"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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MINHAS PÉROLAS

sábado, 21 de maio de 2011

NEM SEMPRE IMPORTA O QUE ESTÁ ERRADO (A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre. Oscar Wilde)


Crônica

NEM SEMPRE IMPORTA O QUE ESTÁ ERRADO (A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre. Oscar Wilde)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Na escola onde leciono, vez ou outra nasce uma estrela. Um brilho discreto, mas constante, que se destaca em meio ao breu da indiferença e da preguiça que, infelizmente, vem se tornando regra. Este ano, ela estava ali, sentada na terceira carteira da fileira do meio, com os olhos atentos e cadernos impecáveis. Inteligente, curiosa, disciplinada. Como não notar?

Pensei que poderia usar aquele talento a favor de todos. Talvez, se eu a elogiasse publicamente, os outros sentissem vontade de imitá-la — e assim se elevassem também. Comecei a fazer isso com naturalidade: destacava suas respostas bem elaboradas, exibia seus trabalhos, associava seu esforço a grandes exemplos de superação. Queria apenas inspirar. Ingenuidade minha.

O efeito foi o contrário. A turma, ao invés de se motivar, armou trincheiras. A inveja, que sempre se esconde nas sombras, se alastrou como mofo nos cantos de um porão esquecido. Os apelidos vieram: “puxa-saco”, “nerd”, “CDF”. E os risos abafados se tornaram zombarias abertas. A perseguição crescia, sutil, mas cruel. E não tardou para que os pais entrassem em cena. Uma mãe me procurou com ares de acusação, dizendo que sua filha estava se sentindo discriminada porque eu elogiava demais a colega. Sem saber se exigia justiça ou privilégio, exigiu que eu parasse.

Foi ali que compreendi o novo jogo: o mérito é perigoso. Ele desestabiliza a falsa harmonia onde todos fingem igualdade, mesmo sem esforço igual. E quem ousa reconhecer os merecedores vira ameaça. Acusaram-me de desprezar os demais, quando, na verdade, eu apenas apontei para um farol em meio à neblina. A recompensa pelo meu zelo foi o silêncio constrangido da coordenação e a clara mensagem: cale-se.

Enquanto isso, os bons pais — aqueles cujos filhos brilham pelo esforço — raramente aparecem. Talvez achem que tudo está bem. Mas os que vêm, com frequência, são os que buscam culpados para as falhas de seus filhos. A escola virou tribunal, e o professor, réu sem direito de defesa.

Recentemente, a aula foi interrompida por uma confusão absurda. Uma menina, do sexto ano, exibiu um vídeo íntimo, gravado em casa. Gargalhadas, provocações, gritaria. E lá estávamos nós, professores, tentando separar brigas, apaziguar ânimos, resolver o que nunca foi nossa atribuição. A coordenadora correu de um lado ao outro, buscando culpados, como se fosse possível resolver uma ferida social com advertências. Enquanto isso, o conteúdo previsto ficou para depois — ou para nunca.

Diante de tudo isso, muitos professores baixam o nível da aula. Querem sobreviver. Querem manter a paz. Preferem agradar a todos, ainda que sacrifiquem os bons alunos, que ficam à margem, desperdiçando tempo, revendo o que já dominam. E aquela minha aluna, a brilhante, de cabelos longos e olhar firme, fala agora em mudar de escola. Cansou de ser o alvo. A luz incomoda.

E eu me pergunto: o que será da educação pública sem os seus luzeiros?

Quem ficará para manter aceso o pouco que ainda nos resta?

A perseguição ao mérito tem efeitos devastadores sobre os estudantes talentosos. Quando o esforço é ridicularizado e a excelência se torna motivo de escárnio, os mais dedicados aprendem cedo a esconder seu brilho para sobreviver. Sentem-se deslocados, culpados por se destacarem, e acabam abafando seus dons em nome de uma aceitação superficial. Essa inversão de valores não apenas silencia talentos individuais, mas molda gerações inteiras a rejeitar a superação, trocando o desafio pelo conformismo. Aos poucos, aprender deixa de ser conquista e passa a ser castigo. E assim, o futuro se constrói sobre a areia movediça da mediocridade consentida.

