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MINHAS PÉROLAS

terça-feira, 20 de setembro de 2022

TRANSGENERIDADE, A PERCEPÇÃO DE SI ("Nas maiores virtudes, as grandezas fundamentais são ilusões no instante da escolha." — Celso Roberto Nadilo)

 


TRANSGENERIDADE, A PERCEPÇÃO DE SI ("Nas maiores virtudes, as grandezas fundamentais são ilusões no instante da escolha." — Celso Roberto Nadilo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

O Novo Normal Escolar tem se mostrado propício para discussões sobre identidades de gênero e sexualidade, e muitas teses de mestrado e doutorado sobre a homoafetividade se aprofundam nesse tema. Essa nova abordagem parece ser uma ciência necessária para o momento atual, que nos convida a repensar a nós mesmos. Contudo, essa evolução levanta um questionamento: será que, no ensino fundamental, os professores "héteros definidos ou para binários tradicionais" serão rapidamente taxados de machistas? É estranho que feministas precisem de machistas para se estabelecer, mas essa parece ser a lógica. No futuro próximo, apenas professores transgêneros atenderiam à demanda de um público mais evoluído e "antenado".


Fica a questão: aqueles que definiram os critérios para classificar o que é machista, feminista ou homofóbico consideraram o equilíbrio? Antigamente, a escola preparava os alunos para o mercado de trabalho; hoje, o foco mudou para o ensino da vida. Enquanto antes as aulas de filosofia e sociologia pouco discutiam sobre "discípulos para iniciação" e o ensino religioso pouco explorava a amizade entre Davi e Jônatas, agora qualquer manifestação de apreço pela individualidade humana é bem-vinda.

A reflexão se aprofunda: é possível conciliar a modernidade com o essencial da educação? Não precisamos abrir mão do respeito, da disciplina ou do estudo sério da filosofia para abraçar novas identidades. Se ensinarmos aos alunos a arte de pensar, a habilidade de dialogar com as diferenças e a consciência histórica das sociedades, poderemos acolher novas identidades e formas de existir sem destruir a base do conhecimento e da moral que sustenta a vida em comunidade.
Valores como a reflexão crítica, a empatia e a disciplina intelectual podem não apenas coexistir com o novo, mas também orientá-lo, impedindo que a transição social se transforme em confusão ou aceitação superficial. A escola poderia, assim, se tornar um espaço onde o ser humano é cultivado em todas as suas dimensões, sem que a evolução social seja confundida com relativismo absoluto.
A ironia do nosso tempo se revela em contrastes. No passado, quando um estuprador era preso, "recomendava-se aos outros detentos que lhe fizessem o mesmo, como se não fossem reeducandos". Hoje, em um cenário de busca pela equidade, somos educados para entender todos os gêneros. No entanto, ainda presenciamos cenas como um padre gritando no meio de uma maratona infantil: "'Quem chegar por último é a mulher do padre!'" Esse tipo de comentário, que reforça estereótipos, contrasta diretamente com a legislação atual, que afirma: "É ideologia de gênero. Discriminá-lo é crime."

[https://pjmedia.com/news-and-politics/matt-margolis/2022/09/21/your-tax-dollars-fund-a-group-pushing-transgender-identity-on-two-year-olds-n1631033

]

[https://pjmedia.com/news-and-politics/lincolnbrown/2022/09/21/the-nea-is-providing-teachers-with-sexually-explicit-information-n1631215

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Como seu professor de Sociologia, preparei cinco questões discursivas e simples para a gente refletir sobre o texto que acabamos de ler. Pensem bem em suas respostas e usem suas próprias palavras para desenvolvê-las.


1. A escola e o "novo normal"

O texto sugere que o foco da escola mudou de "preparar para o mercado de trabalho" para "ensinar para a vida". Explique, com suas palavras, o que essa mudança significa para o autor e quais novos temas, segundo ele, a escola tem abordado.

2. O conflito entre grupos

No início do texto, o autor faz uma observação sobre como feministas e machistas parecem precisar um do outro. Explique o que ele quer dizer com isso e qual é o problema que ele aponta nesse tipo de relação.

3. O papel da reflexão na educação

O autor questiona se a escola pode conciliar a modernidade com o "essencial da educação". Quais valores e habilidades ele propõe, como o "pensar" e o "dialogar", para que a escola consiga abraçar novas identidades sem perder sua base?

4. O paradoxo da liberdade

O texto menciona a ironia de um padre que faz uma piada de mau gosto, mas, ao mesmo tempo, seria considerado crime discriminá-lo. Com base nesse exemplo, discuta a complexidade das leis de gênero e o desafio de equilibrar a liberdade de expressão com a proteção contra a discriminação.

5. A escola como espaço de cultivo

No final, o autor propõe que a escola seja um local onde o humano é cultivado em todas as suas dimensões. O que você acha dessa ideia? Como a escola poderia, na prática, cultivar o respeito, a disciplina e a reflexão crítica, ao mesmo tempo em que acolhe as novas formas de identidade de seus alunos?

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