aniquilará a Europa antes de chegar a mim. É importante lembrar que, segundo certas crenças, uma dessas pragas matará os cachorros dos ímpios, objetos de sua adoração, pois quem adora animal, sacrifica criança. Não me coloco como profeta, apenas manifesto o que vim fazer.

E, antes que me acusem de exagero ou delírio místico, vale esclarecer que minhas imagens carregam tanto ironia quanto indignação. O humor aqui não é um alívio, mas uma estratégia de sobrevivência diante do absurdo. É nesse entrechoque que a crítica se fortalece: quando a lógica dos fatos se mistura à caricatura das crenças. Afinal, se a realidade já parece roteiro dos Simpsons, por que não rir de nossas próprias previsões de tragédia? O riso, mesmo amargo, ajuda a revelar o quão frágeis são as soluções que nos empurram como salvação.

Agora, os profetas de Baal interrompem o Carnaval para conter o vírus, o que se mostra igualmente inútil. Mas por que nada interrompe as eleições? Só me resta relaxar, "a fim de que não percas a oportunidade de viver com alegria", como diz André Luiz, e ver a sétima onda passar. A solução é deixar a vida seguir seu fluxo para cumprir o cruel destino deste mundo. Em meu tempo vago, vou continuar assistindo aos Simpsons.


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Preparei 5 questões discursivas, baseadas no texto, para que você reflita sobre as ideias apresentadas.


1. O texto mistura referências a fatos científicos, como a pandemia de Coronavírus, com crenças místicas, como a queda do planeta X. A partir de uma perspectiva sociológica, como podemos analisar a coexistência e o choque entre o conhecimento científico e as crenças religiosas ou místicas na sociedade contemporânea?

2. O autor menciona que suas imagens carregam "ironia" e que o "humor" é uma "estratégia de sobrevivência". De que forma a ironia e o riso podem ser usados como ferramentas de crítica social, ajudando a revelar a fragilidade de certas soluções propostas para os problemas da sociedade?

3. O texto critica a resposta a crises, mencionando a "inutilidade" de "profetas de Baal" interrompendo o Carnaval e questionando por que as eleições não são interrompidas. Qual é a crítica sociológica implícita nessa comparação entre eventos culturais/religiosos e eventos políticos, e o que isso revela sobre a prioridade dada a cada um?

4. Ao afirmar que "a solução é deixar a vida seguir seu fluxo para cumprir o cruel destino deste mundo", o autor expressa uma visão de fatalismo. Discorra sobre como essa atitude de resignação pode impactar a ação coletiva e a busca por mudanças sociais.

5. A frase "se a realidade já parece roteiro dos Simpsons, por que não rir de nossas próprias previsões de tragédia?" usa uma referência cultural popular para fazer uma crítica. Explique como a cultura pop, como séries de televisão, pode servir de base para a elaboração de comentários e críticas sobre a realidade social.

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