Por isso, imploro — sim, imploro — aos bons pais: venham à escola. Defendam seus filhos, mas também nos apoiem. Encorajem os professores que se dedicam, que resistem. Não deixem que o silêncio dos bons seja cúmplice do barulho dos maus. Pois, como diz a sabedoria antiga: “Chega-te aos bons, serás um deles; chega-te aos maus, serás pior do que eles.”


https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/58892-colegio-adventista-e-condenado-a-indenizar-aluna-em-r-12-mil-por-pratica-de-bulliyng.html (Acessado em 20/06/2025)




Minha crônica é um poderoso desabafo sobre os desafios da educação contemporânea, a inversão de valores e a desvalorização do mérito no ambiente escolar. Ela aborda a frustração de um professor que, ao tentar estimular a excelência, se depara com a intolerância, a inveja e a incompreensão, resultando na desmotivação dos alunos dedicados e no esgotamento dos educadores. Como seu professor de sociologia, preparei cinco questões discursivas simples, baseadas nas ideias principais de minha crônica, para aprofundar as discussões sobre esses temas.


1 - A crônica descreve como o elogio a uma aluna exemplar gerou inveja e perseguição por parte dos colegas. Do ponto de vista da Sociologia da Educação, como a cultura escolar e as dinâmicas de grupo podem influenciar a percepção do mérito e do esforço individual, e de que forma a rivalidade ou a pressão por conformidade podem inibir o desenvolvimento da excelência?


2 - O autor se depara com pais que acusam o professor de "discriminação" por elogiar alunos destacados, enquanto os pais de alunos exemplares permanecem ausentes. Com base na Sociologia da Família e da Escola, como as diferentes expectativas e papéis dos pais em relação à educação de seus filhos podem gerar conflitos com a prática pedagógica, e quais as implicações da ausência de apoio para os professores?


3 - O texto evidencia a perda da autonomia e autoridade do professor, que se vê obrigado a "calar-se" e a resolver problemas que extrapolam sua função acadêmica, como brigas e questões de comportamento. Sob a ótica da Sociologia das Profissões, como a sobrecarga de funções e a desvalorização do saber técnico-pedagógico podem levar ao esgotamento docente e à perda de foco na missão principal da escola?


4 - A crônica menciona que muitos professores "baixam o nível da aula" para "agradar a todos" e "manter a paz", sacrificando o aprendizado dos alunos mais dedicados. Utilizando conceitos da Sociologia do Currículo Oculto e da Sociologia Crítica da Educação, discuta como a busca por conformidade e a evitação de conflitos podem inadvertidamente prejudicar a qualidade do ensino e a motivação dos estudantes que buscam desafios intelectuais.


5 - O autor expressa a angústia sobre o que será da "educação pública sem os seus luzeiros", referindo-se aos alunos brilhantes que pensam em sair da escola por perseguição. Com base na Sociologia das Desigualdades Educacionais, analise como a falta de um ambiente que valorize o mérito e o esforço pode contribuir para a evasão de talentos do sistema público de ensino, impactando negativamente o futuro da sociedade.

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quarta-feira, 11 de maio de 2011

GLBTTT - RESTAURAÇÃO DA FAMÍLIA? (Minha nova família é um pedaço do Céu na terra!)

Crônica




Por Claudeci Ferreira de Andrade


            Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a Resolução 175 que determina que todos os cartórios habilitem ou celebrem casamento civil e conversão da união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo. "Casamento gay no país cresce em ritmo maior que o de heterossexuais. Segundo IBGE, uniões entre casais do mesmo sexo aumentaram 15,7%".
           As instruções da Igreja à família é que o pai e a mãe estejam sempre prevenidos quanto a suas palavras e atos, cuidando do bom exemplo. O marido deve tratar sua esposa, a mãe dos seus filhos, com o devido respeito, e a esposa deve amar e respeitar o marido também. Como pretendem fazer isto, os inovadores da santidade do enlace matrimonial? Para aonde vão os princípios e valores culturais da Igreja?
          As influências educacionais da vida no lar e na escola são uma força decisiva através do bem ou do mal. Tais influências são também, em muitos casos, silenciosas e graduais, mas, se exercidas do lado certo, são cheias de valor. E qual o lado certo nesse caso? Para aonde vai a eficiência moral da Escola?
           Mesmo aqueles sem filhos têm responsabilidades a suportar. Em muitos casos, podem receber em seus lares crianças órfãs e destituídas de um lar. O que devemos dizer da disciplina dos pretendentes a tomar lugar na família, símbolo do Céu? Para aonde vão os conceitos e valores culturais da Família tradicional?
          Minha constante oração é: Deus me deixe viver, com sanidade suficiente, até aos meus 74 anos, de lá, olhando para trás, eu possa ver e comparar a performance das leis proibitórias do abuso sexual de menor de idade, que conheço agora. Quero me sentir bem, não pelo prazer da realidade porvir, mas pela confirmação do meu ministério profético. Porém, quando o futuro chegar, perguntar-me-ei: para aonde vão os princípios e valores culturais de mim mesmo?
          Que os elementos modernos do mundo, ardendo em paixão, se esbaldem em "amor", eu quero apenas responsabilidade social, pois quanto mais intensamente essas "desproíbições"  invadirem a nossa vida, menos motivação teremos para olhar o passado. Para a frente, tudo é excelente! Acho depravação mesmo é ter de viver 74 anos, e serem dias demais ao me fatigar com o que já é estabelecido e veio para ficar. Então, aqui quero valorizar minha crônica, citando um comentário da amiga e poeta Silvia Regina Costa Lima: "... a família mudou demais e temos, dela, novos modelos que antes nem se pensava, nem se sonhava... as crianças perdem o referencial sobre o que é avô original, avô agregado, tios, primos, meio/irmãos, outros pais... e todos perderam a noção de valores, tradição, cidadania... e não sei aonde iremos todos parar..."
           
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 11/05/2011
Código do texto: T2962650

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (autoria de Claudeci Ferreira de Andrade,http://claudeko-claudeko.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
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domingo, 1 de maio de 2011

"MACUNAIMISMO" (O alunado pagador de toda conta com seus impostos)

CRÔNICA

"MACUNAIMISMO" (O alunado pagador de toda conta com seus impostos)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          Aprendi isso num conselho de classe: A deficiência é comprovadamente do aluno, pois tem nota baixíssima em todas as disciplinas, embora vinte por cento da classe esteja razoável, mas ainda é o professor quem deve mudar a sua metodologia. E se nem tiver ensinado nada, fica mais fácil para ambos! Acho ser a maior desgraça de um profissional da educação é ter de ensinar a quem não quer aprender. É fácil fazer o professor trabalhar à toa. Se todos, de uma sala, tirarem menos de dois em uma prova que valia cinco, o coitado é obrigado, pela coordenação, a elaborar e aplicar outra prova – a culpa é dele. Será se os alunos boicotaram? Porém eu disse, em classe, que não ia dar nota alguma pela prova avaliativa da unidade escolar (ADA), aplicada pelo o governo, e o aluno me acusa de boicotar o sistema, mas é ele que não quer vim fazer a tal prova.
          Hoje, elementos político-pedagogos atuam mais com enganos sutis para cativar o alunado descrente ao invés de ser transparente e dar-lhe a condição de trilhar o caminho tenebroso do mundo com eficiência: "quem vive só de esperança morre de fome." Teorias mirabolantes. Que nenhum aluno suponha, por ter sido usado apenas como instrumentalidade, angariadores de fundos do sistema mantenedor, se achando bom cidadão, só por isso, não. Aqueles que se excluem das mãos de um verdadeiro educador, julgam-se capazes de realizar grandes feitos no mundo sem as orientações corretas, enganam-se, apenas procuram um liberal. Então, o conceito atual de "bom professor" percorre a ideia carregada da esperteza e da sutileza para o "salve-se quem puder". Esse tipo deixou de ser tão técnico, mas é agora ardiloso.
          O alunado pagador de toda conta com seus impostos, é o "Dom Quixote' do sistema; péssimo patrão, atacando os professores como os moinhos de vento foram vítimas, outrora; tal herói sem nenhum caráter (anti-herói), pegamos um atalho na comédia de Miguel de Cervantes. O que diríamos equivalentemente, cá para o Brasil da atualidade, "Macunaíma, herói de nossa gente". Os alunos perdem muito tempo e energia armando-se e atacando os professores que se movimentam pela força dos ventos subjetivos soprando-lhes normas infundadas, pois sem o rumo das artimanhas, ainda são eles os que supostamente "roubam" notas dos alunos ruins; eles os acusam! E os "moinhos de vento", atacados, continuam lá fazendo o seu trabalho como podem, rangendo: despedaçados. Até quando!?
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 30/04/2011
Código do texto: T2940362

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domingo, 17 de abril de 2011

UMA COISA SEMPRE DEPENDE DA OUTRA: Isso, meus amigos, é felicidade. ( Num círculo, o fim está ligado ao começo!)



UMA COISA SEMPRE DEPENDE DA OUTRA: Isso, meus amigos, é felicidade. ( Num círculo, o fim está ligado ao começo!)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

A vida é uma jornada de desafios, permeada por momentos de alívio e prazer que, apesar de breves, nos recompensam pelo esforço incessante. É uma dança entre a dor e a alegria, onde os intervalos de descanso são as verdadeiras dádivas que devemos valorizar. Confesso, não sei se a zebra é preta com listas brancas ou branca com listas pretas, mas talvez isso nem importe. A vida, se fosse um prazer constante e uniforme, acabaria por me fazer desejar um pouco de dor. Na falta de alegria contínua, prefiro os fugazes instantes de êxtase.

No corpo, sentimos a dor e o sofrimento, enquanto no cérebro encontramos o prazer e a compensação. Tudo, afinal, depende do ponto de vista. Que venham as dores, seguidas pelos lampejos de alívio, devolvendo-me o prazer como recompensa pelo esforço. Agora entendo melhor porque Deus não recriou a primeira mulher após o pecado: experiente. Se a tivesse privado da vida que compensava as agruras de Adão, teria também tirado dela os momentos de satisfação do compartilhamente da mesma experiência. Sem alegria, restaria apenas o sofrimento para ambos.

Assim como a Adão, restam-me muitas dores e pequenos prazeres. Ou melhor, momentos de menor dor que já se tornam prazeres. Vingo-me da própria vida por todo sofrimento que ela me impõe quando estou com uma mulher experimentada. As interjeições que surgem, “Hum! Ai! Ui! Ih! Aff! Ufa! Oh, yes!”, são reflexos naturais da expressão tanto da dor quanto do gozo. Quem me ensinou a gemer, tanto na dor quanto no prazer?

Entendo agora que, em um círculo, o fim está ligado ao começo que desaparece na trajetória. Toda linha reta é um atalho, um caminho curto para quem sabe trilhar. Se os atalhos são pecados, é melhor fazer curvas!

Neste exato momento, sinto uma dor lancinante na região lombar, resultado de ter permanecido sentado por muito tempo escrevendo este texto. Alongando-me, faço movimentos na direção onde mais sinto a dor, esperando que o tecido se caleje após algumas repetições, deixando apenas a sensação de alívio. Graças a Deus, a dor se cansa logo, e sua ausência já é suficiente como prazer. Não é o orgasmo propriamente dito, mas um estágio intermediário. Assim vivemos e suportamos esse torpor existencial: é preciso relaxar para gozar e calejar para suportar a dor. Isso, meus amigos, é felicidade.

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. O texto apresenta uma visão da vida como uma jornada de contrastes. Explique como a dança entre a dor e a alegria molda a percepção do prazer e da felicidade.

2. A afirmação "Se a vida fosse um prazer constante e uniforme, acabaria por me fazer desejar um pouco de dor" levanta uma questão sobre a natureza da felicidade. Discuta como a ausência de desafios e sofrimentos pode afetar a experiência da felicidade.

3. O autor compara a dor e o prazer com a experiência da zebra, questionando se é preta com listras brancas ou branca com listras pretas. Analise essa analogia e como ela se relaciona com a ideia de relatividade da percepção e da importância da diversidade de perspectivas.

4. O texto faz referência à história de Adão e Eva para ilustrar a relação entre dor e prazer. Explique como essa narrativa bíblica contribui para a compreensão da visão do autor sobre a vida e a felicidade.

5. A última parte do texto traz uma reflexão sobre a dor na coluna lombar e a busca pelo alívio. Discuta como essa experiência pessoal se conecta com a temática geral do texto e reforça a ideia de que a felicidade é encontrada na superação dos desafios.

BÔNUS PARA RESPONDER AS QUESTÕES

1. A dança entre a dor e a alegria molda a percepção do prazer e da felicidade de diversas maneiras:

Contraste: A dor torna o prazer mais intenso e apreciável. Sem a dor como referência, o prazer se torna banal e perde seu significado.

Adaptação: O corpo e a mente se adaptam ao prazer constante, tornando-o menos intenso e excitante. A dor, por outro lado, impede essa adaptação, mantendo a sensibilidade ao prazer.

Aprendizado: A dor nos ensina a valorizar os momentos de alívio e felicidade, tornando-nos mais conscientes e apreciativos da vida.

2. A ausência de desafios e sofrimentos pode afetar a experiência da felicidade de diversas maneiras:

Desmotivação: Uma vida sem desafios pode levar à apatia e à falta de motivação, pois a busca por objetivos e a superação de obstáculos são essenciais para a sensação de realização.

Falta de Crescimento: Sem desafios, o aprendizado e o crescimento pessoal ficam limitados, impedindo o desenvolvimento individual e a conquista de novas habilidades.

Insatisfação: A ausência de dificuldades pode levar à insatisfação constante, pois a comparação com uma vida sem obstáculos pode distorcer a percepção da realidade.

3. A analogia da zebra preta com listras brancas ou branca com listras pretas representa a relatividade da percepção e a importância da diversidade de perspectivas:

Percepção Individual: A forma como vemos a zebra depende da nossa perspectiva e das nossas experiências. Não existe uma verdade absoluta, e cada indivíduo terá uma interpretação diferente.

Diversidade de Opiniões: A analogia nos convida a considerar diferentes pontos de vista e a respeitar a diversidade de opiniões. O que é preto para um pode ser branco para outro, e vice-versa.

Enriquecimento da Experiência: A multiplicidade de perspectivas enriquece a nossa compreensão do mundo e nos permite aprender com diferentes formas de pensar.

4. A narrativa bíblica de Adão e Eva contribui para a compreensão da visão do autor sobre a vida e a felicidade de diversas maneiras:

Consequências do Pecado: A história mostra que a dor e o sofrimento são consequências do pecado, mas também são parte da experiência humana e podem nos levar ao crescimento.

Equilíbrio entre Bem e Mal: A narrativa demonstra a necessidade de equilíbrio entre o bem e o mal, o prazer e a dor, a alegria e a tristeza. A vida não é feita apenas de um ou outro, mas sim da combinação de ambos.

Lições de Vida: A história de Adão e Eva nos ensina lições valiosas sobre a vida, como a importância da responsabilidade, da resiliência e da busca pela redenção.

5. A experiência pessoal da dor na coluna lombar se conecta com a temática geral do texto e reforça a ideia de que a felicidade é encontrada na superação dos desafios de diversas maneiras:

Superação da Dor: A busca pelo alívio da dor demonstra a resiliência do ser humano e a capacidade de superar desafios físicos e emocionais.

Apreciação do Bem-Estar: A ausência da dor nos faz valorizar a saúde e o bem-estar, que são essenciais para a felicidade plena.

Aprendizado com a Experiência: A experiência da dor nos ensina a ser pacientes.



RECADO DE PROFESSOR ( A modernidade criou no adolescente de hoje a sensação de fartado)

Crônica 

RECADO DE PROFESSOR ( A modernidade criou no adolescente de hoje a sensação de fartado)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

         Meus alunos, não me tenham como ameaça, este momento era o que eu chamava de meu futuro, por tanto é o seu presente. Pois também, não os tenho como ameaça, porque quando forem alguém na vida (se forem...), eu já não serei mais nada (se é que fui também alguma coisa na vida)!
          Eu compreendo que dói muito no orgulho do aluno (sem luz) a sensação de pequenez diante do professor culturalmente superior. Para os alunos, seus tantos conhecimentos tecnológicos e bom desempenho nos jogos eletrônicos o iludem à igualdade, se acham no páreo. A postura arrogante, justificando o desinteresse nas aulas de um professor "quadrado" de antigamente, é compreensível. Talvez seja esse um dos males do sistema educacional! E o comportamento desrespeitoso, é por motivo do uso desregrado dos novos conhecimentos, pois eles não podem substituír os velhos. As novas tecnologias as que se refinaram mais, areia movediça, se não fosse as atualizações do Google, os usuários deveriam ser os mais intelectuais já existentes. Porém, nem com uma máquina em mãos se superam! A modernidade criou no adolescente de hoje a sensação de fartado, pela velocidade e o amontoado de informação cadente, própria do futurismo. Mas, ele não retém quase nada nas dobras do cérebro, assim como um intestino medicado para emagrecer. Tudo na moda, rumo ao caos!

          Eles não sabem ouvir, querem falar! Imitando os octo-processadores sem ter um banco de dados sortido à disposição. Abrandem-se, pois não falem tão apressadamente, pensem antes de falar! A Bíblia nos aconselha, dizendo: "Se você se apressa em dar sua opinião, antes de ouvir os fatos, está mostrando que é um tolo. Você devia se envergonhar!" (Pv 18:13 BV).  Mostrar que sabe é carência de atenção! Certifiquem-se que vocês sabem o que vão dizer antes de abrir a boca! Quem responde a pergunta antes de ouvi-la é pior que um idiota. O louco se mete em dificuldade devido à ignorância, e um homem que atende a fala antes de pensar deve ser punido. Confirma a Patrícia Leal: "Não tente precipitar o que demanda tempo, saiba esperar o tempo certo." Então, o recado é não se apressar em falar.
Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 11/04/2011
Código do texto: T2902553

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sábado, 9 de abril de 2011

AS ARMAS DE WELLINGTON (Eram armas ideológicas, compradas no mercado negro, ou melhor, na negritude do "apagão" de uma escolaridade falida)



CRÔNICA

AS ARMAS DE WELLINGTON (Eram armas ideológicas, compradas no mercado negro, ou melhor, na negritude do "apagão" de uma escolaridade falida)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Mais uma vez, as autoridades do país desviam os olhares providenciais da educação, olhando somente para seu umbigo. Como a "Reforma do Ensino Médio" vai conviver com a 'Escola sem partido"? A chacina na Escola Municipal Tasso da Silveira do Rio de Janeiro (2011), por Wellington, ex-aluno da mesma, ainda tem servido como mais um dos indicadores do fracasso da campanha do desarmamento no Brasil, da má qualidade do ensino público brasileiro e da má formação familiar dos jovens. Qual benefício a escola fez àquele educando e às vítimas? Se ele era um doente psicológico, o que fizeram a ele os programas de inclusão tão bandeira de "especialistas" da educação?  E a PEC 241 Tem alguma cláusula de bom gerenciamento para esse tipo de caso? Aliás, estou sabendo que vão congelar os investimentos da educação. Por isso, continuam se negando a maiores insumos, cada vez menos dinheiro chegará à escola, então irá "vulnerabilizar" mais ainda o indivíduo refugiado nas entidades de ensino com esperança de cidadania, enquanto os bandidos permanecem sem educação e armados até os dentes e gostam de aglomeração ingênua!
           Na época, o Papa "Bento XVI também convocou a população do Rio a repudiar a violência, 'que constitui caminho sem futuro', e a construir uma sociedade 'fundada sobre a justiça e o respeito pelas pessoas, sobretudo os mais fracos e indefesos'. O Papa pede que a esperança faça prevalecer 'o perdão e o amor sobre o ódio e a vingança' e abençoa as vítimas." (http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/papa-bento-xvi-manda-mensagem-de-solidariedade-vitimas-do-atirador.html). (acessado em 15/10/2016). 
           Se lançarmos um olhar retrospectivo, sobre o Rio de Janeiro e em qualquer cidade grande do Brasil, atualmente , veremos que não mudou nada nesse aspecto: educação e segurança continuam precárias.
          A mensagem papal delimita claramente um objetivo que só se alcança com uma educação de qualidade. Todo mundo sabe onde  está o problema da violência no Brasil que é certamente consequência da má educação e da desorientação familiar, mas sempre insistiram em campanha de desarmamento, em apenas maquiagem etc. E a Reforma do Ensino Médio não visa a melhora das relações interpessoais que são violentas por demais no ambiente escolar.  
          As piores armas de Wellington eram armas ideológicas, compradas no mercado negro, ou melhor, na negritude do "apagão" de uma escolaridade falida e de uma educação fracassada. Se ele tivesse uma leitura mais extensiva e, por alegoria, teria na sua vingança metonímica, como parte dos que lhe ofenderam, não as crianças, mas verdadeiros representantes: políticos. O ato, em si, não se justifica, mas é possível entendê-lo e achar coerência em sua ação, mesmo perdido no seu mundo paralelo da esquizofrenia: foram vários grito de socorro a ouvidos moucos.
          Tudo isso serviu, pelo menos e também, para nos mostrar o último estágio do tal bullying! Do assédio moral, ou do Síndrome de Burnout! Enfim, firmou-se aqui, mais uma vez, a essência do famoso dito popular "que os incomodados se retirem"; neste caso, não só se retirou, mas por ter sido antes "tirado" traumaticamente. Assim assemelha-se ao suicídio do sistema educacional público a prestações! — Repense, qual é o papel da escola atualmente? Aí a poetisa Sílvia Regina Costa Lima pergunta também: "Como ninguém viu um rapaz assim isolado e triste?  ... quem é o culpado?"

Claudeko
Publicado no Recanto das Letras em 09/04/2011
Código do texto: T2898966

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